Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Belo Horizonte 2020 LEANDRO EUSTAQUIO BRANDÃO, PEDRO PAULO BRAGA SANTOS EDUCAÇÃO FISICA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA Belo Horizonte 2020 A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA Trabalho de Educação Física apresentado á universidade Pitágoras UNOPAR como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de ciências morfofuncionais dos sistemas nervoso e cardiorrespiratório; ciências morfofuncionais dos sistemas tegumentar, reprodutor e locomotor; metodologia do ensino do voleibol, atividades físicas e esportes adaptados, medidas e avaliação em Educação Física. Orientadores: Prof. Franciele Fernanda Souza LEANDRO EUSTAQUIO BRANDÃO, PEDRO PAULO BRAGA SANTOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO .................................................. Erro! Indicador não definido. 2.1 EMBASAMENTO TEÓRICA; SITUAÇÃO PROBLEMA 1 Erro! Indicador não definido. 2.1.1 EMBASAMENTO TEÓRICO; SITUAÇÃO PROBLENA 2 Erro! Indicador não definido. 3 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho retrata os benefícios da atividade física para pessoas com deficiências motoras é tema pouco estudado no mundo acadêmico, sendo assim, o objetivo deste trabalho foi buscar informações que pudessem esclarecer algumas duvidas a respeito desse assunto. Trata-se de uma situação em que os desafios destes indivíduos precisam ser superados, mas isso não significa que eles não possam levar uma vida feliz, saudável e com acessibilidade. A prática de exercícios físicos é importante para a saúde de qualquer pessoa, pois está comprovado que se exercitar com regularidade gera diversos benefícios para a saúde, além disso melhora a condição cardiovascular, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora e o equilíbrio, seja uma deficiência física, visual ou mental, as oportunidades de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades quanto a sua deficiência, contribuir com o psicológico aumentando a autoconfiança e autoestima, otimismo e a percepção de capacidade na realidade; não praticar exercícios pode inclusive aumentar os efeitos da limitação motora. Sua realização se torna de extrema importância, uma vez que, além de realizarmos uma revisão bibliográfica, na segunda parte do trabalho também tivemos a oportunidade de se deparar com situações problemas que são condizentes com a realidade que o profissional irá encontrar em sua prática clínica considerando que durante todo o processo o docente utiliza o seu conhecimento de vida, teórico e científico, busca novas informações e as integram assumindo assim cada vez uma postura crítica diante de situações reais. 4 2 DESENVOLVIMENTO Cada vez mais se observa a prática de atividades físicas por pessoas com deficiência, a busca da melhoria da qualidade de vida nos últimos anos fez com que uma grande quantidade de pessoas com deficiência buscassem esta prática, visando estimular suas potencialidades e possibilidades, em prol de seu bem-estar físico e psicológico. A oportunidade da prática desportiva para pessoas com deficiência é de extrema eficácia para a promoção da qualidade de vida das mesmas, segundo Melo e López (2002) citado por LEHNHARD, G. R. et al (2012) “é a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias a sua deficiência e promover a integração social do indivíduo”. 2.1 EMBASAMENTO TEÓRICO; SITUAÇÃO-PROBLEMA 1 A situação problema seguinte são condizentes com a realidade que o profissional irá encontrar em sua prática clínica considerando que durante todo o processo o docente utiliza o seu conhecimento de vida, teórico e científico, busca novas informações e as integram assumindo assim cada vez uma postura crítica diante de situações reais. A situação problema um descreve o caso de um paciente que é apresentado junto á equipe do centro de reabilitação. Carlos 30 anos, sofreu um acidente automobilístico há 6 meses e teve uma lesão completa da medula espinhal na altura da primeira vértebra torácica e, com isso, tornou-se paraplégico. Carlos frequenta