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PEÇA- DIREITO DO TRABALHO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 89ª VARA DO TRABALHO DE CURITIBA– PR
Processo nº: 000153-80.2012.5.09.0089
SUPERMERCADO ONOFRE LTDA, devidamente qualificado nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, em que contende com SÉRGIO CAMARGO DE OLIVEIRA, por intermédio de seu advogado que ao final assina (em anexo), vem tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no inciso I do art. 895 da CLT interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
Em face da decisão que deu parcial provimento à inicial, a fim de que a matéria seja apreciada novamente para fins de juízo de retratação por parte de Vossa Excelência, nos termos do art. 485, § 7º  do CPC, aplicável à Justiça do Trabalho conforme art.3º, inciso, VIII da IN 39 do TST. 
O presente recurso deve ser recebido, uma vez que é tempestivo e adequado, interposto por parte legítima, devidamente capaz, neste ato representado por seus advogados.
Junta-se neste ato o comprovante de recolhimento das custas processuais e o comprovante do depósito recursal.
Após as formalidades de estilo, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho, para apreciação do recurso.
Nestes Termos,
Pede-se deferimento.
Curitiba, data
Advogado
OAB/UF 0000
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA ... REGIÃO 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE: SUPERMERCADO ONOFRE LTDA
RECORRIDO: SÉRGIO CAMARGO DE OLIVEIRA
ORIGEM: 89ª VARA DO TRABALHO DE CURITIBA– PR
Processo nº: 000153-80.2012.5.09.0089
Colenda Turma,
Excelentíssimo Senhor Relator,
O recorrente interpôs o presente Recurso Ordinário inconformado com a sentença prolatada pela 89ª Vara do Trabalho de Curitiba-PR pelos fatos e fundamentos que passa a dispor: 
1. CUSTAS E PREPARO RECURSAL
O pagamento das custas e do depósito recursal foram devidamente realizados, conforme exigência capitulada no art. 899 da CLT, e está sendo comprovado neste ato.
2. RESUNO DA CONTROVÉRSIA 
 Perante a 89a Vara do Trabalho de Curitiba tramita a RT no 000153- 80.2012.5.09.0089, ajuizada em 06/05/2012 por Sérgio Camargo de Oliveira, contra o Supermercado Onofre Ltda. Nela foi proferida sentença que, em síntese, assim julgou os pedidos formulados a seguir: 
(i) Foi reconhecida a ilicitude da confessada supressão das comissões, que eram pagas desde a admissão, ocorrida em 13/10/2005, mas abruptamente ceifadas pelo empregador em 25/12/2006. Entendeu o magistrado que a prescrição, na hipótese, era parcial, alcançando os últimos 5 anos, e não total como advogado na peça de bloqueio, já que se tratava de rubrica assegurada por preceito de lei, além de se tratar de alteração prejudicial ao empregado, vedada pelo Art. 468, caput, da CLT.
(ii) Foi deferido o pagamento de duas cotas mensais de salário-família para os filhos capazes do reclamante, que, na admissão do obreiro, contavam com 15 e 17 anos, respectivamente. Enfatizou o magistrado que não foi solicitada a documentação pertinente quando do ingresso do demandante, gerando prejuízo financeiro para o trabalhador.
(iii) Foi concedida indenização por dano moral pela humilhação sofrida pelo reclamante na saída. É que, por determinação do empregador, ele foi comunicado de sua dispensa por intermédio de um colega de trabalho que exercia a mesma função, que o chamou em particular numa sala, para lhe dar a fatídica notícia.
Encampou o magistrado que o reclamante somente um superior hierárquico poderia informar acerca da ruptura contratual, e que a forma eleita pela ré seria indigna e vexatória.
Uma vez que o autor foi contratado em substituição ao Sr. Paulo, dispensado em 05/10/2005, foi deferida a diferença salarial, porque o antecessor auferia salário 20% superior ao do reclamante, o que, segundo a decisão, violaria os princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana.
Foi deferida a reintegração ao emprego, porque na dispensa, ocorrida em 06/04/2012, o autor não foi submetido a exame demissional, conforme previsto no Art. 168, II, da CLT, gerando então, na ótica do reclamante e do magistrado, garantia no emprego.
Contudo, a tutela antecipada foi indeferida, pois foi constatado por perícia judicial que Sérgio Camargo encontrava-se em perfeito estado de saúde. Foi concedida verba honorária na razão de 15% sobre a condenação. A sentença foi proferida de forma líquida, com valor de R$ 60.000,00 e custas de R$ 1.200,00.
