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ALINE BARCELOS PACHECO LIMA DA SILVA - 201903436508 ANA BEATRIZ FEITOSA GUIMARÃES - 201903165806 ANA JULIA ALVES MORAES - 201903042232 FLAVIO DA SILVA RECULIANO - 201903322961 GIOVANNA MEDEIROS SILVA DE ANDRADE - 202003459501 RAQUEL TINOCO DE SOUZA - 201903299111 ROBSON RODRIGUES DE CARVALHO - 201903195047 RUTH FERREIRA COELHO DE SOUZA - 202003567094 FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem, Universidade Estácio, como avaliação parcial da AV1 em Farmacologia aplicada a enfermagem. Professora Orientadora: Thiara Manuelle Coordenador de Enfermagem: Claudio Lima RIO DE JANEIRO 2020 ALINE BARCELOS PACHECO LIMA DA SILVA - 201903436508 ANA BEATRIZ FEITOSA GUIMARÃES - 201903165806 ANA JULIA ALVES MORAES - 201903042232 FLAVIO DA SILVA RECULIANO - 201903322961 GIOVANNA MEDEIROS SILVA DE ANDRADE - 202003459501 RAQUEL TINOCO DE SOUZA - 201903299111 ROBSON RODRIGUES DE CARVALHO - 201903195047 RUTH FERREIRA COELHO DE SOUZA - 202003567094 FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem, Universidade Estácio, como avaliação parcial da AV1 em Farmacologia aplicada a enfermagem. Professora Orientadora: Thiara Manuelle Coordenador de Enfermagem: Claudio Lima RIO DE JANEIRO 2020 “A Enfermagem é uma arte”; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto à obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? Florence Nightingale SUMÁRIO RESUMO.................................................................................................................... V ABSTRACT ................................................................................................................ V 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7 2 FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO ................................................. 10 3 HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE ..................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.2 4 FARMACOLOGIA DA TIREÓIDE ....................................................................... 16 5 FARMACOS DE AÇÃO NA TIREÓDE ............................................................... 20 6 FARMACOLOGIA DO PANCREAS ENDOCRINO..............................................28 7 HIPOGLICEMINANTES INJETAVEIS E ORAIS....................................................34 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51 RESUMO FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO O objetivo deste trabalho é sobre a ação farmacológica de alguns fármacos do sistema endócrino, visando entender como esses fármacos se comportam com determinados receptores. Farmacologia é uma disciplina que possibilita estudar as interações, propriedades e a natureza de um determinado fármaco fazendo com que tenhamos fármacos seguros para prevenção diagnóstico terapia e cura de muitas doenças. Dentre as classes farmacológicas que existem, vamos abordar os principais receptores para os medicamentos que atuam no sistema endócrino e suas principais funçoes. ABSTRACT PHARMACOLOGY OF THE ENDOCRINE SYSTEM The objective of this work is on the pharmacological action of some drugs in the endocrine system, aiming to understand how these drugs behave with certain receptors. Pharmacology is a discipline that makes it possible to study the interactions, properties and nature of a specific drug, making sure that we have safe drugs for the prevention, diagnosis, therapy and cure of many diseases. Among the pharmacological classes that exist, we will address the main receptors for drugs that act in the endocrine system and their main functions 8 1 INTRODUÇÃO 9 1 INTRODUÇÃO A farmacologia é uma disciplina de extrema importância para o profissional da saúde, pois possibilita os estuda das interações, a natureza dos fármacos e também suas propriedades, ou seja, através dos estudos farmacológicos é possível verificar como o efeito de um determinado agente químico pode afetar as funções biológica de um indivíduo. No entanto a farmacologia consiste na prevenção, diagnostico e terapia e também como ação paliativa. Dentro da farmacologia existe uma classe farmacológica de medicamento, onde essa classificação se dar de acordo com mecanismo de ação do fármaco no organismo, dentre essas classes farmacológicas iremos abordar neste artigo os principais receptores para os medicamentos que atuam no sistema respiratório, digestório e no sistema endócrino e quais suas principais funções. As principais classes de medicamentos que atuam no sistema respiratório estão os descongestionantes, expectorante, bronco dilatadores e os medicamentos sedativos da tosse, e os medicamentos que irão atuar no sistema digestório, ou seja, em alguns problemas relacionados a doenças gastrointestinais estão os medicamentos da classe antiácidos, os antagonista de receptores H2, Os inibidores de bomba de prótons, os antiémeticos dentre outros usados na proteção gástrica, temos também a classe de medicamento que irá atuar no sistema endócrino, este medicamentos estão relacionado a tratamento de doenças com alterações no nível de produção de hormônios que o caso da diabetes e da tireoide. Para tratamento da tireoide os fármacos com amplo uso são aqueles que interagem com o mercantismo de produção dos hormônios da tireoide (HT), alterando sua funcionalidade. Neste caso, os medicamentos que podem afetar o metabolismo extratiroide dos hormônios da tireoide são: glicocorticoides, amidorana, propranol e agentes iodados e anticonfusivos. 