Buscar

APOSTILA A1 - O NOVO PERFIL DO ENGENHEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ENGENHARIA E INOVAÇÃOENGENHARIA E INOVAÇÃO
O NOVO PERFIL DO ENGENHEIROO NOVO PERFIL DO ENGENHEIRO
Autor: Me. Lorena Tâmara Sena da Silva
R e v i s o r : R a f a e l G o n ç a l v e s B e z e r ra d e A ra ú j o
I N I C I A R
introdução
Introdução
Iniciamos o conteúdo em que discutiremos sobre “O novo per�l do Engenheiro” e, nesta etapa, exploraremos
tópicos sobre prática pro�ssional, contextualizando a motivação e a relevância das novas demandas de
mercado e negócios; as novas exigências quanto às competências pro�ssionais; a crescente importância da
interdisciplinaridade no ensino e nos postos de trabalho; e, por �m, o impacto social, econômico e ambiental
dessas mudanças nas empresas e no mercado pro�ssional relacionado à engenharia. Discutiremos como o
engenheiro da atualidade e do futuro serão mais valorizados não apenas pela excelência nas competências
técnicas, mas também, concomitantemente, a familiaridade com conceitos mercadológicos e de habilidades
comportamentais.
Em termos de linha do tempo, a história da engenharia no Brasil começa em 1549, com a fundação do
Governo Geral e da Cidade do Salvador, por Thomé de Souza. As construções anteriores são muito precárias
e com pouca informação. O primeiro Governador Geral trouxe, consigo, um grupo de pro�ssionais
construtores e a ordem do Rei D. João III, para que �zessem uma fortaleza de pedra e cal e uma cidade
grande e forte, como melhor puder ser. Portanto, a engenharia entrou no Brasil por meio das atividades de
duas categorias de pro�ssionais: os o�ciais-engenheiros e os então chamados mestres de risco construtores
da edi�cação civil e religiosa, antepassados dos nossos arquitetos, e, graças à esta atividade, os brasileiros
tiveram teto, repartições e templos (TELLES, 1984).
É evidente que, desde o Brasil colônia, o mundo evoluiu bastante, pois passamos por várias revoluções
industriais, pelo surgimento de novos mercados, negócios e nações. O pro�ssional de engenharia obteve,
cada vez mais, status e possibilidades de atuação. Com o desenvolvimento cientí�co e tecnológico que
perpassa a sociedade, em conjunto à tendência de especialização do conhecimento, a maior complexidade de
postos de trabalho conduziu a engenharia a subdividir-se em diferentes e variadas rami�cações, de formas e
em intensidades distintas demandadas pelo mercado.
Partindo do pressuposto de que o engenheiro é o pro�ssional responsável por planejar, projetar e
acompanhar a execução de um empreendimento, a sua atuação é essencial para a manutenção da vida em
sociedade, independente da existência de crises que, ciclicamente, estabilizam o mercado, pois sempre
haverá demanda por funções exercidas por pro�ssionais da área de engenharia. Além disso, o Confea
(Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) (2018) demonstra uma desproporcionalidade do total de
pro�ssionais registrados, 1.003.387. Mais de 77% são formados em apenas quatro especialidades: técnico
industrial (339.822 ou 33,87% do total), engenheiro civil (201.290 ou 20,06%), engenheiro eletricista
(122.066 ou 12,16%) e engenheiro mecânico e metalúrgico (109.788 ou 10,94%). Com a concentração em
poucas especialidades, o mercado �ca ainda mais carente em outros nichos.
Somada à pesquisa do Confea, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) detalhou as medidas para
aumentar a competitividade do país nos próximos anos, no documento Mapa Estratégico da Indústria 2018-
2022. Segundo a CNI (2018), o Brasil possui seis engenheiros para cada grupo de 100 mil pessoas. O ideal
seria, pelo menos, 25 engenheiros por 100 mil habitantes, proporção veri�cada nos Estados Unidos e Japão.
No entanto, você conhece todos os cursos de engenharias reconhecidos no Brasil? São mais de 30
modalidades!
Engenharia civil
Engenharia de produção
Os Cursos de EngenhariaOs Cursos de Engenharia
001
002
Engenharia mecânica
Engenharia elétrica
Engenharia química
Engenharia ambiental
Engenharia ambiental e sanitária
Engenharia de computação
Engenharia de petróleo
Engenharia de 
automação e controle
Segundo o Confea (2018) existem, pelo menos, 34 tipos de engenharias diferentes. No infográ�co, foi
possível conhecer um pouco sobre o que as principais engenharias podem desenvolver.
praticarVamos Praticar
A evolução do per�l do engenheiro, incluindo expertises gerenciais e comportamentais, mostra-se cada vez mais
presente nas empresas. Considerando o que foi apresentado neste material e em pesquisas complementares, assinale
a alternativa que indica a a�rmação correta sobre a área e os cursos de engenharia.
a) Existem apenas 10 engenharias reconhecidas no Brasil.
b) A existência de engenheiros no Brasil é relatada desde a década de 1930.
c) O número de engenheiros por área e cursos é equilibradamente distribuído.
d) As engenharias especializaram-se, ao longo do tempo, conforme as demandas de mercado, porém a
Engenharia Civil possui o maior número de pro�ssionais registrados.
e) As especialidades e diferenciações entre as engenharias mantêm-se constantes.
003
004
005
006
007
008
009
010
O mercado atual pressiona os pro�ssionais para serem cada vez mais diferenciados, com resiliência para
adaptarem-se às mais diversas situações e, principalmente, com capacidade de resolver problemas. Estamos
em meio à quarta revolução industrial; pro�ssionais, empresas e Estados conectados e com necessidades de
urgência nas tomadas de decisões. Tais decisões precisam ser mais acuradas, com o uso inteligente e
sustentável de recursos.
