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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ UTFPR CAMPUS CURITIBA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL ELÉTRICA MARCELO PINTO DA ROCHA ROBSON GUIMARÃES DE PAULA SÍLVIA SANTA CLARA PEREIRA REIS ANÁLISE E PLANO DE MANUTENÇÃO DE DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO – PEQUENO VOLUME DE ÓLEO CURITIBA 2008 MARCELO PINTO DA ROCHA ROBSON GUIMARÃES DE PAULA SÍLVIA SANTA CLARA PEREIRA REIS ANÁLISE E PLANO DE MANUTENÇÃO DE DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO – PEQUENO VOLUME DE ÓLEO Trabalho acadêmico apresentado à disciplina Projeto Integrador 2, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientadora: professora Lílian Moreira Garcia, M.Sc. CURITIBA 2008 RESUMO Este trabalho propõe um plano de manutenção complementar para um disjuntor de média tensão, pequeno volume de óleo (PVO), tensão 15 kV, corrente máxima de 800 A. O plano será sugerido para a empresa Actual – Consultoria, Projetos e Manutenção Industrial Ltda. O equipamento está instalado em um usuário final, este cliente da Actual, que na verdade não possui nenhum plano específico de manutenção do equipamento citado. Será apresentado o disjuntor PVO, suas principais partes componentes, o seu funcionamento, algumas sugestões para manutenção e sua aplicação. Da mesma forma, serão abordadas as ferramentas utilizadas para o plano de manutenção, seu funcionamento, sua utilidade, como devem ser planejadas, suas principais vantagens e todos os detalhes necessários para a sua implantação. As principais ferramentas sugeridas para abordagem pela manutenção serão o FTA (análise de arvores de falhas) e o FMEA (análise do efeito e modo da falha), será apresentado um modelo básico para atuação em caso de falhas ou defeitos. Além das ferramentas citadas, será sugerido também um plano básico de manutenção, utilizando metodologia baseada nos procedimentos da manutenção preventiva, preditiva e corretiva. Serão apresentados os modelos básicos das instruções de trabalho (IT), que poderão ser implementados para melhorar o programa. Finalmente apresentam-se as principais vantagens que poderão ser alcançadas com a implementação do sistema sugerido, os cuidados que devem ser tomados e o que se pode adicionar para que o programa obtenha êxito. Acredita-se que o que será apresentado é apenas uma ferramenta básica de manutenção, de um equipamento que se necessita que tenha alta confiabilidade quando em operação. Portanto este plano poderá ainda ser melhorado ou adicionado a algum outro programa que o usuário do equipamento deseje realizar. Palavras-chave: - análise de arvores de falhas (FTA); - análise do efeito e modo da falha (FMEA); - disjuntor pequeno volume de óleo (PVO); - manutenção em disjuntores de média tensão. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A - Ampére. ABNT - Associação Brasileira de normas técnicas. CAPP - Computer Aided Process Planning (planejamento de processo assistido por computador). Cpk - Índice de capabilidade da máquina. FMEA - Failure Mode and Effect Analysis (análise do efeito e modo da falha) FTA - Fault Tree Analysis (Análise da árvore de falhas). GPS - Global Positioning System (Sistema de posicionamento global via satélite). GVO - Grande volume de óleo. Hz - Hertz. Ia - Corrente interrompida. IT - Instrução de trabalho. kA - Kilo-Ampére. kg - Kilo-grama. kV - Kilo-Volt. Ltda. - Limitada. ml - Mililitro. ms - Mili-segundos. n - Número de manobras. NBR - Norma brasileira editada pela ABNT. NI - Tensão de impulso atmosférico suportável. Nm - Newton/metro. Pr - Paraná. PVO - Pequeno volume de óleo. ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 - Plaqueta de identificação do disjuntor. ........................................................... 9 FIGURA 2 - Câmara de um disjuntor PVO montado na carcaça...................................... 12 FIGURA 3 - Disjuntor PVO modelo 3AC-BRA/800-20/15 – EU em manutenção ............. 13 FIGURA 4 - Vista traseira de um disjuntor 3AC............................................................... 14 FIGURA 5 - Vista Frontal de um disjuntor 3AC................................................................ 15 FIGURA 6 - Pólos do disjuntor montados na carcaça...................................................... 16 FIGURA 7 - Corte de um pólo do disjuntor 3AC .............................................................. 17 FIGURA 8 - Painel frontal de um disjuntor 3AC............................................................... 18 FIGURA 9 - Mola de um disjuntor 3AC............................................................................ 19 FIGURA 10 - Contato fixo de um disjunto 3AC.................................................................. 20 FIGURA 11 - Seqüência de extinção de arco em um disjuntor 3AC .................................. 21 FIGURA 12 - Mecanismo de operação do disjuntor 3AC................................................... 23 FIGURA 13 - Bloco de comando de um disjuntor 3AC ...................................................... 24 FIGURA 14 - Peças sobressalentes para disjuntor 3AC.................................................... 25 FIGURA 15 - Montagem de um tubo distanciador em disjuntor 3AC ................................. 26 FIGURA 16 - Diagrama funcional do disjuntor 3AC ........................................................... 28 FIGURA 17 - Porta “OU”.................................................................................................... 38 FIGURA 18 - Porta “E” ...................................................................................................... 38 FIGURA 19 - Porta Inibidora.............................................................................................. 39 FIGURA 20 - Porta de restrição......................................................................................... 39 FIGURA 21 - Evento básico .............................................................................................. 40 FIGURA 22 - Evento intermediário .................................................................................... 40 FIGURA 23 - Evento não desenvolvido ............................................................................. 41 FIGURA 24 - Evento externo............................................................................................. 41 FIGURA 25 - Transferências ............................................................................................. 42 FIGURA 26 - Funcionamento das portas “E” e “OU”.......................................................... 44 FIGURA 27 - Exemplo de árvore de falha. ........................................................................ 45 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 - Peças sobressalentes para disjuntor 3AC..................................................... 26 TABELA 2 - Componentes de um diagrama do disjuntor 3AC.......................................... 27 TABELA 3 - FMEA índice de severidade .......................................................................... 34 TABELA 4 - FMEA índice de ocorrência........................................................................... 34 TABELA 5 - FMEA índice de detecção............................................................................. 35 SUMÁRIO RESUMO ....................................................................................................................2 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.....................................................................3 ÍNDICE DE FIGURAS.................................................................................................4 ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................51 INTRODUÇÃO .................................................................................................7 1.1 JUSTIFICATIVA................................................................................................................7 1.1.1 Características Técnicas.........................................................................................8 1.1.2 Características de Adequação................................................................................8 2 DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO PVO..........................................................9 2.1 DISJUNTOR COM ISOLAMENTO A ÓLEO.....................................................................9 2.2 DISJUNTOR PEQUENO VOLUME DE ÓLEO...............................................................11 2.3 MANUTENÇÃO EM DISJUNTORES PVO.....................................................................12 2.4 DISJUNTOR PVO MODELO. 