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Histórico da cerveja A cerveja foi descoberta há cerca de 10.000 anos a partir do contato da água com o cereal, que ao fermentar geraria Álcool. O primeiro registro vem da Suméria aonde os homens teriam percebido que ao molhar a massa de pão, com a fermentação, obtinha-se um líquido etílico, que chamavam de “Pão Líquido”. Mais pra frente nas regiões de Domínio Romano, os germanos e os gauleses já haviam o hábito de consumo da bebida, e foram eles que a denominaram “Cervesia”( nome da deusa da agricultura e da fertilidade). Foram os próprios gauleses que passaram a fabrica-la com malte, utilizando o lúpulo como conservante natural; Era usada como mercadoria de troca e pagamento de impostos. Em 1516 na Alemanha foi instituída a Lei de Pureza, com o objetivo de regulamentar o processo de manufatura da cerveja, estabelece que os únicos elementos aceitos na fabricação de cerveja são: ÁGUA, MALTE, LÚPULO e LEVEDURA. No Brasil a cerveja chegou em 1808, trazida pela família real portuguesa de mudança para o então Brasil colônia, Em 1895 nasce uma das maiores empresas brasileira, a Antártica, que inaugura sua primeira fábrica no bairro da Água Branca em São Paulo e, 1889 é publicado o primeiro anúncio de uma marca de cerveja Brasileira, aonde se podia ler no Jornal “A província de São Paulo” a seguinte frase: “Cerveja Antartiac encontra-se à venda na Rua Boa Vista, 50 A”. Em paralelo à Antartica nasce uma das outras maiores empresas brasileiras de cerveja, a Brahma, fundada pelo imigrante suíço Joseph Villiger, inaugurou sua fábrica com uma produção diária de 12.000 litros e 32 funcionários. O mercado cervejeiro no início do século passado encontrava-se em grande desenvolvimento, com fundação de diversas indústrias por todo o brasil, sendo que cada empresa tratava logo de registrar um número elevado de marcas diferentes, para assegurar uma maior fatia do mercado; Configurando assim aos poucos, a enorme variedade de cervejas e marcas, e nos dando base para entender as empresas que estão compondo nosso mercado como é hoje em dia. O consumo de cerveja no Brasil apresentou crescimento quase constante durante a década 1985-95. Com o Plano Real em 1994 e o aumento consequente da capacidade de compra da população, o mercado de cervejas recuperou consumidores e incorporou novos - principalmente do tradicional mercado da cachaça. A produção retomou a trajetória de crescimento correspondente ao aumento de renda, alcançando, assim, produçao de 80 milhoes hL e o consumo per capita de 50 litros em 1995. Após este período, a década seguinte (1995-2005) não apresentou o mesmo bom desempenho. Com níveis de consumo praticamente estagnados, a variaçao entre 1995 e 2004 foi de somente 6%, aumentando a produçao de 80 a 85 milhoes hL e o consumo per capita parado ao redor de 48 L. Após refletirmos sobre os primórdios da fabricação e consumo de cerveja no Brasil, o importante é destacar duas marcas importantes nesse processo que, não só assumiram a liderança do mercado como também são líderes em inovação e tecnologia: A Brahma e a Antártica. Como já comentado, a Brahma foi fundada pelo imigrante suíço Joseph Villager e através de varias fusões e aquisições ao longo do século XIX, se tornava uma empresa muito bem estruturada que visava o futuro apostando em novas tecnologias e publicidades, que criaram uma grande afinidade entre Empresa e Consumidor. Até que em 1932 a Brama Chopp se tornou a cerveja mais consumida no país, superando a produção de 30 milhões de litros de cerveja. De fato, a Brahma Chopp era a principal marca da firma, em 1937, ao lado de 29 tipos de cerveja e 16 tipos de refrigerante. Em 1943 é introduzida a Brahma Extra, cerveja com extrato forte e encorpado e que tinha o slogan "Extra no Sabor, Extra na Qualidade, Extra nos Ingredientes - Cerveja Brahma Extra, em garrafas ou 1/2 garrafas". Para além do lançamento de novos produtos, a política de aquisições mantinha-se bastante activa. A Antártica fundada em 1895, ao longo de 75 anos, aumentos em 100 vezes sua produção de cerveja, e em 1979 inicia suas exportações para Europa, Asia e Estados Unidos. Essas duas empresas foram tomando conta do mercado nacional e criando um grande numero de marcas e cervejas; em 1998 a Brahma Chopp passou a ser exportada para a Europa, iniciando seu ingresso no mercado estrangeiro pela França. O fato mais importante ocorre em 1999. A Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma comunicam a criação da Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV), resultante da fusão de ambas, e, somente em março de 2000, após nove meses de uma longa trajetória, é noticiado o que todos aguardavam: "AMBEV nasce como a 5ª maior empresa de bebidas do Mundo". A Companhia de Bebidas das Américas - Ambev é a sucessora da Companhia Cervejaria Brahma e da Companhia Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos duas das cervejarias mais antigas do Brasil. A Antarctica foi fundada em 1885 e a Brahma em 1888, como Villiger & Cia. A marca Brahma foi registrada em 6 de setembro de 1888 e, em 1904, a Villiger & Cia. mudou sua denominação para Companhia Cervejaria Brahma. A Ambev é uma sociedade anônima brasileira, de capital aberto, constituída segundo as leis da República Federativa do Brasil. Atualmente a Ambev tem operações em 16 países: Brasil, Canadá, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Guatemala, República Dominicana, Equador, Peru, El Salvador, Nicarágua, Saint Vincent, Dominica. O MERCADO A indústria da cerveja tem forte influência sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil, além de favorecer seu crescimento sustentável. Isso ocorre por meio da arrecadação significativa de impostos, pela movimentação da economia do agronegócio ao pequeno varejo, pelo grande número de empregos gerados, pelas práticas sustentáveis e pelo grande investimento no país. Aliás, as cervejarias fazem parte deum dos setores que mais investem no Brasil. O setor cervejeiro corresponde a 2% do PIB nacional e