10 11 ERRO! FONTE DE REFERÊNCIA NÃO ENCONTRADA. FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO 12 2 FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO Há no organismo algumas glândulas das quais a função é essencial para a vida. São conhecidas pelo nome de “glândulas endócrinas” ou de secreção interna, porque as substâncias por elas elaboradas passam diretamente para o sangue. Estas glândulas não têm, portanto, um ducto excretor, mas são os próprios vasos sanguíneos que, capilarizando-se nelas, recolhem as secreções. As glândulas endócrinas secretam substâncias particulares que provocam no organismo funções biológicas de alta importância: os hormônios. As principais glândulas endócrinas do organismo são o pâncreas, a tireoide, as suprarrenais, a hipófise e as gônadas. As atividades das diferentes partes do corpo estão integradas pelo sistema nervoso e os hormônios do sistema endócrino. As glândulas do sistema endócrino secretam hormônios que difundem ou são transportados pela corrente circulatória a outras células do organismo, regulando suas necessidades. As glândulas de secreção interna desempenham papel primordial na manutenção da constância da concentração de glucose, sódio potássico, cálcio, fosfato e água no sangue e líquidos extracelulares. Entre as doenças endócrino-metabólicas mais frequentes podemos citar a diabetes, os distúrbios da glândula tireoide e a dislipidemia. Diante disto, os profissionais que trabalham nessa área devem estar bem preparados para atender a estes pacientes, uma vez que muitas destas doenças não têm cura e a medicação é uma das formas de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Algumas patologias estão relacionadas com alterações na produção de hormônios, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes mellitus, deficiência de hormônios sexuais (dificuldade para engravidar), deficiência de hormôniodo crescimento, etc. A ação hormonal pode tanto estimular como inibir funções orgânicas, tais como crescimento, metabolismo, reprodução, etc. 13 ERRO! FONTE DE REFERÊNCIA NÃO ENCONTRADA. HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE 14 3 HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE Os hormônios peptídicos da adeno-hipófise são essenciais para a regulação do crescimento e do desenvolvimento, para a reprodução, para as respostas ao estresse e para o metabolismo intermediário. Sua síntese e sua secreção são controladas por hormônios hipotalâmicos e por hormônios dos órgãos endócrinos periféricos. As interações complexas entre o hipotálamo, a hipófise e as glândulas endócrinas periféricas fornecem exemplos primorosos de regulação integrada por retroalimentação. Anatomicamente a hipófise é constituída por dois órgãos associados: adeno-hipófise (hipófise anterior) e a neuro-hipófise (hipófise posterior), sendo que o órgão controlador dos dois órgãos é o hipotálamo. Este eixo é uma importante ligação entre dois sistemas: nervoso e endócrino. O hipotálamo atua como transdutor neuroendócrino, integrando sinais neurais provenientes do cérebro e convertendo-os em mensagens químicas (em grande parte, peptídeos) que regulam a secreção dos hormônios hipofisários. Por sua vez, os hormônios hipofisários alteram as atividades dos órgãos endócrinos periféricos. O controle hipotalâmico da adeno-hipófise ocorre por meio da secreção hipotalâmica de hormônios no sistema vascular porta-hipotalâmico-hipofisário. Existe uma conexão neural direta entre o hipotálamo e a neuro-hipófise. Os neurônios no hipotálamo sintetizam hormônios – destinados ao armazenamento na neuro-hipófise. Em seguida, esses hormônios são transportados pelos axônios até a neuro-hipófise, onde são armazenados em terminações neuronais até a ocorrência de um estímulo de liberação. 15 Os hormônios liberados pela adeno-hipófise incluem: TSH – Hormônio estimulador da tireoide, Tireotropina Glicoproteína cuja função consiste em regular o crescimento e o metabolismo da tireoide e a secreção de seus hormônios (Tiroxina:T4 e Triiodotironina: T3). LH – Estimula as células intersticiais ovarianas e as células de Leyding testiculares a secretarem testosterona e outros produtos que desempenham papéis importantes na reprodução. FSH – Estimula as células da granulosa ovariana e as células de Sertoli testiculares a sintetizarem e secretarem estradiol e a diversos produtos proteicos essenciais a ovogênese e a espermatogênese. ACTH – Hormônio polipeptídio cuja função é de regular o crescimento e a secreção do córtex da suprarrenal. Os corticotrofos constituem 20% da adeno-hipófise, parte distal. Prolactina – Hormônio proteico participa na estimulação e desenvolvimento das mamas e na produção do leite. Ocorre hiperplasia dos lactotrofos na gravidez e lactação (resposta ao estrogênio). A prolactina inibe a síntese e liberação GnRH (inibir a ovulação) »»GH – Hormônio Somatrotópico – Causa crescimento de todos os tecidos capazes de crescer e promove o aumento do número de células e seu aumento. Efeitos do GH: aumento da síntese proteica em todas as células corporais, maior mobilização de ácidos graxos a partir do tecido adiposo e sua maior utilização para fins energéticos (lipolítico), redução da utilização da glicose em todo o corpo, aumento da reabsorção tubular de fosfato (aumentando a concentração plasmática do fosfato), aceleração da absorção de Cálcio pelo intestino. O GH induz a produção hepática de diversas pequenas proteínas, somatomedinas, que agem sobre as cartilagens e ossos promovendo o seu crescimento, o GH também sensibiliza as gônadas ao LH e ao FSH e, dessa forma, promove a maturação sexual puberal. 