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APOL1 - ANALISE DE POLITICA EXTERNA

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Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“Para o realismo clássico, o cenário internacional está amparado na incerteza. Ainda, esse cenário “é estruturado em assimetria de informações por causa da natureza desnivelada do relacionamento entre os Estados e demais atores não estatais. O cenário internacional é amoldado pelo poder, pela força, pelo interesse (Castro, 2012, p. 316). A visão realista clássica não somente reconhece a ausência de igualdade entre as nações, mas também coloca nessa desigualdade observada um dos motivos pelo status de incerteza que consome o cenário externo”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são as duas principais características do cenário internacional para o realismo clássico:
Nota: 10.0
	
	A
	O cenário internacional é marcadamente caracterizado pela dominação do cosmopolitismo e pela institucionalização da política internacional.
	
	B
	O cenário internacional é majoritariamente pautado pelas disputas econômicas entre os atores e pelo seu caráter hierárquico.
	
	C
	O cenário internacional é marcadamente caracterizado pela coordenação das relações dos Estados e pela lógica da cooperação internacional.  
	
	D
	O cenário internacional é majoritariamente marcado pelo desequilíbrio entre os atores e pelo seu caráter anárquico.
Você acertou!
A incerteza existente no cenário internacional fomenta o desequilíbrio internacional e o caráter anárquico do campo internacional que fariam com que a defesa do Estado se tornasse um ponto essencial. A atenção do realismo clássico se volta para a necessidade de proteção estatal. O Estado precisaria estar a todo o momento garantindo sua própria segurança pois, não sabe qual a ação que outro Estado tomará. A ideia de que o outro está se armando, o faz também se armar a fim de se auto preservar.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
	
	E
	O cenário internacional é marcado pela construção de uma identidade coletiva internacional e pela defesa de uma sociedade global.
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O processo de ciclo político, quando observamos a política externa como política pública, pode e deve ser utilizado na compreensão do processo governamental. A ideia de pressões domésticas provenientes de grupos sociais ou stakeholders, também é relevante nessa visão. De certa forma, a argumentação do ciclo político nos dá mais um mecanismo de observação para a influência das forças não estatais dentro do aparato político”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal potencialidade de se analisar a política externa como política pública: 
Nota: 10.0
	
	A
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como parte do funcionamento da democracia.
Você acertou!
Observar e tratar a política externa como política pública trás para o campo da APE todas as ferramentas, conceitos e métodos que as políticas públicas têm em si. Um dos principais pontos a ser comentado, no entanto, é sobre o caráter democrático que a concepção de política pública leva para a política externa. Compreender que a política pública, da forma como se dá e utilizando a visão de que a mesma se constrói a partir das forças não só governamentais, mas também estatais, é assumir a posição de democracia que um Estado teria no planejamento e execução das políticas públicas. Logo, essa visão é emprestada pela política externa ao ser vista como uma política pública.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
 
	
	B
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida como um elemento burocrático-legal diferenciado.
	
	C
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja vista como uma imposição das elites políticas sobre a sociedade civil.
	
	D
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como produto das relações econômicas que sustentam o Estado.
	
	E
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida a partir dos aspectos geográficos de um Estado e os seus efeitos na distribuição do poder.
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“O momento de avaliação política é quando os resultados tomam local central no palco de estudos das políticas públicas. É nesse momento que irá se verificar se os objetivos pré-definidos foram ou não alcançados. No entanto, é preciso ter cuidado, porque a ideia de avaliar o resultado de uma política pública pode, muitas vezes, acabar confundindo o pesquisador que não tem tanta familiaridade com esse método”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são os três momentos de avaliação de uma política pública: 
Nota: 10.0
	
	A
	Podem ser destacados três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase posterior, a fase histórica e fase de encerramento.
	
	B
	A avaliação de políticas públicas possui três fases mais importantes, sendo elas a social, a judicial e a cultural.
	