representa 15% da indústria do país. O desenvolvimento da grande indústria no brasil e a grande variedade de marcas , reflete nossa expressão “ Tomar uma gelada” , que remete á momentos de integração, alegria, e outros traços característicos de nossa sociedade que vão além do ato de consumir o produto; motivo de ser uma bebida social e que representa nossos encontros e comemorações, faz com que o setor não seja tão valorizado e projetado em relação á sua importância econômica e social, no sentido de geração de empregos e de renda. Com uma história de 150 anos, a indústria nacional de bebidas da qual faz parte o setor de cervejas, foi uma das pioneiras da iniciativa privada no processo de contribuição com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Incorporando cada vez mais análises de investimentos relacionados à educação de seus colaboradores, utilização de matriz energética limpa, redução dos impactos ambientais, inovação, inclusão digital e financeira de estabelecimentos comerciais e relacionamento colaborativo com as comunidades locais. Como consequência, a indústria cervejeira nacional se posiciona não só como ponto forte da indústria brasileira, mas também como referência global. Consumo de Cerveja no Brasil Segundo informações do Sindicerv (2007) o mercado brasileiro de cerveja é caracterizado por ter um público alvo jovem (61% entre 25 a 44 anos) mas, em virtude do baixo poder aquisitivo deste grupo, o consumo per capita (por volta de 51,9 litros/habitante em 2006) ainda é considerado relativamente baixo se comparado a outros países (por exemplo, o consumo per capita do Reino Unido chega a ser de 97 litros/ano15), principalmente levando-se em conta sua tropicalidade. As classes C e D são responsáveis por 72% das vendas totais. Cerca de 56% do públicoconsumidor de cervejas é do sexo masculino. O segmento de cervejas sem álcool responde por 1% do mercado, mas apresenta um crescimento de cerca de 5% ao ano, mais que o dobro do tradicional (2%), e movimenta mais de R$ 110 milhões por ano. A marca líder do segmento é a Kronenbier da AmBev. A Schincariol e a Guitt’s (Convenção Refrigerantes e Cervejas) também possuem produtos no mercado, o quadro 3, demonstra o consumo de cerveja no Brasil entre os anos de 1985 até 2006 Exportações A Brewers Association divulgou hoje os resultados do seu BA Export Development Program, com os dados das exportações de cerveja artesanal americana em 2014. Foram exportados 383.422 barris de cerveja, com um faturamento de 99,7 milhões de dólares, um aumento de 35% em relação à 2013. As exportações para o Brasil cresceram consideravelmente. Em 2014, a exportação para o país cresceu 63,9% em relação ao ano anterior, a maior taxa de crescimento do ano. No entanto, o maior mercado externo da cerveja artesanal americana segue sendo o Canadá, que importa 53% do volume exportado, seguido pela Suécia, com 12% e a Inglaterra, com 10,7%. http://www.brewersassociation.com/ Composição do Mercado - A indústria cervejeira brasileira passou a apresentar uma série de fusões e aquisições que consolidou o elevado nível de concentração registrado nesse mercado. A polêmica fusão da Antarctica com a Brahma, em 1999, e a resultante criação da AmBev (subsidiaria da AB InBev no Brasil), configura-se como o ato de concentração de maior relevância na história da indústria cervejeira do país. De todo o mercado de cervejas brasileiro, 98,6% é dominado apenas por quatro companhias: Ambev (68%), Petrópolis (11,3%), Brasil Kirin (10,7%) e Heineken (8,6%). Da mesma forma, tais companhias, no agregado, foram responsáveis pela absorção de 30.648 trabalhadores em 2013, de acordo com dados do RAIS/MTE, representando 82,5% do total da mão de obra empregada. Marcas mais populares em 2005: Skol (32,6%), Brahma (20,4%), A estrutura de oferta atual da indústria cervejeira brasileira configura-se como altamente concentrada, onde a empresa líder detém cerca de 70% do mercado. O restante do mercado é dividido por um grupo de três grandes cervejarias – que se digladiam por cada décimo de ponto percentual de mercado – e, ainda, por um grupo de pequenas cervejarias regionais e microcervejarias que completam uma reduzida franja de mercado. Embora o mercado nacional de cervejas seja dominado por um número pequeno de cervejarias, sendo que só a AMBEV possui quase 70% da produção, a concorrência é intensa na indústria. As cervejarias estão sempre inovando, na tentativa de aumentar suas participações de mercado. Como exemplo de inovação, temos a criação de diversos tamanhos de embalagens nos últimos, hoje temos no mercado embalagens que vão de 269 ml até 5 litros. Outra forma de inovar é a criação de novos produtos, mesmo com a existência de marcas consagradas, as empresas criam novas cervejas buscando atender a diferentes nichos de mercado, temos como exemplo, a criação recente, pela AMBEV, da Skol 360º e da Antarctica Sub-Zero. Distribuição Demográfica Segundo a lista completa de estabelecimentos e bebidas fornecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 25/06/2014, a soma de empresas produtoras e fabricantes de cerveja cadastradas pelo MAPA foram de 190. No gráfico abaixo é apresentado o número de cervejarias por estado brasileiro, em que é possível notar que o maior número encontra-se no estado de São Paulo (50), representando uma fatia de 26% do total de cervejarias avaliadas (190). Após o estado de São Paulo, com o maior número estão: Rio Grande do Sul (29),Minas Gerais (26) e Santa Catarina (16). Ambev O ambiente, com inflação de alimentos acima da média, clima desfavorável e aumentos de tributos, se mostrou desafiador. Esse quadro impactou o volume de vendas da Ambev no país, que caiu 3,7%, totalizando 113,1 milhões de hectolitros, dos quais 82,9 milhões de hectolitros de cerveja (73,3% do total) e 30,1 milhões de hectolitros de refrigerantes, bebidas não alcoólicas e não carbonatadas (26,7% do total). Desde o início de 2013, porém, a Ambev se preparou para o cenário mais difícil que se apresentava. A companhia manteve os investimentos e o foco em suas prioridades comerciais – inovações, marcas premium, crescimento no Norte e no Nordeste, embalagens de vidro retornáveis e segmento de refrigerantes e bebidas não alcoólicas. Mesmo em um ambiente de dificuldades, o total de investimentos da Ambev, em 2013, foi recorde e atingiu R$ 2,8 bilhões no Brasil. