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DRENAGEM-LINFATICA-MANUAL-POS-MAMOPLASTIA-DE-AUMENTO

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DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL PÓS MAMOPLASTIA DE AUMENTO
Renatha Mara Pereira Machado Verner1, Alison Souza2
1 Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba,
PR).
2 Professora Orientadora Adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná 
Endereço para correspondência: renathaverner@yahoo.com.br
___________________________________________________________________________
RESUMO: A mamoplastia de aumento é uma cirurgia plástica com objetivo estético visando
o aumento da mama para maior harmonia do corpo, deixando cicatriz, podendo levar à
formação de edema, inflamação, infecção, aderências na pele e musculatura envolvida
dependendo do processo de cicatrização individual. A drenagem linfática manual (DLM) que
é uma técnica específica de massagem com manobras rítmicas, lentas, utiliza pressão
superficial e visa aumentar o transporte da linfa, está técnica pode ser aplicada para diminuir
as complicações causadas pelo procedimento cirúrgico de mamoplastia de aumento e
melhorar o processo de recuperação tecidual por meio da diminuição de edema e, por
consequência, a diminuição da tensão exercida no tecido, desta forma minimizando as
possibilidades de contratura capsular e infecção. O objetivo deste trabalho é por meio de uma
revisão de literatura verificar o efeito da drenagem linfática manual na redução da dor e das
complicações existentes no pós-operatório de mamoplastia de aumento.
Palavras-chave: drenagem linfática manual, mamoplastia, edema, cicatrização.
___________________________________________________________________________
ABSTRACT: The breast augmentation is a cosmetic surgery with aesthetic goal seeking
breast augmentation for greater harmony of body, leaving scars and may lead to edema,
inflammation, infection, adhesions in the skin and muscles involved depending on the
individual healing process. The manual lymphatic drainage (MLD) which is a specific
technique of massage with rhythmic maneuvers, slow, uses surface pressure and aims to
increase the transport of lymph, the technique can be applied to reduce the complications
caused by the surgical procedure of breast augmentation and improving the recovery process
by decreasing tissue edema and, consequently, the decrease in tension on the tissue, thus
minimizing the chances of capsular contracture and infection. The objective of this work is
through a literature review to evaluate the effect of manual lymphatic drainage in reducing
pain and complications that exist in post-operative breast augmentation.
Keywords: manual lymphatic drainage, breast, edema, wound healing.
__________________________________________________________________________
1
INTRODUÇÃO 
Visando melhorar a harmonia
corporal muitas mulheres recorrem aos
procedimentos estéticos e cirúrgicos. A
mama é o grande símbolo de feminilidade
e sensualidade por isso a procura pela
Mamoplastia de aumento cresce a cada
ano, porém esse procedimento cirúrgico
pode resultar no surgimento de edema
localizado entre outras complicações. Para
amenizar esses efeitos podemos utilizar a
técnica de Drenagem Linfática Manual.
A Drenagem linfática manual é
representada, principalmente, por duas
técnicas, a de Vodder (1936) e a de Leduc
(meados de 1960). Ambas as técnicas
associam três categorias de manobras:
captação, reabsorção e evacuação da linfa.
As manobras são realizadas com pressões
suaves, lentas, intermitentes e relaxantes.
A utilização da drenagem linfática manual
é descrita em casos de redução de edemas
linfáticos, fibro-edema gelóide, retenção
hídrica e edemas pós-operatórios. 
 A Mamoplastia de aumento é um
procedimento cirúrgico estabelecido e se
constitui na primeira opção do tratamento
das hipomastias e assimetrias da mama. 
As vias de acesso para inserção dos
implantes mamários podem ser
inframamária, periareolar e transaxilar.
Este trabalho foi realizado com o
objetivo de verificar o efeito da drenagem
linfática manual na redução das
complicações mais frequentes nesta
cirurgia que são: contratura capsular, dor,
edema localizado, hematomas, infecções e
deslocamento da prótese.
Ao meio acadêmico teremos uma
abordagem clara e específica para área de
estética, agregando valor a ciência e a
pesquisa.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada na
realização deste trabalho foi uma revisão
bibliográfica baseada em pesquisa de
artigos científicos já publicados e livros.