16 Os hormônios liberados pela neuro-hipófise incluem: ADH – Tem o papel de conservar a água corporal e regular a tonicidade dos líquidos corporais. Sintetizado nos corpos celulares dos neurônios hipotalâmicos, principalmente no núcleo supraóptico. Atua nas células que revestem os túbulos contornados distais e ductos coletores da medula renal, aumentando a permeabilidade à água. Ocitocina – Promove a ejeção do leite pela mama lactante, por estimular a contração das células mioepiteliais que revestem os ductos mamários. Contração uterina. Estímulos para sua secreção: ato mamar, visão, som ou odor da criança, dilatação da cérvice uterina ERRO! FONTE DE REFERÊNCIA NÃO ENCONTRADA. FARMACOLOGIA DA TIREÓIDE 18 4 FARMACOLOGIADA TIREÓIDE A Tireoide é uma doença causada por um distúrbio endócrino na qual pode se desenvolver uma hipertireoidismo, ou seja uma produção excessiva dos hormônios tireoidianos, também pode-se desenvolver hipotireoidismo, quando ocorre redução na atividade tireoidiana. A tireoide tem como função a síntese dos hormônios tireoidianos a os hormônios tiroxina (T4) e o hormônio triodotironina (T3) aparti do iodo. Diversos mecanismos estão envolvidos na síntese de tais hormônios. Ocorre atuação de enzimas, proteínas transportadoras, além de influência do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide3. Alguns fármacos utilizados na profilaxia da tireoide irão interagir no mecanismo de produção do hormônio T4 e T3 da tireoide, fazendo com que sua função seja alterada, fato que ocorre com medicamentos glicocorticoides, exemplo: amiodarona, propranolol, agentes iodados e anticonvulsivantes, que são medicamentos que afetando o metabolismo extratiroideo, o iodo, lítio e amiodarona tem ação de inibitória e de secreção da síntese do hormônio tireoidiano. Os Salicilatos, heparina, androgênios, glicocorticoides e estrogênio eles afetam as proteínas que transportam os hormônios da tireoide e temos os medicamentos que modificando a função imunológica como a interleucina-2 − IL-2 − e interferon-alfa − FN-α); e as que modificar a ação hormonal que é o caso dos amiodarona e fenitoína1 19 . Hipertireoidismos Ocorre um excesso na produção dos hormônios da tireoide (T3 e T4). Em casos de hipertireoidismo os fármacos mais indicados e utilizado nos tratamentos são as classes de fármacos das Tioninamidas os glicocorticoides, os betas- bloqueadores, os iodo e iodeto. Hipotireoidismos No hipotireoidismo ocorre uma secreção dos hormônios da tireoide, onde o nível de TSH e muito alto e o da tiroxina é muito baixo, ao contrário do que ocorre na hipertireoidismo. Em alguns casos de tratamento dessa doença faz-se uso das Amiodarona: que sao medicamentos que tem a funçao de inibir a atividade enzimatica do 5-iodotironina. 20 PARATIREÓIDES 21 5 FARMACOS DE AÇÃO NA TIREÓIDE 22 5 FARMACOS DE AÇÃO NA TIREÓIDE As doenças da tireoide são comuns e o mau funcionamento dessa glândula provoca alterações no metabolismo, nocrescimento e no desenvolvimento humano. Os hormônios da tireoide são: T3 (tri-iodotironina): tem pequena reserva no corpo, com rápido turnover, encontrando-se muito no meiointracelular. T4 (tiroxina): existe em grande quantidade e reserva no corpo, tendo baixo turnover, encontrando-se,principalmente, na circulação. Ambos têm ações de estímulo do metabolismo, aumentando o consumo de oxigênio e da taxa metabólica, alémda regulação do crescimento e do desenvolvimento. As anormalidades da função tireoidiana são: Hipotireoidismo: níveis séricos baixos de T4 livre e TSH (hormônio tireoestimulante) aumentado Hipertireoidismo Bócio simples não tóxico (deficiência de iodo na dieta). A síntese e a secreção do hormônio tireoidiano são reguladas pelo eixo hipotálamo- hipófise-tireoide. As Tabelas 4.92 e 4.93 apresentam os principais fármacos de ação na tireoide. LEVOTIROXINA SÓDICA – T4 INDICAÇÃO Hipotireoidismo Supressão do TSH hipofisário Diagnóstico nos testes de supressão. MECANISMO DE AÇÃO O mecanismo pelo qualos hormônios tireoidianos exercem seus efeitos fisiológicos não é totalmente conhecido. Seus principais efeitos ocorrem por meio do controle da transcrição de DNA e da síntese de proteínas O T3 e o T4 se difundem para o núcleo das células e ligam-se às proteínas receptoras de hormônio tireoidianas ligadas ao DNA 23 Este complexo de hormônio e receptor nuclear ativa a transcrição de genes e a síntese do RNA mensageiro, bem como proteínas citoplasmáticas. EFEITOS COLATERAIS Palpitações Insônia Osteoporose Taquicardia Arritmias cardíacas Urticária Sudorese Nervosismo Excitabilidade Dor de cabeça Diarreia e vômitos Fraqueza muscular e cãibras Aumento da temperatura corporal Fadiga Hipertensão Rubor facial OBSERVAÇÕES É a terapia de reposição padrão É composto sintético A absorção é muito variável, entre 50 e 80%, dependente, por exemplo, do conteúdo intestinal, da �ora intestinal e de fatores dietéticos. A maior parte da absorção ocorre no jejuno e no íleo superior Apresenta boa biodisponibilidade Consumo de fibras dietéticas diminui a biodisponibilidade do T4 Tem alta ligação proteica Meia-vida entre 6 e 7 dias 24 Metabolização hepática. A principal via é a desiodação sequencial Sofre a circulação êntero-hepática Excreção predominantemente renal, podendo ser eliminada nas fezes em cerca de 20%. Efeito máximo entre 4 e 6 h Produz aumento do consumo tecidual de oxigênio, do metabolismo basal e do ritmo cardíaco Deve ser ingerido em jejum de, pelo menos, 1 hora. Não se deve tomar outros medicamentos com a levotiroxina Pode ocorrer aumento da reabsorção óssea, provocando osteoporose e fraturas. A tiroxina tem meia-vida mais longa que