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A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO

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FAVENI
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO
 LUCIANA LEMES
	
 A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO
 
 CAARAPÓ MS
2020
TÍTULO DO TCC: A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO 
[footnoteRef:1]Lemes, LUCIANA (luciana.cpo@hotmail.com) [1: Luciana.cpo@hotmail.com] 
RESUMO: Na educação pode ser encontrado o Psicopedagogo que se encontra para ajudar, esclarecer e dar assessoria a escola sobre as diversas situações encontradas no processo ensino aprendizagem. O Psicopedagogo também atua de maneira preventiva, porque ele pode contribuir em relação à situação de dificuldades de aprendizagem, que não tem somente como causa deficiências do aluno, mas que também pode ser consequências de alguns problemas escolares que surgem no decorrer do desenvolvimento do processo. Seu papel é analisar os fatos que favorecem, ou prejudicam a aprendizagem na instituição escolar, ajudando e auxiliando no desenvolvimento de projetos que levam ás mudanças educacionais, ou seja, ao aprendizado, visando evitar processos que dificultam o aprendizado e do conhecimento. A escola é responsável pela formação do homem e, o trabalho do psicopedagogo na instituição escolar ajuda a prevenir criando competências e habilidades para que os problemas sejam solucionados. Com esta finalidade e em virtude do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, a intervenção psicopedagógico ganha espaço nas instituições de ensino. 
PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogo, instituição escolar, professores, alunos, aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A escola, é o local onde as crianças e adolescentes, que ao saírem do convívio familiar, passam a fazer parte de outros grupos com pessoas, crianças diferentes, participando direta ou indiretamente do aprender. Porém, existem alguns casos, que o aprender não acontece da maneira esperada pela escola ou pela família, surgindo ai, a necessidade de investigar quais os fatores que estão interferindo no processo ensino aprendizagem.
Assim, a psicopedagogia constitui-se em uma junção de dois saberes, a psicologia e a pedagogia, duas ciências muito importantes que ajudam a descobrir problemas sérios na área da educação e saúde. A psicopedagogia é uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objetivo o ser em processo de construção do conhecimento.
A Psicopedagogia estuda as questões relacionadas ao não-aprender em algumas crianças. A área se preocupa com a aprendizagem humana e busca garantir que todos tenham as condições necessárias para garantir o seu desenvolvimento cognitivo, social, cultura, etc. As técnicas e métodos aplicados pela psicopedagogia visam uma intervenção psicopedagógico que possa resolver solução de problemas relacionados à aprendizagem.
Surgiu no Brasil há aproximadamente 30 anos, devido ao grande número de crianças com dificuldades escolares e até mesmo fracasso escolar, onde só a pedagogia ou só as psicologias sozinhas não conseguiriam resolver, encontrar uma saída para resolver esses fracassos.
Por isso, a psicopedagogia não está voltada apenas ao estudo das dificuldades e dos distúrbios de aprendizagem, mas de um modo geral. Encontram-se seres humanos, de qualquer idade que podem fazer uso dos princípios da Psicopedagogia para aprender de forma mais eficaz, compreendendo o seu próprio processo de aprendizagem. Afinal, ela está presente onde o processo ensino aprendizagem acontece, ou  seja, em todos os momentos e faixas etárias de nossas vidas. 
Infelizmente, muitas pessoas veem a Psicopedagogia como um trabalho realizado somente com alunos portadores de dificuldades de aprendizagem; pode ser pelo fato da sua origem, pois ela surge como uma alternativa de intervenção nas dificuldades de aprendizagem. 
Considerando a escola responsável por grande parte da formação do homem, o trabalho do Psicopedagogo no ambiente escolar tem um caráter preventivo, quando procura criar competências e habilidades para solucionar aos casos que aparecem. Assim, devido ao grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem, a intervenção psicopedagógico ganha seu espaço dentro das instituições de ensino. A Psicopedagogia, garante que a os conteúdos serão assimilados e os alunos terão a oportunidade de desenvolver o seu raciocínio, inteligência, imaginação, criatividade, entre outros aspectos, durante o processo ensino aprendizagem desenvolvido dentro das instituições de ensino.
Portanto, a função do Psicopedagogo, é a de observar e avaliar qual a necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como verificar junto ao Projeto Político Pedagógico, como a escola conduz o processo ensino-aprendizagem, para garantir o sucesso dos alunos e como a família exerce o seu papel para que o processo ensino aprendizagem se devolva com muitas vitórias.
O Psicopedagogo também pode avaliar o aluno para identificar possíveis situações que interferem em seu desempenho escolar e dessa forma, garante o bom andamento das atividades, além de possuir uma importância significativa para a inclusão escolar. O profissional adquiri conhecimentos, desenvolvendo um importante papel para intervenção junto à família dos alunos, visto que o ambiente familiar também tem uma grande influência no aprendizado e desenvolvimento infantil.