o centro de reabilitação desde que saiu do hospital quando sofreu o acidente, por isso, já consegue se movimentar com autonomia na cadeira de rodas e foi liberado para a pratica de exercícios junto com a equipe de bruno e sua estagiária, Mirela. Bruno Vinícius ficou empolgado com a chegada de Carlos na equipe e percebeu que precisava passar mais informações sobre a lesão de Carlos e suas sequelas para Mirela. Diante dessas informações o professor pesquisou mais sobre o assunto e passou as informações a sua estagiária que qualquer dano causado à medula espinhal pode acarretar consequências reversíveis e irreversíveis, seja por mecanismo traumático, viral entre outros. A medula faz conexões entre o cérebro e o corpo e dela saem os nervos espinhais que têm a função de conduzir impulsos nervosos sensitivos e motores sendo responsáveis pela intervenção do tronco, braços, pernas e parte da 5 cabeça. Qualquer tipo de dano causado a medula, parte fundamental do sistema nervos, a lesão ocorre quando há danos nas células dentro da medula ou nos nervos que correm para cima ou para baixo pode ser completa ou incompleta. A lesão medular pode ser classificada de acordo com o comprometimento sensório- motor que a pessoa apresenta, pode ser parcialmente ou totalmente atingida. As lesões podem ser completas quando atingem todas as vias motoras ou sensitivas abaixo da lesão, sendo causada por uma compressão grave, intensa deterioração vascular ou transeção completa, incompleta quando compromete somente algumas das vias motoras ou sensitivas abaixo do nível da lesão por osso ou tecido mole deslocado, edema situado no interior do canal vertebral ou transecção parcial medula. As lesões são divididas nas categorias funcionais, paraplegia e tetraplégica, o que define a lesão se é tetra ou para é a altura da lesão medular especificamente o comprimento ou não do plexo braquial. Tetra é o comprometimento dos quatro membros por lesão medular em nível superior a t1 que é o nível mais baixo do plexo braquial, um tetro completo é aquele que possui lesão acima de c5 que é o comprometimento ventilatório por perda na inervação do diafragma c4 c5. O termo paraplegia também é empregado para as lesões da cauda esquina e do cone medular, porém não deve ser usado para lesões do plexo lombo sacri ou de nervos periféricos fora do canal medular (GREVE et al 2001). A tetraplégica antigamente era conhecida como quadriplegia, mas este termo vem sendo substituído. Tetraplegia é o termo usado para lesão da medula espinhal que causa perda ou disfunção sensitiva e motora nos segmentos cervicais (elementos neurais internos do canal medular). O traumatismo da medula pode resultar em alterações das funções motora, sensitiva e autônoma, implicando perda parcial ou total dos movimentos voluntários ou da sensibilidade (tátil, dolorosa e profunda) em membros superiores e/ou inferiores e alterações no funcionamento dos sistemas urinário, intestinal, respiratório, circulatório, sexual e reprodutivo. As lesões medulares, devido a sua gravidade e irreversibilidade, exigem para melhoria da qualidade de vida dos indivíduosque sofreram esse trauma um programa de reabilitação longo e que, na maioria das vezes, não leva a cura, mas auxilia na adaptação a uma nova vida. As sequelas e as dificuldades que essas 6 pessoas enfrentam para retornar á sua vida familiar e social interferem na sua qualidade de vida e são um desafio aos profissionais de um programa de reabilitação. O cuidado ao paciente com lesão medular inclui um conjunto de ações que se inicia no primeiro atendimento e continua até a sua reintegração social, Por isso, toda a equipe de atendimento deve esta envolvida desde a fase aguda em ações que permitam no futuro a inclusão social e econômica do paciente. Uma rotina de exercícios e atividades funcionais, além de trazer benefícios fisiológicos inerentes á atividade (por exemplo, liberação de endorfina), pode favorecer não somente a analgesia, mas também o desvio do foco por parte do paciente de seu quadro álgico, melhorando as possibilidades de sucesso das terapias instituídas. O engajamento em atividades do cotidiano favorece também a experimentação do potencial produtivo com reflexões no humor e na movimentação do individuo. 