Sendo assim, neste tópico, apresentaremos algumas das competências mais valorizadas no mercado, bem
como o motivo pelo qual todo pro�ssional deve investir em seu desenvolvimento para aumentar as chances
de obter sucesso pro�ssional.
As Diferentes Habilidades: Hardskills e Softskills
Não é raro escutar, de um colega de faculdade, um familiar ou de você mesmo, que, ao participar de um
processo seletivo e não conseguir avançar de fase, obteve o seguinte feedback: “infelizmente, você não possui
o per�l aderente à vaga e/ou empresa”. Acredite, tal justi�cativa, na maioria das vezes, é verdade. Não é
demérito pro�ssional, apenas faltou o match com a empresa.
Nesta análise do empregador, não são observados apenas quesitos técnicos, por exemplo, domínio de um
software de modelagem; mas são, principalmente, aspectos comportamentais, como liderança.
Nesse contexto, destacamos o termo skill, em inglês, cuja tradução é “habilidade de fazer uma atividade ou
fazer bem um trabalho” (INTERNATIONAL DICTIONARY..., 2017). Portanto, apresentaremos mais detalhes
sobre os conceitos de tipos de habilidades que podem ajudar a construir o per�l mais competitivo possível às
melhores vagas.
Hard Skills
Segundo Boyatzis (2004), as dimensões da competência podem ser mais bem compreendidas se analisadas
sob a seguinte ótica:
o que precisa ser feito? (conhecimento);
como deve ser feito? (habilidades);
por que será feito? (atitudes).
A importância da combinação desses elementos está no fato de que um indivíduo, apesar de tecnicamente
apto a uma função, pode não obter os resultados desejados, em função de seu comportamento.
Portanto, hard skills, technical abilities são habilidades de foro técnico, quanti�cáveis e de aprendizado técnico
particularmente adquiridas, por meio de uma formação pro�ssional, acadêmica ou da experiência adquirida,
mas que incluem, ainda, procedimentos administrativos relacionados ao âmbito de atividades da organização
(RAO, 2012).
As Novas CompetênciasAs Novas Competências
Segundo Jamison (2010), o ensino de habilidades técnicas é importante e necessário, mas isso não garante
que o funcionário ou candidato torne-se um bom empregado ou um bom líder. Sabe-se que a excelência
oriunda somente das hard skills não assegura, ao pro�ssional, a permanência no ambiente de trabalho, ao
menos que a técnica esteja intimamente aliada às habilidades comportamentais (PASTORE, 2001).
Este cenário em que as hard skils perdem parte da importânciade outrora é reforçado quando analisamos o
cenário da crescente automação do trabalho. Se processos previsíveis e repetitivos já vêm sendo
substituídos por máquinas e robôs, com o desenvolvimento exponencial da inteligência arti�cial e suas
aplicações, outros postos de trabalho – e competências atreladas – se tornarão obsoletos. Schwab (2016)
acrescenta que os empregos com menores riscos de automação serão aqueles em que os pro�ssionais
estiverem mais ligados às atividades sociais e criativas (como o desenvolvimento de novas ideias), bem como
as pro�ssões nas quais as tomadas de decisões não sejam relacionadas a processos lógicos, mas a situações
de incerteza.
Soft skills
Para Pastore (2001), o mercado de trabalho não mais contrata apenas pelos diplomas, currículos ou
recomendações. Atualmente, o contratado permanece no ambiente organizacional pela qualidade das ideias
e da exposição revelada e evidenciada pela habilidade de argumentação. A busca do ambiente corporativo
por pessoas quali�cadas, que dominem as soft skills e que as coloquem em prática com e�ciência e e�cácia é
cada vez mais crescente. Como já dito anteriormente, as chamadas soft skills implicam em características
como hábitos pessoais; capacidade de comunicação, iniciativa, simpatia, tratamento e postura; e capacidade
de relacionar-se com o próximo. Essas habilidades atuam como um complemento às hardskills, que são as
exigências técnicas requeridas no atual cenário e, tratando-se de estudantes de engenharia, podem ser
de�nidas como características inerentes (CHAVES et al., 2009).
Sendo assim, as soft skills, employability skills, critical abilities, generic skills, transferable skills, key quali�cations,
transversal skills, non-academic skills e people skills constituem competências transversais, denominadas, por
vezes, como habilidades gerais, críticas, universais, humanas, não acadêmicas ou competências necessárias
para conseguir manter o trabalho/emprego.
Para Shakir (2009), as competências técnicas proporcionam o trabalho, mas, depois, são necessárias
competências transversais para mantê-lo. Possuir competências técnicas constitui, portanto, uma condição
necessária, porém insu�ciente para manter-se no mercado ou no posto (função) de trabalho, na medida em
que as competências técnicas e transversais complementam-se mutuamente. Os indivíduos com melhor
desempenho possuem, simultaneamente, competências técnicas adequadas, assim como comportamentais.
O relatório “O Futuro do Trabalho”, publicado em 2016, pelo World Economic Forum (WEF) (Fórum
Econômico Mundial), traz o alerta de que a economia mundial sentirá os efeitos da Quarta Revolução
Industrial, que promete ser muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores. Itens como
computação em nuvem, Internet das Coisas, Big Data, Robótica, Inteligência Arti�cial, Impressão em 3D,
Biotecnologia e a�ns devem, até 2020, eliminar 5,1 milhões de vagas, em 15 países e regiões que respondem
por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil. Em contrapartida, segundo o CNI (2018),
devem surgir 30 novas funções em oito áreas distintas da tecnologia.
Segundo o World Economic Forum (WEC) (2016), dentre as principais tecnologias que devem impulsionar as
mudanças no trabalho, estas foram as apontadas no estudo:
1. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 34%.
