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Estetica Corporal II

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Estética Corporal
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula de França Carmo da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Estrias
• Definição;
• Etiologia;
• Histopatologia da Estria;
• Avaliação das Estrias;
• Cosmetologia Aplicada ao Tratamento de Estrias;
• Eletrotermofoterapia Aplicada ao Tratamento de Estrias;
• Microagulhamento.
• Avaliar as estrias determinando coloração e tipos; 
• Selecionar recursos de tratamento adequados, seguros e efi cazes, de modo individual 
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e efi caz as estrias;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Estrias
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Estrias
Definição
As estrias atróficas – striae distensae – popularmente conhecidas como estrias, 
podem ser definidas como um processo degenerativo cutâneo, considerado benigno, 
e cuja cor varia conforme a fase evolutiva. 
Estria é uma atrofia tegumentar adquirida, em forma de linha sinuosa, a princípio 
avermelhada (estrias rubras – Figura 1), que posteriormente se torna esbranquiçada 
(estrias brancas – Figura 2) ou brilhante (estrias nacaradas – Figura 3). Pode ainda 
apresentar-se violácea e, isto denota depósito de hemossiderina. 
As estrias podem ser raras ou numerosas, paralelas umas às outras e perpen-
diculares às linhas de clivagem da pele (linhas de Langer), demonstrando um dese-
quilíbrio elástico localizado. As fibras elásticas, localizadas na derme, se rompem e 
conferem um aspecto inestético.
Figura 1 – Estrias Rubras
Fonte: Getty Images
Figura 2 – Estrias Brancas
Fonte: Getty Images
Figura 3 – Estrias Nacaradas
Fonte: Getty Images
Figura 4 – Estrias Violáceas
Fonte: Getty Images
Clinicamente caracterizam-se pela morfologia, em geral linear, atrófica e super-
ficial e, eventualmente, franzida discretamente, com mínimas rugas transversas ao 
seu maior eixo, que somem quando tracionadas. Quando comparadas com uma 
8
9
pele normal, possuem redução significativa de fibrilina, colágeno e elastina, poden-
do apresentar-se rubras, esbranquiçadas ou violáceas, sendo de início avermelhadas 
e, após um período que varia entre 4 a 18 meses, tornam-se albas, podendo ser 
ou não nacaradas. A coloração depende da associação do componente microvas-
cular e do tamanho e atividade dos melanócitos. Em pacientes de fototipo mais alto 
(a partir de V), as estrias recentes costumam ser hipercrômicas. 
São classificadas como: iniciais, com aspecto inflamatório e tonalidade rosada 
da epiderme, uma vez que são causadas pela distensão intensa das fibras elásticas. 
Desta forma, pode-se assim visualizar, por nitidez, uma excessiva circulação capilar 
da derme papilar. Há também as atróficas, que possuem aspecto cicatricial, linha 
flácida no centro e hipocrômica. As fibras elásticas estão entrelaçadas e algumas se 
apresentam rompidas. A estrutura do colágeno está desordenada e os anexos da 
pele encontram-se conservados. Já as nacaradas apresentam flacidez central e são 
revestidas por epitélio pregueado no qual ocorrem falhas dos pelos, na secreção 
sudorípara e sebácea. 
As estrias nada mais são do que um tipo de sintoma apresentado pela pele em 
estado de atrofia, podendo ser causado pela redução da atividade dos fibroblastos 
na produção de matriz extracelular de boa qualidade e na ruptura de fibras já exis-
tentes. Outro importante motivo pelo qual surgem está relacionado com a desidra-
tação cutânea, uma vez que os tipos de pele mais secos possuem maior predispo-
sição para o surgimento das estrias. 
São chamadas de atróficas em virtude de algumas peculiaridades encontradas na 
região estriada, como diminuição da espessura da pele, pregueamento, adelgaça-
mento, ressecamento, diminuição da elasticidade e ausência de pelos.
Apresentam a tendência de ocorrer de forma bilateral, isto é, distribuir-se si-
metricamente em ambos os lados e são causadas pelo rompimento das fibras de 
sustentação da pele.
Sua localização ocorre, com maior frequência, em regiões com alterações teci-
duais como glúteos, mamas, abdome, coxas, região lombossacral (comum nos ho-
mens), podendo também ocorrer em regiões menos comuns como fossa poplítea, 
tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo.