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu cerca de R$ 10 bilhões em ampliação de capacidade de produção, logística, vendas, novas tecnologias, inovações e capacitação de pessoas. Líder do setor de bebidas frias, a Ambev movimenta negócios que vão desde a agricultura até o pequeno varejo, passando por logística e embalagens (vidro, PET e alumínio), e chegando aos eventos esportivos e culturais. Segundo o IBGE, a cadeia produtiva do setor de bebidas – que representa mais de 3% do PIB brasileiro e emprega, direta e indiretamente, mais de 3 milhões de pessoas – é a que gera maior efeito multiplicador na economia do Brasil, na proporção de outros R$ 2,50 para cada real investido. Assim, os investimentos da Ambev, entre 2010 e 2013, contribuíram para a geração de outros R$ 25 bilhões em investimentos na economia. Faturamento - O volume total de vendas da Ambev, nos 16 países em que opera, em 2013, alcançou 165,1 milhões de hectolitros de bebidas – 72% em cervejas e 28% em refrigerantes, bebidas não alcoólicas e não carbonatadas –, expressando queda de 3,2%, em relação a 2012. A Ambev obteve receita líquida de R$ 34,8 bilhões, aumento de 6,4% em termos orgânicos sobre o ano anterior. O lucro íquido ajustado do exercício somou R$ 11,4 bilhões. No ano de 2013, o Ebtida ajustado chegou a R$ 17,5 bilhões, refletindo um aumento de 10,5%, em comparação com 2012. No Brasil, mesmo com a queda de 3,7% nos volumes, a receita líquida cresceu 5,1%, beneficiada por iniciativas bem-sucedidas de gestão de receita, pelo aumento no peso da distribuição direta e pela expansão dos volumes no segmento premium. O Ebtida totalizou R$ 12,1 bilhões, expansão de 10,1% sobre o exercício anterior, ao mesmo tempo em que a margem Ebtida atingiu 54,8%. Portfólio de cervejas pode ser visto no quadro abaixo. Além das cervejas acima, que são produzidas em território nacional, a AMBEV importa as seguintes cervejas: Franziskaner Hefe-Weissbier Kristallklar, Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel, Franziskaner Hefe-Weissbier Hell, Leffe Blonde, Leffe Brown, Hoegaarden, Norteña, Patricia, Quilmes. Brasil Kirin A história da Brasil Kirin começaem 2011, quando a japonesa Kirin Holdings Company adquiriu o controle acionário da Schincariol, fábrica de bebidas fundada em 1939 na cidade de Itu (SP), sede atual da empresa. Lançada em 2012, a nova marca se posiciona hoje como uma das maiores empresas de bebidas do País, com uma estratégia direcionada ao consumidor, à inovação e a construção de marcas fortes. Distribuição Estrutura de produção da Brasil Kirin abrange 13 unidades fabris, localizadas em 11 estados: Manaus (AM), Benevides (PA),Caxias (MA), Horizonte (CE),Alagoinhas (BA), Recife e Igarassu (PE), Alexânia (GO), Blumenau (SC), Igrejinha (RS), Cachoeiras de Macacu (RJ), Campos do Jordão e Itu (SP). A base logística inclui 18 centros de distribuição próprios e 195 revendas, responsáveis pelo atendimento a mais de 600 mil pontos de venda em todo o Brasil. Desempenho Econômico Em meio a um cenário difícil, o foco da Brasil Kirin em 2013 manteve-se alinhado às metasestratégicas de construção de marcas fortes, expansão da distribuição e excelência na prestação de serviços. Com isso,. O resultado refletiu se em um crescimento de 8,2% na Receita Bruta de Vendas, atingindo um valor consolidado de R$ 7,4 bilhões, a maior receita da história da empresa. A relevância desse esempenho pode ser avaliada diante do volume registrado pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) para toda a indústria, que apontou uma redução na produção de 2% em cervejas e 3,6% em refrigerantes. O crescimento expressa o alto valor agregado do nosso portfólio de marcas e produtos, o que permitiu enriquecer o mix de vendas. A empresa encerrou o ano com Receita Operacional Líquida (ROL) de R$ 3,9 bilhões, um aumento de 9%, em relação a 2012, resultado de um volume de vendas estável sobre o ano anterior (32,5 milhões de hectolitros). Considera-se que vários fatores contribuíram para esse resultado positivo no curto prazo: inovação relevante, manutenção de altos níveis de serviço para os clientes, ampliação das parcerias estratégicas com os fornecedores, aprimoramento contínuo das habilidades técnicas e competências dos funcionários e, como consequência, melhoria na qualidade percebida pelos consumidores. A despeito do cenário macroeconômico, a Brasil Kirin manteve o processo de expansão da atividade industrial, investindo cerca de R$ 500 milhões em incremento de capacidade; privilegiou o desenvolvimento de produtos com atributos cada vez mais relevantes para os consumidores; manteve a disciplina para equilibrar a geração de resultados operacionais e financeiros de curto e médio prazos; procurou valorizar os talentos que apoiam as operações em todo o território nacional. Como consequência desses movimentos, o lucro operacional atingiu R$ 222 milhões (5,6% da receita líquida) e o Ebitda,R$ 496 milhões (12,5% da receita líquida). Heinikein A Cervejaria HEINEKEN chegou ao Brasil no começo de 2010, quando adquiriu a divisão de cervejas do Grupo Femsa. Hoje, tem capacidade de produção de 20 milhões de hectolitros anuais e tem mais de 2.300 colaboradores no país. Atualmente a Heineken Brasil possui oito fábricas, localizadas em Jacareí (SP), Araraquara (SP), Gravataí (RS), Ponta Grossa (PR), Cuiabá (MT), Feira de Santana (BA), Pacatuba (CE) e Manaus (AM), com uma capacidade total de produção de 19 milhões de hectolitros por mês. Abaixo está o portfólio da cervejaria. As cervejarias brasileiras da HEINEKEN produzem as marcas Heineken®, Kaiser, Kaiser Radler, Bavaria, Sol Premium, Bavaria Premium, Gold, Bavaria 0,0% e Xingu. A companhia importa ainda as cervejas Desperados e Dos Equis, do México; Birra Moretti, da Itália; Edelweiss, da Áustria e Murphy’s Irish Stout, da Irlanda.