2. Crescimento no poder de computação e Big Data – 26%.
3. Novas fontes e tecnologias de energia – 22%.
4. Internet das coisas – 14%.
5. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 12%.
6. Robótica avançada e transportes autônomos – 9%.
7. Inteligência arti�cial – 7%.
8. Produção avançada e impressão 3D – 6%.
9. Materiais avançados, biotecnologia e genômica – 6%.
Sendo assim, o novo pro�ssional deve atentar-se às novas tendências mercadológicas, tecnológicas e de
competências pro�ssionais, assim, posicionando-se com diferenciais, que o fará destacar-se no mercado.
No Brasil, os fatores que mais devem in�uenciar na mudança de dinâmica dos postos de trabalho, segundo o
WEC (2016), são:
1. Crescimento da classe média em mercados emergentes – 45%.
2. Mudanças no ambiente de trabalho e acordos �exíveis de trabalho – 42%.
3. Crescimento no poder de computação e Big Data – 27%.
4. Novas fontes e tecnologias de energia – 27%.
5. Internet móvel e tecnologia em nuvem – 24%.
6. Mudanças climáticas e escassez de recursos naturais – 21%.
7. Crowdsourcing e economia de compartilhamento – 18%.
8. Maior interesse do novo consumidor em relação a questões éticas e de privacidade – 12%.
Isso signi�ca que um terço das competências consideradas essenciais, hoje, será substituído até 2020.
Segundo o mesmo estudo, até 2020, pelo menos 10 Soft Skills serão essenciais para você destacar-se entre
os pro�ssionais:
1. Pensamento crítico.
2. Criatividade.
3. Coordenação.
4. Negociação.
5. Inteligência emocional.
6. Resolução de problemas complexos.
7. Tomada de decisões.
8. Flexibilidade cognitiva.
9. Orientação para servir.
10. Gestão de pessoas.
Então, para aprimorarmo-nos pro�ssionalmente, devemos focar em nosso autoconhecimento pessoal e
pro�ssional.
praticar
V P ti
saiba mais
Saiba mais
O vídeo 4ª Revolução Industrial, produzido pelo World Economic
Forum (WEF), apresenta uma gama de novas tecnologias, a qual
vem transformando o modo como o ser humano vive e trabalha.
O vídeo traz depoimentos de especialistas, mostrando
tendências e impactos econômicos, sociais, políticos e ambientais
da 4ª Revolução Industrial no mundo inteiro.
ASS I ST IR
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
“[...] As soft skills estão relacionadas com a inteligência emocional e com as habilidades mentais enquanto que as hard
skills fazem referência às habilidades técnicas adquiridas mediante formação escolar ou técnica. No mundo cyber-
físico da Indústria 4.0 o desenvolvimento fez com que as soft skills passassem a ser cada vez mais exigidas dado que
são precisamente tais habilidades que os robôs não podem automatizar ou similar. Assim sendo, é desejável que os
atuais pro�ssionais desenvolvam habilidades como criatividade, adaptabilidade, capacidade de persuasão,
capacidade de administrar o tempo, colaboração e�ciente, dentro outras. O melhoramento, ou antes, o incentivo,
destas habilidades constituem requisitos cada vez mais desejáveis para os novos pro�ssionais na Quarta Revolução
Industrial”.
DIAS, C. M. C. A Indústria 4.0 chama simbiose entre hard skills e soft skills. FNE, 2019. Disponível em:
https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5448-artigo-a-industria-4-0-chama-simbiose-entre-hard-
skills-e-soft-skills. Acesso em: 1º dez. 2019.
Considerando a citação apresentada, assinale a alternativa que apresenta apenas soft kills.
a) Modelagem planta baixa, liderança e proatividade.
b) Resiliência, �exibilidade e inglês avançado.
c) Paciência, gestão de cronograma e cordialidade.
d) Ética, boa comunicação e capacidade analítica.
e) Flexibilidade, altruísmo e programação.
A atuação do engenheiro é relacionada às revoluções tecnológicas que a sociedade vive no momento. Até o
período histórico em que as trocas comerciais eram abastecidas, basicamente, pelo método artesanal de
produção, bem como a energia era de tração animal e máquinas a vapor rudimentares, o engenheiro
tradicionalmente restringia-se a obras militares e básicas de construção de moradias em geral, do advento
das manufaturas em série e formas de energia. Por exemplo, o Engenheiro Civil em obras de construção de
pontes e fortes ou, ainda, Engenheiros Mecânicos para a indústria bélica terrestre ou naval. Posteriormente,
com a produção em massa motivada pelas novas formas de uso da energia, somada a novos meios de
exploração de recursos naturais, bene�ciamento e processos químicos, surgiram, dentre outros, os
Engenheiros Eletricistas e os Engenheiros Químicos.
Após a primeira Revolução Industrial e o desenvolvimento da tecnologia, muitas especializações surgiram
nas engenharias. Nesta fase, de acordo comLaurdares (2000), ao engenheiro portador de um saber
essencialmente teórico era atribuída a responsabilidade de direção técnica da implantação de um setor
industrial, com a função de organizar e gerenciar os processos de trabalho de acordo com padrões
tecnológicos importados.
Sendo assim, Szanjberg e Zakon (2001) entenderam que a função do cientista é conhecer, enquanto que a do
engenheiro é fazer (projetar e construir). Na área da Física, o cientista adiciona dados e informações ao
conhecimento veri�cado e sistematizado do mundo físico; o engenheiro torna útil esse conhecimento na
solução de problemas práticos, os quais envolvem o projeto e a construção de artefatos, engenhos,
máquinas, equipamentos, instrumentos, instalações e a concepção de sistemas e processos, por via de regra,
envolvendo os elementos anteriores, de modo a serem operados de forma econômica. É importante ressaltar
que todo pro�ssional é, também, cidadão, então, deve-se pensar em retornos para a sociedade.