o T3, no qual se converte, facultando o ajuste de dose A levotiroxina deve ser usada com cuidado em pacientes com distúrbios cardiovasculares, como angina pectoris, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e hipertensão, bem como em diabetes melito. A dose utilizada deve estar de acordo com os níveis dos hormônios de função tireoidiana A levotiroxina atravessa a barreira placentária em quantidade limitada Atravessa minimamente para o leite materno Não prejudica a habilidade de dirigir ou de operar máquinas Pode provocar hiperglicemia (os hormônios tireoidianos ajudam a regular a sensibilidade hepática à insulina, importante na inibição da gliconeogênese) Aumenta os efeitos dos anticoagulantes orais Amiodarona, betabloqueadores e glicocorticoides inibem a conversão periférica de T4 em T3, ocasionando redução de T3 sérico e aumento do TSH sérico. Contém sacarose e lactose Grande chance de desencadear osteoporose No hipotireoidismo congênito, deve-se instituir o tratamento o mais rápido possível, para evitar efeitos deletérios no crescimento e no desenvolvimento intelectual da criança. 25 CONTROLE DE DOSAGEM ADULTOS - Dose VO inicial: 50 mcg/dia Dose VO de manutenção: 75 a 125 mcg/dia, podendo chegar, em alguns casos, a 200 mcg/dia. IDOSOS - Dose VO: 25 a 50 mcg/dia. A levotiroxina deve ser introduzida gradualmente em pacientes idosos e naqueles com hipotireoidismo de longa data, a fim de evitar qualquer aumento repentino das necessidades metabólicas. Dose VO: 4 a 5 mcg/kg/dia Dose VO: 10 a 15 mcg/kg/dia FORMA FARMACÊUTICA Comprimido (25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200 mcg) NOMES COMERCIAIS Puran T4 Syntroid Euthyrox Levoid TAMAZOL INDICAÇÃO Hipotireoidismo Preparação da tireoidectomia subtotal ou terapia com iodo radioativo. MECANISMO DE AÇÃO Inibe a produção de tireoglobulina, o precursor dos principais hormônios da tireoide T3 e T4 (tiroxina) 26 EFEITOS COLATERAIS Agranulocitose Leucopenia Trombocitopenia Anemia aplástica Hepatite Hepatotoxicidade Erupção cutânea Síndrome insulina autoimune (hipoglicemia) Reações alérgicas Artralgias OBSERVAÇÕES Pertence à classe das tionamidas Apresenta rápida absorção no trato gastrintestinal Rápido metabolismo hepático Exige administração mais frequente Excreção renal Atravessa a barreira placentária Atravessa para o leite materno Tem atividade antivitamina K Aumenta a atividade dos anticoagulantes Aumenta os níveis séricos de glicosídeos cardíacos É necessária a monitoração regular dos níveis hormonais, para ajuste de dose. Deve-se evitar a gestação durante o tratamento, pois pode provocar abortos espontâneos. 27 CONTROLE DE DOSAGEM ADULTOS - Dose VO: 15 mg (hipertireoidismo leve); 30 a 40 mg (hipertireoidismo moderado) e 60 mg (hipertireoidismo grave). IDOSOS - Com doença cardíaca grave recebem agentes e/ou medicamentos bloqueadores beta-adrenérgicos, por 4 a 6 semanas antes do tratamento com radioiodo, para ajudar a reduzir possível exacerbação da doença cardíaca, pela tireoidite induzida pela radiação. CRIANÇAS - Dose VO: 0,4 mg/kg Tiamazol é administrado VO, em dose única diária ou em 3 doses iguais a de, aproximadamente, 8 h FORMA FARMACÊUTICA Comprimido (5 e 10 mg) NOMES COMERCIAIS Danantizol Tapazol Hipertiroidismo O tratamento farmacológico pode ser realizado com iodo radioativo e os tioureilenos (carbimazol, metimazol e a propiltiouracila). Os tioureilenos atuam na tireoglobulina e, desta forma, inibem competitivamente as reações catalisadas pelas tireoperoxidase. Além desse mecanismo de ação, a propiltiouracila reduz a desiodação do T4 nos tecidos periféricos e, por isso diminui a concetração de T3. Estes fármacos podem causar neutropenia e agranulocitose. 28 29 6 FARMACOLOGIA DO PANCRÊAS ENDOCRINO 30 6 FARMACOLOGIA DO PANCREAS ENDÓCRINO O diabetes é um distúrbio do metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos, decorrente de desequilíbrio entre a disponibilidade de insulina e a necessidade desta. Pode constituir deficiência absoluta de insulina, distúrbio da liberação da insulina pelas células beta pancreáticas, receptores para insulina inadequados ou defeituosos, ou produção de insulina inativa ou de insulina destruída, antes que possa exercer sua ação. Uma pessoa com diabetes não controlado é incapaz de transportar glicose para as células adiposas e musculares; em consequência disso, as células entram em inanição e aumenta a decomposição dos lipídeos e proteínas. O diagnóstico do diabetes mellitus baseia-se nos sinais clínicos da doença (polidipsia, polifagia, poliúria e visão turva) níveis sanguíneos de glicose em jejum (> 126 mg/dL), medidas ao acaso da glicose plasmática (> 200 mg/dL) e resultados do teste de tolerância à glicose (resultado maior de 200 mg/dL quando ingeridos 75g de glicose). Um nível de glicose em jejum entre 110 mg/dL e 126 mg/dL, ou teste de tolerância com valores entre 140 a 200 mg, são significativos, sendo definidos como distúrbio da glicemia em jejum. Atualmente, o valor normal para a glicemia em jejum é de menor que 100 mg/dL. As três principais complicações agudas do diabetes são a cetoacidose diabética (CAD), síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não cetótica (HHNC) e hipoglicemia. As complicações crônicas do diabetes consistem em neuropatias, distúrbios da microcirculação (neuropatias, nefropatias e retinopatias), complicações macrovasculares e úlceras do pé. Há duas categorias de drogas antidiabéticas: a insulina e as medicações orais. Insulinoterapia para diabetes A insulina humana, isto é, insulina sintética com estrutura idêntica