·. http://www.femsa.com/pr/ http://www.heineken.com/br/AgeGateway.aspx http://www.kaiser.com.br/ http://www.kaiser.com.br/radler http://www.bavaria.com.br/#/checkage/ http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/#home http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/#home http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/ http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/ http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/ http://www.unitedbeersoftheworld.com.br/ Cervejaria Petrópolis Fundado na cidade de Petrópolis, regiao serrana do Rio de Janeiro, o Grupo Petrópolis é atualmente a segunda maior cervejaria do Brasil e a única grande empresa com capital 100% nacional do setor. Produz cervejas, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, que primam pela qualidade e identificadas com o gosto do consumidor brasileiro Segunda maior fabricante de cerveja do Brasil, a Petrópolis deve alcançar faturamento de R$ 6,3 bilhões este ano, alta de 29% em relação ao ano passado. O crescimento é fruto de elevação de preços com reposicionamento de marcas e também de uma modesta expansão nos volumes. A participação de mercado da Petrópolis pode alcançar até 14% este ano, dependendo de como for o desempenho da recém-inaugurada fábrica na Bahia. Excluindo o efeito da nova operação no Nordeste, a Petrópolis, projeta atingir fatia de 11,6% do mercado de cervejas em 2013. .Atualmente o Grupo Petrópolis está presente em mais de 20 estados através de 6 fábricas e também de centros de distribuição, estrategicamente instalados em pontos-chave do território nacional (Petrópolis/RJ, Teresópolis/RJ, Boituva/SP, Rondonópolis/MT, Alagoinhas/BA e Itapissuma/PE). Das trinta cervejas produzidas pela Petrópolis, 14 são do tipo pilsen, sendo que entre essas, 4 são do segmento Premium. A Petrópolis apresenta uma diversificação maior de produtos que as outras cervejarias, enquanto as outras optam por importar produtos diferenciados, a Petrópolis produz cervejas diferenciadas no Brasil. Recentemente a Petrópolis adquiriu o direito da cervejaria alemã dona da marca Weltenburger Kloster, que podem ser classificadas no segmento Super Premium. Micro - Cervejarias Existe uma confusão na denominação e definição quando o assunto é PEQUENA CERVEJARIA REGIONAL, MICROCERVEJARIA ou CERVEJARIA ARTESANAL. É uma cervejaria que produz menos de 15.000 barris por ano (aprox. 145.000 litros por mês), sendo que no mínimo 75% de sua produção é vendida fora da fábrica. Utilizam um ou mais dos seguintes métodos para a comercialização: o sistema de três camadas (segue o caminho atacadista- varejista-consumidor), o sistema de duas camadas (segue o caminho varejista- consumidor, e a empresa atua como atacadista) e, diretamente ao consumidor, com a empresa atuando como distribuidora e/ou a venda se dá diretamente na fábrica. Pode-se dizer que as microcervejarias fabricam e oferecem no mercado “cervejas artesanais”, que são cervejas de qualidade superior. Desta forma, as microcervejarias atuam em nichos ou segmentos específicos de mercado, e atendem consumidores que clamam por diferenciação de produtos. Este segmento tem sido chamado de “cervejas premium” ou “cervejas especiais”. Por sua vez, as cervejarias regionais são pequenas indústrias, com escala de produção, e se igualam às grandes empresas em, praticamente, todos os sentidos, registrando como principal diferença apenas o volume de produção e o comportamento no mercado. As pequenas cervejarias regionais e as microcervejarias brasileiras tem apenas 1,4% do mercado, contudo, são responsáveis por 17,5% dos empregos gerados no setor. Cumpre observar que existem cerca de 250 empresas entre as pequenas cervejarias regionais e as microcervejarias. http://afrebras.org.br/wp-content/uploads/2013/07/6.png Tendo em vista o elevado nível de concentração do mercado de cervejas, é evidente que os maiores empregadores do setor são as microcervejarias e as pequenas cervejarias regionais. De acordo com as estimativas da AFREBRAS, a partir dos dados do SICOBE/RFB e da RAIS/MTE, as pequenas cervejarias regionais e as microcervejarias empregam 15 vezes mais em relação às grandes cervejarias. Enquanto as grandes cervejarias empregam 2 trabalhadores para cada 1 milhão de litros de cerveja produzidos, as pequenas cervejarias regionais e as microcervejarias empregam 30 trabalhadores. “As grandes cervejarias são como bancos que esperam apenas o retorno financeiro. Para as microcervejarias, o que está em jogo é o trabalho do artista. São cervejas com propósitos diferentes”. Samuel Cavalcanti, um dos sócios da cervejaria Bodebrown Microcervejarias no Mundo e no Brasil O número de cervejarias no mundo vem declinando o que pode ser chamado de “movimento microcervejeiro”, em que há um interesse, tanto dos consumidores como dos produtores, por cervejas locais com características específicas e de elaboração mais artesanal, com padrões elevados de qualidade. Estabelece-se, assim, um novo mercado e uma nova forma de consumir cerveja no mercado americano. Já na Alemanha, o número de cervejarias veio decrescendo até os anos 90, quando parece estabilizar-se,conforme mostrado no gráfico 4, embora esse número ainda seja alto em relação a outros países. A Alemanha apresenta um dos maiores consumo per capita de cerveja no mundo e, tradicionalmente, o mercado é abastecido por cervejarias de pequeno porte, o que explica o alto número de cervejarias existentes. Além disso, suas cervejas são reconhecidas internacionalmente por sua qualidade. Evolução do Número de Cervejarias na Alemanha De um lado, temos as grandes cervejarias aumentando suas participações de mercado através de fusões e aquisições, por outro lado, temos um aumento considerável no número de microcervejarias. Segundo Vip (2011) existem cerca de 200 cervejarias de pequeno porte no Brasil. Nesse movimento destacam-se