2.1 EMBASAMENTO TEÓRICO; SITUAÇÃO-PROBLEMA 2 Depois de algum tempo trabalhando no centro de reabilitação, Bruno vínicos percebeu que a modalidade Voleibol sentado é a preferida dos alunos e pacientes. Por isso, ele criou um horário na programação do centro só para as aulas de voleibol sentado. Para monitorar a evolução dos alunos, Bruno irá criar um programa de avaliação física, com o objetivo de verificar periodicamente a composição corporal e a agilidade na cadeira de rodas. Mirela, a estagiária de Bruno irá o auxiliar também nas aulas de Voleibol e no programa de avaliação física. O professor iniciou seu trabalho apresentando a seus alunos como esse esporte começou que o voleibol é uma modalidade coletiva apresentado na sua essência o jogo, fator que socioculturamente motiva e estimula as pessoas, mostrando-se muito favorecido e propício o desenvolvimento de sua prática. Dessa forma, não ocorre o direcionamento para a reflexão em um contexto mais abrangente, por exemplo, o entendimento da origem e evolução da modalidade esportiva e que atitudes podem ser promovidas durante o seu ensino. O voleibol sentado ou adaptado é um esporte paraolímpico que foi criado com o intuito de ajudar as pessoas com alguma deficiência motora a poder 7 praticar um esporte e também para ajudar na interação social e psicológica, como a grande maioria dos esportes paraolímpicos. Podem disputar a modalidade atletas amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiências locomotoras. Entre o voleibol paraolímpico e o convencional há menos diferença do que possa parecer. Basicamente, a quadra é menor do que a convencional (mede 6 m de largura por 10 m de comprimento, contra 18 m X 9 m) e a altura da rede também é menor, pois os jogadores competem sentados. Outras diferenças consistem no fato de o saque poder ser bloqueado. O jogo é dividido por 3 sets ( com dois pontos em vantagem da equipe adversária) primeiro ganha a partida, se no final ficar 2X2 em sets, é feito um ultimo ser chamado de Tie Break que acaba quando chegar aos 15 pontos. Cada equipe é composta por 12 jogadores, sendo que apenas 6 ficam em quadra. Existe 9 classificações cada uma apresenta um grau diferente de limitação. Classe A1; refere-se aos jogadores com dupla amputação acima ou através das articulações do joelho (Duplo AK, do inglês “Above Knee”, que significa “acima do joelho” ). Classe A2: assim como a classificação anterior, refere-se a uma amputação acima ou atrás das articulações do joelho, entretanto uma amputação simples e não dupla. Classe A3: são aquelas com dupla amputação abaixo do joelho (Below Knee, BK), atrás ou acima da articulação tálus-calcanear. Classe A4: o mesmo que o anterior, mas com amputação simples. Classe A5: refere-se aos atletas que possuem dupla amputação acima ou atrás da articulação do cotovelo (Above Elbow, AE). Classe A6: as características da amputação são as mesmas do anterior, porém, esta é simple. Classe A7: caracteriza os jogadores com dupla amputação abaixo do cotovelo (Below Elbow, BE) ou através/acima das articulações do pulso. Classe A8: como o anterior, todavia há apenas uma amputação simples. Classe A9: ACMIS refere-se a amputações combinadas de membro inferiores e superiores. Existe também uma categoria adicional chamada de Les Autres (outros) e esta é composta por atletas com outro tipo de limitação locomotora, podendo ter ela surgido, por exemplo, devido a um ataque cardíaco, problemas de medula óssea, paralisia parcial, entre outras. No entanto, relacionado á criação de um teste para a avaliação de habilidades específicas no voleibol sentado, sabe-se que a aplicação do mesmo para avaliar componentes de aptidão física relacionada á performance é uma prática 8 frequente para identificar o real estado de treinamento do atleta, elaborar treinos adequados e identificar talentos desportivos, que visam medir a