Os livros e artigos pesquisados
foram compreendidos entre 1999 a 2010.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1. Anatomia e Fisiologia Linfática
da Mama
Segundo Mauad (2001), as mamas
são originadas embriologicamente do
ectoderma, sendo, portanto um anexo da
pele que não exerce influência ou alteração
no músculo peitoral. Anatomicamente
estão localizadas entre a segunda e a
terceira costela; o mamilo deve estar
2
localizado aproximadamente entre a quarta
costela ou 2 a 3 cm abaixo da metade da
altura do braço. O tecido mamário é
sustentado por ligamentos fixados ao
músculo peitoral e a pele; isso permite o
deslocamento das glândulas mamárias
dentro do envelope da pele, essas glândulas
são formadas por aproximadamente vinte
lóbulos que desembocam pelos ductos nos
mamilos.
As mamas estão situadas na face
anterior do tórax, representando, nas
mulheres adultas, estrutura superficial mais
proeminente na parede torácica anterior.
São glândulas sudoríparas modificadas,
presentes tanto no sexo feminino como no
masculino, sendo em condições normais
bem desenvolvidas apenas nas mulheres,
aonde sua relação funcional com os
ovários, do ponto de vista endócrino,
impõe que sejam estudadas como órgão do
aparelho reprodutor. De fato, as glândulas
mamárias são acessórias para função
reprodutora nas mulheres, mas
rudimentares e sem função nos homens,
consistindo apenas em uns poucos ductos
pequenos, em geral com pouca quantidade
de tecido gorduroso e sistema glandular
não desenvolvido. (SADO, Apud de
Bastos, 1991; Moore & Dalley, 2001).
Os principais linfonodos da parte
superior do tórax encontram-se na axila,
clavícula, esterno e mamário interno.
(Garcia, 2010).
A rede linfática mamária é dividida
nos plexos superficial ou subareolar e
profundo ou fascial. O plexo superficial
coleta a linfa proveniente das porções
centrais da mama, da pele, da aréola e da
papila mamária, drenando, em sua maior
parte, lateralmente em direção à axila, o
que corresponde a 97% da drenagem
linfática da mama. O plexo profundo
possui uma parte que se estende entre os
músculos peitorais maior e menor,
drenando para os linfonodos subclávios, e
a maior parte drena para os linfonodos
mamários internos.(Tiezzi, 2006).
2. Mamoplastia de aumento
A falta de desenvolvimento e
alterações fisiológicas a qual as mamas são
submetidas com os ciclos hormonais,
alterações de peso e possíveis estados de
gravidez provocam modificações no
tamanho e forma das mamas, resultando
em mamas pequenas, volumosas ou
flácidas; isso estimula às mulheres de
diferentes faixas etárias a realizar as
cirurgias plásticas para obter mamas
esteticamente compatíveis com o padrão de
beleza atual. (Mauad, 2001).
A mamoplastia de aumento é um
procedimento cirúrgico estabelecido e se
constitui na primeira opção do tratamento
das hipomastias e assimetrias da mama.
3
Os implantes de silicone gel
começaram a ser utilizados em 1964, desde
então diversos tipos de implantes foram
desenvolvidos e o questionamento sobre
eles foram aumentando. 
As vias de acesso para inserção dos
implantes mamários podem ser
inframamária,periareolar e transaxilar. 
Com o aprimoramento técnico,
novas opções de acesso cirúrgico surgiram,
destacando-se a axilar, que redundou em
resultados estéticos mais favoráveis.
Entretanto, a despeito da maior indicação
nos últimos anos, a incisão axilar não é
isenta de riscos e atualmente são relatados
questionamentos quanto à interrupção da
drenagem linfática mamária. (Rev. da Ass.
Médica Brasileira, 2005).
Os fatores previstos como
complicações da realização deste
procedimento são: a contratura capsular
que é definida como uma cicatrização
esférica, secundária a contração da cápsula
que envolve a prótese, resultando em uma
mama endurecida, distorcida e, em alguns
casos, dolorosa. Muitos fatores locais estão
envolvidos na sua produção, como uma
resposta inflamatória exacerbada e/ou
prolongada, trauma, hematoma, infecção,
vazamento de silicone da prótese, entre
outros fatores ainda desconhecidos.
(Santos (2009), apud de Becker, 1999,
Embery, 1999, Bastos 1991).
Segundo Mauad (2001), um dos
maiores inconvenientes do emprego da
prótese de silicone é seu endurecimento,
chamado de contratura capsular, quando o
implante é colocado, uma membrana é
produzida a seu redor com intenção de
mantê-lo isolado do resto do corpo, caso o
organismo reaja contra a presença do
implante essa membrana começa a
espessar-se e contrair-se, a mama adquire
um formato arredondado e endurecido.