os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, onde já existe um número considerável microcervejarias. Esse movimento pode ser caracterizado como o início de uma mudança no padrão de consumo de cerveja do brasileiro. Essa mudança é incentivada pelos empreendedores dessas novas empresas, buscando influenciar os consumidores de modo a experimentarem novos sabores, desconhecidos pela maior parte dos brasileiros Como já foi visto, o número de microcervejarias vem crescendo nos últimos anos. Os principais fatores que motivaram aos empresários a fundar as microcervejarias estão expostos no quadro abaixo. Produção de Empregos A cerveja é parte de um dos setores que possui um dos maiores efeitos multiplicadores na economia: O setor de cerveja é um dos que mais empregam no país. Atualmente, cerca de 2,7 milhões de postos de trabalho – entre empregos diretos, indiretos e induzidos – estão ligados a esse mercado. Só em cervejarias, empregos cresceram mais que média geral da indústria do país; Para cada novo emprego em uma fábrica de cerveja, outros 52 são criados na cadeia produtiva. Segundo a FGV, para cada emprego gerado em uma fábrica de cerveja, outros 52 são criados na cadeia produtiva. O número de postos de trabalho no setor de cerveja tem apresentado crescimento muito acima da média da indústria brasileira.De 2010 a 2014, o aumento médio de empregos só nas fábricas de cerveja, segundo dados do Caged / Rais, foi de 5,4%, enquanto o índice geral da indústria cresceu 2,1%. Atualmente, mais de 3 milhões de postos de trabalhos estão ligados ao setor de bebidas frias, o que corresponde a empregar quase todos os habitantes da região metropolitana de Salvador, na Bahia. Bebidas frias -Responsável por 3% de todo o PIB nacional, o segmento de bebidas frias – que compreende a produção de sucos, águas, refrigerantes, cervejas, chás e isotônicos – é o setor industrial que mais emprega pessoas no Brasil.Além de ser responsável pela operação de uma das maiores frotas de veículos do país, a indústria da cerveja corresponde a 1,9% do PIB nacional e representa 7,8% do PIB da indústria de transformação do país, segundo dados levantados pelo IBGE e Fundação Getúlio Vargas. As contribuições do setor cervejeiro para a economia brasileira são muito expressivas, principalmente quando analisadas juntamente ao setor de bebidas frias – do qual faz parte. A cadeia produtiva do setor de Bebidas frias emprega mais de 3,2 milhões de pessoas por ano, e gera R$ 33 bilhões em impostos por ano, além de contar com mais de 200 fábricas. O número de postos de trabalho no setor de bebidas frias tem apresentado crescimento muito acima da média da indústria brasileira. De acordo com dados do Caged, de 2009 a 2014, o aumento médio de empregos só em fábricas de malte, cerveja e chope foi de 5,4%, enquanto o índice geral da indústria cresceu apenas 2,1% nesse período. No ano passado, a diferença foi uma das maiores. O emprego nas cervejarias aumentou 7,7% e o índice da indústria geral, 1,1%. Concentração Industrial no Setor Cervejeiro No Brasil, a indústria cervejeira possui uma estrutura de oferta que é caracterizada porum oligopólio altamente concentrado. Como se pode observar na imagem abaixo, Evolução da concentração de Mercado da Indústria Cervejeira: Numa escala entre 0 e 7000 (que representa os níveis de concentração de mercado) é possível identificar, entre os anos de 1993 e 1998, uma pequena movimentação de desconcentração do mercado, decorrente do aumento da participação de cervejarias de menor porte, como a Schincariol e outras marcas de atuação regional. Em 1999, ocorre um aumento de concentração decorrente da fusão entre a Brahma e a Antártica, originando a Ambev. Hoje a AmBev é a quarta empresa em valor de vendas do Brasil, de acordo com a publicação 500 Maiores & Melhores da Exame (2007). Foi a primeira empresa brasileira a atingir o status de “Investment Grade”, classificado pela Standard and Poor’s como BBB, três degraus acima do risco soberano, em dezembro de 2004. Produção A imensa rede que envolve a cadeia produtiva da cerveja envolve desde a pesquisa, o cultivo, o processamento e a comercialização de insumos e matérias-primas até a entrega do produto ao consumidor, no ponto de venda. Ao longo desse processo, participam ainda os setores de construção civil, transporte, energia, veículos, papel e celulose, alumínio e vidro, entre outros, envolvendo mais de um milhão de pequenas e médias empresas; é um sistema constituído por um grande número de elementos e processos interligados e interativos, incluindo sistemas produtivos, fornecedores de insumos e serviços, indústrias de processamento e transformação, e agentes de distribuição e comercialização, que propiciam a oferta de bens e serviços aos consumidores finais. Esse conjunto de processos e de instituições ligadas por objetivos comuns constitui um sistema que, por sua vez, engloba outros sistemas menores ou subsistemas. O Brasil ocupa atualmente o 3º lugar no ranking mundial de produção de cerveja. O gráfico abaixo mostra os dados de produção de cervejas, de janeiro de 2010 a junho de 2014, de acordo com o SICOBE. Em 2013, o SICOBE controlou a produção de 13,5 bilhões de litros de cervejas, volume 2% menor que 2012, em que o sistema monitorou a produção de 13,7 bilhões de litros da bebida. Em 2014, foram produzidos 14,1 bilhões de litros de cerveja, representando um aumento de 4,92% comparado com o ano de 2013. A Produção brasileira de cervejas cresce a uma taxa média anual de 5%. O crescimento médio estimado do PIB no período foi 3,6% a.a. nos últimos dez anos Produção de cerveja – em litros Produção de cerveja no brasil de 2010 aos dias de hoje CERVEJAS (litros) MÊS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Janeiro 1.117.039.184 1.188.599.896 1.164.256.108 1.326.014.858 1.294.348.457 1.302.563.985 Fevereiro 996.191.850 1.090.053.114 1.101.319.466 1.072.343.929 1.231.795.174 1.158.032.344 Março 1.023.291.099 1.068.045.066 1.113.327.213 967.398.213 1.197.182.464 563.091.092 Abril 938.702.191 962.881.032 987.500.126 