	C
	Considera-se que são necessárias três fases para a avaliação de uma política pública, sendo elas as fases ideológicas, eleitorais e orçamentárias.
	
	D
	São três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase ex ante, a fase ex post e a fase concomitante.
Você acertou!
Como anteriormente demonstrado, uma das principais críticas ao modelo de ciclo político proposto por Laswell é a ideia de que os momentos da política sempre ocorrem de forma histórica, um estágio sempre precedendo o outro, sem alterações. De fato, quando levamos essa visão teórica para a prática conseguimos perceber que a dinâmica política não permite que o processo de política pública ocorra de forma tão ordenada, e que as dinâmicas e problemáticas diárias muitas vezes alteram as ordens dos processos. No caso da avaliação, esse momento acaba usufruindo de uma aplicabilidade em outros momentos do ciclo que não só no seu fim. Temos então três momentos da avaliação: ex ante, ex post e concomitante. A avaliação ex ante ocorre antes da implementação da política, buscando já verificar sua adequação ao ambiente onde será implementada. A avaliação ex post ocorre após essa aplicação já ter ocorrido, ou até mesmo no momento de terminação da política, tema que será debatido mais a frente (Jann, Wegrich apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 55). No caso de ser aplicada durante o processo, é uma avaliação concomitante.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
	