3AC DA SIEMENS..........................................................14 2.4.1 Construção............................................................................................................16 2.4.2 Extinção de Arco...................................................................................................19 2.4.3 Mecanismo de Operação......................................................................................22 2.4.4 Manutenção ..........................................................................................................25 2.4.5 Diagrama Funcional..............................................................................................27 3 FERRAMENTAS UTILIZADAS NO PLANO DE MANUTENÇÃO .................29 3.1 FMEA ..............................................................................................................................29 3.1.1 Importância do FMEA ...........................................................................................30 3.1.2 Integração FMEA de Processo Com CAPP .........................................................30 3.1.3 Tipos de FMEA .....................................................................................................30 3.1.4 Aplicação do FMEA ..............................................................................................31 3.1.5 Funcionamento Básico .........................................................................................31 3.1.6 Resultados do FMEA ............................................................................................32 3.1.7 Planejamento ........................................................................................................32 3.1.7.1 Análise de falhas em potencial.............................................................33 3.1.7.2 Avaliação dos riscos.............................................................................33 3.1.7.3 Melhoria ................................................................................................35 3.1.7.4 Formulário.............................................................................................36 3.2 ÁRVORE DE FALHA – FTA ...........................................................................................36 3.2.1 Introdução .............................................................................................................36 3.2.2 Vantagens do Uso do FTA....................................................................................37 3.2.3 Características ......................................................................................................37 3.2.3.1 Símbolos lógicos na árvore de falhas ..................................................38 3.2.4 Aplicação do FTA..................................................................................................42 3.2.4.1 Etapas de utilização .............................................................................43 3.2.4.2 Exemplo de utilização do FTA..............................................................44 3.3 MANUTENÇÃO ..............................................................................................................45 3.3.1 Manutenção Corretiva...........................................................................................46 3.3.2 Manutenção Preventiva ........................................................................................47 3.3.3 Manutenção Preditiva ...........................................................................................47 4 PLANO DE MANUTENÇÃO ..........................................................................49 4.1 PLANO DE MANUTENÇÃO DO DISJUNTOR...............................................................50 4.1.1 Manutenção Preventiva do Disjuntor PVO ...........................................................50 4.1.2 Manutenção Preditiva do Disjuntor PVO ..............................................................51 4.1.3 Manutenção Corretiva do Disjuntor PVO..............................................................52 4.1.4 Indicadores............................................................................................................52 5 CONCLUSÃO ................................................................................................54 REFERÊNCIAS ........................................................................................................56 APÊNDICE A............................................................................................................59 APÊNDICE B ............................................................................................................61 APÊNDICE C ............................................................................................................64 ANEXO A..................................................................................................................68 ANEXO B..................................................................................................................75 7 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um plano de manutenção complementar e será sugerida a empresa Actual – Consultoria, Projetos e Manutenção Industrial Ltda., sediada em Curitiba-Pr, especializada na área de engenharia industrial, que presta serviços de manutenção corretiva para sistemas elétricos de potência. Toda a divulgação de dados foi previamente autorizada pela empresa, conforme consta no anexo B deste trabalho, na página 75. As ferramentas serão aplicadas ao disjuntor a óleo da Siemens (3AC-800), fabricado em 1980. É um equipamento de ligação e controle de um sistema elétrico. O elevado custo de reposição de peças sobressalentes em equipamentos antigos faz com que a manutenção destes, seja de interesse do proprietário da subestação. Portanto faz-se necessário um plano de manutenção mais confiável para que as trocas de equipamentos sobressalentes sejam realizadas somente quando necessárias através de controle e de uma manutenção eficaz. As ferramentas de planejamento de manutenção sugeridas para que a empresa Actual aplique ao seu sistema, será o FTA (análise da árvore de falha) e o FMEA (análise do efeito e modo da falha), que permitem um planejamento das atividades de manutenção com objetividade e clareza. Serão recomendados também alguns procedimentos no campo da manutenção corretiva, preventiva e preditiva. 1.1 JUSTIFICATIVA Os disjuntores PVO (pequeno volume de óleo) historicamente foram concebidos para uma expectativa de vida entre 25 a 35 anos. Porém, muitos deles, se corretamente especificados e submetidos a bons planos de manutenção, chegam a duplicar essa expectativa, principalmente quando há investimentos em sistemas de proteção mais rápidos e precisos (COSTA, 2004). O disjuntor é o equipamento estático de conexão de fornecimento de energia elétrica ao sistema de produção de uma determinada empresa, cliente da Actual, é o principal equipamentode corte, proteção e controle do sistema elétrico. Ele é dotado de conveniente poder de interrupção para correntes de curto-circuito e cuja atuação se pode produzir automaticamente em condições pré-determinadas. Geralmente o equipamento é constituído por um cérebro (relé), um órgão de disparo (bobina de disparo) e componentes de manobra do sistema de comando (chaves auxiliares). Uma análise para caracterização da vida útil do disjuntor deverá levar em conta alguns itens específicos. 8 1.1.1 Características Técnicas A manutenção deve ser capaz de responder a questionamentos relacionados os indicadores de desempenho, como por exemplo: se a taxa de falha do equipamento possui controle estatístico, item importante na elaboração de planos de manutenção. Uma falha num disjuntor a óleo quando originada na estrutura de isolamento, normalmente resulta em explosão, geralmente com perda total dos mesmos. Prolongar até o ultimo momento a troca do equipamento que está em operação é um dos objetivos da manutenção, neste caso a sua atuação é fortemente influenciada pela qualidade do processo de análise de informações ao longo da vida deste equipamento, equipes de manutenções bem treinadas, uma política eficaz de disponibilidade de peças sobressalentes, entre outros (COSTA, 2004). 1.1.2 Características de Adequação A adequação atual ou futura do equipamento para operar num determinado ponto da rede, deve levar em consideração a evolução da configuração e da carga da subestação. Para disjuntores, a corrente máxima de carga, a corrente máxima de manobra em curto- circuito, os valores de pico e taxa de crescimento da tensão de restabelecimento transitória para falhas terminais, são parâmetros de decisão que podem indicar a necessidade de investir na substituição do equipamento. O tratamento dos aspectos técnicos e econômicos que podem levar a decretação da troca de um equipamento passa pela análise de uma série de opções. Estas alternativas vão desde um incremento de manutenção, da instalação de um sistema de monitoramento e diagnóstico que detectem uma falha em evolução ou eminente, a execução de uma renovação geral para trazer o equipamento ao estado de novo e o estudo e implementação de melhorias para modernizar o projeto original. Tudo isto visar incrementar melhores resultados para a função de disponibilidade, ou até mesmo a continuidade da execução do plano de manutenção preventiva original. Dentro dos equipamentos de uma subestação, os disjuntores ocupam um lugar de destaque, integram o sistema de segurança do empreendimento. Manobra circuitos elétricos, ou seja, conecta ou desconecta do sistema de potência, máquinas, transformadores, linhas de transmissão e equipamentos de regulação, muitas vezes em condições bastante adversas (COSTA, 2004). 