Atualmente as técnicas evoluíram, no final
da década de 80 foram introduzidos no
mercado os implantes texturizados o que
fez baixar a incidência de contratura
capsular.
Para Maia & Iglesias (2005),
algumas complicações podem ocorrer após
a mamoplastia de aumento, o principal é a
contratura capsular em graus variados, indo
desde aparência artificial até casos com dor
excessiva, onde deve-se remover as
próteses ou trocá-las, após fazer uma
capsulotomia, de acordo com a rotina de
cada cirurgião. As próteses mais modernas
apresentam uma superfície rugosa, seja ela
de poliuretano ou mesmo silicone, que
levam à formação de uma cápsula mais
fina e delicada e com estrutura
“sanfonada”, diminuindo o aparecimento
da contratura.
Outra complicação citada pelos
autores em sua obra é a infecção nas
mamoplastias de aumento, felizmente são
4
muito raras. No período pré-operatório a
antibioticoterapia profilática, com
fármacos de amplo espectro deve iniciar-
se na indução anestésica e prolongar-se até
o quinto dia de pós-operatório. Caso seja
constatada a infecção, as próteses são
retiradas e só devem ser reinseridas após o
terceiro mês. A paciente é tratada com
antibioticoterapia específica, ditada pela
cultura do material purulento e a cavidade
é drenada pelo tempo em que for
necessário.
 Para os autores os deslocamentos
das próteses ocorrem principalmente
quando estas são incluídas por trás do
músculo grande peitoral devido à grande
facilidade de dissecção do tecido
conjuntivo areolar associado à pressão
exercida pelo músculo durante os
movimentos ou em práticas de exercícios.
Nas próteses incluídas abaixo das
glândulas mamárias o índice de
deslocamentos é praticamente nulo se a
dissecção for cuidadosa e direcionada para
acomodar a prótese adequadamente, sem
descolamentos excessivos e
desnecessários.
Por fim, os autorores Maia &
Iglesias (2005), citam a ruptura da cápsula
do implante como complicação, este fato
está relacionado ao trauma sobre a
glândula mamária, e é tratada pela
substituição da prótese; não traz
complicações pelo fato de o gel de silicone
entrar em contato com o organismo. As
próteses atuais são confeccionadas com um
gel denominado coesivo que não extravasa
após o rompimento do revestimento das
mesmas.
3. Sistema linfático
3.1 Fisiologia do Sistema Linfático
Para Guirro & Guirro (2002), o
sistema linfático é um sistema vascular,
que é constituído por capilares linfáticos,
vasos coletores e troncos linfáticos, os
linfonodos (gânglios) tem função de filtrar
os líquido coletados pelos vasos; e pelos
órgãos linfóides que incluem tonsilas, baço
e o timo, que são encarregados de recolher
o líquido intersticial dos tecidos e
reconduzi-lo ao sistema vascular
sanguíneo. 
Considerado um sistema de
drenagem de baixa pressão, semelhante ao
venoso, que possui duas importantes
funções: a condução da linfa como parte do
sistema circulatório e uma função
imunológica, constituí-se por uma extensa
rede de capilares, vasos, troncos, ductos,
além dos linfonodos, baço e timo. (Ceolin,
apud de Godoy e Godoy, 1999).
O sistema linfático está presente em
todo o corpo, pele, aponeuroses, ossos,
músculos, tendões, tecido subcutâneo,
articulações, nervos, cápsulas articulares e
5
suas dependências ligamentares, e os
próprios vasos. (Ferrandez et al., 2001).
A imunidade adquirida é produto
do tecido linfóide, localizado
predominantemente nos linfonodos e em
órgão linfáticos como o baço, a submucosa
do aparelho gastrointestinal e a medula
óssea. Graças à presença e distribuição
destes tecidos pelo corpo os organismo
invasores ou toxinas são interceptados
antes de se espalhar extensamente, os
linfonódos contém antígenos que são
transportados pelas vias linfáticas,
exercendo importante função no controle
de infecção. Os linfonódos estão
distribuídos em grupos nos trajetos dos
vasos linfáticos os principais grupos são:
cervical, axilar e inguinal e há ainda os
retroauriculares, occipitais, parotídeos,
submandibulares, mediastinais,
mesentéricos, poplíteos e outros. (Ribeiro,
2004).
