Grátis
12 pág.

CONTRASTES E SEMELHANÇAS NOS PROCESSOS DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA CHINA E DO JAPÃO
Denunciar
Pré-visualização | Página 3 de 4
em 2006 o governo investiu 87 bilhões de dólares, 3,01% do produto interno bruto (17), a China forma cerca de 1 milhão de engenheiros, 800 mil médicos e 500 mil físicos, por ano, 92% da população são alfabetizados (19). Apesar de investir em educação, o governo Chinês mantém forte censura nos meios de comunicação e também na internet, filmes com fortes cenas de sexo, livro políticos e shows de rock são proibidos. Apesar dos problemas a China conseguiu tirar mais de 400 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 20 anos, praticamente duas vezes a população do Brasil. Apesar da falta de liberdade e da imensa máquina burocrática do governo, os Chineses parecem felizes, pelos menos os das áreas industrializadas, no final do mês sobra dinheiro e a vida para eles já foi bem pior. O país começa a ter os seus primeiros bilionários e o povo parece gostar de sua nova vida, a China cresce cerca de 10% ao ano. Ainda assim os desafios são grandes, eles precisam tirar cerca de 800 milhões de pessoas da pobreza (18). A China cresce e praticamente já é a segunda economia mundial, lidera o mais espetacular ciclo de crescimento da história, exporta cerca de 800 bilhões de dólares ao ano e recebeu cerca de 72 bilhões de dólares em investimentos em 2007 (19). Entre os principais itens produzidos pela china temos desde matérias primas até produtos acabados, como: sapatos, brinquedos e eletrônicos; alimentos processados; equipamentos de transporte incluindo automóveis, vagões de trens e locomotivas, navios e aviação; equipamentos de telecomunicação, veículos espaciais e satélites (20). Um dos problemas enfrentados pelos produtos chineses é o seu conceito de baixo padrão de qualidade, para muitas pessoas o “made in China” atualmente é sinônimo de produto ruim. Outro problema que os chineses têm enfrentado é sobre a pirataria, que segundo algumas pessoas no ocidente, ela corre livremente neste país, a grande queixa é que eles não respeitam a propriedade industrial (21). Segundo autoridades do país, estão se fazendo grandes esforços para supervisionar a qualidade dos produtos industrializados e os fabricantes devem ser responsáveis pela retirada imediata dos itens que apresentarem problemas (22). 4 CONCLUSÃO O surto de industrialização nos dois países apresentados se deu com forte intervenção do estado, claro que no caso Chinês não poderia ser de outra forma, visto que este país tem regime comunista. O Japão iniciou o seu processo praticamente 100 anos antes que os Chineses, no caso destes podemos dizer que a industrialização ocorreu somente no final da década de 1970, sendo um processo recente, com cerca de 30 anos. Em ambos os casos, os dois países estavam sob regimes totalitários quando os processos se iniciaram. Analisando os fatos pelo tempo, podemos dizer que no século XIX os dirigentes do Japão tiveram mais visão do que os Chineses. A China, com a falta de visão de seus governantes, sofreu um grande atraso tecnológico, que na atualidade está recuperando, mas vale à pena lembrar que no período da revolução cultural tentou andar na contramão da história. O período da segunda guerra mundial foi decisivo na história e rumo dessas duas nações, ambas sofreram horrores em seus territórios e economia. O povo Japonês deixa claro o seu poder de reorganização, pois não se deixa abater pelos problemas e corre sempre em direção às soluções. Se considerarmos que o processo de industrialização Chinês conta apenas com 30 anos, podemos relacioná-lo com o Japão do início do século XX. O Japão, nesta época, tinha graves problemas de tecnologia de produção e qualidade em seus produtos, que conseguiu resolver na década de 1970. Olhando por este lado, a China está bem adiantada em relação ao assunto qualidade, lembrando que hoje toda a teoria de processos evoluiu bastante, com forte participação dos Japoneses. Claro