9 2 DISJUNTOR DE MÉDIA TENSÃO PVO O objeto do estudo será um disjuntor pequeno volume de óleo, da marca Siemens, modelo. 3AC-BRA/800-20/15 – EU. O disjuntor foi fabricado para operar com a tensão máxima de 15 kV, corrente máxima de 800 A, em sistema trifásico, a corrente máxima de curto circuito é 20 kA, a tensão de impulso atmosférico suportável (NI) é de 95 kV e a freqüência de rede 60 Hz. O equipamento foi fabricado em 1980, seu número de série é 0004529, pesa 125 kg e produzido no Brasil. O acionamento do disjuntor é do tipo EU, isto quer dizer que as molas são carregadas por motor acoplado no equipamento e tem o acionamento para sincronização e comutação rápida, com tempo igual ou inferior a 90 ms. FIGURA 1 Plaqueta de identificação do disjuntor. Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. 2.1 DISJUNTOR COM ISOLAMENTO A ÓLEO Para limitar a corrente em um circuito e assim proteger as instalações contra sobrecargas indesejáveis e curtos circuitos, foram desenvolvidos equipamentos específicos para este fim, como os disjuntores e fusíveis. O princípio básico de funcionamento destes é atuarem quando seus elementos de proteção sofrerem aquecimento, provocado por 10 passagem de corrente elétrica superior ao que foi projetado para o equipamento, desligando assim os circuitos elétricos ligados a eles. A diferença entre disjuntor e fusível é que no caso do segundo dispositivo, ele é planejado para romper o seu elemento em caso de aquecimento acima dos valores estabelecidos. O grande problema do fusível é que ele atua apenas uma única vez, necessitando ser substituído. O disjuntor atua basicamente como o fusível, abrindo o circuito no caso de elevação de corrente, mas pode ser rearmado e utilizado novamente. Normalmente um disjuntor é um dispositivo elétrico que é capaz de interromper um circuito elétrico sob carga, inclusive em condições de curto circuito. Este equipamento deverá atuar sem sofrer danos provocados pelo arco voltaico gerado na manobra. (HARRIS, disponível em http://eletronicos.hsw.uol.com.br/disjuntores1.htm) O óleo mineral, derivado do petróleo, é utilizado em equipamentos elétricos, entre eles disjuntores, desde os primeiros desenvolvimentos de dispositivos para estes sistemas. É um excelente isolante elétrico e um meio extintor. Na utilização em disjuntores podem-se destacar dois efeitos principais, quanto à propagação do arco voltaico: o efeito de hidrogênio e o de fluxo líquido. No primeiro caso o arco decompõe o óleo, liberando gases, onde predomina o hidrogênio, como este elemento apresenta ótima condutividade térmica, o calor é retirado de forma rápida, proporcionando um eficiente resfriamento. No caso de fluxo líquido, o óleo, mais frio é jogado sobre o arco, mantendo o processo de evaporação, retirando grandes quantidades de calor. O fluxo de óleo pode ser gerado pelo próprio arco, dependendo da corrente gerada, ou por meio de dispositivos mecânicos, como êmbolos, pistões, entre outros (ARAÚJO; SANTOS, 2001). Nos sistemas de média e alta tensão, nas subestações, os disjuntores a óleo têm dominado o mercado, devido ao baixo custo em relação a outros equipamentos. Eles apresentam robustez construtiva, simplicidade na operação, manutenção reduzida e simplificada. Utilizam-se disjuntores GVO (grande volume de óleo) e PVO (pequeno volume de óleo). O disjuntor GVO é o tipo mais antigo destes equipamentos projetados, originalmente concebido por um grande recipiente metálico onde os contatos ficavam imersos em óleo sem nenhuma câmara de extinção. Na atualidade estes equipamentos evoluíram, hoje possuem câmaras onde o fluxo de óleo tem circulação forçada sobre o arco. Estes equipamentos são utilizados ainda em instalações de alta tensão, como, por exemplo, subestações de 230 kV, em locais com esta faixa de tensão podem ser encontradas modelos com até 9000 litros de óleo por fase. Tem a vantagem de apresentarem grande capacidade de ruptura em caso de curto-circuito (LIMA, 2008). 11 2.2 DISJUNTOR PEQUENO VOLUME DE ÓLEO O disjuntor PVO é o desenvolvimento dos antigos GVO. Utilizam câmaras de extinção com fluxo forçado de óleo sobre o arco gerado, tornando o processo de interrupção de corrente eficiente, com redução drástica do volume de óleo utilizado no equipamento. Podem-se encontrar equipamentos com capacidade de ruptura de até 63 kA. Em níveis de tensão de 138 kV, este equipamento tem limitação na corrente de ruptura, a corrente diminui para 20 kA. Pode-se compensar isto com a instalação de várias câmaras em série, aplicando-se obrigatoriamente capacitores de equalização, aumentando assim a corrente de ruptura suportada pelo disjuntor. Outro problema enfrentado no desempenho deste dispositivo é na manobra de correntes capacitivas em banco de capacitores e linhas a vazio. Objetivando uma operação livre de reacendimento, eles ficam limitados a uma tensão máxima de 65 kV por câmara, é fundamental ter a disposição várias câmaras em série (FERREIRA, 2008). Umdisjuntor PVO destaca-se por ter dimensões reduzidas, podendo ser instalado abrigado, encontram-se modelos que utilizam apenas 900 ml de óleo isolante por câmara. As operações de manobra do equipamento são feitas por um manípulo central ou acionamento motorizado. Normalmente possuem um sistema de bloqueio para comandos indevidos. As molas do disjuntor são carregadas pela alavanca de funcionamento ou pelo motor, a energia destas é liberada pelo manípulo central. A velocidade do contato é controlada pelo amortecedor. Através de jatos de óleo o arco é extinto, por pressão gerada deste fluído na abertura dos contatos. Disjuntores PVO podem ser instalados fixados a uma estrutura rígida do sistema, sobre suportes com rodas e trilhos ou sobre carrinhos extraíveis (DISJUNTOR a pequeno volume de óleo tipo DSF, Disponível em http://www.tecnovars.com.br/downloads/AREVA/Disjuntor_Oleo_M.T..pdf). Um disjuntor PVO compõe-se de três pólos, normalmente fixados ao corpo por isoladores. No interior de cada pólo temos um contato do tipo pino-móvel que se acopla a outro do tipo tulipa fixo, existe também um sistema de labirintos de material isolante e uma conexão flexível. A câmara externa é de resina, nos modelos mais modernos o material é reforçado com fibra de vidro. A carcaça é constituída de chapas de aço soldadas, abriga o mecanismo de acionamento, o rele por falta de tensão, disparador de abertura, disparador de fechamento amortecedor e acionamento motorizado, quando for solicitado. A transmissão do movimento aos eixos principais é feita através de hastes de resina em material isolante (LIMA, 2008). Um disjuntor PVO pode ser fornecido com acessórios como: • rele de mínima tensão; • acionamento motorizado; 12 • disparador de fechamento; • disparador de abertura; • carrinho extraível; • suportes com rodas e trilho; • intertravamento Kirk; • contatos auxiliares; • reles primários de sobre corrente; • etc. FIGURA 2 Câmara de um disjuntor PVO montado na carcaça. Fonte: Disjuntor a pequeno volume de óleo tipo DSF. Areva T&D Brasil. Disponível em: <http://www.tecnovars.com.br/downloads/AREVA/Disjuntor_Oleo_M.T..pdf> (2008). No sistema de proteção são utilizados vários dispositivos, entre eles os reles, o de sobre corrente é o dispositivo que atua desligando o equipamento na passagem de cargas maiores ao que foi ajustado. O acionamento deste dispositivo pode ser de atuação instantânea ou temporizada. Existem também os reles digitais, são equipamentos eletrônicos, micro-processados. Os sinais de entrada das grandezas e parâmetros são digitados, tudo é controlado por software específico, processando a lógica através da utilização de algoritmos. Estes dispositivos além das proteções tradicionais podem combinar várias funções, entre elas: proteção, supervisão de rede, transmissão de sinais, re-ligamento, identificação do defeito, oscilografia e sincronização de tempo via GPS. Os reles dos disjuntores PVO, em alguns casos, poderão trabalhar interligados aos demais dispositivos de proteção e manobra da subestação (FERREIRA, 2008). 