Os sintomas iniciais demonstram prurido, dor (em alguns casos), erupção pa-
pular plana levemente eritematosa. Nesta fase inicial, são denominadas de estrias 
rubras ou avermelhadas. Na fase seguinte, o processo de formação está pratica-
mente estabelecido, e as lesões se tornam esbranquiçadas, sendo denominadas 
de estrias albas. Podem evoluir ainda para um aspecto de papel crepom, o qual 
denominamos estrias nacaradas. Na evolução das estrias, após o período inicial de 
inflamação, o tecido pode se apresentar arroxeado, ao qual denominamos estrias 
violáceas. Este aspecto se dá pelo depósito de hemossiderina.
9
UNIDADE Estrias
Etiologia
A etiologia das estrias é bastante controversa, existindo quatro teorias que ten-
tam justificá-la:
Teoria Mecânica
O estiramento constante da pele, com ruptura ou perda da qualidade das fibras 
elásticas dérmicas, é tido como fator básico da origem das estrias.
Ainda incerta, essa teoria sugere que a maior prevalência nas mulheres se deve 
ao fato de as microfibrilas das fibrilinas serem mais frágeis nas mulheres mais jovens, 
e que o estiramento da pele geraria uma lesão maior nessas mulheres, tornando-as, 
portanto, mais suscetíveis à ruptura desse tecido.
Teoria Endócrina e Bioquímica
A teoria endócrina se baseia no fato de que um hormônio esteroide está presente 
de forma atuante em todos os casos em que a estria se desenvolve. A ampla ação so-
bre o tecido conjuntivo, aumentando o catabolismo proteico, e ainda atuando sobre a 
célula formadora de fibras e substância fundamental amorfa - o fibroblasto, causa dimi-
nuição do volume e número de elementos da pele, gerando a atrofia adquirida (estria).
Foi observado que o uso de medicamentos à base de corticoides tópicos ou não, 
causam o surgimento de estrias.
A falência ovariana na produção de progesterona também é citada, já que ohormônio estradiol deixa a atividade mitótica da camada basal da epiderme mais 
lenta, reduzindo a síntese de colágeno e, provavelmente, das fibras elásticas, o que 
contribui para a deterioração das propriedades mecânicas da pele.
Teoria Infecciosa
Essa teoria sugere que processos infecciosos poderiam causar estrias. Ela não é 
muito aceita pela maioria dos estudiosos da teoria endócrina, pois estes consideram 
que o tratamento efetuado à base de corticoides seria o verdadeiro desencadeante 
da atrofia.
Pré-disposição Genética
A teoria de pré-disposição genética sugere que determinados genes que são deter-
minantes para que a formação das proteínas colágeno, elastina e fibronectina este-
jam diminuídos em pessoas com estrias, ocasionando uma alteração no mecanismo 
do fibroblasto.
10
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Histopatologia da Estria
As linhas de força naturais da pele (linhas de Langer ou linhas de clivagem) dire-
cionam as fibras do tecido conjuntivo. O estiramento excessivo, além do limite des-
sas linhas, faz com que o tecido sofra uma ruptura (Figura 5). Após essa ruptura, é 
possível identificarmos algumas alterações como colágeno fragmentado, substância 
fundamental amorfa abundante, fibroblastos globulares e quiescentes.
Sugere-se que processos inflamatórios geram destruição de fibras coláge-
nas e elásticas. A maior parte dos feixes de colágeno, nas estrias, são altamente 
estirados mecanicamente.
Pele com elasticidade
Pele sem elasticidade
e com rupturas
Pele
Pele
Colágeno
Colágeno
Figura 5 – Estiramento excessivo e ruptura 
das fi bras, ocasionando estrias
Fonte: Getty Images
As lesões apresentam perda da elasticidade e da compactação, ainda que 
sejam histologicamente diferenciadas de lesões senis ou cicatrizes, porque nelas os 
fibroblastos se apresentam de forma estrelada, enquanto nas atróficas a forma dos 
fibroblastos predominante é a globular. Por isso, são alterações histológicas comple-
tamente diferentes, não podendo ser comparadas a nenhuma outra lesão dérmica. 
Histologicamente falando, observa-se uma redução tanto no volume, quanto na 
quantidade dos elementos da pele e no rompimento das fibras elásticas. Além disso,
nota-se que a epiderme é delgada e há um declínio na espessura da derme. 