A metodologia usada para este artigo foi a qualitativa através da pesquisa bibliográfica e contém 12 (doze) páginas sobre o assunto: A Importância do Psicopedagogo na Educação.
Portanto, esse artigo surgiu pela preocupação que existe na prática pedagógica, de conseguir encontrar uma maneira de ajudar os alunos a enfrentar seus medos e dificuldades e daquilo que cada um constrói com seus próprios conhecimentos por meio de estímulos, procurando fazer uma abordagem sobre a atuação e a importância do Psicopedagogo dentro da Instituição Escolar.
DESENVOLVIMENTO
2 O PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA
A escola responsável por grande parte da formação do ser humano e. o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, a intervenção psicopedagógico procura ganhar espaço nas instituições de ensino.
Mesmo assim, as escolas apresentam dificuldades no processo ensino aprendizagem. Segundo Siqueira e Giannetti (2011), vem acrescendo o número de crianças que apresentam dificuldades de aprendizagens escolar.
Sendo a escola responsável por grande parte da formação do ser humano, o trabalho do Psicopedagogo dentro da instituição escolar tem um caráter preventivo ao procura criar competências e habilidades para a solução dos problemas. Assim, devido o grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e desafios que englobam a família e a escola, a intervenção ganha espaço nas instituições de ensino.
Para Bossa (2007), os estudos buscam explicações para a diferença no rendimento dos alunos e o acesso diferenciado aos diversos graus de escolarização. Todo esse conhecimento se tornou base para o pensamento de psicólogos e educadores daquele período. Assim, a dificuldade de aprendizagem foi atribuída a problemas orgânicos quando, as crianças passaram a ser tratadas como “anormais”.
   Por isso, a presença do psicopedagogo no ambiente escolar pode e deve ser analisado pela instituição de ensino, pois o mesmo cumpre uma importante função social, que é de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo através da aprendizagem, quando a criança é inserida, de forma mais organizada no mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade. 
Assim, prioridades devem ser estabelecidas nos estabelecimentos de ensino, tais como: diagnóstico e busca da identidade da escola, definições de papéis em busca de funções e identidades, frente ao aprender, análise do conteúdo ereconstrução conceitual, além do papel da escola no diálogo com a família. 
A Psicopedagogia além de dominar a patologia e etiologia dos problemas de aprendizagem, aprofundou conhecimentos que lhe possibilitam uma contribuição efetiva não só relacionada aos problemas de aprendizagem, mas também, na melhoria da qualidade de ensino oferecido pela escola (SCOZ. 1994).
Por isso, faz-se necessário que uma instituição de ensino pense sobre a aprendizagem dos seus educandos de maneira mais ampla, onde os problemas relacionados às dificuldades de aprendizagem são reflexos de como a escola vem sendo concebida na sociedade atual. Na sociedade capitalista a escola vem sendo concebida na sociedade atual e tem a função de transmitir às pessoas certas competências e habilidades para que elas atuem competitivamente num mercado de trabalho altamente seletivo e restrito. Para este sistema, o tipo de escola que faz sentido é aquela que “[...] reproduz as relações do capital, as relações de desigualdade” (Facci, 2009, p.126).
Assim, os profissionais que atuam na área da Educação vão sendo conduzidos, segundo Eidit (2004), a uma prática profissional técnica, baseada em métodos e teorias que visam ao desenvolvimento do homem, à redução de seu sofrimento ou à promoção de seu autoconhecimento, elementos que são necessários à sua adaptação à sociedade. Os educadores que não se adaptam a essa sociedade devem ser excluídos, precisando ajustar-se a ela para poderem ser reincluídos à função que escolheram, a de ser educadores.
Muitas vezes, é o professor que identificar os alunos com problemas na aprendizagem, visto estar em contato direto com o aluno e assim é ele quem comunica o problema para o supervisor e encaminha esses alunos a profissionais especializados - os psicopedagogos. Além deles e, em parceria com orientadores pedagógicos, coordenadores pedagógicos e diretores encaminham os alunos com dificuldades em aprendizagem à profissionais especializados como psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psiquiatras e outros. 
Sabe-se que a maior parte das dificuldades de aprendizagem estão relacionadas às questões do momento e podem ser primárias (quando são ocasionadas a problemas emocionais) ou secundárias (em decorrência de paralisia cerebral ou outras questões, que podem comprometer o sistema orgânico e assim dificultar a aprendizagem). Os distúrbios estão relacionados às características intrínsecas, resultando em uma inabilidade específica. É um conceito muito associado à psiquiatria e encontra-se listado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) (RELVAS, 2010).