2.3 MANUTENÇÃO EM DISJUNTORES PVO Os principais itens que requerem cuidado em um disjuntor PVO são: o óleo isolante, contatos, buchas, atuadores mecânicos e circuitos auxiliares. Como nos 13 transformadores, o óleo do disjuntor requer verificações periódicas, com extrações para ensaios de umidade e de rigidez dielétrica, também se faz necessário completar o nível deste fluído quando necessário. Podem ocorrer degradações do óleo após certo número de operações, inclusive de maneira um tanto rápida, por isso a verificação deverá ser periódica (ARAÚJO; SANTOS, 2001). FIGURA 3 Disjuntor PVO modelo 3AC-BRA/800-20/15 – EU em manutenção Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. O funcionamento mecânico do disjuntor PVO requer cuidado especial, pois dela depende a operação do equipamento. Em verificações é aconselhável inspecionar a simultaneidade do fechamento e abertura dos pólos. Outro detalhe importante a verificar é o tempo de abertura e fechamento dos contatos, deverá estar de acordo com o que foi projetado na construção, caso contrário deve-se corrigir o defeito. Outros pontos a inspecionar seria a resistência ôhmica dos contatos, atuação dos contatos auxiliares e os resistores de fechamento, se por acaso o equipamento possuir algum (ARAÚJO; SANTOS, 2001). Em disjuntores PVO que operem em sistemas de alta e extra alta-tensão, é necessário fazer ensaios mais elaborados, que nem sempre são de domínio do pessoal de manutenção. Esses ensaios são executados tanto na recepção do produto, quanto após trabalhos de revisão, de ordem mecânica ou elétrica. Estes ensaios, devido a sua complexidade, devem ser feitos em laboratórios especializados, são designados como “ensaios sintéticos com método de injeção” (ARAÚJO; SANTOS, 2001). Designa-se ensaio sintético, o procedimento no qual o equipamento é curto-circuitado e alimentado por uma fonte de corrente à freqüência industrial, a tensão de restabelecimento transitória provém de 14 outras fontes de tensão separada, total ou parcialmente. A tensão nos bornes da fonte de corrente é apenas uma fração da fonte de tensão, utilizando assim uma potência bem menor no ensaio. Este procedimento está detalhado na NBR 7102/1981 e os circuitos normalizados pela NBR 7118 (ARAÚJO; SANTOS, 2001). Alguns procedimentos de manutenção serão melhores abordados no capítulo 4, na página 49. 2.4 DISJUNTOR PVO MODELO. 3AC DA SIEMENS O disjuntor PVO de óleo do tipo 3AC, para média tensão era produzido pela empresa Siemens, na atualidade foram substituídos pelos modelos a vácuo do tipo 3AH (DISJUNTORES a vácuo 3AH, Disponível em http://www.siemens.com.br/template. aspx?id=131&type=FILES). O fato deste equipamento ter sido substituído pelo fabricante em sua linha de produção, demonstra mais a capacidade de inovação tecnológica desta indústria, do que propriamente o equipamento ter se tornado obsoleto. Disjuntores do tipo 3AC são ainda largamente utilizados em instalações elétricas em todo o Brasil e outras partes do mundo, é um produto eficiente, de alta confiabilidade, superando as expectativas em questão de vida útil. (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). Este fato pode também ser comprovado se levarmos em conta que boa parte de outros fabricantes mantém modelos similares, a óleo, ainda em produção. FIGURA 4 Vista traseira de um disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 15 Os disjuntores do tipo 3AC, PVO, foram projetados para instalações abrigadas, próprios para montagem em cubículos compactos, devido ao baixo peso e dimensões reduzidas. Este equipamento é capaz de executar qualquer manobra em redes elétricas, observando-se claro suas limitações de tensão e corrente máxima. O princípio de extinção de arco é o mesmo para toda a linha, sendo inclusive capaz de manobrar banco de capacitores, interrompe pequenas correntes indutivas sem provocar sobre tensões inadmissíveis. Para todas as correntes nominais até 2.500 A, os disjuntores possuem apenas um pólo por fase. Segundo o fabricante, manutenções são necessárias apenas após 5 anos de utilização ou 10.000 manobras mecânicas, também em caso de determinado número de manobras em função de corrente interrompida. Os contatos e peças internas da câmara podem ser removidos facilmente para inspeção e manutenção. Estes disjuntores eram produzidos para operar nas tensões de 7,2 kV, 15kV e 24 kV. Eram encontrados modelos disponíveis para manobrar correntes entre 400 A até 2500 A, com correntes de ruptura entre 10 kA até 40 kA, dependendo da tensão de operação, disponibilizava-se modelos manuais oumotorizados, para rede de 50 Hz ou 60 Hz. Os disjuntores 3AC podiam ainda ser produzidos para instalação fixa, em suporte com rodas ou sistemas extraíveis, tudo dentro das normas da época (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). FIGURA 5 Vista Frontal de um disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 16 2.4.1 Construção Em todos os modelos de disjuntores 3AC, cada um dos pólos é fixado na parte traseira da estrutura, através de dois isoladores produzidos em epóxi. A transmissão da força do mecanismo de acionamento aos pólos é feita por barras isolantes (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). FIGURA 6 Pólos do disjuntor montados na carcaça Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. Os pólos contêm o circuito principal, a câmara de extinção e os meios de extinção. Conforme poderá ser observado na figura 7 na página 17, quando o disjuntor é conectado a rede elétrica, a corrente flui no circuito principal, que é constituído pelas seguintes partes: • terminal superior (item 19 da figura 7); • flange superior (item 17 da figura 7); • contato fixo (item 31 da figura 7); • contato móvel (item 49 da figura 7); • roletes (item 61 da figura 7); • colunas de guia (item 63 da figura 7); • flange inferior/terminais inferiores (item 67 ou 91 da figura 7). 17 Na abertura o contato móvel atinge a velocidade de 3 a 5 ms dependendo do modelo. No final do percurso é freado pelo amortecedor (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). FIGURA 7 Corte de um pólo do disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 18 O mecanismo de acionamento completo, inclusive disparadores, chaves auxiliares, dispositivos de comando e sinalização, encontra-se dentro da caixa do mecanismo. Na parte frontal do equipamento localizam-se todos os elementos de controle necessários, tais como botão para ligar e desligar, indicador de posição e carga da mola. Portanto a tampa frontal constitui o quadro de comando do disjuntor (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). FIGURA 8 Painel frontal de um disjuntor 3AC Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD- ROM. No mecanismo de acionamento por molas pré-carregadas, a mola de fechamento é carregada e travada. Através do comando liga, ela é liberada, fechando o disjuntor com velocidade independente de quem está operando o mecanismo. Nos acionamentos “EU” (este é o acionamento do disjuntor em estudo) e “EK”, a mola de fechamento é recarregada automaticamente pelo acionamento motorizado após o equipamento ser ligado. Nos acionamentos “HN” e “HK” a mola deverá ser recarregada manualmente. Com isso a energia necessária para seqüência “O-CO” fica armazenada nas molas, como é necessário para religamento automático (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). 19 FIGURA 9 Mola de um disjuntor 3AC Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. 2.4.2 Extinção de Arco Conforme poderá ser observado na figura 11 na página 21, na abertura o contato móvel (item 49 da figura 11) é deslocado para baixo, sendo que o arco que se estabelece, quando os contatos se separam, é extinto pela ação combinada de dois fluxos de óleo isolante, um dependente e o outro independente da corrente. A seqüência completa pode melhor ser observada na figura 11. Devido ao movimento de abertura do contato móvel, parte do meio de extinção é expulso da carcaça inferior (item 73 da figura 07 da página 17), fluindo por dentro da haste oca do contato móvel (item 49 da figura 11) e através do bocal injetor múltiplo atinge diretamente o arco (ver figura 11). Pequenas correntes de natureza indutiva são interrompidas com segurança e correntes capacitivas desligadas sem reacendimento. Na interrupção de correntes de curto-circuito o fluxo de óleo independente da corrente não é suficiente para extinguir o arco (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). 20 FIGURA 10 Contato fixo de um disjunto 3AC Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. Através do movimento descendente do contato móvel (item 49 da figura 11 na página 21), o arco se prolonga até atingir a parte inferior da base da câmara (item 41 da figura 11). Enquanto os gases formados no compartimento superior da câmara (item 35 da figura 11) se dirigem para cima atravessando o contato fixo (item 31 da figura 11), forma-se no compartimento inferior da câmara (item 45 da figura 11) uma bolha de gás de alta pressão. Uma vez que a ponta do material isolante do contato móvel obstrui o furo da base da câmara (item 41 da figura 11), a bolha pode se expandir somente para baixo. Com isso, o óleo que aí se encontra flui através do canal anelar (item 39 da figura 11) indo atingir o arco por todos os lados. Este é intensamente resfriado através desse potente jato de fluído mineral quase radial e extingui-se na passagem seguinte da corrente pelo ponto zero. Devido à injeção do óleo fresco, a rigidez dielétrica da distância de abertura é restabelecida muito rapidamente, evitando seguramente a reignição (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). 