As fibras colágenas estão afastadas entre si, e no centro da lesão não existem mui-
tas fibras elásticas, ao contrário do contorno onde surgem reunidas e ondeadas.
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UNIDADE Estrias
Avaliação das Estrias
FICHA DE AVALIAÇÃO 
Localização das estrias: ( ) Abdome ( ) Glúteos ( ) Seios ( ) Região toracolombar ( ) 
Região interna da coxa ( ) Culote ( ) Outras regiões _____________________
Período de aparecimento das estrias: ( ) Adolescência ( ) Gravidez ( ) Obesidade ( ) Medicamento
Coloração inicial: ( ) Vermelha ( ) Violácea ( ) Branca
Coloração atual: ( ) Vermelha ( ) Violácea ( ) Branca
Aspecto macroscópico: Depressão: Sim ( ) Não ( )
FICHA CLÍNICA
Cor da pele: Branca ( ) Parda ( ) Negra ( ) Amarela ( ) 
Ano da menarca: 
Número de gestações: 
Faz uso de medicamentos: À base de corticoides ( ) Anti-histamínico 
( ) Esteroides ( ) Anti-inflamatórios ( ) Outros _____________________ 
Apresenta algum tipo de disfunção hormonal? Qual? _____________________
Diabetes: Sim ( ) Não ( ) Hemofilia: Sim ( ) Não ( ) 
Transtornos circulatórios e /ou de cicatrização: _____________________ 
Propensão a queloides: Sim ( ) Não ( ) Patologias dérmicas: 
__________________________________________ 
Alergia: ( ) Corrente elétrica ( ) Produtos Qual? _____________________
Tratamentos anteriores (tipo): _____________________
Resultado dos tratamentos: __________________________________________ 
Tipo de alimentação: Normal ( ) Vegetariana ( ) 
Palpação: ( ) Normal ( ) Alterada Obs.:_____________________ 
Elasticidade, grau de hidratação da pele: ( ) Hidratada ( ) Desidratada
Cosmetologia Aplicada 
ao Tratamento de Estrias
Os peelings químicos são substâncias que possuem pH menor que o da pele 
e modificam-na para uma região ácida, causando uma esfoliação química. São 
classificados como muito superficial, superficial, médio e profundo, dependendo 
tanto da concentração do princípio ativo, quanto do pH da formulação. Esteticistas 
atuam com o peeling muito superficial para o tratamento de estrias, e é recomen-
dado o uso de ácido glicólico, lático, mandélico. 
12
13
O peeling de Ácido Glicólico foi um dos primeiros peelings químicos superficiais 
a se tornar popular, sendo o mais indicado na estética para estrias. É utilizado de 
forma segura, desde que verificado o fototipo cutâneo (aplicar até fototipo III) e 
aplicado com a concentração ideal. É capaz de estimular a síntese de colágeno já 
que o ácido glicólico é o mais simples dos alfa-hidroxiácidos (AHAs) e levemente 
irritante para pele e mucosas, quando utilizado em alta concentração e/ou baixo 
pH. Também é considerado um verdadeiro queratolítico, uma vez que apresenta 
uma estrutura química pequena (baixo peso molecular – molécula muito pequena) 
e possui grande poder de penetração cutânea. No tratamento para estrias, leva-se 
em conta que as áreas corporais apresentam elementos pilossebáceos em menor 
quantidade e, portanto, estão mais predispostas a complicações quando usados 
métodos mais agressivos. O peeling de Ácido Glicólico age na diluição do cimento 
celular interno, responsável pela queratinização anormal. Facilita o desprendimento 
de células mortas, reduz a coesão dos corneócitos, o espessamento da camada cór-
nea, além de melhorar a hidratação cutânea, aumentando a captação de umidade 
e a capacidade de interação com a água. A ocorrência desses fenômenos se deve 
à ativação do ácido glicólico e do ácido hialurônico contido na pele, conhecido por 
reter uma grande quantidade de água, a qual é elevada quando em contato com o 
ácido glicólico, e, consequentemente, a capacidade da pele é expandida. Com o uso 
prolongado ocorre uma melhora da textura da pele, o que pode ser parcialmente 
explicado por sua capacidade de induzir síntese dérmica de ácido hialurônico e de 
glicosaminoglicanos pelos fibroblastos, resultando numa melhora na hidratação e 
espessura desta camada. Porém, devem ser observados diversos fatores antes de 
realizar o peeling, tais como: características pessoais do cliente, integridade da 
barreira epidérmica, produto e técnica empregada. Por conter propriedade eficaz 
para reparação tecidual, é indicado para estrias, sendo confiável, de caráter natural 
e benéfico, uma vez que os resultados no procedimento são positivos. Em geral, são 
necessárias algumas sessões, com intervalo de 7 a 15 dias.