que seria necessário investigar como a tecnologia industrial é transferida a estes países, pois pode ser que não seja feita da maneira correta, causando todos os problemas abordados no que se refere ao fator qualidade. Em um primeiro momento a China foi prejudicada por ter um processo de industrialização tardio, mas beneficiada por receber uma tecnologia bem mais desenvolvida e pronta do que os Japoneses em sua época inicial. O Japão teve que desenvolver grande parte de sua evolução tecnológica, inclusive com forte trabalho na área de processos. A educação é fator primordial no desenvolvimento tecnológico e econômico de uma nação. Os fatos apresentados deixam claro que o sucesso desses dois países está ligado aos programas educacionais desenvolvidos. Se a China repetir a história Japonesa, poderá mudar o conceito de baixo padrão de qualidade de seus produtos, visto que no Japão isso também já foi realidade. O grande contraste da China em relação ao Japão é no campo de liberdade individual, que parece ser o seu ponto fraco. Com a melhoria do nível de vida de seus cidadãos, a sociedade Chinesa buscará maior liberdade de expressão ou se contentará somente com o conforto material produzido pela tecnologia? Somente o tempo poderá responder essa pergunta. REFERÊNCIAS (1) MAIOR, A. Souto. História Geral. 15.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. 476p. (2) VICENTINO, Cláudio. História Geral. 8.ed. São Paulo: Scipione, 1997. 495p. (3) FREITAS, Felipe. História de Macau. Disponível em: http://topazio1950.blogs.sapo.pt/244203.html. Acesso em: 11 out. 2008, 20:49. (4) PORTAL JAPÃO. Disponível em: < http://www.japao.org.br/modules > . Acesso em 11 out. 2008, 21:41. (5) THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR EDUCATIONAL INFORMATION. O Japão de Hoje. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1990. 176p. (6) OLIVEIRA, Amaury porto de. A aposta Japonesa. Formação de uma economia regional no leste Asiático: artigo. Disponível em: <http://www.ourinhos.unesp.br/gedri/publica/artigos/oliveira_04.pdf>, 11 out. 2008 23:25. (7) PEREIRA, Marcos Aurélio. Apostila pré-vestibular semi-extensivo, vl. 2. Curitiba: Sociedade Educacional Expoente, 2006. (8) HISTÓRIA DO JAPÃO. Disponível em: < http://angelopapim.sites.uol.com.br >. Acesso em 12 out. 2008, 12:14. (9) SATO, Francisco Noriyuki. Disponível em: <http://www.culturajaponesa.com.br>. Acesso em 12 out. 2008, 12:36. (10) JOBIM, Nelson Franco. Disponível em: <http://nelsonfrancojobim.blogspot.com/2006/06/superjapo-comea-se-recuperar.html> . Acessado em 12 out. 2008, 13:38. (11) O TRABALHO EM EQUPE. Disponível em <http://www.ogerente.com.br/novo/artigos_sug_ler.php>. Acessado em 12 out. 2008, 13:56. (12) HISTÓRIA DA QUALIDADE. Disponível em http://www.infoescola.com/administracao_/historia-da-qualidade. Acessado em 12 out. 2008, 14:11. (13) CAMPOS, Vicente Falconi. TQC-Controle da qualidade total (no estilo Japonês). Belo Horizonte: MG Editora, 1999. 230p (14) FERRAMENTAS DA PRODUÇÃO ENXUTA. Disponível em: <http://www.numa.org.br>. Acessado em 12 out. 2008, 15:26. (15) VESENTINI, José William. Sociedade e espaço – Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1996. 351p. (16) REVOLUÇÃO CULTURAL NA CHINA MEXEU COM A ESTRUTURA POLÍTICA DO PAÍS. Disponível em: <http://www.unificado.com.br/calendario/04/rev_cultural.htm>. Acessado em 12 out. 2008, 17:10. (17) INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO DA CHINA ATINGE NÍVEL RECORDE EM 2006. Disponível em http://www.embchina.org.br/por/szxw/t397710.htm. Acessado em 12 out. 2008, 17:45. (18) AQUINO, Ruth. China, a nova superpotência. Revista Época, São Paulo, n.527, p.38-60, 23 jun. 2008. (19) JOBIM, Nelson Franco. Disponível em: <http://nelsonfrancojobim.blogspot.com/2006/09/china-ter-20-da-produo-industrial- do.html> . Acessado em 12 out. 2008, 18:28. (20) GUIA DO EXPORTADOR – CHINA. Disponível em: <http://www.global21.com.br/guiadoexportador/china.asp>. Acessado em 12 out. 2008, 18:49. (21) PESADELO CHINÊS. Disponível