Garcia (2010), afirma que o sistema
linfático não possui um órgão bombeador
central como o sistema cardiovascular, que
é o coração, uma vez que, quem
desempenha essa importante função são os
linfangions, que são válvulas movidas por
contrações involuntárias do sistema
autônomo que envolvem cada órgão ou
tecido linfóide, permitindo que a linfa seja
levada apenas em uma única direção.
Dentre as diversas funções do
sistema linfático, destaca-se a remoção do
excesso de exsudato rico em proteínas do
insterstício, necessária para evitar uma
reação inflamatória principalmente no pós-
operatório. Nos traumas mecânicos, como
na cirurgia plástica, pode haver alteração
estrutural ou funcional dos vasos linfáticos,
causada pela laceração ou compressão
(hematoma, fibrose). Essa obstrução
mecânica modificará o equilíbrio das
tensões, resultando inevitavelmente em
edema. (Borges, 2010).
3.2 Edema
Edema é o excesso de fluído nos
tecidos extravasculares e, portanto, fora do
sangue e dos vasos linfáticos. O acúmulo
pode ser intracelular e/ou extracelular e ser
localizado ou generalizado. O edema está
associado ao dano tecidual e a disfunção
em um órgão, sendo que suas causas
variam de insuficiência cardíaca ou renal a
linfomas, infecções ou hipoproteinemia.
(Cassar, 2001).
Dá-se o nome de edema ao
acúmulo anormal de líquido no espaço
intersticial. Isso é conseqüência do
desequilíbrio entre a filtragem e a
evacuação, de maneira que os tecidos se
enchem de líquido, a pressão intratecidual
aumenta e a pele se distende, o tecido
incha e ocorre o edema. (Leduc & Leduc,
2000).
6
Borges (2010), define o edema
como acúmulo de líquido no espaço
intersticial como resultado da quebra do
equilíbrio entre a pressão interna e externa
da membrana da célula, ou de uma
obstrução do retorno linfático e venoso.
 O edema retarda o processo de
cicatrização natural da pele, devido a
tensão exercida nos tecidosafetados e a
grande possibilidade de formar infecção.
As vias linfáticas possuem um
poder de adaptação muito grande, pois elas
podem drenar uma média de 24 a 30 litros
de linfa por dia; pode ocorrer, entretanto,
que, apesar de tudo, a rede seja insuficiente
então o edema instala-se, organiza-se e
torna-se fibroso, as possibilidades de
evacuação dependerão do seu grau de
evolução e organização.
3.3. Drenagem Linfática Manual (DLM)
Segundo Ribeiro (2003), a DLM é
uma técnica específica de massagem,
introduzida por Vodder (Alemanha, 1936)
e mais recentemente por Leduc (Bruxelas,
1960), que tem como principal finalidade
esvaziar os líquidos exsudatos e os
resíduos metabólicos por meio de
manobras nas vias linfáticas e nos
linfonodos.
A DLM é considerada uma técnica
fisioterápica, que favorece a drenagem da
linfa das extremidades do organismo para
o coração. Hoje ela tem ampla aplicação no
tratamento de várias patologias, pois tem
ação principal sobre o sistema circulatório
linfático. A aplicação desta técnica auxilia
o transporte da linfa, que melhora a
vascularização e proporciona maior
resposta imunitária do organismo, devido
ao aumento de linfócitos que veiculam no
próprio sistema linfático. (Lopes, 2002).
Porém, considera Godoy & Godoy
(1999), que drenagem linfática manual e
massagem são duas técnicas
completamente diferentes. Para os autores
devemos ter consciência de que para
realizar a DLM não há necessidade de
movimentos fortes de compressão. 
Contudo Leduc & Leduc (2000),
consideram que a DLM drena os líquidos
excedentes que banham as células, desta
forma mantêm o equilíbrio hídrico dos
espaços intersticiais. Essa técnica também
é responsável pela evacuação dos dejetos
provenientes do metabolismo celular,
fazendo parte das técnicas utilizadas para
favorecer a circulação dita “de retorno”. É
importante salientar que o termo massagem
vem do grego (amassar) e define-se como
prensar com as mãos, amassar as diferentes
partes do corpo para relaxar os músculos.
Drenagem é uma palavra de origem inglesa
e pertence ao léxico da hidrologia: consiste
em evacuar um pântano do seu excesso de
água por meio de canaletas que
desembocam em um coletor maior, que por
7
sua vez desemboca em um poço ou em um
curso de água. A analogia é clara. Na
drenagem linfática manual as manobras
são suaves e superficiais, não necessitando
comprimir os músculos, e sim mobilizar
uma corrente de líquido que está dentro de
um vaso linfático em nível superficial e
acima da aponeurose. Com relação à
pressão da mão sobre o corpo é
universalmente reconhecida que essa deve
ser leve para não produzir o colapso
linfático. 