àquela do hormônio humano, tem em grandeparte substituído as insulinas de origem animal (bovina + suína ou mista, geralmente). A insulina humana é produzida por síntese química ou por técnicas do DNA recombinante. Em busca de uma insulina com características de ação mais próximas da fisiológica, por meio da engenharia molecular, surgiram nos últimos anos os análogos da insulina humana: de curta e 31 longa ação. O perfil de ação das insulinas depende de: a) composição do tampão, b) estrutura proteica (análogos), c) via de administração. Podem ser aplicados nas vias: endovenosa, muscular e subcutânea. Aplicados no subcutâneo, em relação à insulina regular, têm absorção mais rápida, pico mais elevado e tempo de ação mais curto (3 a 4 horas). Assim, permite serem administrados logo antes das refeições, com melhor controle dos picos glicêmicos pós-prandiais e com menor risco de hipoglicemia no período pós-prandial tardio. Todavia, exigem um maior suprimento de insulina basal (insulinas de longa ação) e são mais caras que a insulina regular. Atualmente, dispomos de 2 destes análogos: lispro e aspart. Geralmente de origem humana, estão contidas em solução cristalina e são denominadas de insulina regular (R). Podem ser aplicadas pelas vias: endovenosa, muscular e subcutânea. Pela via subcutânea a insulina R tem início de ação em 30 minutos, pico de ação em 120 minutos e término de ação em 4 a 6 horas. A adição de protamina e zinco ou de apenas zinco em maior quantidade ao tampão da insulina em solução resultou na insulina protamina neutra de Hagedorn (NPH; N) e na insulina lenta (L), respectivamente. Há a formação de cristais de insulina quando aplicada no subcutâneo, o que torna sua liberação mais lenta. Embora, tenham sido usadas comumente como substitutas da secreção basal endógena normal, apresentam pico de ação. Têm início de ação em 2-4 horas, pico de ação entre 6-12 horas e duração de ação de 16-20 horas (as de origem animal têm início de ação mais lento e duração de ação mais longa). Insulina mais lentamente, sendo denominadas insulinas protamina-zinco (PZI) e ultralenta (U), respectivamente. Obviamente, só admitem aplicação no subcutâneo. São pouco utilizadas, tendo indicação maior para os pacientes que metabolizam a insulina mais rapidamente. Têm início de ação em 6-10 horas, pico de ação em 10- 16 horas e duração de ação de 20-24 horas (para as de origem animal, são válidas as observações feitas anteriormente). Análogos: insulina glargina. O principal efeito adverso é a hipoglicemia. 32 Hipoglicemiantes orais Os medicamentos para o diabete agem de duas maneiras: estimulando diretamente o pâncreas a fabricar insulina ou melhorando a ação da insulina, a diminuir a resistência do corpo à sua ação. Secretagogos: agem primeiramente pelo estímulo da secreção de insulina pelas células beta do pâncreas. Ligam-se a receptores nessas células, inibindo o canal de potássio ATP dependente (K-ATP). A estabilização do efluxo de potássio (fechamento da saída de K+) causa despolarização e ativação do canal de cálcio tipo L. O influxo de cálcio, por sua vez, estimula a fase 1 (rápida) de liberação de insulina. Entre os secretagogos, temos o grupo das sulfonilureias como exemplo a clorpropamida, glibenclamida, glipirida, glimepirida entre outros, medicamentos com os quais se tem uma longa experiência de utilização. Mais recentemente, com a importância que tem sido dada ao controle da glicemia pós-prandial, secretagogos de ação curta, como as meglitinidas (repaglinida e nateglinida), têm-se destacado para o melhor controle da glicemia após as refeições, minimizando o problema de hiperinsulinização proporcionado pelas drogas de ação mais prolongadas. Diminuidores da resistência à insulina – tiazolidionas (glitazonas): a metformina é um anti-hiperglicêmico oral (diminui a produção de glicose hepática, não é hipoglicemiante) do grupo das biguanidas que melhora o controle glicêmico em pacientes com diabetes melito não insulino dependente ou diabetes do tipo 2. Diminui a produção de glicose hepática (gliconeogênese) e sua absorção intestinal de glicose, aumenta a sensibilidade periférica à insulina e a utilização celular de glicose. Inibidores da alfa-glicosidase (arcabose e miglitol): o inibidor de alfaglicosidade disponível no Brasil é a arcabose, o primeiro agente direcionado especificamente à hiperglicemia pós-prandial. Esse agente inibe a ação das glucosidases intestinais, limitando a quebra de oligossacarídeos em monossacarídeos, retardando a absorção da glicose e proporcionando uma menor excursão glicêmica pós-prandial. Inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4): a vildagliptina inibe uma enzima de nome DPP-4, resultando no aumento dos níveis de incretina. Com a inibição da DPP- 4, a vida média do GLP-1 (que é um dos tipos de incretinas produzidas pelo 33 intestino) aumenta e a secreção de insulina no pâncreas fica estimulada. As incretinas são hormônios produzidos pelas células do aparelho digestório e ativam o funcionamento das células pancreáticas responsáveis pela produção da insulina e reduzem a produção exagerada de glucagom pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. Acredita-se que as incretinas desempenham papel na prevenção de mudanças estruturais que levam à morte das células beta, o que reduziria a progressão da disfunção do pâncreas. Incretinas (sintéticas): o fosfato de sitagliptina é uma forma sintética da própria incretina GLP-1. Atua imitando sua ação no organismo e não é substrato da DPP- 4. A origem desse princípio ativo é inusitada: o composto foi sintetizado de uma substância derivada da saliva do Monstro de Gila. Observação: o glucagon é utilizado no tratamento de emergência das reações hipoglicêmicas graves que ocorrem em pacientes com diabetes tipo-1, pois ele estimula o fígado a liberar glicose na corrente sanguínea. A disfunção progressiva das células beta é responsável pela deterioração do controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo-2. O declínio é de aproximadamente 4% ao ano, independentemente do tratamento. O exame para monitorar os níveis de açucar do sangue é bem simples, apenas com uma gota de sangue colhida no dedo é possível mensurar os valores para o controle de insulina. 