O Ácido Mandélico, um alfahidroxiácido (AHA) derivado da hidrólise do extrato 
de amêndoas amargas, é uma substância atóxica. Além do mais, é utilizado tam-
bém para preparar as peles para o peeling a laser, e para auxiliar na recuperação 
da pele após a cirurgia a laser. Sua utilização é segura em qualquer fototipo. Tem 
como propriedades: alteração das ligações intercelulares, promovendo diminuição 
da coesão entre os corneócitos, descamação da camada córnea e estimulação da 
produção de células novas em maior ou menor grau, dependendo de suas estru-
turas. O ácido mandélico, diferindo dos alfahidroxiácidos convencionais, consegue 
equilibrar o processo de renovação epitelial por dois mecanismos: estímulo mecâ-
nico, ao promover a epidermólise que inicia o processo acelerado da renovação 
epitelial, e estímulo químico, pois, após sua penetração intracelular, ajuda na auto 
regulação da produção de melanina, e também por ação direta nos folículos pilo-
sos e controle da produção sebácea. Como os estímulos físicos e químicos atuam 
sinergicamente, ocorre uma melhora na qualidade e quantidade do colágeno e gli-
cosaminoglicanas da derme reticular.
13
UNIDADE Estrias
Ativos usados nos tratamentos de estrias:
• Silício Orgânico ou Silanóis atua sobre o metabolismo celular, estimulando a 
biossíntese das fibras de sustentação da pele. Possui um papel essencial na 
saúde humana, pois é um importante oligoelemento queregula o metabolismo 
de diversos tecidos, especificamente das cartilagens, dos ossos e do tecido 
conjuntivo. Este, por sua vez, reforça a membrana celular, tornando-a mais 
resistente a ataques de radicais livres, além de exercer ação protetora sobre as 
células cutâneas, normalizando o teor hídrico dessas. Faz parte da estrutura do 
colágeno, elastina, glicoproteínas e dos proteoglicanos que formam as estrutu-
ras de sustentação da derme.
O silício orgânico faz parte de diversos ativos utilizados em cosméticos, dentre eles: 
hidratantes, anti-radicais livres e também os regeneradores do tecido conjuntivo.
Hydroxyprolisilane CN (Aspartato de Hidroxiprolina-Metilsilanol). O ativo 
hydroxyprolisilane CN é um silanol (metilsilanol) reagido com uma hidroxipro-
lina de origem biotecnológica. 
• A hidroxiprolina é um aminoácido essencial na formação do colágeno. É clas-
sificada como um agente condicionante para a pele e que pode atuar em 
diversas funções diferentes na formulação. Uma de suas principais indicações 
é na prevenção e tratamento das estrias, pois são comprovadas ações na re-
generação do tecido e melhora na cicatrização cutânea. Também recupera a 
espessura e a densidade da pele, ao estimular os fenômenos regenerativos, 
e normaliza a permeabilidade dos capilares. Hydroxyprolisilane CN é uma 
excelente opção no desenvolvimento das formulações para uso domiciliar que 
melhoram a reparação tecidual das estrias. Pode ser associada a hidratantes 
fisiológicos, tais como: ureia, ceramidas, esqualeno etc., e à outras substâncias 
coadjuvantes no tratamento. 
• Despigmentantes: Uso Pré Tratamento
Em fototipos altos (IV a VI) temos maior tendência à hiperpigmentação. Como 
é sabido, após procedimentos que geram processos inflamatórios, podemos 
ter a presença de hiperpigmentação pós inflamatória. Desta forma, usamos 
ativos despigmentantes no pré tratamento para que tenhamos maior controle 
da melanogênese e, desta forma, evitemos o desenvolvimento da hipercromia 
pós inflamatória.
 » Achromaxyl: diminui o conteúdo de melanina em fototipos altos e diminui a 
atividade da tirosinase;
 » Ácido kójico: inativa o cobre que é importante na ação da tirosinase;
 » ActiCinol: atua na inibição de enzimas importantes na formação da melani-
na, agindo na inibição de um hormônio estimulante de melanócitos e inibin-
do a atividade de tirosinase;
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15
 » Biowhite: inibe a atividade de tirosinase.