21 FIGURA 11 Seqüência de extinção de arco em um disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 22 2.4.3 Mecanismo de Operação O mecanismo de operação dos disjuntores 3AC se distingue pelas seguintes características: • são do tipo por molas pré-carregadas, isto é, a operação de carga da mola não é automaticamente seguida de alteração da posição dos contatos principais, permitindo livre escolha do instante da operação do fechamento; • estão disponíveis em duas versões (350 Nm/básico A e 560 Nm/básico B), ambas em três execuções (manual, manual com bobina de estabelecimento e motorizado); • construção modular que facilita modificação de suas características, mesmo após ter saído da linha de produção, pode ser montado o motor, mudada a tensão das bobinas auxiliares, entre outros; • as molas de fechamento e abertura armazenam energia necessária para executar mecanicamente a seqüência de operação O-0, 3 s - CO, requerida para religamento automático. Disjuntores com acionamento EU (no caso o acionamento do equipamento em estudo) não são apropriados para religamento automático; • acionamento simultâneo dos 3 pólos, através de eixo de manobra único; • robusto e durável, requer manutenção reduzida e simples, segundo o fabricante, apenas lubrificação a cada 5 anos ou após 10.000 manobras, dispensando qualquer ajuste na regulagem mecânica feita na fábrica ou substituição de peças. Os subconjuntos que compõem o mecanismo de operação são: • eixo de carga da mola/bloco de carga da mola/mola de fechamento; • eixo de manobra/mola de abertura; • bloco de comando; • acionamento motorizado; • chave de contatos auxiliares. O bloco de comando possui uma unidade de montagem na qual os componentes de comando (bobina, disparador, trava, etc.) são fixados sobre uma placa base (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR). . 23 FIGURA 12 Mecanismo de operação do disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 24 FIGURA 13 Bloco de comando de um disjuntor 3ACFonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 25 2.4.4 Manutenção Os disjuntores 3AC, segundo o fabricante, requerem pouca manutenção. Em intervalos de 5 anos ou após determinados número de manobras em função da corrente interrompida deverá ser feita uma pequena inspeção. As partes do pólo sujeitas a desgastes são acessíveis. As peças internas da câmara e os contatos podem ser retirados facilmente, mesmo por pessoas sem treinamento específico. Não se faz necessário soltar as conexões para tal, e o óleo permanece dentro dos pólos durante a inspeção ou troca dos contatos. Os componentes mecânicos requerem somente lubrificação. Normalmente, não é necessário substituir peças. O mecanismo é constituído de tal modo que somente após 10.000 manobras deverá ser feita uma revisão geral (SIEMENS S.A.; Compilado para instalações elétricas, Acervo UTFPR).. A elevada vida útil dos contatos é alcançada através da baixa energia do arco e pouca erosão ocorre neles. A vida útil do contato do disjuntor depende da corrente total interrompida (produto da corrente interrompida Ia e o número de manobras n). 1 FIGURA 14 Peças sobressalentes para disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 1 A nome das peças identificadas na figura 14 estão identificados na tabela 01, na página 26 26 Na figura 14, na página 25, podemos encontrar as peças sobressalentes mais importantes, comercializadas pelo fabricante, vale lembrar que sendo um equipamento já fora de linha, corre-se o risco de não encontrá-las facilmente, tendo que se recorrer à fabricação especial. Na tabela 1 estão os nomes correspondentes aos números das peças identificadas na figura 14, da página 25. TABELA 1 Peças sobressalentes para disjuntor 3AC Nº. peça Denominação Quantidade utilizada por disjuntor p/ 9.5 Vedação 3 ou 6 11 Válvula de expansão 6 13.3 Visor de óleo 3 p/13.3 Vedação 3 13.11 Bóia completa 3 27 Cabeçote SS 3 31 Contato fixo 800/1250 A 3 31 Contato fixo 1600 A 3 31 Contato Fixo 3 33 Tubo distanciador 3 37 Tampa da Câmara 3 41 Base da Câmara 3 73.5 Vedação 3 p/83 Vedação 6 p/83 Vedação 6 97 Bujão de drenagem com vedação 3 ou 6 Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. FIGURA 15 Montagem de um tubo distanciador em disjuntor 3AC Fonte: ACTUAL ENGENHARIA. Imagens de disjuntor PVO 3AC Siemens. 2008. CD-ROM. 27 2.4.5 Diagrama Funcional Na figura 16, na página 28 é apresentado o diagrama funcional básico de um disjuntor 3AC, na tabela 02 pode-se encontrar as funções e a descrição dos componentes, se são itens que acompanham o disjuntor ou são acessórios fornecidos sob encomenda. Foram considerados na tabela somente os componentes para versão de disjuntor com acionamento EU, que é o equipamento estudado. TABELA 2 Componentes de um diagrama do disjuntor 3AC Símbolo Denominação Situação de utilização F1 Trava elétrica de ligação Fornecido sob encomenda F2 Bloqueio KIRK Fornecido sob encomenda H A Comando manual - desliga Normal HE Comando manual - liga Normal K1 Contator anti-bombeamento Normal M1 Motor Normal P Mecanismo com molas Normal R1 Resistor Fornecido sob encomenda RP Relés primários Fornecido sob encomenda S1 Chave auxiliar Normal S1A Chave auxiliar adicional Fornecido sob encomenda S2 Chave fim de curso (comanda o acionamento motorizado após o tensionamento da mola) Normal S3 Chave fim de curso (comando de K1, bloqueio de estabelecimento com mola não tensionada) Normal S4 Chave fim de curso (indicação da condição de carga da mola) Fornecido sob encomenda S5 Chave fim de curso (bloqueia comando elétrico) Fornecido sob encomenda S6-S7 Chave fim de curso (chave de supressão) Fornecido sob encomenda S8 Chave fim de curso do bloqueio KIRK (interrompe circuito de Y9) Fornecido sob encomenda S9 Desliga disjuntor através de Y1 Fornecido sob encomenda X1 Conectores unipolares em trilho Fornecido sob encomenda S14-S15 Comando elétrico local - liga Fornecido sob encomenda X0 Tomada Múltipla Fornecido sob encomenda Y1,Y2,Y3 Disparador "f" desliga Normal Y4,Y5,Y6 Disparador "w" desliga Normal Y7,Y8 Disparador "r" desliga Fornecido sob encomenda Y9 Bobina de estabelecimento Normal Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 28 2 FIGURA 16 Diagrama funcional do disjuntor 3AC Fonte: SIEMENS S.A. Compilado para instalações elétricas – Catálogo. São Paulo: Siemens. Acervo UTFPR, Número de Chamada: C 621.31924 S571s. 2 Os componentes principais identificados na figura 16 estão listados na tabela 02 da página 27. 29 3 FERRAMENTAS UTILIZADAS NO PLANO DE MANUTENÇÃO 3.1 FMEA A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta que busca, em princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de melhoria, analisadas em projeto do produto ou do processo. Este é o objetivo básico desta técnica, ou seja, detectar falhas antes que se produza uma peça e/ou produto. Pode-se dizer que, com sua utilização, se está diminuindo as chances do produto ou processo falharem, ou seja, estamos buscando aumentar sua confiabilidade (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD; disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm.). Esta dimensão da qualidade, a confiabilidade, tem se tornado cada vez mais importante para os consumidores, pois, a falha de um produto, mesmo que prontamente reparada pelo serviço de assistência técnica e totalmente coberta por termos de garantia, causa, no mínimo, uma insatisfação ao consumidor ao privá-lo do uso do produto por determinado tempo. Além disso, cada vez mais são lançados produtos em que determinados tipos de falhas podem ter conseqüências drásticas para o consumidor, tais como aviões e equipamentos hospitalares no qual o mau funcionamento podem significar até mesmo risco de vida ao usuário (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm). Apesar de ter sido desenvolvida com um enfoque no projeto de novos produtos e processos, a metodologia FMEA, pela sua grande utilidade, passou a ser aplicada de diversas maneiras. Assim, ela atualmente é utilizada para diminuir as falhas de produtos e processos existentes e para diminuir a probabilidade de falha em processos administrativos. Tem sido empregada também em aplicações específicas tais como análises de fontes de risco em engenharia de segurança e na indústria de alimentos. A norma QS 9000 (norma elaborada pelas montadoras de automóveis e caminhões nortes americanas Chrysler, Ford e General Motors) especifica o FMEA como um dos documentos necessários para um fornecedor submeter uma peça/produto à aprovação da montadora. Este é um dos principais motivos pela divulgação desta técnica. Deve-se, no entanto implantar o FMEA em uma empresa, visando-se os seus resultados e não simplesmente para atender a uma exigência de um cliente (MORELLO, 2005). 