34 7 HIPOGLICEMINANTES INJETAVEIS E ORAIS 35 7 HIPOGLICEMINANTES INJETAVEIS E ORAIS Hipoglicemiantes injetáveis A insulina é o principal hormônio de controle do metabolismo intermediário, tendo ações sobre o fígado, o músculo e a gordura. É um hormônio anabólico, cujo efeito é conservar combustível energético, facilitando a captação e o armazenamento da glicose, dos aminoácidos e das gorduras após as refeições. Seu efeito é reduzir o nível de glicose sanguínea. Portanto, se ela diminuir, ocorre aumento da glicemia. As ilhotas de Langerhans secretam insulina a partir das células beta. O principal fator que estimula a secreção de insulina é a glicose sanguínea. O diabetes é o distúrbio crônico no qual ocorre hiperglicemia e está subdividido em dois tipos: Diabetes tipo 1 (insulinodependente): há deficiência absoluta de insulina Diabetes tipo 2 (não insulinodependente): a deficiência de insulina é relativa, associada a uma redução da sensibilidade à sua ação. As insulinas produzidas exogenamente são caracterizadas quanto ao seu tempo de ação, início, pico e duração da ação em horas. INSULINA GLARGINA OBSERVAÇÕES: É insulina humana análoga de longa duração, produzida a partir da tecnologia de DNA-recombinante, utilizando Escherichia coli (cepa K12) como organismo produtor. É desenhada para ter baixa solubilidade em pH neutro. Em pH 4, é completamente solúvel Fornece uma quantidade basal constante de insulina e simula a secreção basal fisiológica pós-absortivade insulina É uma solução límpida, que forma um precipitado no pH do tecido subcutâneo, prolongando a absorção Pode ser usada em conjunto com insulina de ação curta Após ser injetada no tecido subcutâneo, a solução ácida é neutralizada, levando à formação de microprecipitados, dos quais pequenas quantidades 36 de insulina glargina são liberadas continuamente, levando a um periodo de concentração/tempo previsível, sem pico, com duração de ação prolongada Tempo médio de ação: 24 h Não deve ser administrada via EV, pois pode causar hipoglicemia grave Deve ter ajuste de dose na ocorrência de insu�ciência renal, hepática e em pacientes idosos. Pode ser usada durante a gestação e na amamentação, desde que realizados os ajustes e a monitoração necessária. Uso indicado após os 6 anos de idade. FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO: Solução injetável – embalagem com um frasco-ampola de 10 ml e embalagem com 1 e 5 refis de 3 ml, para utilização com a caneta Optipen. INSULINA HUMANA RECOMBINANTE NPH, INSULINA SUÍNA NPH E INSULINA BOVINA/SUÍNA NPH MECANISMO DE AÇÃO: Estimula a captação da glicose periférica, especialmente pelo músculo esquelético, pelo tecido adiposo e pela inibição da produção da glicose hepática Inibe a lipólise no adipócito Inibe a proteólise e aumenta a síntese proteica INDICAÇÃO: Diabetes melito tipos 1 e 2 EFEITOS COLATERAIS: Hipoglicemia Hipocalemia Lipodistrofia Ganho de peso 37 Formação de anticorpos contra insulina OBSERVAÇÕES: Tem uma molécula de protamina, que prolonga o efeito e tem absorção lenta. Produzida por tecnologia de DNA recombinante pH: 7,4 Suspensão uniforme branca e leitosa O início de ação ocorre em, aproximadamente, 1 h quando utilizada via SC. O pico de ação está entre 4 e 6 h Duração de ação entre 12 e 20 h Exige ajuste de dose se houver atividade física ou alteração da dieta Quando há insuficiência hepática ou renal, faz-se necessário ajuste de dose. Não atravessa a barreira placentária Uso durante a gestação exige controle glicêmico rigoroso Pode ser usada durante a amamentação, mas com ajuste de dose geralmente menor. Os agentes betabloqueadores podem mascarar os sintomas da hipoglicemia e o álcool pode intensificar e prolongar o efeito hipoglicêmico da insulina Normalmente, é utilizada em associação à insulina de ação rápida. Não deve ser utilizada em situações de emergência Não há necessidade de ajustes relacionados com a idade Não tem alta ligação proteica Estabilidade: 30 dias. CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Doses SC e IM são individualizadas; o paciente deve seguir as instruções do médico. CRIANÇAS - Doses SC e IM são individualizadas; o paciente deve seguir as instruções do médico. FORMAS FARMACEUTICAS: Solução injetável (100 UI/ml) 38 NOMES COMERCIAIS: Novolin N Biohulin N Humulin N Iolin N INSULINA LISPRO – AÇÃO E DURAÇÃO RÁPIDA OBSERVAÇÕES: Análoga da insulina humana desenvolvida por engenharia genética pela inversão dos aminoácidos prolina e lisina nas posições 28 e 29 da cadeia beta, resultando em uma insulina com sequência Lis (B28) Pro (B29) Consiste de cristais de insulina zíncica lispro dissolvidos em um líquido claro Tem menor tendência para autoagregação no local de aplicação SC, sendo absorvida mais rapidamente que a insulina humana regular. Tem início de ação (15 min) e pico (1 h) mais rápidos e duração mais curta da atividade hipoglicemiante (4 h) que a insulina regular Apresenta