912.981.841 1.056.314.238 0 Maio 963.586.873 997.678.034 1.024.499.098 960.388.087 1.117.099.639 0 Junho 965.925.629 850.544.129 949.727.117 987.626.986 1.049.587.172 0 Julho 972.485.806 967.655.587 1.001.804.166 1.026.963.650 1.056.138.444 0 Agosto 984.483.011 1.060.025.925 1.123.765.927 1.064.620.833 1.039.776.462 0 Setembro 1.058.253.564 1.138.271.527 1.167.635.043 1.130.607.395 1.058.808.542 0 Outubro 1.216.705.918 1.244.746.064 1.319.323.584 1.256.796.027 1.230.874.061 0 Novembro 1.215.625.114 1.277.884.170 1.332.322.941 1.282.599.761 1.309.605.061 0 Dezembro 1.383.191.980 1.432.332.697 1.457.503.943 1.481.553.970 1.495.518.327 0 Total 12.835.482.219 13.278.717.241 13.742.984.732 13.469.895.550 14.137.048.041 3.023.687.421 Processo de produção Ingredientes A cerveja é produzida a partir dequatro ingredientes básicos: água, malte, lúpulo e levedura (fermento). Água: A água é a matéria-prima, mais importante para a fabricação de cerveja, pois a cerveja é constituída basicamente de água, assim sendo as suas características físicas e químicas serão de fundamental importância para se obter uma cerveja de boa qualidade. A água utilizada para fabricar cerveja obrigatoriamente tem de ser potável, podendo sofrer correções químicas de acordo com a sua composição. A sua importância é tanta que ela é um dos fatores decisivos na escolha do local para a instalação de uma cervejaria, pois para uma água que precisa de muitas correções requer um tratamento mais minucioso, o que irá resultar em um aumento no custo do produto final. Então é necessário que a fábrica esteja instalada próxima a uma fonte abundante de água de boa qualidade. A indústria cervejeira consome grandes volumes de água, por isto, é importante que a fonte utilizada possua água em abundância. Em média, uma indústria cervejeira ocupa 10L de água, para cada litro de cerveja produzido. Um controle sobre o pH da água é fundamental, pois um pH alcalino poderá ocasionar a dissolução de materiais existentes no malte e nas cascas, que são indesejáveis no processamento. O ideal é que se tenha uma relação ácida facilitando maior atividade enzimática, com um conseqüente aumento no rendimento de maltose, e um maior teor alcoólico. Em geral, o ph ideal da água para a fabricação de cerveja está em torno de 6.5 a 7.0, mas o tipo de cerveja a ser produzido é que vai determinar qual o pH ideal Lúpulo: O lúpulo (Humulus lupulus) é uma planta do tipo trepadeira perene de origem européia, cujas flores fêmeas apresentam grande quantidade de resinas amargas e óleos essenciais, é responsável pelo aroma acre e sabor amargo característicos da cerveja. É uma planta dióica, o que quer dizer que produz flores masculinas e femininas. Ordenadas em espigas e glândulas secretoras de resinas e óleos de substâncias amargas, que dá o amargor típico e contribuem para o aroma característico da cerveja. Na fabricação de cerveja utilizam-se apenas as flores femininas, pois são estas que contém a substância amarga “lupulina”. Pode ser comercializado na forma de flores secas, pó e em extratos, sendo que em pó esses extratos possuem maior densidade e, portanto, ocupam menos volume ao ser transportado. Existem dois tipos de lúpulos fundamentais: os assim chamados de amargor e os aromáticos, conforme características de amargor ou de aroma. Além das características citadas, dadas a cerveja pelo lúpulo, esta planta ainda possui outras funções como evitar “espumamento” durante a fervura e agente bacteriostático. Malte, adjuntos e outros ingredientes: O malte é um produto rico em açúcar, obtido com a germinação parcial dos grãos de cereais. A princípio, qualquer cereal pode ser maltado, tendo-se malte de milho, trigo, centeio, aveia e cevada, a escolha, entretanto, leva-se em consideração, entre outros fatores, o poder diastásico e o valor econômico de cada cereal. O produto final da germinação chama-se malte verde, sendo que, através da sua secagem e torrefação, se chega ao malte propriamente dito. A qualidade do malte é de primordial importância para a excelência de uma cerveja, visto que é a partir da sua complexa constituição que a cerveja recebe muitas características físico-químicas e de aroma e paladar. O cereal mais usado para a fabricação de cerveja é a cevada, apesar de diversos outros cereais poderem ser utilizados também. Esta preferência deve-se a uma série de fatores, dentre eles está o fato da cevada ser rica em amido, e possuir um alto teor de proteínas em quantidade suficiente para fornecer os aminoácidos necessários para o crescimento da levedura e possuir substâncias nitrogenadas que desenvolvem um papel importante na formação da espuma Levedura: As leveduras são microorganismos unicelulares, biologicamente classificados como fungos e que têm uma excelente capacidade natural que consiste em sobreviverem sem oxigênio. De fato, na presença do ar, os microorganismos multiplicam-se, mas na ausência de oxigênio, fermentam os açúcares transformando- os em álcool, algo que é essencial para se produzir cerveja. As leveduras mais utilizadas em cervejaria são de duas espécies do gênero Saccharomyces: Saccharomyces cereviasiae (alta fermentação) e Saccharomyces uvarum (baixa fermentação). Uma levedura de baixa fermentação é considerada de boa qualidade para a produção de cerveja, se permanecer em suspensão durante a fase ativa da fermentação e então flocular e sedimentar, favorecendo a separação rápida da cerveja clarificada do sedimento Produzir cerveja requer três processos básicos: mostura, fervura e fermentação. Os dois primeiros geralmente ocorrem no mesmo dia. Já a fermentação dura de uma a algumas semanas. A seguir, uma descrição resumida de cada processo. Moagem do Malte Constitui um preparo para a mosturação e também tem influência significativa no rendimento da brassagem, isto é, a solubilização máxima do conteúdo do grão do malte. No Brasil, as indústrias cervejeiras preferem não utilizar malte de uma só procedência, mas sim uma mistura de diversos maltes com o objetivo de obter um mosto mais padronizado. Existem