	E
	Entende-se que a avaliação de políticas públicas passa por três fases distintas, a fase de análise dos atores envolvidos, a fase de aperfeiçoamento das práticas e fase de contagem dos gastos.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O artigo seminal de Richard Snyder, Henry W. Bruck e Burton Sapin, “Decision-Making as an Approach to the Study of International Politics” (1954),é considerado a pedra fundamental da APE como subdisciplina ou campo de estudos com identidade própria. A proposta de análise estava fortemente inserida dentro da Ciência Política behaviorista e influenciada, em particular, pelo modelo estoniano de sistema político, nesse momento em pleno auge (Easton 1953). O ponto de partida era a ideia de que a política externa é, antes de tudo, um produto de decisões, e que o modo pelo qual as decisões são tomadas afeta substancialmente seu conteúdo”.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que versam sobre algumas características da Análise de Política Externa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. A área de Análise de Política Externa insere na discussão sobre a formulação da política externa as dinâmicas e os atores domésticos, aumentando assim as possibilidades de problematização sobre os processos sociais e conjunturais envolvidos.
II. As transformações políticas, sociais e econômicas observadas no mundo na segunda metade do século XX foram fundamentais para que os autores da Análise de Política Externa incluíssem os atores subnacionais como elementos significativos em suas análises.
III. A Análise de Política Externa concede relevância aos indivíduos para o estudo da política externa, uma vez que eles são responsáveis por formular e executar as ações estratégicas de um Estado no cenário internacional.
IV. Por mais que a Análise de Política Externa tenha trazido maior capacidade explicativa para as Relações Internacionais, o seu vínculo com o realismo acabou atrofiando as análises produzidas e fazendo com que essa área não avançasse teoricamente, após a década de 1990.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é aquela que indica que Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. A afirmação I está correta porque, em suma, Snyder, Brunk e Sapin (1954) vão adicionar à problematização de política externa as dinâmicas domésticas estatais. A agenda externa de Estado não seria somente uma reação aos movimentos e mudanças internacionais, mas também uma representatividade dos próprios movimentos que ocorrem em ambiente interno a esse ator. A afirmação II está correta porque as mudanças observadas no mundo tiveram seu papel na alteração da relação entre essa subárea e essa teoria clássica. O surgimento de atores supranacionais ou até mesmo subnacionais e o importante papel que a União Europeia passou a ter nas relações internacionais – entre outros fatores que fortaleciam cada vez mais o papel de outros atores – foram importantes pontos que aumentaram ainda mais o distanciamento entre a APE e a abordagem realista. Na visão de Salomón e Pinheiro (2013), esse novo cenário possibilitaria até mesmo o uso da APE para a análise de organizações não estatais. A afirmação III está correta porque Para Harold e Sprout (1956, citados por Hudson; Vore, 1995, p. 214), as questões de indivíduo também teriam de ser somadas à análise, aprofundando a pesquisa do autor que agora também teria que levar em conta aquele que executa as ações no cenário externo. A afirmação IV está incorreta, uma vez que com o trabalho desses autores, quebra-se o elo entre a APE e o realismo. Nisso, no entanto, não se deve compreender que ela não mais é realizada à luz realista, mas sim que seu foco se expande, e agora é possível que a APE interaja com outras teorias e abordagens. Esses autores também chamam a atenção para o processo de tomada de decisão dentro da APE e a necessidade de se compreender como ele se dá (Mendes, 2014, p. 6).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Essas relações de mútua dependência não tendem a distribuir equitativamente os ganhos e as perdas geradas pela interdependência complexa. Esse processo tende a prevalecer às assimetrias, ou seja, os resultados serão diferentes para cada ator, pois os atores atuantes nessa sociedade internacional, agora transnacionalizada, não são iguais, sobretudo em se tratando de capacidades. Para Di Sena Jr. (2003, 25) “(...) os participantes não gozam do mesmo grau de desenvolvimento e não controlam os mesmos recursos”. Isso porque as transações na interdependência dependem de constrangimentos e ganhos que se explicam como “ganhos ou perdas conjuntas para as partes envolvidas” (Keohane e Nye, 2001, 8), devido, entre outras razões, às diferenças envolvidas nos relacionamentos.
Fonte: OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de; LUVIZOTTO, Caroline Klaus. Cooperação técnica internacional: aportes teóricos. Rev. bras. polít. int. vol.54, no.2, Brasília.  2011, p. 8. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v54n2/v54n2a01.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que discutem as premissas da teoria da interdependência complexa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Para a teoria da interdependência, os Estados estão conectados uns aos outros, de modo que as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado, podem afetar ou outros.
II. Os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são muito importantes para a teoria da interdependência complexa.
III. Resumidamente, pode-se dizer que a sensibilidade se refere à solidariedade de um Estado específico diante dos problemas e dificuldades enfrentados por outro Estado na política internacional.