biodisponibilidade entre 55 e 77% Quando há insuficiência renal ou hepática, diminui-se a dose necessária. Deve ser administrada imediatamente ou, se necessário, após a refeição, mantendo ação eficaz. Durante a gestação e na amamentação, deve-se fazer controle mais acurado da dose. Deve ser armazenada e transportada em temperaturas entre 2 a 8ºC, e nunca congelada Não há mudanças de doses por idadef FORMAS FARMACEUTICAS: Solução injetável (100 UI/ml), frasco 3 ml, 1,5 ml e 10 ml 39 INSULINA REGULAR HUMANA BIOSSINTÉTICA, INSULINA REGULAR SUÍNA E INSULINA REGULAR BOVINA/SUÍNA MECANISMO DE AÇÃO: A absorção facilitada de glicose ocorre após a ligação da insulina aos receptores nos músculos, nas células gordurosas e da simultânea inibição da produção de glicose pelo fígado. INDICAÇÃO: Diabetes melito Hiperglicemias de outras origens (cirurgia, infecção, uso de corticosteroides, diabetes gestacional etc.) Cetoacidose diabética Tratamento de emergência da hipercalcemia EFEITOS COLATERAIS: Hipoglicemia Aumento de peso Hipersensibilidade cutânea Reação local (lipodistrofia) Resistência à insulina Alterações da visão Hipocalemia OBSERVAÇÕES: Tem pH neutro (7,4) É destruída no trato digestivo Pode ser administrada vias EV, SC e IM Pico máximo de ação: entre 2 e 3 h Duração de ação: entre 6 e 8 h Na via EV, tem ação máxima em 30 min É transparente Biotransformação hepática 40 Excreção renal Insuficiência renal reduz as necessidades de insulina A absorção depende da dose, da via e do local de administração Medicamentos que alteram a necessidade de insulina: IMAO, betabloqueadores, inibidores de ECA, AAS, glicocorticoides, hormônios da tireoide, simpatomiméticos, anticoncepcionais, álcool, entre outros. Exige ajuste da dose quando há insuficiência hepática Pode causar doping CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Doses SC, IM ou IV são individualizadas; o paciente deve seguir as instruções do médico. CRIANÇAS - Doses SC, IM ou IV são individualizadas; o paciente deve seguir as instruções do médico. FORMAS FARMACEUTICAS: Solução injetável (100 UI/ml) NOMES COMERCIAIS: Biohulin R Insuman R Novolin R Humalin R Neosulin R Iolin R Insuman infusat 41 Hipoglicemiantes orais Utilizados no diabetes tipo 2, são representados pelos seguintes grupos: Biguanidas (p. ex., metformina) Sulfonilureias (p. ex., glibenclamida, tolbutamida) Tiazolidinadionas (p. ex., rosiglitazona) Inibidores da α-glicosidase (p. ex., acarbose). A secreção reduzida, ou ausente, de insulina promove o diabetes tipo 1, e a resistência à insulina é um importante componente da patogênese do diabetes tipo 2 e implica excesso de mortalidade cardiovascular que acompanha a “síndrome metabólica” comum. ARCABOSE – INIBIDORES DE A-GLICOSIDASE MECANISMO DE AÇÃO Estimula a secreção de insulina nas células beta Receptores de alta afinidade para sulfonilureias estão presentes nos canais KATP nas membranas plasmáticas das células betas e a ligação de várias sulfonilureias é paralela à sua potência em estimular a liberação de insulina Secretagogo de insulina Aumenta a sensibilidade das células beta à insulina Diminui os níveis séricos de glucagon INDICAÇÃO: Diabetes tipo 2 EFEITOS COLATERAIS: Hipoglicemia grave e prolongada 42 Distúrbios gastrintestinais Cefaleia Eritema, prurido e urticária Aumento de peso Distúrbios hepáticos Reações de hipersensibilidade Alterações hematológicas (anemia, leucopenia e trombocitopenia) OBSERVAÇÕES: Rápida absorção VO Alta ligação proteica (90%) Metabolização hepática. O metabólito ativo se acumula na insuficiência renal Excreção biliar (50%) e renal Início de ação em 30 min Pico de ação de 2 a 3 h Meia-vida de 5 a 10 h O efeito persiste por 24 h Interações medicamentosas: quinolonas, AINE, IMAO, fenobarbital, varfarina, ciclosporina, betabloqueador, etanol, benzofibrato, biguanidas Eficaz somente se as células beta estiverem funcionais Provoca taquifilaxia,por isso o tratamento a longo prazo não é e�caz CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Dose VO: 25 a 50 mg. CRIANÇAS - Eficácia e segurança não estabelecidas até os 18 anos. FORMAS FARMACEUTICAS: Comprimido (50 e 100 mg) 43 NOMES COMERCIAIS: Aglucose Gliset Glucobay GLIBENCLAMIDA – SULFONILUREIAS DE SEGUNDA GERAÇÃO MECANISMO DE AÇÃO Estimula a secreção de insulina nas células beta Receptores de alta afinidade para sulfonilureias estão presentes nos canais KATP nas membranas plasmáticas das células beta e a ligação de várias sulfonilureias é paralela à sua potência em estimular a liberação de insulina Secretagogo de insulina Aumenta a sensibilidade das células beta à insulina Diminui os níveis séricos de glucagon INDICAÇÃO: Diabetes tipo 2 EFEITOS COLATERAIS: Hipoglicemia grave e prolongada Distúrbios gastrintestinais Cefaleia Eritema, prurido e urticária Aumento de peso Distúrbios hepáticos Reações de hipersensibilidade Alterações hematológicas (anemia, leucopenia e trombocitopenia) 44 OBSERVAÇÕES: Rápida absorção VO Alta ligação proteica (90%) Metabolização hepática. O metabólito ativo se acumula na insuficiência renal Excreção biliar (50%) e renal Início de ação em 30 min Pico de ação de 2 a 3 h Meia-vida de 5 a 10 h O efeito persiste por 24 h Interações medicamentosas: quinolonas, AINE, IMAO, fenobarbital, varfarina, ciclosporina, betabloqueador, etanol, benzofibrato, biguanidas Eficaz somente se as células betas estiverem funcionais Provoca taquifilaxia, por isso o tratamento a longo prazo não é eficaz CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Dose VO: 2,5 a 5 mg/dia com a primeira refeição do dia. CRIANÇAS - Dose VO: não