Com o fortalecimento e a disseminação da importância das soft skills pelas organizações, aspectos
comportamentais vêm sobressaindo-se, bem como competências antes voltadas aos pro�ssionais da gestão,
como criatividade, inovação e empreendedorismo.
Para Silveira (2005), a “empregabilidade” do engenheiro passa a depender mais de suas competências
gerenciais e de sua capacidade de resolução de problemas que de seu conhecimento técnico especializado,
só que, agora, em um mercado globalizado: a formação transnacional (duplos diplomas e intercâmbios
internacionais). Sendo assim, muda-se o papel do engenheiro: de um técnico especializado, com ou sem
formação cientí�ca suplementar, passa-se ao papel de um gerente, com visão tecnológica, podendo atuar no
mercado ou no desenvolvimento de inovações e produtos.
Nesse contexto, vamos apresentar alguns conceitos, modelos e tendências motivadores para a atuação
diferenciada do pro�ssional de engenharia na atualidade, mais especi�camente nos escopos meio ambiente
e social.
As Funções do EngenheiroAs Funções do Engenheiro
Novos desa�ios no Contexto Ambiental
Os termos ou #tags ambientais não são mais raridade em nosso dia a dia. Constantemente, temos a opção de
consumir algo “verde”, biodegradável, retornável e com uma fonte de energia “limpa”. É notório que este
vocabulário demonstra que a consciência ambiental, hoje, ocupa uma parte dos esforços empresariais e da
sociedade como um todo.
Desenvolvimento Sustentável x Sustentabilidade
Desenvolvimento sustentável é, segundo Sidkar (2003), um balanço entre o desenvolvimento econômico,
gestão ambiental e igualdade social. Uma maneira de estimular a integração dos interesses ambientais,
sociais e econômicos às estratégias de negócio consiste em investigar o desempenho de seus processos em
termos dos aspectos de impacto relacionados à sustentabilidade.
O termo desenvolvimento sustentável é elencado em diversas áreas de conhecimento, mas todas advêm de
um primeiro conceito em comum citado no Relatório de Brundtland. As de�nições comumente mais
conhecidas, citadas e aceitas são as do Relatório Brundtland (World Commission On Environment And
Development, 1987) e o documento “Agenda 21”. A mais conhecida de�nição supracitada deste relatório
contém dois conceitos-chave: o conceito de necessidade - mencionando, particularmente, as necessidades
dos países mais subdesenvolvidos - e a ideia de limitação, imposta pelo estado da tecnologia e de organização
social, para atender às necessidades do presente e do futuro (VAN BELLEN, 2005).
A sustentabilidade vem pautando muitos discursos acadêmicos e ações empresariais, a partir da década de
1990, visto que o meio ambiente vem sofrendo impactos e exibindo suas limitações decorrentes do
consumo, que aumentou em todo o mundo, despertando a conscientização ambiental. Essa preocupação com
as futuras gerações tem feito muitos consumidores buscarem por produtos sustentáveis, os quais
equacionam o consumo de recursos e a geração de resíduos a um nível aceitável, almejando a satisfação do
consumidor e a viabilidade econômico-ambiental (PIGOSSO, 2008).
O modo como a questão ambiental está em evidência tem fortalecido os seus valores e imposto, às
indústrias, novos desa�os para atender à demanda de um mercado consumidor, com crescente interesse na
forma em que os produtos e serviços são produzidos, utilizados e descartados, além de como estes afetam o
meio ambiente. As indústrias também têm se interessado, igualmente, pela cobrança de práticas de produção
mais limpas das grandes organizações parceiras, pelas certi�cações com reconhecimento internacional e
pela diminuição dos recursos naturais, etc. (OLIVEIRA; SERRA, 2010).
O conceito atual de desenvolvimento sustentável, que foi expresso na Cúpula Mundial, em 2002, envolve a
de�nição mais concreta do objetivo de desenvolvimento atual (a melhoria da qualidade de vida de todos os
habitantes) e, simultaneamente, distingue o fator que limita tal desenvolvimento e pode prejudicar as
gerações futuras (o uso de recursos naturais além da capacidade da Terra).
Da RIO+10, resultou a Declaração do Desenvolvimento Sustentável, que rea�rmou o compromisso de
atingir todas as metas de desenvolvimento acordadas pela ONU desde 1992, bem como o Plano de
Implementação, contendo 170 itens distribuídos em 11 capítulos, os quais abordam temas como equidade
social, redução da pobreza, mudança de padrões insustentáveis de produção e consumo e meio ambiente
(SANTOS, 2008).
Em 2012, realizou-se, novamente, no Brasil, a 20ª Conferência Mundial sobre Desenvolvimento e Meio
Ambiente, a Rio+20, em que foram discutidos temas sobre “a economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável” resultando, posteriormente, na publicação do relatório o�cial “The future we
want”, rea�rmando o compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável (NASCIMENTO et al.,
2012).
O histórico dos eventos e seus produtos são organizados conforme quadro a seguir.
Quadro 1.1 - Fatos históricos ligados ao desenvolvimento sustentável
Fonte: Elaborado pela autora.
Economia Verde e Ecoe�iciência
Segundo Abramovay (2012), a economia verde é o termo mais utilizado nas organizações multilaterais, no
mundo empresarial e na própria sociedade civil, pois envolve três dimensões fundamentais. A primeira é a
mais conhecida e corresponde à transição do uso em larga escala de combustíveis fósseis como fontes
renováveis de energia. A segunda dimensão fundamental da economia verde está no aproveitamento dos
produtos e serviços oferecidos pela biodiversidade. Trata- se do processo pelo qual a demanda é respondida
com base em técnicas capazes de reduzir as emissões de poluentes (foco contra os gases que provocam o
efeito estufa), de reaproveitar parte crescente de seus rejeitos e, acima de tudo, de diminuir o emprego de
materiais e energia dos quais os processos produtivos organizam-se.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) cita que a economia verde é aquela que
resulta em melhorias do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz,
signi�cativamente, os riscos ambientais e a escassez ecológica (GUELERE, 2009).