agilidade e velocidade através de um teste de fácil aplicabilidade e o TAVS consiste em percorrer um trajeto em formato de T, em um percurso total de 6 metros com mudanças de direção, na maior velocidade possível, estando o indivíduo na posição sentada. O exercício inicia com todo o quadril atrás do ponto inicial A, desloca-se 1 metro em direção ao ponto B (deslocamento frontal). Após isso, mais 1 metro para esquerda ate ultrapassar o quadril da marca indicada no ponto C (deslocamento lateral). Em seguida o mesmo desloca-se 2 metros para a direita até o ponto D (deslocamento lateral) e, então 1 metro para a esquerda. Retornando ao ponto B (deslocamento lateral), e retorna 1 metro (deslocamento para trás), ao ponto de partida A. O cronómetro deve ser acionado somente quando o mesmo ultrapassar o ponto A e finalizado no instante em que o indivíduo cruzou novamente este ponto, a fim de reduzir a influência do tempo de reação individual, este teste tem o intuito de avaliar a agilidade juntamente com a velocidade do atleta, com isso determina seu tempo de reação. 9 3 CONCLUSÃO Diante desta pesquisa concluímos que praticar exercícios físicos com regularidade traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental, além de melhorar a qualidade de vida. Sabemos também que o mesmo é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem estar, não é diferente para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida. Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Vale lembrar também que melhora a condição cardiovascular, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora e o equilíbrio, seja uma deficiência física, visual, auditiva ou mental. As oportunidades de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades quanto a sua deficiência, assim promover a integração social de cada indivíduo. A prática esportiva por parte dos deficientes físicos esta em constante expansão e desenvolvimento sendo assim, o numero de praticantes cresce a cada dia. As pessoas estão deixando de lado antigos e retrógrados preconceitos e desconfianças e estão se utilizando dessa importante e fundamental ferramenta em seus programas de lazer, esportes competitivos ou mesmo fisioterápicos. Todas as pessoas, com ou sem deficiência, devem buscar acompanhamento medico antes de iniciar algum exercício físico, pois muitas doenças cardíacas, respiratórias ou circulatórias podem ser agravadas com a prática inadequada, As limitações físicas ou motoras devem ser consideradas na hora de escolher um exercício,além de ter sempre a orientação de um profissional especializado. O profissional de Educação Física é o mais indicado para adaptar exercícios para que os mesmos possam aproveitar as atividades ao máximo. Por tais razoes, os futuros profissionais de Educação Física devem ficar atentos em preparar aulas e treinamentos adequados a seus alunos/clientes. Além de conhecer as principais estratégias apontadas pela ciência para elaboração de um treinamento físico seguro e eficaz e de aulas pedagogicamente adequadas a cada estágio do desenvolvimento dos seus alunos assim, o levará melhor desempenho e ao melhor estado de saúde possível com o mínimo de risco, considerando suas particularidades e sua historia de vida. 10 REFERÊNCIAS ROCHA, F. et al. Prescrição de exercício físico para pacientes que sofreram lesão medular: revisão sistemática da literatura brasileira. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 15, n. 40, 2018. SOUTO, E. C. et al. Autenticidade científica de um teste de agilidade para o voleibol sentado. Motricidade, vol. 11, n. 4, p. 82-91, 2015. CARVALHO, C. L., et al. Voleibol sentado: do conhecimento à iniciação da prática. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, v. 11, n. 2, p. 97- 126, 2013. LEHNHARD, G. R., MANTA, S. W., PALMA, L. E., A prática de atividade física na história de vida de pessoas com deficiência física. Rev. da Educação Física/UEM, p. 45-46, 2012. GRAVE et al. Diagnóstico e tratamento de lesão da medula espinhal. 1 ed. São Paulo, Editora roca ltda., 2001.
Compartilhar