duas tecnologias básicas de moagem: a seca e a úmida. A moagem do malte não deve ser muito fina a ponto de tornar lenta a filtragem do mosto ou, ao contrário muito grossa, o que dificulta a hidrólise do amido. Didaticamente, o processo do malte pode ser dividido em duas categorias moagem seca em moinhos de rolos, discos ou martelos: moagem úmida em moinho de rolos. O tipo de moinho usado depende do tipo de equipamento instalado na cervejaria. Quando o mosto é filtrado em tina filtração o moinho de rolos deve ser utilizado, ao passo que a filtração do mosto em filtro ou prensa exige moagem em moinho de martelo, disco ou rolos modificados. Mostura O processo de transformação das matérias-primas cervejeiras (água, malte, lúpulo e adjunto) em mosto denomina-se mosturação ou brassagem. A finalidade é recuperar, no mosto, a maior quantidade possível de extrato a partir do malte e adjuntos. O processo de preparação do mosto subdivide-se em: desintegração dos cereais ou matérias-primas; maceração e extração dos conteúdos dos grãos; separação dos materiais sólidos da fase líquida (filtração); aquecimento do mosto com o lúpulo (cocção), resfriamento do mosto e eliminação dos materiais que conferem turgidez ao produto Este processo, que dura de 2 a 5 horas, extrai os açúcares fermentáveis e outros componentes importantes do malte. Primeiro o malte é moído, depois misturado à água quente, permanecendo a uma temperatura de aproximadamente 65ºC. Depois disso, a água rica em açúcares (agora chamada de MOSTO) é retirada e o que restou do malte moído é lavado com água quente para extrair o máximo possível dos açúcares que restaram. FERVURA A fervura do mosto a 100ºC com o lúpulo estabiliza sua composição, inativando as amilases e proteases, por causar coagulação das proteínas, que se precipitam em flocos. O processo leva em torno de 2 horas. Outros efeitos da fervura no mosto são a aromatização, a concentração e a esterilização, além da caramelização de alguns açucares. Também ocorrem diversas reações químicas entre os componentes do mosto, como a coagulação do tanino do lúpulo por reação com a proteína. Muitas vezes, o lúpulo é acrescentado quando a fervura está no meio ou mesmo no final, outras vezes pode ser adicionado em parcelas durante o processamento. A razão é que os óleos essenciais responsáveis pelo desenvolvimento do aroma são voláteis, podendo perder-se na fervura. Se o açúcar (xarope) é usado como complemento do malte, sua adição é feita no final da fervura. O mosto é fervido na caldeira defervura, normalmente de 1 a 2 horas. Durante a fervura, o lúpulo é adicionado em momentos variados, com a finalidade de conferir amargor, paladar e aroma que o cervejeiro deseja. No final da fervura, o mosto é separado do lúpulo e resfriado, sendo preparado para a fermentação. FERMENTAÇÃO É nesta etapa que acontece a biotransformação do mosto doce à bebida que conhecemos como cerveja. Sendo uma fase em que se depende da atuação de organismos vivos, a fermentação corresponde, em termos de controle, a um ponto crucial do processamento de cerveja. Na elaboração de uma boa cerveja, vários aspectos podem ser citados na fermentação, tais como a seleção de uma cepa de microrganismo, se a cerveja será de baixa ou de alta fermentação, concentração celular a ser utilizada para a fermentação, dados de crescimento e morte celular do microrganismo, tempo e como determinar o término da fermentação. O fermento é adicionado ao mosto para iniciar a fermentação e transformá-la em cerveja. As fermentações “Ale” (de alta fermentação) duram de 5 a 10 dias a temperaturas de 16 a 21ºC. As fermentações “Lager” (de baixa fermentação) geralmente são mais longas, com uma fermentação inicial de 10 a 13ºC, seguida de um período de maturação a 1ºC. No final da fermentação, a cerveja é carbonatada e envasada. Consumidores Brasileiros Como segunda bebida preferida, conforme também pode ser verificado na Tabela novamente a cerveja figura como a de maior percentual (31,1%), vindo em seguida novamente o uísque (22,5%), o vinho (19,9%), e, por último a cachaça (17,2%). De um modo geral, os resultados deixam evidente uma forte apreciação dos respondentes pela cerveja, seja como primeira bebida, seja como segunda. Também indicam uma boa simpatia pela bebida uísque e uma simpatia menor pelo vinho, sendo a cachaça a preferência de um número menor de respondentes. Após avaliar as bebidas preferidas os respondentes foram inquiridos a respeito de sua preferência de marca de cerveja. Os resultados, indicados na Tabela 3, apontam que a marca preferida da maioria dos respondentes é a Antártica, com 45,7% das respostas apontadas, estando em segundo lugar a Kaiser, e em seguida a marca Skol. Pontos de Consumo Segundo metodologia empregada pela AC Nielsen, os canais de comercialização de cervejas podem ser classificados em três grupos: 1. Bar (consumo local): estabelecimentos comerciais aparelhados para a oferta de cerveja a ser consumida no próprio local de venda, tais como bares, lanchonetes, restaurantes e casas noturnas. Nestes locais a cerveja é refrigerada visando o consumo imediato (mercado a frio); 2. Tradicional - pontos de venda, como padarias, mercearias e armazéns, onde não há presença do vendedor para auxiliar na compra e o produto não é consumido no local; 3. Auto-serviço: estabelecimentos que contam com pelo menos uma caixa registradora e que permitem que o consumidor se sirva sem a presença do vendedor (basicamente supermercados e hipermercados). Em geral, a estrutura de distribuição de cada um dos principais fabricantes de cervejas apresenta semelhança entre si. Cerca de 20% a 25% da cerveja vendida é distribuída diretamente pelas empresas produtoras, enquanto que entre 70% a 75% é distribuída via rede terceirizada exclusiva. Há um forte vínculo entre a capacidade de distribuição e a promoção da marca, já que a venda se concentra no varejo, principalmente em bares, conforme demonstra a figura Mercado Internacional de Cervejas As quatro maiores cervejarias detêm aproximadamente 