O foco em sustentabilidade pode ser utilizado para ajudar empresas na melhoria de suas operações,
inovações e crescimento estratégico, enquanto ganham uma vantagem competitiva sustentável e entregam
valores sustentáveis para a sociedade (COLLBERT; KURUCZ, 2007; HART; MILSTEIN, 2003).
Kiron et al. (2012) citam alguns fatores que sustentam os investimentos relacionados à adoção de práticas de
sustentabilidade. Dentre eles, estão: maior participação no mercado, maior potencial de inovação em seus
modelos de negócios e processos, acesso a novos mercados e maior vantagem competitiva.
Nesse contexto, Hitchcock e Willard (2002) listam outros benefícios de obter práticas de sustentabilidade:
redução de energia,desperdício e custos; diferenciação em relação aos competidores; retenção e atração
dos melhores funcionários; melhoria da imagem perante os acionistas e consumidores; fornecimento de uma
melhor qualidade de vida; dentre outros.
Na esfera corporativa, o marco teórico conceitual foi de autoria de John Elkington, em 1997, citando o termo
triple bottom line. Além do desempenho �nanceiro, a “saúde” de uma empresa deve ser medida em relação aos
impactos no meio ambiente causados por operações humanas. Segundo Sikdar (2003), o desenvolvimento
sustentável é um balanço entre o desenvolvimento econômico, a gestão ambiental e a igualdade social.
Para Elkington (1997), o desenvolvimento sustentável deve ser cienti�camente apoiado, ecologicamente
equilibrado, energeticamente renovável, tecnicamente exequível, culturalmente assimilável e socialmente
1971 • Club de Roma • Output: Limites do Crescimento
1972
• Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano • Output:
Declaração de Estocolmo
1983 • Criação da CMMAD • Output: Nosso Futuro Comum
1987
• Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento • Output:
Nosso Futuro Comum
1992
• Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
– RIO-92 • Output: Declaração do Rio, Declaração sobre as Florestas,
Agenda 21, além dos limites
1997
• RIO +5 • Output: Protocolo de Kioto, Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo- MDL
2002 • RIO +10 • Output: Declaração do DS, Plano de Implementação
justo.
O Triple Bottom Line (TBL) capta a essência da sustentabilidade ao medir o impacto das atividades das
organizações no mundo. Quando positivo, re�ete em um aumento no valor da empresa, em termos tanto de
lucratividade e de contribuição para os acionistas quanto sob o aspecto de seu capital social, humano e
ambiental (WEBER, 2007).
Para atingir resultados expressivos em sustentabilidade, as empresas devem manter e basear-se no
desempenho do negócio e, simultaneamente, mostrar consideração pelo planeta.
Assim, de forma objetiva, traduz-se que a sustentabilidade somente ocorrerá quando as condições
econômicas e sociais forem melhoradas ao longo do tempo, sem extrapolar a capacidade ambiental.
Dessa forma, o monitoramento da sustentabilidade dos processos resulta em benefícios para as companhias,
para a sociedade em geral e para o meio ambiente. Muitas oportunidades aparecem de práticas sustentáveis
na manufatura. Tomando, por exemplo, o caso do uso de recursos materiais em projetos de produtos e
processos, bons resultados podem aparecer da reciclagem e da coleta de materiais, bem como da utilização
de materiais substitutos, que proporcionam menores perdas, produtos com tempo de vida útil superior ou,
ainda, a possibilidade de recuperação de partes de produtos ao �nal de sua vida (CASCIO, 1996).
Figura 1.2 - Sustentabilidade e Ecoe�ciência
Fonte: Guelere (2009. p. 45).
Novos Desa�ios no Contexto Social
De acordo com o aumento das exigências no mercado de trabalho, a Responsabilidade Social Empresarial
(RSE) vem tornando-se uma das maiores preocupações das empresas. A RSE é um método de gestão de
negócios, visando os objetivos da empresa, nos quais a sua de�nição envolve as relações comerciais
sustentáveis e socialmente responsáveis. Sendo assim, o autor Ashley (2005) relata que o termo
responsabilidade social abrange uma variedade de interpretações, dentre elas, a ideia de que seja de
responsabilidade ou compromisso legal; para outros, é uma obrigação �duciária, impondo, às empresas,
padrões mais altos de comportamento. Já outra interpretação traduz a responsabilidade social como prática
social, papel social e função social, porém, para alguns, esta está relacionada à prática eticamente
responsável ou uma contribuição caridosa.
A responsabilidade social empresarial está correlacionada com a sustentabilidade, já que a RSE é uma forma
de gestão que se de�ne pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos que se relaciona,
bem como pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade
e promovendo a redução das desigualdades sociais (INDICADORES ETHOS... 2018).
A partir desses conceitos abordados sobre a Responsabilidade Social no ramo empresarial, percebe-se o
quanto é importante a procura pela perfeição nas empresas, buscando a visibilidade na qualidade no setor
econômico, social e ambiental. De acordo com Carroll (1999), as características da RSE são formadas por
quatro dimensões de responsabilidade que representam a expectativa da sociedade em relação às empresas,
assim como o grau de importância das dimensões econômicas, legais, éticas e �lantrópicas.