3. MÉRITO DO RECURSO 
a) PRESCRIÇÃO TOTAL DAS COMISSÕES 
Ao contrário do entendimento manifestado na r. Sentença proferida pelo juízo a quo, não há que se falar em prescrição parcial das comissões, e sim em prescrição total, uma vez que, na forma da OJ 175 do TST: 
A supressão das comissões, ou a alteração quanto à forma ou ao percentual, em prejuízo do empregado, é suscetível de operar a prescrição total da ação, nos termos da Súmula nº 294 do TST, em virtude de cuidar-se de parcela não assegurada por preceito de lei.
Desse modo, deve ser extinto o processo com resolução do mérito.
b) EXCLUSSÃO DO SALÁRIO FAMÍLIA
Excelentíssimo, como demostrado em peça inicial, na admissão do obreiro os seus filhos contavam com 15 e 17 anos, respectivamente, sendo assim, passível de exclusão a condenação, uma vez que a decisão proferida vai de contrário ao art. 2º da Lei nº 4.266/63, in verbis: 
 Art. 2º. O salário-família será pago sob a forma de uma quota percentual, calculada sobre o valor do salário-mínimo local, arredondado esta para o múltiplo de mil seguinte, por filho menor de qualquer condição, até 14 anos de idade.
Assim, como ambos os filhos do Recorrido a época da contratação possuíam mais de 14 anos de idade, fica evidente a exclusão do pagamento das duas cotas mensais de salário família, por parte da Recorrente. 
c) DO DANO MORAL 
Quanto a indenização do dano moral, percebe-se um equivoco quanto ao entendimento do Magistrado no sentido de que somente um superior hierárquico poderia informar acerca da ruptura contratual. Isso porque, a maneira pela qual foi efetuada a despensa do Recorrido não cogitou qualquer violação a aspecto da personalidade do autor, uma vez que não há qualquer lei, norma que obrigue a informação da ruptura por um superior.
Ademais, vale salientar que o comunicado foi realizado por colega de trabalho de mesmo nível hierárquico e de maneira adequada, sem qualquer tipo de exposição vexatória, tendo sido feito em lugar reservado. Desta maneira, fica claro que não ocorreu qualquer tipo de violação a hora por parte da Recorrente. 
d) DIFEREBÇA SALÁRIAL 
No tocante à diferença salarial, vale ressaltar que o Recorrido efetuou um contrato novo junto a Recorrente, desta maneira substituído um antigo funcionário, ou seja, ocupando um cargo vago, o quando se tratar de cargo vago, o novo contratado não possui direito assegurado ao mesmo salário do antecessor.
 Da mesma forma a Súmula nº 159, II, do TST, retrata que: “Substituição de caráter não eventual e vacância do cargo... II – Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor”.
Afinal, diante do ordenamento e do exposto, não resta duvidas que não cabe a Recorrente pagar qualquer diferença salarial ao Recorrido. 
e) NÃO REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO 
A Ausência De Exame Médico Demissional é uma Infração Administrativa, sendo assim a falta do exame médico demissional previsto no art. 168, II, da CLT não implica nulidade da despedida, pois trata-se de mera infração administrativa, merecendo reforma a sentença que deferiu a reintegração do reclamante sob tal fundamento.
Outrossim a Constituição Federal somente garante a estabilidade para os cipeiros, empregada doméstica e os dirigentes sindicais, não sendo o caso do reclamante. Alega, ainda, que a Lei nº 8.213/91 confere direito à estabilidade provisória àquele que sofra acidente ou adquira doença profissional durante o trabalho, também não sendo aplicável ao caso em tela,  especialmente porque o laudo comprovou que o empregado estava apto, de modo que não há base legal para a reintegração do mesmo.
f) DOS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS 
Quanto aos honorários advocatícios nãoestão presentes os requisitos para o seu deferimento, tendo em vista que o autor está assistido por advogado particular, não implementando os requisitos da Súmula 219 do TST, Lei nº 5.584/70, Art. 14 e OJ 305 TST.
4. REQUERIMENTOS FINAIS
Diante de todo o exposto, e pelo que será suprido pelo notório saber dos Ilustres Julgadores, requer seja conhecido o presente Recurso para, no mérito, dar-lhe provimento, reformando a sentença nos pontos objeto da irresignação, ao final, julgá-los improcedentes.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF 0000

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