• Antioxidantes: uso durante o tratamento
Como o processo inflamatório desencadeado pelos tratamentos direcionados 
às estrias libera radicais livres e, desta forma, estimula a oxidação do tecido, 
recomenda-se o uso de antioxidantes, com o intuito de minimizar os efeitos 
desta oxidação.
 » Vitamina C: contribui para a formação de novas fibras de colágeno, melho-
rando a firmeza e elasticidade cutâneas; tem ação regeneradora e antioxidante;
 » Vitamina E: age como antioxidante, lubrificante e regenerador.
• Hidratantes: uso durante tratamento (home care)
Usados para manter e/ou repor o manto hidrolipídico, além de estimular a 
reepitelização da derme.
 » Active-Aloe: ação hidratante e regeneradora;
 » Aquaxyl: efeito hidratante e reestruturante da derme, harmoniza o fluxo de 
água na pele, aumenta a síntese de glicosaminogicanas, melhorando a fun-
ção de barreira e a perda de água transepidermal;
 » D-Pantenol: ação hidratante, reepitelizante;
 » Hidraskin: equilibra o manto hidrolipídico.
Eletrotermofoterapia Aplicada 
ao Tratamento de Estrias
Para o tratamento desta afecção estética, temos alguns recursos, conforme segue: 
Corrente Galvânica
A corrente galvânica é uma corrente contínua, pois a fonte de energia mantém 
entre seus polos uma diferença de potencial constante. Sua onda é polarizada ou 
unidirecional, ou seja, a corrente flui em um único sentido. A galvanopuntura tam-
bém é chamada popularmente de “microgalvânica” ou eletrolifting. Pelo fato de ser 
uma micro corrente polarizada, o aparelho utiliza uma corrente contínua e intensi-
dade diminuída ao nível de microampères. É uma técnica que associa os benefícios 
da corrente galvânica, como a estimulação sensorial, hiperemia capilar, aumento 
da circulação, nutrição da área e aceleração do processo de reparação tecidual, aos 
efeitos do processo inflamatório, induzido pela puntura da agulha, sendo este o 
principal meio pelo qual a corrente penetrará pela pele na estria.
15
UNIDADE Estrias
Utiliza-se o polo negativo como eletrodo ativo pois, este tem maior proprieda-
de irritativa ao tecido e, desta forma, atrai maior quantidade de neutrófilos para o 
local. Iniciando o processo inflamatório imediato após a aplicação deste recurso. 
A intensidade da corrente elétrica, e também a capacidade racional do paciente, 
são fatores determinantes quanto à intensidade e duração da reação inflamató-
ria, sendo esta intensidade variável, levando em consideração a sensibilidade do 
cliente/paciente, mas, contudo, a literatura sugere entre 150 e 200 microampères. 
O trauma causado pela inflamação eleva a atividade metabólica local, estimulando 
a síntese de colágeno, com regresso da sensibilidade fina, devido ao preenchimento 
da área degenerada. 
Contraindicações: Devem-se observar alguns fatos que impossibilitam o trata-
mento, tais como níveis elevados de glicorticoides, sejam exógenos ou endógenos, 
que ocorrem na síndrome de Cushing ou na puberdade, assim como após a gra-
videz, quando ocorrem grandes alterações hormonais, em portadores de doenças 
cardíacas, de neoplasias, de vitiligo, gestantes, epiléticos ou qualquer outra pato-
logia que contra indique a aplicação de corrente elétrica. Também em casos de 
diabetes, hemofilia, síndrome de Marfan, propensão a cicatrizes hipertróficas ou 
queloides, e pacientes que fazem uso de corticoides, esteroides e anti-inflamatórios, 
condições estas que podem interferir no resultado do tratamento. Evitar a exposi-
ção solar para não haver risco de hiperpigmentação cutânea. Não estimular, em re-
giões em que há feridas recentes, bem como processo inflamatório ativo, de modo 
a evitar cronificação ou agravamento da lesão. 
Importante!
A corrente galvânica pode ser aplicada com uma caneta (eletrodo ativo) de ponta fina, 
que traz o benefício do trauma mecânico e a passagem da corrente, ou com uma caneta 
(eletrodo ativo) com uma agulha específica para este fim, que promove maior processo 
inflamatório pois, traz o benefício da corrente, da puntura e do levantamento da pele.