Concluindo a ideia com Indicadores... (2018), relata-se que a Responsabilidade Social Empresarial está além
do que a empresa deve fazer por obrigação legal, pois cumprir a Lei não faz uma empresa ser socialmente
responsável.
saiba mais
Saiba mais
Para exempli�car as iniciativas que remodelam positivamente os
processos conhecidos e rotineiros, temos os Postos Ecoe�cientes
e o Posto Ipiranga, que utilizam de vários sistemas de reuso e
reciclagem. Diante disso, leia o conteúdo do site apresentado em
detalhes sobre o conceito de Posto Ecoe�ciente.
Fonte: Elaborado pela autora.
ACESSAR
https://portal.ipiranga/wps/portal/ipiranga/postoselojas/postoecoeficiente
Certi�icados
Para ganhar um espaço no mercado empresarial, as empresas têm de buscar o seu diferencial e suas
quali�cações. De acordo com o Portal de Educação (2013), foi realizado um levantamento, em abril de 2003,
pela consultoria italiana Value Partners, nas bolsas de valores da Europa e Estados Unidos, no qual foi
veri�cado que, nos últimos anos, as empresas que possuem certi�cado de responsabilidade social tiveram
um maior reconhecimento; em média, 30% a mais, comparadas às que não possuem esta certi�cação.
Vidigal (2012) descreve que há diferentes formas de certi�cações que passam a ocupar a vida das empresas
e de seus respectivos consumidores, no intuito da comunicação em especí�cos padrões do setor ambiental,
social e geográ�co, por exemplo. O mais abundante nas empresas é o certi�cado socioambiental, o que
demonstra ações sociais dentro das empresas relacionadas à preocupação na inserção de novos produtos no
mercado que não agridem o meio ambiente. Com isso, o autor �naliza dizendo que as certi�cações surgem de
forma global, para descrever índices, padrões e conceitos que classi�quem produtos e serviços.
Conforme Viana et al. (2002), a certi�cação ambiental é um compromisso voluntário da organização, no
sentido de adotar um comportamento ambientalmente correto em relação ao gerenciamento da empresa ou
do processo produtivo, baseado em normas padronizadas e reconhecidas nacional ou internacionalmente.
Para Rodrigues (2016), a certi�cação é o elemento central de propulsão e tangibilização do movimento,
atendendo à necessidade da empresa em relação à medição de maneira pragmática, criteriosa e abrangente,
bem como sua performance ou impacto socioambiental. Com isso, o movimento atrai empreendedores que já
têm o valor socioambiental como um dos alicerces de seus negócios.
Nesse sentido, Santos (2017) comenta que a presença de organizações terceiras reconhecidas torna-se
fundamental na validação do certi�cado, sendo, portanto, de grande importância o seu reconhecimento e
respeito no mercado e na sociedade. Há de ser, portanto, uma instituição reconhecida pelo mercado, para
que, assim, tal certi�cado seja validado e aceito pela sociedade e demais instituições. São instituições
governamentais ou não, as quais possuem políticas e procedimentos implementados para atestar a
identidade de um titular de certi�cado. Um exemplo mais próximo da realidade brasileira é o INMETRO
(Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que certi�ca a qualidade dos produtos
brasileiros.
B CORP
O autorElkington (2001) relata que as empresas não estão olhando apenas para o seu meio econômico e
social, devido à gradativa importância que a sustentabilidade socioambiental vem alcançando na esfera
organizacional, pois o meio ambiente tem papel fundamental na gestão corporativa. De acordo com essa
necessidade, as empresas B certi�cadas são aquelas que atendem aos mais altos padrões de desempenho
social e ambiental veri�cados, transparência pública e responsabilidade legal para equilibrar lucro e
propósito.
No entanto, com o site B Corporation (on-line), a B Corp está acelerando uma mudança na cultura global, para
rede�nir o sucesso nos negócios e construir uma economia mais inclusiva e sustentável.
reflita
Re�ita
Já ouviu falar em “consumo consciente?” Esse é o foco do Instituto Akatu, uma
Organização sem �ns lucrativos, criada no âmbito do Instituto Ethos, em 15 de março
de 2001 (Dia do Consumidor), com a missão de educar, sensibilizar e mobilizar para o
Consumo Consciente. Sendo assim, re�ita sobre as mobilizações que podem ser
realizadas para prezar o consumo consciente no link: https://www.akatu.org.br/akatu-
nas-empresas/
https://www.akatu.org.br/akatu-nas-empresas/
O objetivo do movimento B, segundo Rodrigues (2016), é rede�nir o conceito de sucesso nos negócios, ao
incluir o valor socioambiental lado a lado com o lucro, unindo pessoas que buscam valores e propósitos
iguais. O movimento também oferece uma forma para que as empresas passem a agir com o intuito de valor
socioambiental compartilhado, para o alcance da concretização em seu diferencial, em que o networking e a
reputação pessoal são os principais impulsionadores do movimento, já que colocam empreendedores,
investidores de impacto e personalidades reconhecidas igualmente.
Santos (2017) relata que o movimento B Corp começou em 2007, nos Estados Unidos, tendo, em sua
essência, a aplicação de conceitos relacionados tanto à responsabilidade socioambiental quanto ao
hibridismo corporativo. O principal objetivo do movimento era estimular um tipo diferente de organização, a
qual buscasse padrões rigorosos de desempenho social e ambiental, bem como de responsabilidade e
transparência.
O Certi�cado B Corp é emitido pelo B Lab, responsável por reconhecer empresas que seguem determinados
padrões de transparência, responsabilidade e desempenho (BOAS PRÁTICAS..., 2018). Essas empresas estão
liderando um movimento global para rede�nir o sucesso nos negócios, as quais vêm destacando-se no
mercado, oferecendo uma visão positiva melhorada aos negócios. Desa�os sistêmicos exigem soluções
sistêmicas, e o movimento B Corp oferece uma solução concreta, escalável e baseada no mercado.