Os Psicopedagogos, realizam o processo diagnóstico com diferentes avaliações, que tem o objetivo de compreender o porquê de esse aluno não aprender. Portanto, os problemas escolares são considerados individuais e subjetivos e centram-se no aluno todas as suas justificativas, responsabilizando o mesmo por seu sucesso ou fracasso, o qual passa a ilusão de que a culpa é dele e não do ambiente que se encontra à sua volta. 
Ao realizar a abordagem preventiva, o psicopedagogo realiza pesquisa sobre as condições do aluno verificando se o mesmo atende as exigências para que se produza a aprendizagem do conteúdo escolar. Identifica também os obstáculos e os elementos facilitadores, sendo isso uma atitude de investigação e intervenção. 
O trabalho desenvolvido pelo psicopedagogo é uma forma preventiva, quando ele, profissional, preocupa-se especialmente com a escola, visto que a mesma é pouco explorada e existe muito que fazer, pois grande parte da aprendizagem ocorre dentro da instituição, na relação com o professor, com o conteúdo e com o grupo social escolar como um todo. 
Para Fagali (2002, p. 10) 
“... trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo, através da aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento”.
Portanto, o trabalho psicopedagógico tem como objetivo trabalhar os elementos que se encontram envolvidos no processo ensino aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos entre eles, sejam sempre bons. A relação entre sujeito e objeto deverá ser positiva para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de maneira saudável e prazerosa. 
O psicopedagogo que atua na escola, como um profissional qualificado, dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhores condições no processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem.
Assim, o desenvolvimento de atividades acontece através dos jogos e da tecnologia que está ao alcance de todos, buscando integração dos interesses, raciocínio e informações que fazem com que o aluno atue nos diferentes níveis de escolaridade. Portanto, a educação pode ser comparada como um processo de construção do conhecimento que ocorre como uma complementação, compostos pelo professor, aluno e o conhecimento construído previamente. 
O psicopedagogo atua em diversas áreas, de forma preventiva e terapêutica, compreende os processos de desenvolvimento e das aprendizagens do ser humano, recorrendo a várias estratégias objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir. Segundo Bossa (2007) a prática da psicopedagogia na instituição escolar também é clínica se for analisado apenas a semântica original da palavra de observação e investigação, já que na instituição o profissional será um observador e investigador das dificuldades de aprendizagem.
Sabe-se que por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo oferece condições para que haja uma intervenção psicopedagógica dentro da instituição escolar onde visa a solução de problemas de aprendizagem nos espaços escolares. Junto com toda a equipe escolar, o psicopedagogo mobiliza a construção de um espaço adequado que possa oferecer condições de aprendizagem de forma que evite comprometimentos e assim, com a metodologia e/ou a forma de intervenção aplicada facilita e/ou desobstrui o processo ensino aprendizagem. 
Para um psicopedagogo, surgem muitos desafios dentro da escola que se relacionam de modo significativo à sua formação pessoal e profissional implicam em uma identidade própria e singular capaz de reunir qualidades, habilidades e competências ao atuar em uma instituição escolar. Acredita-se que, se houvesse em todas as escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas de aprendizagem seria bem menor.
Uma das funções dos psicopedagogos dentro de uma unidade escolar esta em avaliar o aluno identificando os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo nos seus potenciais construtivos e também em suas dificuldades, tendo assim argumentos para encaminha-lo, por meio de um relatório, quando necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc., os quais irão realizar diagnóstico especializado e exames complementares com o objetivo de favorecer o desenvolvimento humano no processo ensino aprendizagem. 
O psicopedagogo também, deve estar preparado para auxiliar os educadores com atendimentos pedagógicos individualizados, os quais contribuem para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, bem como participar do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos. 
Nessa perspectiva, 
“o psicopedagogo não é um apenas aquele que resolve os problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico” (TANAMACHI, 2003, p. 43).
 
Um desafio muito grande, talvez o maior deles enfrentado pelo psicopedagogo institucional é a de mediação das ações que levam os educadores a refletiremsobre a importância de uma visão ampla do aprender. As instituições de ensino apresentam a filosofia do formar cidadãos, mas na prática é valorizado o número de aprovação de estudantes em vestibulares. E, para atender essa demanda, as instituições apresentam metodologias e práticas que preparam os educandos para provas específicas, sem reflexões e criticidade sobre os assuntos apresentados durante o processo educacional. Contudo, precisa-se preparar as crianças e adolescentes para serem cidadãos críticos, capazes de refletir sobre os fatos e acontecimentos que os cercam no seu cotidiano, para que adquirem condições para interferir positivamente na sociedade. Para Freire (1997), é necessária uma educação que proporcione a conscientização, assim o indivíduo será capaz decidir social e politicamente.
