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Aula 1 - Teoria das Falhas Estáticas (2)
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Elementos de Máquinas Teoria das Falhas Estáticas Elementos de Máquinas Introdução sua resistência” 1. Porque as peças falham? Resp.: “peças falham porque suas tensões superaram sua resistência” Resp.: “depende” 2. Que tipo de tensão causa a falha: Tração? Compressão? Cisalhamento? Resp.: “depende” 3. Depende do material e sua resistência, do carregamento e da presença de trincas. Elementos de Máquinas Introdução FALHAS Engenheiros de projeto e ao desenvolvimento de estruturas e componentes de máquinas devem estabelecer um limite superior para o estado de tensão que defina a falha do material. O que queremos dizer com falha? • Uma peça pode falhar se suas deformações e distorções forem grandes o suficiente para que não funcione adequadamente. • Uma peça pode falhar também sofrendo ruptura e separando-se. • Ambas as condições são falhas, mas os mecanismos que as causam são muito diferentes. Elementos de Máquinas Introdução FALHAS • Material dúctil: geralmente a falha será especificada pelo início do escoamento; • Material frágil: a falha será especificada pela fratura. • A "teoria'' por trás das diversas teorias clássicas de falha é que “qualquer fenômeno responsável pela falha do material no ensaio de tração padronizado será também responsável pela falha sob todas as demais condições de carregamento estático”. Juvinall [1] Elementos de Máquinas Introdução Materialização do estudo de falhas em materiais – Fase I Elementos de Máquinas FALHA EM MATERIAIS FRÁGEIS esforços” 1. Onde ocorrem as falhas? Resp.: “em componentes sujeitos a esforços” do material. 2. Que elementos resistem a estas falhas? Resp.: A coesão da estrutura cristalina interna do material. esforço 3. A resistência é avaliada na sua seção transversal em um corte realizado no material sujeito ao esforço Esforços – Viga suportada por reações 𝑅 𝑒 𝑅 e carregada por forças concentradas 𝐹 , 𝐹 𝑒 𝐹 Diagrama de corpo livre de uma viga simplesmente apoiada (a) Viga cortada em 𝑥 = 𝑥 , removida como um corpo livre: força de cisalhamento interna V e momento fletor M reagem sobre a superfície de corte para garantir o equilíbrio (b) Materialização do estudo de falhas em materiais – Fase II Elementos de Máquinas FALHA EM MATERIAIS FRÁGEIS Tensões e Deformações – separando a superfície interna em (b), força e momento se manifestam na como distribuição de forças ao longo de toda a área transversal. Distribuição de forças em um ponto da superfície terá: componente na direção normal (𝜎) e tangencial (𝜏) Diagrama de corpo livre de uma viga simplesmente apoiada (a) Viga cortada em 𝑥 = 𝑥 , removida como um corpo livre: força de cisalhamento interna V e momento fletor M reagem sobre a superfície de corte para garantir o equilíbrio (b) −𝜎 +𝜎 𝐿𝑖𝑛𝑓ℎ𝑎 𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑎 𝜌 − 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 V Seção Transversal viga cortada em 𝑥 = 𝑥 𝜏 á = 3𝑉 2𝐴 𝜎 = 𝑀 𝑐 𝐼 c Componentes cartesianas de Tensão – são estabelecidas definindo-se três superfícies mutuamente ortogonais em um elemento dentro do corpo sendo 𝜎 a tensão normal na direção 𝑥. Tensão de cisalhamento resultante que atua na superfície 𝜏 , pode ser decomposta nas componentes nas direções 𝑦 e 𝑧, 𝜏 e 𝜏 , ver figura F1. Estado triplo de tensão é mostrado na figura e definido por nove componentes de tensão, 𝜎 , 𝜎 , 𝜎 , 𝜏 , 𝜏 , 𝜏 , 𝜏 , 𝜏 𝑒 𝜏 . Para o equilíbrio temos: 𝜏 = 𝜏 ; 𝜏 = 𝜏 ; 𝜏 = 𝜏 . Estado duplo de tensão ou estado plano em que a normal à superfície livre de tensões é a direção 𝑧, tal que 𝜎 = 𝜏 = 𝜏 = 0, ver figura F2. Materialização do estudo de falhas em materiais – Fase III Elementos de Máquinas FALHA EM