O Relatório Anual Sistema B Brasil expõe que existem centenas de iniciativas vinculadas ao Sistema B, as
quais são promovidas em toda a América Latina, no sentido da construção de um ecossistema favorável, para
que as Empresas B multipliquem-se e desenvolvam-se na forma de fazer negócios. Parâmetros de políticas
públicas e legislação, mercado, consumidores e acadêmicos são interligados e debatidos em importantes
setores para a sociedade, sendo o Sistema B responsável por promover esta articulação.
praticarVamos Praticar
Um equívoco comum é pensar que �lantropia é sinônimo de responsabilidade social. Filantropia, segundo o
consciente popular, remete a ações de caridade, sem a expectativa de retornos �nanceiros ou econômicos à empresa.
O conceito e aplicação de Responsabilidade Social extrapola o da �lantropia.
Sobre a RSE e sua relação com a �lantropia, assinale a alternativa correta.
a) A RSE inclui somente as dimensões éticas e �lantrópicas.
b) A RSE inclui somente as dimensões ambientais e �lantrópicas.
c) A �lantropia inclui somente as dimensões éticas e RSE.
d) A RSE inclui somente as dimensões econômicas, sociais, ambientais e �scais.
e) A RSE inclui as dimensões econômicas, legais, éticas e �lantrópicas.
indicações
Material Complementar
L I V R O
Agilidade Emocional
Susan David
Editora: Cultrix
ISBN: 10: 8531614503
Comentário: nessa obra, a autora explica que a maneira como lidamos e
reagimos com as nossas emoções re�ete em como vivemos, amamos e
comportamo-nos diante da sociedade. Isso extrapola a vida pessoal. Muitas
empresas já têm ciência sobre esta relação. O saber gerenciar o lado
emocional é, também, uma habilidade importante para as organizações,
principalmente na hora de lidar com problemas e desa�os.
conclusão
Conclusão
Conforme estudamos nesta unidade, compreendemos que, com o desenvolvimento econômico e o aumento
da complexidade dos negócios a nível mundial, os engenheiros disseminaram-se para diversas
especialidades. Além disso, destacamos que as novas tecnologias, como a Inteligência Arti�cial, Big Data,
Impressão 3D, Novas Formas de Telecomunicações e as Biotecnologias não só deram origem a novas
ferramentas, exigindo uma formação complementar, mas também alteraram, profundamente, os processos
de trabalho e suas representações.
Apresentamos o conceito de skill e enaltecemos a importância crescente das soft skills (competências
transversais), como o mercado cada vez mais as valorizam, além da tendência da contratação pelas
competências. Por �m, contextualizamos o papel do engenheiro dentro dos novos desa�os sociais e
ambientais em que a sustentabilidade e responsabilidade social são temas mandatórios para o pro�ssional
que deseja destaque.
referências
Referências Bibliográ�cas
ABRAMOVAY, R. Muito além da economia verde. São Paulo: Abril, 2012.
A ÉTICA nas organizações e a responsabilidade social. Portal Educação, 2013. Disponível em:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/a-etica-nas-organizacoes-e-a-
responsabilidade-social/32818. Acesso em: 30 out. 2019.
AHSLEY, P. A. Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
B CORP. SEBRAE, 2018. Disponível em: http://ois.sebrae.com.br/boaspraticas/b-corp/. Acesso em: 3 nov.
2019.
B CORPORATION. Disponível em: www.bcorporation.net. Acesso em: 30 out. 2019.
BOYATZIS, R. E. Self-Directed Learning. Executive Excellence, v. 21, n. 2. p. 11- 12, fev. 2004.
______. The competent manager: a model for effective performance. New York: John Wiley&Sons, 1982.
CARROLL, A. B. Corporate Social Responsibility: evolution of a de�nitional construct. Business & Society, v.
38, n. 3, 1999. Disponível em: http://doi.org/10.1177/000765039903800303. Acesso em: 2 nov. 2019.
CASCIO, J.; WOODSIDE, G.; MITCHELL, P. ISO 14000 guide: the new international environmental
management standards. McGraw-Hill, 1996.
CHAVES A. et al. Soft skills Enriquecimento do Curriculum Vitae. Porto, 2009.
COLLBERT, B ; KURUCZ, Z, Colbert, B. and Kurucz, E. Three conceptions of triple bottom line business
sustainability and the role for HRM, Human Resource Planning, 2007.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/a-etica-nas-organizacoes-e-a-responsabilidade-social/32818
http://ois.sebrae.com.br/boaspraticas/b-corp/
http://www.bcorporation.net/
http://doi.org/10.1177/000765039903800303
CONHEÇA 30 novas pro�ssões que vão surgir com a Indústria 4.0. Agências de Notícias CNI, jul. 2018.
Disponível em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/conheca-30-novas-pro�ssoes-
que-vao-surgir-com-a-industria-40/. Acesso em: 12 nov. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Legislação. Disponível em:
http://www.confea.org.br/servicos-prestados/registro-de-obras-intelectuais/legislacao. Acesso: 22 out
2019
DIAS, C. M. C. A Indústria 4.0 chama simbiose entre hard skills e soft skills. FNE, 2019. Disponível em:
https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5448-artigo-a-industria-4-0-chama-simbiose-entre-hard-skills-e-
soft-skills. Acesso em: 1º dez. 2019.
ELKINGTON, J. Cannibals with Forks, the Triple Bottom Line of 21st. Oxford: Capstone Publishing, 1997.
GUELERE, A. Integração do Ecodesign ao modelo uni�cado para a gestão do processo de desenvolvimento
de produtos: estudo decaso em uma grande empresa de linha branca. 2009. 243 f. Tese (Doutorado) – Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2009.
HART, S. L.; MILSTEIN, M. B. Creating sustainable value. Academy of Management Executive, v. 17, n. 2, p.
 56-67.