30 3.1.1 Importância do FMEA A metodologia FMEA é importante porque pode proporcionar para a empresa: • é uma forma sistemática de se catalogar informações sobre as falhas dos produtos/processos; • melhor conhecimento dos problemas nos produtos/processos; • ações de melhoria no projeto do produto/processo, baseado em dados e devidamentemonitoradas (melhoria contínua); • diminuição de custos por meio da prevenção de ocorrência de falhas; •o benefício de incorporar dentro da organização a atitude de prevenção de falhas, a atitude de cooperação e trabalho em equipe e a preocupação com a satisfação dos clientes (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhe/FTA.htm). 3.1.2 Integração FMEA de Processo Com CAPP Na confecção do FMEA de processo deve-se primeiramente levantar e registrar todas as características do processo. Se a empresa estiver trabalhando com um sistema CAPP (Planejamento do Processo Assistido por Computador), que possua operações padrões, toda a operação deveriam ser interfaceadas automaticamente para o FMEA. Assim, o tempo de obtenção do FMEA seria menor e garantida a consistência com os processos/operações definidos (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm). 3.1.3 Tipos de FMEA Esta metodologia pode ser aplicada tanto no desenvolvimento do projeto do produto como do processo. As etapas e a maneira de realização da análise são as mesmas, ambas diferenciando-se somente quanto ao objetivo. Assim as análises FMEA´s são classificadas em dois tipos: • FMEA DE PRODUTO: na qual são consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do projeto. O objetivo desta análise é evitar falhas no produto ou no processo decorrentes do projeto. É comumente denominada também de FMEA de projeto. 31 • FMEA DE PROCESSO: são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, ou seja, o objetivo desta análise é evitar falha do processo, tendo como base as não conformidades do produto com as especificações do projeto. Há ainda um terceiro tipo, menos comum, que é o FMEA de procedimentos administrativos. Nele analisam-se as falhas potenciais de cada etapa do processo com o mesmo objetivo que as análises anteriores, ou seja, diminuir os riscos de falha (MORELLO, 2005). 3.1.4 Aplicação do FMEA Pode-se aplicar a análise FMEA nas seguintes situações: • Para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de novos produtos ou processos; • Para diminuir a probabilidade de falhas potenciais (ou seja, que ainda não tenham ocorrido) em produtos/processos já em operação; • Para aumentar a confiabilidade de produtos ou processos já em operação por meio da análise das falhas que já ocorreram; • Para diminuir os riscos de erros e aumentar a qualidade em procedimentos administrativos. 3.1.5 Funcionamento Básico O princípio da metodologia é o mesmo independente do tipo de FMEA e a aplicação, ou seja, se é FMEA de produto, processo ou procedimento e se é aplicado para produtos/processos novos ou já em operação. A análise consiste basicamente na formação de um grupo de pessoas que identificam para o produto/processo em questão suas funções, os tipos de falhas que podem ocorrer, os efeitos e as possíveis causas desta falha. Em seguida são avaliados os riscos de cada causa de falha por meio de índices e, com base nesta avaliação, são tomadas as ações necessárias para diminuir estes riscos, aumentando a confiabilidade do produto/processo. Para aplicar-se a análise FMEA em um determinado produto/processo, forma-se um grupo de trabalho que irá definir a função ou característica daquele produto/processo. Relacionarão todos os tipos de falhas que possam ocorrer, descreverão para cada tipo de falha suas possíveis causas e efeitos, relacionarão as medidas de detecção e prevenção de falhas que estão sendo, ou já foram utilizados, e, para cada causa de falha, atribuir índices 32 para avaliar os riscos e, por meio destes riscos, discutirão medidas de melhoria (MORELLO, 2005). 3.1.6 Resultados do FMEA Através da técnica FMEA é possível: • Assegurar que todos os modos de falhas possíveis, seus efeitos e causas sejam considerados; • desenvolver uma lista de falhas potenciais classificadas de acordo com seus efeitos no cliente, estabelecendo assim um sistema e priorização para melhorias do projeto e ensaios de desenvolvimento; • auxiliar na seleção de alternativas de projeto do produto/processo com alta confiabilidade e qualidade; • identificar itens críticos de segurança; • determinar quais características do produto/processo necessitam de controles adicionais; • proporcionar informações adicionais para ajudar no planejamento de programas de desenvolvimento e de ensaios eficientes e completos; • proporcionar uma forma de documentação aberta para recomendar ações de redução de risco; • proporcionar referências para no futuro ajudar na análise de problemas de campo, avaliando modificações no projeto e desenvolvendo projetos avançados; • Rever controles atuais (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm). 3.1.7 Planejamento Esta fase é realizada pelo responsável pela aplicação da metodologia e compreende: • descrição dos objetivos e abrangência da análise: em que se identifica qual (ais) produto (s) /processo (s) será (ão) analisado (s); 33 • Formação dos grupos de trabalho: em que se definem os integrantes do grupo, que deve ser preferencialmente pequeno (entre 4 a 6 pessoas) e multidisciplinar (contando com pessoas de diversas áreas como qualidade, desenvolvimento e produção); • Planejamento das reuniões: as reuniões devem ser agendadas com antecedência e com o consentimento de todos os participantes para evitar paralisações; • Preparação da documentação. Esta técnica requer, além de um profundo conhecimento do projeto e processo do produto, o uso do bom senso de cada participante (MORELLO, 2005). 3.1.7.1 Análise de falhas em potencial Esta fase é realizada pelo grupo de trabalho que discute e preenche o formulário FMEA de acordo com os passos que seguem abaixo: a. função (ções) e característica (s) do produto/processo; b. tipo (s) de falha (s) potencial (is) para cada função; c. efeito (s) do tipo de falha; d. causa (s) possível(eis) da falha; e. controles atuais (MORELLO, 2005). 3.1.7.2 Avaliação dos riscos Nesta fase são definidos pelo grupo os índices de severidade (S), ocorrência (O) e detecção (D) para cada causa de falha, de acordo com critérios previamente definidos (um exemplo de critérios que podem ser utilizados é apresentado nas tabelas abaixo, mas o ideal é que a empresa tenha os seus próprios critérios adaptados a sua realidade específica). Depois são calculados os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio da multiplicação dos outros três índices (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm). 34 TABELA 3 FMEA índice de severidade SEVERIDADE Índice Severidade Critério 1 Mínima O cliente mal percebe que a falha ocorre 2 3 Pequena Ligeira deterioração no desempenho com leve descontentamento do cliente 4 5 6 Moderada Deterioração significativa no desempenho de um sistema com descontentamento do cliente 7 8 Alta Sistema deixa de funcionar e grande descontentamento do cliente 9 10 Muito Alta Idem ao anterior, porém afeta a segurança. Fonte: CAPALDO, Daniel; GUERRERO, Vander; ROZENFELD, Henrique. FMEA (Failure Model and Effect Analysis). NUMA – Núcleo de Manufatura Avançada. Disponível em: <http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm. >, Acesso em 09 nov. 2008. TABELA 4 FMEA índice de ocorrência OCORRÊNCIA Índice Ocorrência Proporção Cpk 1 Remota 1:1.000.000 Cpk > 1,67 2 3 Pequena 1:20.000 1:4.000 Cpk > 1,00 4 5 6 Moderada 1:1000 1:400 1:80Cpk <1,00 7 8 Alta 1:40 1:20 9 10 Muito Alta 1:8 1:2 Fonte: CAPALDO, Daniel; GUERRERO, Vander; ROZENFELD, Henrique. FMEA (Failure Model and Effect Analysis). NUMA – Núcleo de Manufatura Avançada. Disponível em: <http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm.>, Acesso em 09 nov. 2008. 35 TABELA 5 FMEA índice de detecção DETECÇÃO Índice Detecção Critério 1 2 Muito grande Certamente será detectado 3 4 Grande Grande probabilidade de ser detectado 5 6 Moderada Provavelmente será detectado 7 8 Pequena Provavelmente não será detectado 9 10 Muito pequena Certamente não será detectado Fonte: CAPALDO, Daniel; GUERRERO, Vander; ROZENFELD, Henrique. FMEA (Failure Model and Effect Analysis). NUMA – Núcleo de Manufatura Avançada. Disponível em: <http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/FTA.htm.>, Acesso em 09 nov. 2008. Observações Importantes: • quando o grupo estiver avaliando um índice, os demais não podem ser levados em conta, ou seja, a avaliação de cada índice é independente. Por exemplo, se estamos avaliando o índice de severidade de uma determinada causa cujo efeito é significativo, não podemos colocar um valor mais baixo para este índice somente porque a probabilidade de detecção seja alta. • no caso de FMEA de processo podem-se utilizar os índices de capabilidade da máquina, (Cpk) para se determinar o índice de ocorrência (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos port/pag_conhec/FTA.htm). 