Chalita (2004, p. 230) afirma que “o grande pilar da educação é a habilidade emocional”, portanto, mesmo em ambiente escolar, é impossível desenvolver as habilidades cognitivas e sociais, sem trabalhar a emoção. Um trabalho desenvolvido com base no afeto facilita o processo ensino-aprendizado, e é esse desempenho que se espera do profissional que trabalha com a Psicopedagogia, o resgate do afeto em nossas escolas.
Assim, tem-se a credibilidade de que o trabalho da Psicopedagogia pode elevar a efeitos muito positivos para a diminuição das dificuldades que surgem no contexto escolar, pois exige-se o envolvimento de toda a equipe, com um desejo permanente de mudanças, para que haja as transformações positivas.
3. CONCLUSÃO
Ao finalizar essa pesquisa sobre a importância do psicopedagogo na escola pode ser estudado e verificado que o trabalho do psicopedagogo atinge seus objetivos quando, ao ser ampliado a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola atenda às necessidades de aprendizagem. Portanto, deve ser analisado o Projeto Político-Pedagógico, as propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de aprendizagem. 
A necessidade da presença do psicopedagogo nas escolas deve-se ao aumento no número de crianças que apresentavam dificuldade de aprendizagem, enquanto os serviços pedagógicos responsáveis por atender essa demanda se encontram sobrecarregados. Com isso, o cargo a ser ocupado pelo psicopedagogo, possibilita a entrada de um profissional para realizar a avaliação psicopedagógica destas crianças. 
O Psicopedagogo incentiva com estímulos o desenvolvimento das relações interpessoais, estabelecendo vínculos, utilizando métodos de ensino compatíveis com as mais novas concepções a respeito desse processo. Envolve a equipe escolar e ajuda a ampliar o olhar em torno do aluno e dos obstáculos que se impõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo.
Como a Psicopedagogia é uma teoria e uma prática que se ocupa da aprendizagem humana em qualquer faixa etária, entende-se que ela pode ajudar os profissionais da educação a perceber os pais como seres em processo de aprendizagem, assim como seus filhos e, cabe á escola o gerenciamento dessa aprendizagem acerca de como a gerir a vida escolar de seus filhos.
Portanto, o estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender ás necessidades de aprendizagem. Para isso, devem analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio da aprendizagem.
Assim, conclui-se que a atuação do psicopedagogo nas escolas fica centrado no indivíduo, e não no processo ensino-aprendizagem, pois busca no aluno as explicações para os problemas escolares, reforçado as concepções individuais e patológicas das dificuldades de aprendizagem. 
REFERÊNCIAS 
Bock, A. M. B. (2000). As influências do Barão de Münchausen na Psicologia da Educação. Em E. R. Tanamachi, M. Proença & L. M. Rocha (Org.), Psicologia e Educação: desafios teórico-práticos (pp. 11-33). São Paulo: Casa do Psicólogo. 
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3 ed Porto Alegre: Artes Médicas, 2007. 160p. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei federal n° 9.394 de 20.10.1996. Brasília. Ministério da Educação e do Desporto/ Federação dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino. 1996. 
BRASIL. Lei n°15719/15, de 20 de Março de 2015. Dispõe sobre a implantação de assistência psicopedagógica em toda a Rede Municipal de Ensino, com o objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas de aprendizagem tendo como enfoque o educando e as instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental.de São Paulo. 
CHALITA, Gabriel. Educação. A solução está no afeto. São Paulo, 12ªedição. Ed. Gente, Brasília, 2004.
Eidt, N. M. (2004). Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: diagnóstico ou rotulação?. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica, Campinas, SP.
Facci, M. G. D. (2009) A intervenção do Psicólogo na formação de professores: Contribuições da Psicologia Histórico-Cultural. Em C. M. M. Araújo (Org.), Psicologia Escolar: Novos cenários e Contextos de Pesquisa, Formação e Prática (pp. 107-131). Campinas, SP: Editora Alínea.
FREIRE Paulo; EDUCAÇÃO: como prática da liberdade. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011. 189 p.
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e Transtornos de Aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2010. 143 p. 
SCOZ, Beatriz. Pisicopedagogia e Realidade escola: o problema escolar e de aprendizagem. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 176 p.
Siqueira, C. M, Giannetti, J. G. (2011). Mau desempenho escolar: uma visão atual. Assoc. Med. Bras, 57(1), 78-87.
TANAMASHI. E. de R. & MEIRA, M. E. M. A atuação do Psicólogo como expressão do pensamento crítico em Psicologia e Educação. Em M. A. M. Antunes (orgs) Psicologia Escolar: Práticas Críticas, São Paulo, Ed. Casa do Psicólogo, 2003.

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