IV. O conceito de vulnerabilidade faz referência à influência de um Estado sobre outro. Assim, a as decisões ou rupturas em um Estado A não apenas são sentidas pelo Estado B, mas também têm impactos e podem gerar custos internos.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Você acertou!
A resposta correta é aquela que afirma que apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. A afirmação I está correta, porque a interdependência complexa argumenta que os Estados não vivem de forma isolada, e que devido a esse cenário de “conexão” entre eles, as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado-nação, podem afetar outros Estados. A afirmação II está correta, porque os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são centrais à abordagem de interdependência. A afirmação IV está correta, porque na visão de vulnerabilidade, a questão se dá em relação à influência de um Estado sobre outro. Nessa percepção, uma ruptura no país A não somente é sentida pelo país B, mas também demanda que esse país tome ações de proteção, gerando custo interno. A afirmação III está incorreta, porque a sensibilidade trataria sobre a capacidade de resposta de um país em relação ao outro. Na sensibilidade, uma ruptura no país A não causaria um custo sobre o país B pois, não demandaria alguma mudança política desse país.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Nem sempre o processo decisório, a diversidade temática e a dinâmica política estiveram presentes nos estudos sobre política externa. No entanto, desde quese constituiu como relevante área da disciplina de Relações Internacionais (RI), após a publicação do trabalho seminal de Snyder et al. (1962), a análise de política externa (APE) adotou o plano doméstico, em particular o processo decisório, como variável explicativa para o comportamento dos Estados no plano internacional. Ao resgatar a contribuição da corrente liberal para o campo de reflexão das relações internacionais, em particular o papel dos indivíduos e das instituições no processo de formulação das políticas, a APE ressaltava o poder do agente nas escolhas internacionais dos Estados.
Fonte: MILANI, Carlos R. S.; PINHEIRO, Letícia; olítica externa brasileira: os desafios de sua caracterização como política pública. Contexto int. [online]. 2013, vol.35, n.1, pp.11-41, p. 13. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/cint/v35n1/a01v35n1.pdf>.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que tratam sobre a definição da política externa: 
I. Definir a Política Externa não é uma tarefa fácil, uma vez que ela se refere a um fenômeno complexo. Apesar disso, é possível afirmar que a política externa consiste no processo de tomada (ou de não tomada) de decisão e na ação de um Estado com relação a outro Estado ou mesmo à conjuntura internacional
PORQUE
II. a Política Externa é considerada como uma tarefa exclusiva das altas cúpulas do Estado, de modo que não pode ser enquadrada como uma política pública. Assim, o processo decisório envolvido na Política Externa de um país está vinculado com um número limitado de atores e canais de discussão subnacionais.
Avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
De acordo com os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina, a afirmação I é verdadeira, uma vez que Hill entende a política externa como uma ação estatal em relação a outro ator estatal e ao cenário internacional. Essa abordagem ainda coloca o Estado como ator central, e muitas vezes pode significar uma forma de negligência em relação aos outros atores envolvidos e hoje já considerados na política externa. A política externa pode ser vista a partir da não tomada de decisão estatal (Hill, 2003). A inação estatal também representa a visão daquele ator sobre determinado problema; logo, caracteriza sua percepção e representa um ato de política externa. A inação pode ser a decisão de não agir ou o ato de evitar a tomada de uma decisão, assim como a falha em agir que pode ser lida como uma “paralisia do sistema de tomada de decisões” (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 107). A afirmação II está incorreta porque a política externa não precisa estar apenas vinculada às altas cúpulas do Estado ou ser entendida como uma responsabilidade limitada ao Estado. Muito pelo contrário, como vimos na aula 1, a política externa pode ser entendida como uma dimensão da atividade política em geral e não como um domínio de natureza totalmente distinto dos demais (Nanci e Pinheiro, 2019, p. 6). Assim, [...] toda ação política deve ser pensada como potencialmente constitutiva da agenda de política externa de um país (Idem). Como última definição de política externa a ser apresentada neste tema, temos a visão de política externa como política pública (Pinheiro; Milani, 2011; Salomón; Pinheiro, 2013). Essa abordagem surgiu conforme as alterações nas dinâmicas externas.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: O que é Política Externa?
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O construtivismo é sobretudo uma teoria social que demonstra a importância decisiva das relações constitutivas que se estabelecem entre as ideias, o conhecimento e os factos. O grande argumento do construtivismo consiste na demonstração de que todas as variáveis relevantes das teorias das RI – poder militar, transações económicas, instituições internacionais ou preferências domésticas – não são apenas importantes por serem factos materiais objetivos mas, principalmente, por terem determinados significados sociais e singulares interpretações ideacionais intersubjetivas”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 110. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
 
