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Sistema Único de Saúde (SUS)

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Sistema Único de Saúde (SUS)
Políticas públicas de saúde
O Movimento Sanitário Brasileiro, culminou na 8ª Conferência Nacional de Saúde.
➜ Movimento Sanitário (Déc. 70 e 80) → 8ª Conferência de Saúde (1986) → SUDS (1987) → SUS (1988)→Leis Orgânicas da Saúde (1989, 1990)
➜ 1986: 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE 
➜ FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS DE MUDANÇA DO SETOR DE SAÚDE 
• No documento a saúde é definida como resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. E, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida
➜ 1987: SUDS, uma estratégia-ponte para “a reorientação das políticas de saúde e para a reorganização dos serviços, enquanto se desenvolvessem os trabalhos da Constituinte e da elaboração da legislação ordinária para o setor. 
➜ 1988: Constituição Federal aprova a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, reconhecendo a “Saúde: direito de todos e dever do Estado”. 
➜ 1989: Ao longo desse ano, procederam-se negociações para a promulgação da lei complementar que daria base operacionais à reforma e iniciaria a construção do SUS.
Sistema Único de Saúde (SUS)
➜ Criado pela Constituição Federal de 1988 
➜ Regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 e nº 8.142/90 (Leis Orgânicas da Saúde) 
• Lei n.º 8080, de 19/09/90 → Regulamenta o SUS (princípios e diretrizes); 
• Lei n.º 8.142, de 28/12/90 → Controle Social e financiamento
Finalidade: Saúde da população tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão.
Sistema: conjunto de instituições públicas e privadas (contratado e conveniado), que interagem para um fim comum. →TODOS seguem os mesmos princípios e normas do serviço público e referem-se, ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Único: mesma doutrina e a mesma forma de organização em todo o país.
Princípios e Diretrizes do SUS
➜ No SUS estes princípios devem se desenvolver de forma interdependente, com constante interação. 
➜ Os princípios constituem as bases para o seu funcionamento e as diretrizes mostram a organização/ direção do sistema de saúde no Brasil.
Universalidade 
➜ A saúde é direito de cidadania e dever do Estado. 
➜ Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda.
Equidade 
➜ O SUS deve tratar desigualmente os desiguais 
➜ Os serviços de saúde devem identificar as diferenças da população e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa 
➜ Reduzir disparidades regionais e sociais 
• Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido conforme as suas necessidades. O SUS não pode oferecer o mesmo atendimento à todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares. Se isto ocorrer, algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras não serão atendidas naquilo que necessitam.
Integralidade 
➜ Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser humano integral submetido às mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva a adoecer e a morrer 
➜ As ações de promoção, proteção e de recuperação formam um todo indivisível que não podem ser compartimentalizadas. As unidades prestadoras de serviço com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
Regionalização e Hierarquização 
➜ Este princípio está ligado aos gestores municipais e estaduais 
➜ Hierarquização em níveis crescentes de complexidade 
➜ Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de referências e contrareferencias)
Descentralização 
➜ Redistribuição das responsabilidades quanto as ações e os serviços de saúde entre os vários níveis de governo 
➜ Municipalização 
➜ A Lei 8.080 e as NOBs (Norma Operacional Básica do Ministério da Saúde) que se seguiram definem precisamente o que é obrigação de cada esfera de governo.
Controle Social 
➜ É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas, poderá participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis desde o federal até o local. 
➜ Conselhos de saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviços, com poder deliberativo (50%) 
➜ Constituição: Garante a participação da população na formulação e controle da execução das políticas de saúde 
➜ Lei 8142 
• Conselho de Saúde: Paritário (gestores, profissionais de saúde e usuários)
➜ As Conferências de Saúde 
• nas três esferas de governo 
• são as instâncias máximas de deliberação 
• devendo ocorrer periodicamente (4 em 4 anos) 
• definem as prioridades e linhas de ação sobre a saúde. 
➜ É dever das instituições oferecerem informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde
Fundamentos do controle social do SUS
• O desenvolvimento da Cidadania; 
• A construção de espaços democráticos; 
• O reconhecimento de interesses diferentes e contraditórios na sociedade; 
• A construção de políticas e o desenvolvimento de programas e ações que beneficiem o conjunto da população; 
• A ação permanente; 
• A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado objetivando o Bem Comum e contra a prevalência dos Interesses Privados.
Competências e atribuições do SUS
Nível federal: normatização e coordenação geral do sistema no âmbito nacional a ser desenvolvido com a participação dos estados e municípios para os quais o MS deve oferecer cooperação técnica e financeira. 
Nível estadual: planejamento do sistema estadual regionalizado e o desenvolvimento da cooperação técnica e financeira com os municípios. 
Nível municipal: gestão do sistema de saúde no município com planejamento, gerenciamento e a execução dos serviços públicos de saúde e a regulação dos prestadores privados de serviços.
Organização do SUS
➜ Os princípios e diretrizes do SUS definiram a Atenção Primária à Saúde (APS) como diretriz norteadora e articuladora para a transformação do modelo de atenção à saúde vigente antes da sua implantação. 
• “Que era” voltado para a assistência à doença em seus aspectos individuais e biológicos, centrado no hospital, nas especialidades médicas.
Atenção Primária à Saúde
➜ Primeiro contato com o sistema de saúde e o local responsável pela organização do cuidado à saúde dos indivíduos, suas famílias e da população
➜ Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma ATENÇÃO INTEGRAL que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
Programa de Agentes Comunitários PACS (1991)
➜ Conduziram as mães para os serviços de pré-natal e de puericultura; 
➜ Orientavam sobre a vacinação nas crianças; 
➜ Estimulavam o aleitamento materno, a higiene e o uso do soro oral.
1994: PSF PROPOSTA DE REORIENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO BÁSICA -- foco na unidade familiar e operacionalizado pelas ações da equipe na esfera comunitária.
O Programa Saúde da Família inicialmente é definido como um modelo de assistência à saúde que visa desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da família e da comunidade, utilizando o trabalho de equipes de saúde, responsáveis pelo atendimento na unidade local de saúde e na comunidade, no nível de atenção primária.
Programa ≠ Estratégia – saúde da família
PROGRAMA: aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. 
ESTRATÉGIA: não prevê um tempo para finalizar.
Objetivos da ESF (estratégia saúde da família)
➜ Reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional 
➜ Levar a saúde mais para perto da
família, através da aproximação do seu ambiente físico e social
➜ Possibilitar a compreensão ampliada do processo saúde-doença e da necessidade de intervenções que vão além das práticas curativas.
Ações priorizadas pela ESF
(conforme com os princípios do SUS)
• Prevenção; 
• Promoção 
• Recuperação da Saúde das pessoas de forma INTEGRAL e CONTÍNUA
NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família)
➜ Apoiar a inserção da ESF na rede de serviços e ampliar a abrangência e o intenção das ações da Atenção Primária bem como sua resolutividade, além dos processos de territorialização e regionalização 
➜ NASF não é a porta de entrada do sistema , mas apoio às ESF

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