há indicação. FORMAS FARMACEUTICAS: Comprimidos (5 mg) NOMES COMERCIAIS: Daonil Gliben Diamicron Glicamin Glionil Amaryl Diabinese 45 Minidiab GLINIDAS, REPAGLINIDA MECANISMO DE AÇÃO Estimulam as células betas do pâncreas a secretar insulina INDICAÇÃO: Diabetes tipo 2 EFEITOS COLATERAIS: Hipoglicemia Diarreia Dor articular Gripe/resfriado Erupções cutâneas OBSERVAÇÕES: São semelhantes às sulfonilureias, porém com ação mais curta. CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Dose VO: 1 ou 2 mg antes das refeições. CRIANÇAS - Eficácia e segurança não estabelecidas até os 18 anos. FORMAS FARMACEUTICAS: Comprimido (0,5, 1, 2, 60 e 120 mg) NOMES COMERCIAIS: Starlix Novonorm 46 Gluconorm METFORMINA – BIGUANIDAS. MECANISMO DE AÇÃO Mecanismo complexo e não totalmente elucidado Aumenta a captação de glicose e a utilização no músculo esquelético (reduz a resistência à insulina) Reduz a produção hepática de glicose (gliconeogênese) Estimula a glicólise nos tecidos Redução da absorção de glicose no trato digestivo INDICAÇÃO: Reduzir os sintomas do diabetes melito tipo 2 EFEITOS COLATERAIS: Distúrbios gastrintestinais, geralmente relacionados com a dose Diarreia Náuseas Anorexia Acidose lática Vômitos Flatulência Dor abdominal Alteração do paladar Alterações hepáticas Redução da vitamina B12 sanguínea Eritema Prurido OBSERVAÇÕES: 47 Fármaco de primeira escolha no diabetes tipo 2 em pacientes obesos em que a dieta não surtiu efeito É um derivado da guanidina, composto ativo da Galega officinalis, planta medicinal, tendo como sinonímia popular o Lilac francês, usada por séculos na Europa, como tratamento do diabetes desde a época medieval. Administração VO e absorção intestinal Biodisponibilidade entre 50 e 60% Não é metabolizada, circulando na forma livre Baixa ligação proteica Excreção renal Meia-vida de, aproximadamente, 6 h Pico de ação entre 1 e 3 h É dialisável Não atua diretamente sobre a secreção de insulina Não deve ser utilizada na insuficiência renal ou hepática, doença pulmonar hipóxica ou insuficiência cardíaca. Se utilizada por longo período, pode interferir na absorção da vitamina B12 Tem ações periféricas complexas quando há insulina residual Aumenta a captação de glicose no músculo estriado Inibe a saída de glicose hepática e a absorção intestinal Incentiva a perda de peso Não induz hipoglicemia Pode ser combinada às sulfonilureias Não interfere na habilidade de dirigir ou operar máquinas CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Dose VO: 500 mg 2 ×/dia ou 850 mg após refeição da manhã. IDOSOS - Podem ser mais sensíveis às doses usuais e necessitam de doses mais baixas CRIANÇAS - Eficácia e segurança não estabelecidas. 48 FORMAS FARMACEUTICAS: Comprimidos revestidos (500 mg, 850 mg e 1.000 mg) NOMES COMERCIAIS: Glifage Glucoformin Diaformin Dimefor ROSIGLITAZONA, GLITAZONAS, TIOZOLIDINADIONAS E PIOGLITAZONA 49 MECANISMO DE AÇÃO Diminuem a gliconeogênese hepática Aumentam a sensibilidade dos receptores de insulina Liga-se a um receptor nuclear (receptor γ) ativado por proliferadores de peroxissomos (PPARγ). Isso ocorre principalmente no tecido adiposo, mas também no músculo e no fígado. INDICAÇÃO: Diabetes tipo 2 EFEITOS COLATERAIS: Ganho de peso Retenção hídrica Cefaleia Cansaço Distúrbios gastrintestinais Anemia Hepatotoxicidade Elevação do colesterol OBSERVAÇÕES: Causa diferenciação de adipócitos, o que contribui para o ganho de peso. Não promovem aumento da liberação de insulina Têm início lento, atingindo o efeito máximo sobre a glicemia entre 1 e 2 meses Reduzem a quantidade de insulina exógena necessária para manter o nível glicêmico ao redor de 30% Reduzem ácidos graxos livres circulantes Reduzem triglicerídios Causam retenção hídrica Sua concentração plasmática máxima após a absorção acontece em 2 h 50 Alta ligação proteica Metabolismo hepático Meia-vida de eliminação curta, porém longa para os seus metabólitos. Excreção renal e biliar Podem piorar a insuficiência cardíaca, pela retenção hídrica que promovem. Não devem ser utilizadas na insuficiência renal e hepática Promovem reabsorção de sódio sensível à amilorida nos ductos coletores renais Provocam aumento do líquido extravascular e de gordura subcutânea Promovem a transcrição de vários genes, com produtos importantes na sinalização de insulina: lipase lipoproteica, proteína transportadora de ácidos graxos, glut 4, fosfoenolpiruvato carboxiquinase etc. Podem causar retorno à ovulação em mulheres que estejam anovulatórias São aditivas a outros hipoglicemiantes orais Podem reduzir a hemoglobina glicada entre 1 e 2% Atualmente, são comercializadas rosiglitazona e pioglitazona. Pioglitazona pode diminuir os níveis de contraceptivos orais CONTROLE DE DOSAGEM: ADULTOS - Dose VO: 4 mg/dia no início do tratamento CRIANÇAS - Eficácia e segurança não estabelecidas até os 18 anos. FORMAS FARMACEUTICAS: Rosiglitazona: Comprimidos (2, 4 e 8 mg) Pioglitazona: Comprimidos (15, 30 e 45 mg) NOMES COMERCIAIS: Avandia 51 Pioglit Actos REFERÊNCIAS FARMACOLOGIA_DA_METABOLOGIA_E_ENDOCRINOL.PDF HTTPS://IRP- CDN.MULTISCREENSITE.COM/64D4FDA7/PDF/DROGASATUAMSISTEMAENDR OCRINO.PDF LIVRO: MEDICAMENTOS EM ENFERMAGEM FARMACOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO – GRUPO GEN https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/pdf/DROGASATUAMSISTEMAENDROCRINO.pdf https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/pdf/DROGASATUAMSISTEMAENDROCRINO.pdf https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/pdf/DROGASATUAMSISTEMAENDROCRINO.pdf
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