MATERIAIS FRÁGEIS F2: (a) figura tridimensional; F1: Componentes de tensão na superfície normal à direção 𝑥 (b): Tensão plana, componentes de cisalhamento transversal (𝜏) de igual magnitude. Elementos de Máquinas Introdução planos de deslizamento Elemento do material tirado de um corpo de prova para um ensaio de tração submetido ao limite de escoamento Tensão de cisalhamento máxima é determinada a partir do círculo de Mohr. Esses planos coincidem com as direções das linhas de Lüder, indicam que a ruptura ocorre por cisalhamento. Tensão de cisalhamento atua no planos a 45º a partir dos planos de tensão principal Hipóteses simplificadoras do modelo Elementos de Máquinas Introdução Simplificar os modelos aplicados aos métodos de cálculo: assumir algumas hipóteses a respeito do material assume-se que seja: • Isotrópico, em outras palavras, apresentam as mesmas propriedades mecânicas em todas as direções de solicitação; • Durante o processo ocorre um pequeno aumento de volume devido ao aumento da densidade de discordâncias; ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas Material deformado por carregamento externo tende a armazenar energia internamente em todo o seu volume. O deslizamento é causado pela tensão de cisalhamento e é acompanhado pela distorção na forma da peça. A energia acumula da na peça devido a essa distorção é um indicador da magnitude da tensão de cisalhamento presente. Critério de falha baseado nas distorções provocadas pela energia de deformação. ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas Mecanismo de deformação devido ao desliza mento relativo dos átomos do material dentro da sua estrutura cristalina. Figura 1: Deformação plástica produzida pela movimentação de uma discordância em cunha ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas Mecanismo de deformação devido ao desliza mento relativo dos átomos do material dentro da sua estrutura cristalina. Figura 2: Formação de um degrau na superfície de um metal pela movimentação de (a) uma discordância em cunha e (b) uma discordância em hélice. ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas • qualquer material elástico sujeito a um determinado estado de tensões sofre uma (pequena) variação de forma, de volume ou ambas. • energia necessária para produzir essa variação é armazenada no material na forma de energia elástica. • foi verificado que os materiais empregados em engenharia podem suportar grandes pressões hidrostáticas: condição em que 𝜎 = 𝜎 = 𝜎 , gerando uma grande compressão, sem danos. postulado: um determinado material tem uma capacidade limitada de absorver energia de distorção (variação apenas de forma), e ao ser submetido a uma quantidade maior do que esse limite ele escoa (inicia deformação plástica). ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas Para desenvolver a teoria, observe, na Figura 3(a), a unidade de volume sujeita a um estado de tensão tridimensional qualquer representado pelas tensões 𝜎 , 𝜎 𝑒 𝜎 ; Estado de tensão em (b) componente hidrostático e (c) componente distorcional. Figura 3 – (a) Elemento com tensões triaxiais passando por mudança de volume e distorção angular (b) Elemento sob tensão hidrostática passando somente por mudança de volume, (c) Elemento tendo somente distorção angular, sem mudança de volume ELEMENTOS DE MÁQUINASFALHA EM MATERIAIS DÚCTEIS Teoria da Máxima Energia de Distorção de von Mises-Hencky Elementos de Máquinas COMPONENTES DA ENERGIA DE DEFORMAÇÃO Carga que produz energia como mostra: Dois componentes 𝑈 Energia de distorção 𝑈 Carregamento hidrostático Expressão de cada uma das tensões principais em termos de uma componente hidrostática. (2) Somando as três tensões principais de (2) e isolando 𝜎 , vem. (3) (1) Aplicando a lei de Hooke, obtem-se a expressão