É um consenso para maioria dos
autores que a DLM deve sempre ser
iniciada pelo segmento proximal, pelas
manobras que facilitem a evacuação, feitas
nos linfonodos regionais, e só então deve
seguir para as manobras de reabsorção e
captação, realizadas ao longo das vias
linfáticas e nas regiões de edemas, onde as
diversas manobras de DLM são realizadas
em todos os segmentos do corpo, sendo
que cada manobra é realizada sobre o
mesmo local de cinco a sete vezes.
Algumas delas seguem um trajeto que
parte dos linfonodos regionais e retorna a
ele, correspondendo, de um modo geral, às
vias linfáticas fisiológicas. (Ribeiro, 2003).
Segundo Guirro & Guirro (2002), a
pressão mecânica da massagem elimina o
excesso de líquido e, com isso, diminui a
probabilidade de fibrose, expulsando o
líquido do meio tissular para os vasos
linfáticos e venosos, mantendo o equilíbrio
das pressões tissulares e hidrostáticas.
3.4. Manobras de Drenagem Linfática
Manual 
Guirro & Guirro (2002), afirmam
que as manobras de drenagem linfática
manual são baseadas nos trajetos dos
coletores linfáticos e linfonodos,
associando basicamente três categorias de
manobras: captação, reabsorção e
evacuação, de maneira que o movimento
de captação é realizado diretamente sobre o
segmento edemaciado, visando aumentar a
captação da linfa pelos linfocapilares. Na
reabsorção, as manobras se dão nos pré-
coletores e nos coletores linfáticos, os
quais transportarão a linfa captada pelos
linfocapilares.
Porém, para Ribeiro (2004), as
manobras de DLM seguem apenas dois
princípios básicos: a evacuação (remoção)
e a captação (absorção). A evacuação tem
como objetivo auxiliar a remoção da linfa
dos pré-coletores e coletores linfáticos e
desobstruir os pontos proximais
(linfonodos regionais) criando assim a
possibilidade de uma “aspiração” da linfa
em direção centrípeta. O processo de
captação, segundo Ribeiro (2004), tem
como objetivo auxiliar na absorção do
líquido intersticial excedente para dentro
dos capilares linfáticos terminais e o
8
aumento do fluxo em direção aos
linfonodos regionais e, finalmente, em
direção ao canal torácico e ao ducto
torácico.
 É importante ressaltar que, para
Ribeiro (2004), se a desobstrução proximal
não ocorrer primeiramente, qualquer
tentativa de melhorar a circulação nas
partes distais será ineficaz. Portanto, a
DLM deve ser sempre iniciada pelas
manobras que facilitem a evacuação, feitas
nos linfonodos regionais, e só depois
efetuar as manobras de captação ao longo
das vias linfáticas e nas regiões de edema.
Para Madrugada (2002), as
manobras de DLM são lentas, rítmicas e
suaves, obedecendo ao sentido da
drenagem linfática fisiológica. Para que o
objetivo da drenagem da linfa estagnada
seja atingido, é imprescindível obedecer a
uma sequência especifica de regiões do
corpo onde as manobras são executadas.
3.5. Indicações da Drenagem Linfática
Manual no Processo de Cicatrização e
pós-cirurgico 
As cirurgias plásticas ou
reparadoras em sua grande maioria têm
grande necessidade de DLM, devido à
grande destruição de vasos causados pela
maioria destes procedimentos, provocando
edema, dor, diminuição da sensibilidade
cutânea, o que gera desconforto à paciente.
Para a realização de DLM nestes
procedimentos, é muito importante o
conhecimento da anatomia e fisiologia
linfática, além do conhecimento das linhas
de drenagem. (Borges, 2010).
Segundo Ribeiro (2004), o excesso
de líquido intersticial é prejudicial a
cicatrização pois cria condições locais
desfavoráveis á proliferação celular devido
a baixa de pH, alta tensão de CO2 e baixa
concentração de O2. O resultado será a
maior frequência de infecção e a formação
de tecido cicatricial exuberante, o que
causa uma cicatriz desnivelada
caracterizando um transtorno estético,
desta forma a DLM torna- se útil desde a
fase conjuntiva até a fase madura, com
objetivo de diminuir o edema, restabelecer
a circulação periférica da lesão, eliminar os
resíduos metabólicos, estimular o trofismo
da região e suprimir a possibilidade de
aderências.