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, dois conceitos centrais para a teoria construtivista: 
Nota: 10.0
	
	A
	Aculturação e Globalização.
	
	B
	Poder e Dominação.
	
	C
	Identidade e Comunidade Epistêmica.
Você acertou!
Uma das principais atribuições do construtivismo para o Estado é a identidade. Seria a partir da identidade que os interesses estatais seriam construídos (Campbell, 1998; Zehfuss, 2001; Kubálková, 2001). A identidade pode corresponder à visão do agente sobre si mesmo, mas também existiria a identidade que representaria a imagem que um Estado tem sobre o outro. Independente disso, como Wendt aponta, a identidade surgiria a partir da relação entre os agentes. Logo, compreende-se que as identidades dos Estados podem se alterar conforme o rumo de suas relações com outros agentes (Salomón, 2016). Uma forma de observar a importância da identidade pode ser a de que “[...] interesses são pressupostos pelas identidades por uma simples razão: se eu não sei quem eu sou, não terei meios de precisar aquilo que desejo.” (Riche, 2015, p. 34). Além de identidade, um outro conceito importante presente no Construtivismo é o de comunidades epistêmicas. Podendo ser vistas como um grupo de interesses, as comunidades epistêmicas representam a união daqueles que tem em comum um determinado objetivo, e a partir de sua união passariam a exercer sua influência sobre o Estado com o intuito de garantir as suas intenções. A inclusão das comunidades epistêmicas sobre a APE auxilia na compreensão das ações Estatais não somente no cenário doméstico, mas também externo. Como argumenta Adler (1999, p. 233) os atores que fazem parte da denominação de comunidades epistêmicas “são significativos para uma compreensão teórica mais ampla da construção social da realidade internacional pelo conhecimento intersubjetivo”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: APE e o Construtivismo.
	
	D
	Comunidade Internacional e Solidariedade.
	
	E
	Ideologia e Sistema-Mundo.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“Apoiado em uma visão normativa e prescritiva, o modelo de ciclo político foi introduzido por Laswell em 1956. Em suma, o ciclo político representaria os momentos que fazem parte do processo de criação de uma política pública. O ciclo político concebido por Laswell envolvia os momentos de: inteligência, promoção, prescrição, invocação, aplicação, terminação e avaliação. O modelo de ciclo político foi um marco na análise de políticas públicas, principalmente por implementar a visão da política pública como fazendo parte de um processo de fluxo contínuo. A partir dessa visão também houve maior compreensão das outras forças sociais presentes na criação da política pública.”
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta,corretamente, uma das críticas mais frequentes à teoria dos ciclos políticos previstos por Laswell: 
 
Nota: 10.0
	
	A
	Uma crítica central aos ciclos políticos de Laswell evidenciava que não necessariamente, uma política pública seguiria cada uma das etapas, e na mesma sequência, propostas pela teoria.
Você acertou!
O modelo de ciclo político foi um marco na análise de políticas públicas, principalmente por implementar a visão da política pública como fazendo parte de um processo de fluxo contínuo. A partir dessa visão também houve maior compreensão das outras forças sociais presentes na criação da política pública. Não obstante, o ciclo político também recebeu críticas em relação a sua visão. Uma das críticas centrais ao modelo viria da ideia de processo histórico pela qual a política pública se nortearia. Aqueles que discordavam do ciclo político da forma como pensado por Laswell, argumentavam que a política não necessariamente seguiria cada uma das etapas propostas pelo ciclo naquela mesma sequência. O campo empírico não necessariamente seguiria o modelo teórico de Laswell, e os momentos da política poderiam se dar em ordem diferenciada.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político.
	
	B
	Uma das críticas à teoria de Laswell indicava que era preciso delimitar mais fases na sequência do ciclo político, uma vez que aquelas eram insuficientes.
	
	C
	Uma crítica fundamental ao trabalho de Laswell se voltava para a não inclusão do processo de legitimação da política pública no ambiente internacional.
	
	D
	Uma das críticas centrais a Laswell questionava o excesso de conexão entre as fases do ciclo político e as discussões jurídicas.
	