Importante!
Microdermoabrasão (Peeling Diamante/Peeling Cristal)
A microdermoabrasão é uma técnica de esfoliação abrasiva, não cirúrgica, que 
se pode controlar e executar de forma não invasiva, sendo considerada um método 
de desgaste superficial da pele, afinando a camada córnea, e com efeito sobre a 
remodelação dérmica. Possui inúmeras recomendações, dentre elas, o tratamento 
de estrias e o afinamento do tecido epitelial, preparando-o para tratamentos que 
consistam em revitalização e resultando em uma textura saudável e fina, causada 
pelo aumento de proteínas de reticulina, elastina e colágeno. Apresenta caráter 
regenerativo, o qual desencadeia um processo inflamatório, baseado em uma lesão 
causada por agente físico. É indicada para estrias albas. Pode ser utilizada antes do 
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peeling químico, diminuindo a barreira mecânica da pele, favorecendo a penetra-
ção do agente e otimizando os resultados.
Utiliza-se uma pressão negativa entre – 100 mmHg e 200 mmHg, devendo-se 
levar em consideração a sensibilidade da pele e o fototipo (deve-se ter maior cautela 
na abrasão de fototipos a partir de IV). 
Contraindicações: a técnica não deve ser muito enérgica, para evitar um des-
conforto, devendo ser mais cuidadosa no momento em que apresentar eritema ou 
vermelhidão. Por isso, deve-se evitar a exposição solar nas 48 horas, tanto antes, 
quanto após o procedimento. É desaconselhado o uso em lesões tegumentares se-
guidas de processo inflamatório. Deve-se ter controle do uso de cosméticos ou cos-
mecêuticosque contenham ácidos, evitando uma grande sensibilização epidérmica. 
Assim como associação de peelings químicos ou produtos queratolíticos às sessões 
de microdermoabrasão sem o prévio conhecimento do profissional responsável.
Importante!
Fototipos mais altos (a partir de IV) têm uma maior probabilidade de desenvolver hiper-
pigmentação pós inflamatória, pois os melanócitos são mais ativos, e, desta forma, a 
reação bioquímica acontece com mais intensidade e libera eumelanina (pigmento de cor 
marrom/negro).
Você Sabia?
Laser de Baixa Intensidade
O laser de baixa intensidade torna-se mais eficaz em estrias recentes (que ainda 
estejam em processo inflamatório). Sua ação trará melhora na atividade metabólica 
do tecido potencializando de forma eficaz a síntese de colágeno quando associada 
a cosméticos.
É um recurso bem-vindo também para modular processo inflamatório desenca-
deado pelas técnicas de tratamento.
Utiliza-se o laser vermelho (650 nm) com uma dosimetria de 2 J/cm2, com apli-
cação pontual, em todo trajeto da estria.
Vacuoterapia
Utiliza-se um aparelho de vácuo, em torno de – 300 mmHg, com ventosa bico 
de beija-flor ou bico de pato. Realiza-se movimentos de vai e vem por todo o traje-
to da estria, até que cause uma hiperemia intensa. A vacuoterapia reorganizará a 
estrutura do tecido e estimulará a circulação sanguínea no local da aplicação, me-
lhorará a oxigenação do tecido e, se associada a cosméticos, estimulará a síntese 
de colágeno.
17
UNIDADE Estrias
Pessoas com grande fragilidade capilar não devem usar este recurso. Isto pode acusar hematomas. Um 
indicativo que a hiperemia já está suficiente é o aparecimento de petéquias (pontinhos avermelhados 
que precedem o aparecimento de hematomas).
Microagulhamento
O microagulhamento utiliza um roller, ou caneta, que contém agulhas finas e 
longas, que alcancem a derme. Ao fazê-lo, teremos o aparecimento de peque-
nos pontos de sangue (a que chamamos de orvalho sangrante, ou “Pin Points”). 
Nesse momento há liberação de fatores de crescimento como TGFα, TGFβ, IGF, 
VEGF, que estimulam a síntese de colágeno e posterior melhora do aspecto das 
estrias. O resultado do tratamento é amplamente enriquecido com a associação 
cosmética (cosméticos específicos para microagulhamento). Além da liberação dos 
fatores de crescimento durante o microagulhamento (também conhecido como In-
dução Percutânea de Colágeno) há o processo inflamatório que tem um papel rele-
vante e de suma importância na melhora do aspecto da pele com estrias.