No pós-operatório imediato da
mama ocorre o edema generalizado,
causando a sensação de mamas
endurecidas, as manipulações suaves são
realizadas para minimizar o edema.
(Mauad, 2001).
3.6. Contra-indicações da Drenagem
Linfática Manual
Conforme Ribeiro (2004), as
manobras de DLM são absolutamente
9
contra-indicadas em casos de: câncer
(suspeita ou em tratamento), febre,
afecções cutâneas, processos infecciosos,
asma, hipertireoidismo, insuficiência
cardíaca. As contra-indicações podem ser
associadas a outras patologias, por isso,
quando há suspeita de outras alterações o
paciente deve ser encaminhado ao médico
e a DLM deve ser iniciada após
autorização médica.
As seguintes contra-indicações para
aplicaçãoda técnica de DLM são citadas
por Lopes (2002): hipertireoidismo,
infecções agudas, tumores malignos,
tuberculose, extirpação de um segmento do
intestino (abdômen), insuficiência cardíaca
descompensada, menstruação abundante
(abdômen), flebite, asma brônquica e
bronquite asmática, parto natural ou aborto
espontâneo (após a primeira menstruação),
trombose, tromboflebite e hipotensão. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de extrema importância, que a
paciente que pretende se submeter à
mamoplastia de aumento tenha a
participação de uma equipe
multidisciplinar formada por tecnólogos
em estética, fisioterapeutas e médicos
especializados, no pré e pós-operatório,
garantindo assim, a segurança do
procedimento e favorecendo a obtenção de
melhores resultados e diminuição de
complicações.
5. CONCLUSÃO
Por meio da análise da revisão
bibliográfica presente neste trabalho
conclui-se que a aplicação da Drenagem
Linfática Manual no pós-operatório da
cirurgia plástica de mamoplastia de
aumento pode trazer grandes benefícios se
aplicada de forma correta, contribuindo
para o reparo da cicatriz, auxiliando no
processo de cicatrização, melhorando a
textura e elasticidade da pele, reduzindo e
prevenindo aderências, diminuindo os
edemas causados pela cirurgia,
restabelecendo a corrente circulatória
periférica da lesão, agindo de maneira
reabilitadora e preventiva, desta forma
diminuindo a incidência dos problemas de
contratura capsular e demais complicações
da cirurgia de mamoplastia de aumento. 
6. REFERÊNCIAS
 Borges, Fabio dos Santos –
Dermato-Funcional: Modalidades
Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo. Ed. Phorte,
2010.
 Cassar, M. P. Manual de Massagem
Terapêutica. São Paulo: Manole,
2001.
10
 Ceolin M. M. Efeitos da Drenagem
Linfática Manual no Pós-operatório
Imediato de Lipoaspiração no
Abdome, TCC, Universidade do
Sul de Santa Catarina, Tubarão,
2006.
 Ferrandez J. C.; Bouchet J. Y.;
Theys S. Reeducação Vascular Nos
Edemas Dos Membros Inferiores.
1. Ed. Editora Manole, 2001.
 Garcia, N. M. – Passo a Passo da
Drenagem Linfática Manual em
Cirurgia Plástica, Brasília/ DF,
SENAC, 2010.
 Godoy, J. M. P.; Godoy, M. F. G.
Drenagem linfática manual: uma
nova abordagem. São Paulo: Lin
comunicações, 1999.
 Guirro, Elaine; Guirro, Rinaldo.
Fisioterapia dermato-funcional:
fundamentos, recursos e patologias.
3. ed. São Paulo: Manole, 2002.
 Leduc, A.; Leduc, O. Drenagem
linfática: teoria e prática. 3°. ed.
São Paulo, editora Manole, 2000.
 Lopes, M. L. M. Drenagem
linfática manual e a estética.
Blumenau: Odorizzi, 2002.
 Madrugada, A. C. R. Linfoterapia
na oncologia. 2002. Disponível em:
<http://www.fisioterapia.com.br/pu
blicacoes>.
 Maia A. M. & Iglesias A. C.
Complicações em Cirurgia,
Prevenção e tratamento, 1° Edição,
Guanabara Koogan, 2005. 
 Mariani, G.; Moresco, L.; Viale,
G.; Villa, G.; Bagnasco, M.;
Canavese,G.; Buscombe, J.;
Strauss, W.; Paganelli, G.
Radioguided Sentinel Lymph Node
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