3.1.7.3 Melhoria Nesta fase o grupo, utilizando os conhecimentos, criatividade e até mesmo outras técnicas como brainstorming, lista todas as ações que podem ser realizadas para diminuir os riscos. Estas medidas podem ser: • medidas de prevenção total ao tipo de falha; • medidas de prevenção total de uma causa de falha; • medidas que dificultam a ocorrência de falhas; • medidas que limitem o efeito do tipo de falha; 36 • medidas que aumentam a probabilidade de detecção do tipo ou da causa de falha. Estas medidas são analisadas quanto a sua viabilidade, sendo então definidas as que serão implantadas. Uma forma de se fazer o controle do resultado destas medidas é pelo próprio formulário FMEA por meio de colunas que onde ficam registradas as medidas recomendadas pelo grupo, nome do responsável e prazo, medidas que devam realmente ser tomadas e a nova avaliação dos riscos (MORELLO, 2005). 3.1.7.4 Formulário O formulário FMEA é um documento vivo, ou seja, uma vez realizada uma análise para um produto/processo qualquer, esta deve ser revisada sempre que ocorrerem alterações neste produto/processo específico. Além disso, mesmo que não haja alterações deve-se regularmente revisar a análise confrontando as falhas potenciais imaginadas pelo grupo com as que realmente vem ocorrendo no dia-a-dia do processo e uso do produto, de forma a permitir a incorporação de falhas não previstas, bem como a reavaliação, com base em dados objetivos, das falhas já previstas pelo grupo (CAPALDO; GUERRERO; ROZENFELD, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos port/pag_conhec/FTA.htm). 3.2 ÁRVORE DE FALHA – FTA 3.2.1 Introdução A análise da Árvore de Falhas foi desenvolvida pelos engenheiros do Laboratório da Bell Telephone Company no início dos anos 60, e tem continuado a receber contínuas melhoras, especialmente na área de avaliação matemática (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). A análise da árvore de falhas (Fault Tree Analysis – FTA) visa melhorar a confiabilidade de produtos e processos através da análise sistemática de possíveis falhas e suas conseqüências, orientando na adoção de medidas corretivas ou preventivas e é uma ferramenta de análise de confiabilidade em que a técnica de análise de falhas pode ser do tipo qualitativo ou quantitativo. Na análise qualitativa, o objetivo reside na determinação das causas básicas que levaram um evento qualquer a falhar. Para a análise quantitativa, o objetivo é determinar a probabilidade de ocorrência de falhas para o evento estudado 37 (GUERRERO, disponível em: http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimento_ port/pag_ conhec/FTA.htm.). O diagrama da árvore de falhas mostra o relacionamento hierárquico entre os modos de falhas identificados no FMEA. O processo de construção da árvore tem início com a percepção ou previsão de uma falha, que a seguir é decomposto e detalhado até eventos mais simples. Dessa forma, a análise da árvore de falhas é uma técnica top-down, pois parte de eventos gerais que são desdobrados em eventos mais específicos (MORELLO, 2005). 3.2.2 Vantagens do Uso do FTA • Fácil visualização do problema possibilitando um conhecimento aprofundado do sistema e de sua confiabilidade; • excelente ferramenta para o conhecimento sistêmico de processos complexos; • permite a determinação de falhas de difícil detecção; • identifica itens que necessitam ter um alto nível de confiabilidade; • possibilita uma análise qualitativa ou quantitativa visando a confiabilidade de um sistema; • possibilita introduzir reduções de custo no equipamento ou produto sem prejudicar o atual desempenho; • possibilita formular planos de manutenção centrados em confiabilidade; • permite identificar procedimentos de manutenção com o enfoque de diminuir a probabilidade de quebra (GUERRERO, disponível em http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimento_ port/pag_ conhec/FTA.htm.). 3.2.3 Características A base da estrutura de um FTA reside na definição de um evento topo (falha funcional de um item específico). O evento topo é interligado às falhas básicas, isto é, conjunto de falhas que originam a falha do evento topo. Os elementos utilizados para a construção de um FTA são classificados como: elementos que classificam (simbologia dos eventos) e conectam (portas lógicas) (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). 38 3.2.3.1 Símbolos lógicos na árvore de falhas A análise da árvore de falhas é realizada através de uma representação gráfica da inter-relação entre as falhas de equipamentos ou de operação que podem resultar em um acidente específico. Os símbolos mostrados a seguir são usados na construção da árvore para representar está inter-relação (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 17 Porta “OU” Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. Na figura 17 temos a porta “OU” que indica que a saída do evento ocorre quando há uma entrada de qualquer tipo (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 18 Porta “E” Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 39 Na figura 18 na página 38 temos a porta “E” que indica que a saída do evento ocorre somente quando há uma entrada simultânea de todos os eventos (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 19 Porta Inibidora Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. Na figura 19 temos a porta de inibição, ela indica que a saída do evento ocorre quando acontece a entrada e a condição inibidora é satisfeita (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 20 Porta de restrição Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 40 Na figura 20 na página 39 temos a porta de restrição, ela indica que a saída do evento ocorre quando a entrada acontece e o tempo específico de atraso ou restrição expirou (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 21 Evento básico Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. Na figura 21 temos a representação do evento básico, ele representa a falha básica do equipamento ou falha do sistema que não requer outras falhas ou defeitos adicionais (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 22 Evento intermediário Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 41 Na figura 22 na página 40 temos a representação do evento intermediário, ele representa uma falha em um evento resultante da interação com outras falhas que são desenvolvidas através de entradas lógicas (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 23 Evento não desenvolvido Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. Na figura 23 temos a representação do evento não desenvolvido, ele representa uma falha que não é examinada mais, porque a informação não está disponível ou porque suas conseqüências são insignificantes (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 24 Evento externo Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 42 Na figura 24 na página 41 temos a representação do evento externo, ele indica uma condição ou um evento que é suposto existir como uma condição limite do sistema para análise (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). FIGURA 25 Transferências Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. Na figura 25 temos a representação das transferências, indica que a árvore de falhas é desenvolvida de forma adicional em outras folhas. Os símbolos de transferência são identificados através de número ou letras (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). 3.2.4 Aplicação do FTA A metodologia do FTA pode ser aplicada em: • projeto - pode ser usado na fase de projeto de um sistema ou planta para descobrir modalidades de falhas ocultas, que resultam das combinações das 43 falhas dos equipamentos ou componentes ou por erros de operação. (humanos). • Operação - incluindo características de procedimentos de operação e do operador, pode ser usado para estudo um sistema em operação, a fim de identificar combinações potencias de falhas que possam causar acidentes. (GUERRERO, disponível em http://www.numa.org.br/ conhecimentos/conhecimento port/pag_ conhec/FTA.htm.). 3.2.4.1 Etapas de utilização 1ª - Escolha do evento não desejado a ser analisado, e definir a configuração do sistema, módulo, ciclo de vida e ambiente do objetivo do estudo. 2ª - Obter informações, desenhos e qualquer outro tipo de informação disponível para ter um bom entendimento do sistema a ser analisado. 3ª - Construção do diagrama lógico da árvore de falhas. 4ª - Avaliar o diagrama lógico (utilizando os enfoques objetivos definidos). 