Importante!
Sugere-se que antes de iniciar o tratamento para estrias, atróficas ou não, seja realizado 
um preparo da pele, que deve ser iniciado três semanas antes do tratamento na clínica, 
com a finalidade de uniformizar a camada córnea, descompactar os queratinócitos para 
melhor penetração dos princípios ativos, reduzir a produção da melanina (evitando-se 
assim hipercromias), estimular o metabolismo (aumento da circulação e do crescimento 
epidérmico) e induzir maior ritmo de produção do fibroblasto.
Importante!
Sugestão de Protocolos Pré Tratamento 
Aplicar nas estrias uma emulsão corporal, que deve conter ácido glicólico 10%. 
Deve ser utilizada durante a noite, retirando com água pela manhã (aproximada-
mente 8 horas). Em caso de fototipos IV a VI, deve-se substituir por ácido mandé-
lico 10%. 
Aplicar ácidos graxos, como o mirístico, palmítico, esteárico, oleico, linoleico, 
linolênico e araquidônico, solubilizados com um agente de natureza oleosa vegetal 
no local das estrias, duas a três vezes ao dia, com massagens de 1 minuto nos locais.
O uso tópico do ácido ascórbico (Vitamina C) deve sempre estar presente nos tratamentos de estrias. 
Além de sua ação antioxidante (que será importante para o combate a Espécies Reativas de Oxigênio 
ou Radicais Livres, liberados durante o processo inflamatório), ele também estimula a liberação de 
Procolágeno e Tropocolágeno, que são substâncias precursoras do Colágeno.
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O intervalo entre as sessões para tratamento de estrias é variável, e depende do 
processo inflamatório desencadeado. Este intervalo oscila entre 7 e 30 dias, depen-
dendo do recurso utilizado.
Entre as sessões com recursos que desencadeiam processo inflamatório, pode-se 
intercalar sessões de hidratação e antioxidação. 
Sempre orientar ao cliente/paciente que, durante o tratamento, a exposição solar 
é proibida. A exposição solar pode causar uma hiperpigmentação pós inflamatória.
A pele deve estar sempre muito bem hidratada.
Banhos quentes e roupas apertadas também são contraindicados durante 
o tratamento.
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UNIDADE Estrias
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Abordagem clínica e abordagem terapêutica das estrias
AZULAY, M.; AZULAY, D. Abordagem clínica e abordagem terapêutica das estrias. 
In: KEDE, M.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu,2004. 
p. 363-8.
 Leitura
Estrias de distensão na gravidez: fatores de risco em primíparas
MAIA, M. et al. Estrias de distensão na gravidez: fatores de risco em primíparas. 
Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 84, n. 6, nov./dez. 2009.
http://bit.ly/2IbwXHe
A fisioterapia dermato-funcional no tratamento de estrias: revisão da literatura
MOREIRA, J.; GIUSTI, H. A fisioterapia dermato-funcional no tratamento de 
estrias: revisão da literatura. Revista Científica da UNIARARAS v. 1, n. 2/2013.
http://bit.ly/2Ia6kSJ
Effects of ascorbic acid on proliferation and collagen synthesis in relation to the donor age of human dermal fibroblasts
PHILLIPS C.; COMBS, S.; PINNELL, S. Effects of ascorbic acid on proliferation 
and collagen synthesis in relation to the donor age of human dermal fibroblasts. 
The Journal of Investigative Dermatology, v. 103, n. 2, p. 228-32, Aug. 1994.
http://bit.ly/2IdxZ5v
Análise dos efeitos da utilização da microgalvanopuntura e do microagulhamento no tratamento das estrias atróficas
SILVA, M.; ROSA, P.; SILVA, V. Análise dos efeitos da utilização da microgalva-
nopuntura e do microagulhamento no tratamento das estrias atróficas. BIOMO-
TRIZ, v. 11, n. 01, p. 49-63 /2017.
https://bit.ly/31vb3X2
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Referências
BORGES, F. S. Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções 
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte, 2010.
CUCÉ, L. C.; FESTANETO, C. Manual de Dermatologia. São Paulo: Ed. 
Atheneu, 2001.
FONSECA, A.; PRISTA, L. Manual de Terapêutica Dermatológica e Cosmeto-
lógica. São Paulo: Editora Roca, 2000.
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