Aula 11 - parte 1

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CULTURA E COMPORTAMENTO 
ORGANIZACIONAL
Liderança, comunicação, poder e 
política
Foram aprendidos os conceitos gerais relacionados ao 
comportamento organizacional e entendido que existem níveis 
de análise que se relacionam ao comportamento individual, ao 
comportamento grupal e à estrutura da organização. Agora, 
será necessário dedicar-se ao entendimento dos aspectos que 
influenciam o comportamento dos indivíduos nas organizações. 
As empresas são agrupamentos de pessoas com objetivos em 
comum ou frequentemente unidas por vantagens pessoais em 
ações comuns. Assim, as organizações devem promover o uso das 
potencialidades, das forças de seus funcionários a fim de realizar 
algo. Mas, você consegue observar isso no seu local de trabalho? 
Consegue perceber as forças que cada funcionário está utilizando 
para elevar o desempenho do grupo em que está inserido? 
Para entender melhor como as pessoas podem usar suas 
qualidades, como podem saber no que são boas e, assim, 
conseguir desempenhar bem uma tarefa, é importante inspirá-
las, cativá-las e direcioná-las, isto é, liderá-las, comunicando 
o que pode ser feito, promovendo alianças e compreendendo 
como os grupos funcionam. Comece com a inspiração, o serviço 
a objetivos comuns, a tão conhecida liderança.
Liderança
Uma das perguntas mais interessantes de se responder é: o que 
significa liderança? O que é essa capacidade? É um conjunto 
de habilidades de todos humanos? A ciência tem estudado essa 
capacidade por séculos, de diferentes maneiras, contextos e 
perspectivas. Assim, a proposta de definir liderança continua em 
aberto, inacabada, e, possivelmente, não será finalizada, pois, 
quanto mais estudos se fazem dela, mais se deseja estudar. 
Contudo, há algumas questões comuns em diversos estudos. 
A liderança é uma capacidade, ou seja, algo que é aprendido, 
ensinado e adquirido; ainda que contenha traços genéticos, 
a liderança só surge se há um ambiente que a requisite, que 
solicite que ela esteja presente.
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A liderança é desenvolvida e pode 
ser treinada. Qualquer pessoa pode 
melhorar essa capacidade com 
orientação e prática constante e 
direcionada.
Essa liderança – solicitada pelo ambiente, pelo contexto – é a 
capacidade de inspirar pelo exemplo outra pessoa a seguir um 
caminho, a realizar ações inéditas para ela. Assim, um conceito 
mais simples de liderança pode ser o seguinte: o quanto o ser 
humano aprende a sentir e pensar de maneira nova com outro. 
Essa capacidade também pode ser definida como a influência 
de alguém no alcance de objetivos. Mas, atenção! Para que 
aconteça essa ação deliberada, essa tomada de decisão de agir 
de maneira diferente, existem alguns requisitos.
Um dos primeiros e mais aceitos na literatura é a capacidade do 
líder de ser confiável. Ser a pessoa que serve de inspiração tem 
características desejadas pelo liderado e transmite informações 
que fazem sentido, podem ser assumidas como verdadeiras pela 
pessoa que é fonte de inspiração.
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018.
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Outra característica é o serviço, a capacidade do líder de doar, 
oferecer o que tem em prol de um objetivo de outra pessoa, ou 
seja, o líder busca o sucesso das outras pessoas, almeja que o 
liderado se realize em um propósito.
Comunicação confiável
A liderança transita pela comunicação, pela informação 
transmitida de forma confiável. A confiabilidade da informação, 
por sua vez, tem a ver com a qualidade da mensagem. Então, 
como se desenvolve uma comunicação confiável? O líder deve 
conhecer como se desenvolve a confiança. 
Confiança: firmeza, segurança, certeza, 
convicção, força, fé, crença.
Veja se faz sentido para você esta definição de confiança: a 
concordância em se tornar vulnerável ao outro, quando alguém 
se dispõe a se arriscar para que outra pessoa lhe proporcione 
bons resultados. O que você acha? Quando há confiança de um 
liderado no líder, o primeiro se arrisca, certo de que seus direitos 
e interesses não serão prejudicados. O apoio dos liderados 
para que as propostas do líder sejam realizadas surge quando 
alguém, digno de confiança, propõe um objetivo que seja bom 
para ambos os lados. 
Essa confiança é percebida pelo exemplo que o possível líder 
demonstra em ações no cotidiano; os liderados só confiam 
quando o líder apresenta comportamentos que sustentam seu 
discurso.
Segundo Robbins (2010), as três principais características que 
apontam para a confiança dos líderes são a integridade, a 
benevolência e a capacidade.
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Integridade Benevolência
Capacidade
A integridade tem relação com a honestidade e a sinceridade, 
ou seja, é importante ser consistente, congruente entre o que 
se fala e o que se faz. A benevolência significa a capacidade de 
compreender as necessidades e interesses alheios e demonstrar 
apoio e atenção, construindo um elo emocional. Já a capacidade 
quer dizer o quanto se sabe fazer certas tarefas, o quanto o líder 
sabe sobre o que está falando.
Assim, a confiança encoraja a assumir riscos, pois os liderados 
acreditam que no final vão obter um bom resultado. Ela facilita 
o compartilhamento de informações, pois cria-se um ambiente 
que favorece a expressão de ideias sem repreensões. Além 
disso, gera grupos mais eficazes, pois os membros se sentem 
mais motivados a se ajudarem e a realizarem um esforço 
extra; consequentemente, melhora a produtividade, pois reduz 
conflitos, o que aumenta o foco no desempenho.
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Liderança servidora pelo uso do poder
O poder é uma força recebida para 
escolher quais ações os outros podem 
realizar; é concedido de maneira 
intencional e consentida de alguém 
para outrem.
Como o líder pode usar sua força, seu poder, sua capacidade de 
influência, de tomar decisões sobre ações alheias de maneira 
sábia? A resposta para essa pergunta vai ao encontro da 
segunda característica distinta da liderança, que é o serviço, o 
servir. Atualmente, essa característica está em evidência, devido 
à grande quantidade de estudos demonstrando a importância 
de compreender a influência das emoções no comportamento 
organizacional. Segundo os teóricos mais modernos, a liderança 
aparece quando se identifica e se vai ao encontro das legítimas 
necessidades (e não desejos) de outras pessoas. Com isso, o líder 
influencia essas pessoas para que usem seus recursos pessoais 
a fim de atingir as metas e o bem comum.
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Nessa vertente da liderança, o líder tem o valor de “preocupação 
com os outros” como princípio de ação e procura desenvolver 
um ambiente de trabalho no qual todos sejam respeitados e se 
sintam seguros no emprego, tendo oportunidade de explorar 
seu potencial.
Fonte: Jirsak, Shutterstock, 2018.
Como atualmente as relações nas empresas são baseadas no 
trabalho intencional, e não obrigatório, visto que as pessoas têm 
a opção de não realizar o trabalho caso não queiram, a liderança 
é uma característica imprescindível para se obter aumentos de 
desempenho.