5ª - Preparar um resumo das conclusões da análise da árvore de falhas para serem apresentadas e analisadas pela gerência. As principais portas lógicas que conectam e estabelecem a lógica Booleana (lógica binária), entre os eventos da árvore de falha. A figura 26 na página 44 ilustra o funcionamento das portas lógicas “E” e “OU” quando submetidas aos eventos/falhas A e B. A porta “E” é utilizada quando o evento topo “C” ocorre devido às falhas simultâneas dos eventos A e B. A porta “OU” é utilizada quando o evento topo “C” ocorre devido à falha de A ou de B, simultaneamente ou não (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). 44 FIGURA 26 Funcionamento das portas “E” e “OU” Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 3.2.4.2 Exemplo de utilização do FTA A figura 27 na página 45 exemplifica uma aplicação de FTA para a análise de falha (explosão) num depósito de combustível. A porta “OU” conecta duas possibilidades de falhas (simultâneas ou não) que originam a fonte de ignição, se esta fonte de ignição estiver em contato com um vazamento de combustível (falhas simultâneas), ocorre então à explosão (falha no evento topo) do depósito (SILVA, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf). . 45 FIGURA 27Exemplo de árvore de falha. Fonte: SILVA, João Luis Reis e. Utilização da Metodologia FTA para a garantia da confiabilidade em plantas de metalúrgica. ICAP Del Rei – Instituto de consultoria e aperfeiçoamento profissional, São João Del Rei – MG. Disponível em: http://www.icapdelrei.com.br/ arquivos /Artigos/ Artigo- FTA%20em%20plantas%20de%20 metalurgia.pdf, Acesso em 09 nov. 2008. 3.3 MANUTENÇÃO A manutenção pode ser encarada como uma função estratégica nas organizações, sendo responsável direta pela disponibilização dos equipamentos para operação dos sistemas, tendo suma importância na obtenção de resultados. Quanto mais eficaz for um sistema de manutenção, melhores serão os resultados alcançados pela corporação. As técnicas de manutenção estão ligadas à capacidade de resolver problemas dos equipamentos, através de ações, de preferência deverão ser devidamente planejadas. A gestão da manutenção pode ser definida como o conjunto de ações, a nível corporativo, para gerenciamento do programa. No estudo da manutenção é necessário saber diferenciar falha e defeito. A falha pode ser definida como ocorrências no equipamento que o impedem de exercer a função requerida. Defeito é uma ocorrência no equipamento que não impede o seu funcionamento, mas se não for corrigido, na maioria dos casos, poderá levar a uma falha (XAVIER; DORIGO, disponível em http://www.icapdelrei.com.br/arquivos/Artigos/ 46 trabalho_20_CBM_nascif_dorigo.pdf). Podemos encontrar vários tipos de descrições sobre os tipos de manutenção, muitas vezes semelhantes, mas adaptados à cultura de cada organização. Neste trabalho se utilizará três tipos básicos de sistemas de manutenção: manutenção corretiva, manutenção preventiva e manutenção preditiva. 3.3.1 Manutenção Corretiva Manutenção corretiva é o método mais antigo que se encontra no mundo, pode ser dividida em natural, emergencial, provenientes e novas instalações. Na manutenção corretiva natural espera-se a falha acontecer para que somente após a ocorrência dela tomem-se as medidas corretivas necessárias. Não é um método eficiente, mas em ambientes que carecem de organização são muito utilizados, normalmente ocasionando quebra de produção, prejuízos e perda de tempo e recursos. Em alguns casos poderá ser uma ação proposital, normalmente utilizadas em sistemas onde a falha não é tão impactante no processo e o custo-benefício da utilização de outros métodos não é compensador. Um exemplo clássico que pode ser utilizado é na troca de uma lâmpada: se a fonte de iluminação estiver localizada em uma sala de estar, se esperará a queima desta para somente após se executar a troca; já se ela estivesse localizada em uma sala de cirurgia, seria exigida a troca em períodos pré-determinados antes da ocorrência da falha, evitando-se assim graves conseqüências para o processo. Na manutenção corretiva emergencial a falha deverá ser corrigida imediatamente, para se evitar perdas no processo, como sua interrupção, comprometimento da qualidade do produto, entre outros. Este tipo de manutenção, na maioria dos casos, deve-se a falhas na utilização de outros métodos, oriundo de planos mal elaborados ou inexistência destes, é chamada por especialista da área como “apagar o fogo”. A ocorrência de manutenções emergenciais pode ser fruto também da reposição de peças de baixo padrão de qualidade nos equipamentos, muitas vezes fruto de políticas gerenciais que extrapolam nos programas de minimização de custos ou falha dos manutentores, na exigência da qualidade do produto a ser reposto. A manutenção corretiva proveniente cuida dos reparos detectados por outros métodos, quando se detecta a possível ocorrência de uma falha. Muitas vezes esses eventos são detectados, mas não há possibilidade de se sanar o problema imediatamente, devido ao 47 cronograma de produção ou falta da peça a ser reposta, neste caso será programada uma intervenção futura. A manutenção corretiva de novas instalações trata das intervenções que se fazem necessárias quando se detecta a necessidade de uma modificação dentro da planta atual. Pode ser uma intervenção mais simples como a instalação de um novo equipamento, uma nova sala, alcançando até necessidades mais complexas, como amplas reformas na planta. (LIMA, Paulo; 2008). 3.3.2 Manutenção Preventiva Manutenção preventiva é o método que se baseia no tempo, onde o objetivo principal é antecipar a falha do equipamento. Muito utilizado no passado, mas está gradativamente sendo substituído pela manutenção preditiva, pois apresenta a desvantagem de promover a troca de componentes, mesmo ainda em condições de uso, pois se baseia no tempo de utilização e não no estado da peça. Em alguns sistemas críticos sua utilização é recomendada, pois determinadas equipamentos podem ser desligados raramente, sendo a atuação da manutenção feita somente nestas ocasiões. Nestas ocorrências, mesmo encontrando-se componentes com pouco desgaste, ainda em condições de uso, troca-se, pois o risco de uma falha no equipamento é muito comprometedor para todo o sistema (LIMA, Paulo; 2008). 3.3.3 Manutenção Preditiva Manutenção preditiva é uma forma moderna de abordagem do processo, pode-se dizer que é a evolução da manutenção preventiva. Esta metodologia de manutenção consegue detectar uma falha antes da sua ocorrência, através de metodologia científica, analisando e monitorando pontos específicos dos equipamentos e instalações onde possam ocorrer estes eventos. A análise dos pontos pode ser feita através de aparelhos específicos, ou em alguns casos utilizando apenas os cinco sentidos humanos. Na manutenção preditiva há minimização dos custos, pois a substituição de peças é feita somente quando há uma real necessidade, também através da inibição de falhas há redução de eventuais prejuízos por quebra na produção, proveniente de sua interrupção. Esse sistema apresenta uma boa relação custo-benefício para a organização, ao contrário do que pensam alguns administradores, aqueles que só enxergam benefícios através de 48 investimentos imediatos, desprezando resultados a médio e longo prazo. É um sistema que se adapta bem às corporações que primam por qualidade, afinando-se bem com outros programas, exigindo um mínimo de organização para a sua implantação. Através de monitoramento e controle estatístico poderá se antever até o período onde poderá acontecer a falha no equipamento, permitindo às equipes de manutenção a intervenção no momento certo, possibilitando amplo planejamento da ação a ser executada. A manutenção preditiva apresenta a vantagem de minimização do estoque estratégico de peças de reposição, permitindo assim planejar as despesas e evitando excessos de itens nos almoxarifados das indústrias (TPM – Manutenção produtiva total; disponível em <http://www.manutencaopreditiva.com.br/artigos/tpm.ppt#361,96,QUEBRA ZERO).. 49 4 PLANO DE MANUTENÇÃO Conforme a proposta original elaborou-se um plano básico de manutenção para o equipamento estudado. Nele foi traçado um planejamento capaz de ser cumprido pelas equipes de manutenção local, dispensando grandes intervenções e alto índice de especialização por parte destas. Lembrando que não existia nenhum planejamento para manutenção do disjuntor PVO (pequeno volume de óleo) e todas as intervenções são feitas de forma corretiva, deixando o usuário à mercê de graves problemas emergenciais que poderiam surgir durante a operação do mesmo. Os dados básicos para confecção das intervenções da manutenção que citaremos foram elaborados com base em relatório de possíveis falhas do equipamento, levantados pela empresa Actual engenharia e consta no anexo A deste trabalho, na página 68. Foram levantadas as situações mais comprometedoras que poderiam prejudicar o funcionamento do equipamento, causando inclusive
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