HITCHCOCK, D.; WILLARD, M. Sustainability: Enlarging Quality’s Mission. Quality Progress, p. 43-47, 2002.
INDICADORES Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis. ETHOS, 2018. Disponível em:
https://www.ethos.org.br/conteudo/indicadores/#.XBB9ezhKjak.       Acesso em: 2 nov. 2019.
INTERNATIONAL dictionary of English. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
JAMISON, D. Leadership and professional development: an integral part of the business curriculum.
Business Education Innovation Journal, v. 2, n. 2, p. 102-111, 2010.
KIRON, D. et al. Sustainability Nears a Tipping Point. MIT Sloan Management Review, 2012.
LAUDERES, J. B.; RIBEIRO S. Trabalho e formação do engenheiro. R. Brás Est. Pedag., Brasília, v. 81, n. 199, p.
491-500, set./dez. 2000.
NASCIMENTO, L. Gestão ambiental e a sustentabilidade. Brasília: Universidade Aberta do Brasil, 2008.
NASCIMENTO, T. C. et al. Inovação e sustentabilidade na produção de energia: o caso do sistema setorial de
energia eólica no Brasil. Cadernos EBAPE.BR, v. 10, n. 3, p. 630-651, 2012.
OLIVEIRA, O.; SERRA, J. Benefícios e di�culdades da gestão ambiental com base na ISO 14001 em empresas
industriais de São Paulo. v. 20, ano 3, p. 429-438, 2010.
PASTORE, J. A Evolução do Trabalho Humano. São Paulo: LTR, 2001.
PIGOSSO, D. C. A. Integração de métodos e ferramentas do ecodesign ao processo de desenvolvimento de
produtos. São Carlos: Escola de Engenharia de São Paulo, 2008.
POR QUE Educação? CEBDS. Disponível em: http://cebds.org.br/. Acesso em: 2 nov. 2019.
RAO, M. S. Myth and truths about soft skills. Training & Development, v. 1, p. 48-51, maio 2012.
RESUMO técnico: Censo da Educação Superior 2015. 2. ed. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2018. Disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/resumo_tecnico/resumo_tecnico_censo_da_educacao_superio
Acesso em: 2 dez. 2019.
RODRIGUES, J. O movimento B Corp: signi�cados, potencialidades e desa�os. São Paulo, 2016. Disponível
em: http://academiab.org/wp-content/uploads/2017/03/OMovimentoBCorp.pdf. Acesso em: 2 nov. 2019.
https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/conheca-30-novas-profissoes-que-vao-surgir-com-a-industria-40/
http://www.confea.org.br/servicos-prestados/registro-de-obras-intelectuais/legislacao
https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5448-artigo-a-industria-4-0-chama-simbiose-entre-hard-skills-e-soft-skills
https://www.ethos.org.br/conteudo/indicadores/#.XBB9ezhKjak
http://cebds.org.br/
http://academiab.org/wp-content/uploads/2017/03/OMovimentoBCorp.pdf
SANTOS, G. C. de O. Certi�cado B Corpation e seus benefícios: um estudo de caso na empresa Zebu.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração de Empresas) – Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, Centro de Ciências Sociais, Departamento de Administração Graduação em
Administração de Empresas, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/32601/32601.PDF. Acesso em: 10 out. 2019.
SCHWAB, K. A Quarta Revolução Industrial. Trad. Daniel Moreira Miranda. São Paulo: Edipro, 2016.
SHAKIR, R. Soft skills at the Malaysian institutes of higher learning. Asia Paci�c Education Review. Springer,
2009. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s12564-009-9038-8. Acesso em: 29 out.
2019.
SIKDAR, S. K. Sustainable Development and Sustainability Metrics. AIChE Journal, p. 1928-1932, 2003.
SILVEIRA, M. A. da. A Formação do Engenheiro Inovador: uma visão internacional. Rio de Janeiro: ABENGE,
2005.
SZAJNBERG, M; ZAKON, A. A “introdução às Ciências Naturais” e o Ensino de Física e Matemática para as
Engenharias. In: Encontro Íbero Americano de Dirigentes de Instituições de Ensino de Engenharia ABENGE-
ASIBEI, 3., 2001. Anais [...].
TELLES, P. C. da S. História da engenharia no Brasil. Rio de Janeiro: LTC, 1984.
THE FUTURE of Jobs: Employment, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution. We
Forum, 2016. Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs.pdf. Acesso em: 2 dez.
2019.
VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 2005.
VIANA, E. C. et al. Análise técnico-jurídica do licenciamento ambiental e sua interface com a certi�cação
ambiental. Viçosa: UFV, 2002.
VIDIGAL, I. de P. N. A Certi�cação Ambiental como Instrumento para a Competitividade Econômica e o
Desenvolvimento Sustentável. Uberlândia, 2012. Disponível em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=3b3dbaf68507998a. Acesso em: 14 out. 2018.
VISÕES do futuro: as habilidades essenciais para o pro�ssional do amanhã. HSM, 2018. Disponível em:
https://www.hsm.com.br/visoes-do-futuro-as-habilidades-essenciais-para-o-pro�ssional-do-amanha/.
Acesso em: 25 out. 2019.
WEBSTER, J.; WATSON, R. T. Analyzing the past to prepare for the future: Writing a literature review. MIS
Quartely, v. 26, n. 2, p. 13-23, 2002.
WORLD ECONOMIC FORUM. The Future of Jobs Employment, Skills and Workforce Strategy for the
Fourth Industrial Revolution. Genebra-Suiça, 2016.
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/32601/32601.PDF
https://link.springer.com/article/10.1007/s12564-009-9038-8
http://www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs.pdf
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=3b3dbaf68507998a
https://www.hsm.com.br/visoes-do-futuro-as-habilidades-essenciais-para-o-profissional-do-amanha

Continue navegando