44% da produção total mundial, com as cinco maiores essa parcela passa dos 50%, sendo que a AB InBev detém sozinha quase 20% da produção mundial. Esses grandes grupos foram sendo formados, ao longo da história, por fusões e aquisições entre cervejarias de menor porte. A tendência é que essas fusões e aquisições continuem a ocorrer, concentrando ainda mais o mercado. Mesmo com essa concentração, a intensidade da concorrência é alta e uma das estratégias para crescimento da parcela de mercado é justamente a aquisição de cervejarias que normalmente estão atuando dentro de seus países. Atualmente especula- se a compra da Cervejaria Schincariol por uma grande cervejaria, quem já despertou interesse foram as cervejarias Heineken, Carlsberg e SABMiller.57 O quadro apresenta o ranking das 26 maiores cervejarias, no qual estão presentes as quatro grandes cervejarias que atuam no Brasil, em que duas fazem parte de grandes grupos formando multinacionais, a AMBEV (AB InBev) e a mexicana Femsa, que a produção de cerveja no Brasil passou para o controle da Heineken em 2010. Já as outras duas são genuinamente brasileiras, o Grupo Schincariol, com 0,9% da produção mundial e a Cervejaria Petrópolis, com 0,6%. Outro dado importante para se observar é o consumo per capita, o qual é medido em litros por ano. A Europa se destaca como principal consumidor de cerveja no mundo, sendo que a República Tcheca é o país com maior consumo per capita (155 litros), seguido pela Áustria, Alemanha e Irlanda, com, respectivamente, 106, 105 e 101 litros. Fora da Europa, temos a Venezuela (100 litros), os Estados Unidos (89 litros), a Austrália (85 litros), Canadá (69 litros) e México (61 litros) entre os 20 maiores consumidores per capita. O Brasil ocupa a vigésima segunda posição com 57 litros, sendo o segundo na América do Sul, perdendo para a Venezuela. 10 maiores mercados. 1.China (Concentração de Mercado = 50%) Produção Anual: 45 bilhões de hectolitros, Consumo Per Capita: 35 litros/ano Concentração de Mercado: 50% A concentração de mercado na China ainda é moderada, até mesmo pelas dimensões do país. Felizmente ainda subsistem diversas cervejarias regionais. Das empresas que dominam o mercado duas são chinesas (Tsingtao e Yanjing), e duas transnacionais (SAB-Miller (Snow) e AB-Inbev (Zizhulin)). 2.Estados Unidos (CM=80%) Produção Anual: 23 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 79 litros/ano Concentração de Mercado: 80% O bastião do liberalismo, em que pese a revolução das artesanais, é um mercado bastante concentrado. Duas empresas, AB-Inbev (Bud Light) e SAB-Miller (Miller) dominam 80% do market share. 3.Brasil (CM=98%) Produção Anual: 12 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 58 litros/ano Concentração de Mercado: 98% Amplamente dominado pela AB-Inbev, o mercado brasileiro é um dos mais concentrados do mundo. Além da dominação absoluta da empresa belga, três grandes cervejarias completam a concentração quase absoluta: a holandesa Heineken (Kaiser), a japonesa Kirin (Schincariol) e a nacional Petrópolis (Itaipava). 4.Russia (CM=76%) Produção Anual: 10 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 73 litros/ano Concentração de Mercado: 76% A Russia também sofreu uma forte concentração em seu mercado nos últimos anos. Três empresas apresentam juntas 3/4 de market share: Carlsberg (Baltika), Heineken (Efes) e Ab-Inbev. 5. Alemanha (CM=38%) Produção Anual: 9,6 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 107 litros/ano Concentração de Mercado: 38% Apesar de ter o segundo maior consumo per capita do mundo, a Alemanha é modelo de mercado sem concentração. A tradição alemã fala mais alto, impedindo que os grandes players mundiais ganhem espaço. A Alemanha é realmente um país especial. 6. México (CM=98%) Produção Anual: 8 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 61 litros/ano Concentração de Mercado: 98% Na mesma situação do Brasil, o México apresenta um índice de concentração altíssimo. Duas transnacionais dominam o mercado: AB-Inbev (Modelo) e Heineken (Femsa). 7. Japão (CM=96%) Produção Anual: 6 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 49 litros/ano Concentração de Mercado: 96%Outro mercado absolutamente concentrado, mas com players nacionais: Kirin, Sapporo e Asahi. 8. Reino Unido (CM=75%) Produção Anual: 4,5 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 81 litros/ano Concentração de Mercado: 75% Em que pese o CAMRA e a tradição das ales inglesas, é também hoje um mercado relativamente concentrado. Quantro grandes companhias dominam: Heineken (Foster´s), Carling, AB-Inbev (Stella Artois) e Carlsberg. 9. Polônia (CM=90%) Produção Anual: 3,5 bilhões de hectolitros Consumo Per Capita: 85 litros/ano Concentração de Mercado: 90% Como os países em desenvolvimento, a Polônia apresenta uma forte concentração de mercado que é dividido por três companhias transnacionais: SAB-Miller, AB-Inbev e Carlsberg. 1. Introdução 1.1 Origem da cerveja 1.2 Histórico do consumo da Cerveja no mundo 1.3 Histórico da Fabricação de Cerveja no Brasil 2. Mercado 2.1 Dados do Setor 2.2 Consumo de Cerveja no Brasil 2.3 Composição do Mercado 2.4 Distribuição Demográfica 2.5 Relatório sobre as 4 maiores empresas atualmente no Brasil (Faturamento, Distribuição , Desempenho econômico. 2.5.1 Empresas : i. Ambev ii. Brasil kirin iii. Heiniken iv. Cervejaria Petrópolis 2.6 Micro Cervejarias i. Definição ii. Mercado iii. Produção e Distribuição iv. Micro Cervejarias no Brasil v. Micro Cervejarias no Mundo vi. Produção de Empregos (Por setor e em relação á Indústria total) 2.7 Concentração Industrial no Setor Cervejeiro 2.8 Produção 2.8.1 Dados da produção de 2010 a 2014 2.8.2 Ingredientes : 1. Água 2. Lúpolo 3. Malte 4. Levedura 2.8.3 Processo de Produção 1. Moagem do malte 2. Mostura 3. Fervura 4. Fermentação 2.9 Imagem Processo de Fabricação 3. Consumidores 3.1 Tipos de consumidor 3.2 Pontos de consumo 4. Mercado Internacional 4.1 Maiores Empresas 4.2 Maiores Mercados
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