	E
	A crítica mais contundente aos ciclos políticos de Laswell questionava a falta de centralidade dada ao Estado e às Organizações Internacionais.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O realismo é a teoria, simultaneamente, mais conhecida e contestada na disciplina de RI. Embora atualmente já não exerça, como aconteceu no passado, um domínio hegemônico na disciplina, o realismo continua a ser uma teoria importante. Com o fim da Guerra Fria e do bipo- larismo, o realismo sofreu muitas críticas chegando mesmo a ser considerado um paradigma degenerativo. Apesar das críticas, e de mais uma sentença de morte, o realismo no pós-Guerra Fria conseguiu desenvolver novos argumentos teóricos e provar a sua resiliência enquanto uma das teorias principais em RI”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 96. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que apresentam algumas das principais premissas do realismo clássico e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Estado é considerado pelos realistas clássicos como o ator mais importante no cenário internacional.
II. Os realistas clássicos entendem que o Estado, com o objetivo de garantir a sua própria segurança e sobrevivência, opera mecanismos específicos, entre eles a guerra.
III. Para os realistas clássicos o comportamento do Estado é pautado por características egoístas e individualistas.
IV. A inexistência de um controle central no cenário internacional fomenta a construção de uma agenda coletiva e redes colaborativas entre os Estados.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indicar que apenas as afirmativas I, II e III  estão corretas. No decorrer da disciplina de Análise de Política Externa, observamos que Castro (2012, p. 319-322) estabelece sete premissas do realismo clássico. A partir dessas premissas, podemos ver que a afirmação I está correta, uma vez que o Estado é o principal ator no cenário internacional. A afirmação II está correta, já que para os realistas clássicos o Estado garante sua sobrevivência e segurança a partir de mecanismos, sendo um deles, a guerra. A afirmação III está correta, porque as articulações externas, ou não, do Estado se pautariam em parte pela natureza egoísta e individualista do indivíduo. A afirmação IV está incorreta porque a ausência de controle no cenário externo força a priorização da agenda particular de cada Estado.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Como visto no Tema 2 da primeira aula da disciplina de Análise de Política Externa, o Realismo tinha seu foco de análise no Estado e seu comportamento. O Estado como sendo ator central teria como maior preocupação sua própria segurança e, para isso, colocava boa parte da sua atenção nas questões de defesa nacional. Essa perspectiva realista guia o olhar do pesquisador para determinados pontos e comportamentos do Estado no cenário internacional. Em contrapartida, o Liberalismo surge em um momento onde se passou a questionar a visão Realista até então predominante, trazendo uma outra forma de observar o cenário externo.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal diferença entre a teoria liberal em relação ao realismo:
Nota: 10.0
	
	A
	Diferente do realismo, o Estado não é entendido como um ator monolítico pelas teorias liberais, de modo que elas concedem um espaço mais alargado em suas análises a outros atores com capacidades decisórias na arena internacional.
Você acertou!
Uma das principais diferenças entre a visão Realista e a Liberal se dá na concepção de Estado como ator unitário. O Liberalismo dará maior espaço para outros atores que não só os Estados-nação. De acordo com Castro (2012, p. 338), “o liberalismo não desconsidera a importância do Leviatã (Estado), porém, enxerga outras forças pulverizadas juridicamente guiadas no interior e no exterior dos Estados que possuem papel legitimante nas Relações Internacionais”. Compreende-se que o Estado passaria a dar espaço para outros atores, mas sem perder sua importância no cenário internacional. Além disso, o Liberalismo também apresentará outra argumentação em relação aos conflitos internacionais.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
	
	B
	Diferentemente do realismo, as teorias liberais defendem que as empresas transnacionais são os atores mais importantes nas relações internacionais, de modo que a atuação dos Estado está inteiramente pautada nos interesses dessas empresas.
	
	C
	Contrariamente às teorias realistas, para as teorias liberais as Organizações Internacionais adquirem maior capacidade decisória do que os Estados Nacionais na política internacional e, por conseguinte, são mais relevantes do que esses últimos.
	
	D
	Diferente da teoria realista, as análises do internacional propostas pelas teorias liberais privilegiam a observação das ideias e das identidades frente às relações econômicas e as correlações de força entre os Estados na política internacional.
	
	E
	Diferentemente do realismo, as teorias liberais se concentram em analisar o caráter hierárquico do sistema internacional, entendendo que os Estados se organizam de acordo com o sistema econômico.

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