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DOUTO JUIZO DE DIREITO DA ______ VARA CIVIL DA COMARCA DE RECIFE – PERNAMBUCO
SANDRO (SOBRENOME COMPLETO DO REQUERENTE), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade RG Nº x.xxx.xxx e do CPF/MF sob nº ***.***.***-**, residente e domiciliado à (ENDEREÇO COMPLETO), com endereço eletrônico (email), vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço ao rodapé desta, vem, respeitosamente, à presença desse Douto Juízo, propor a presente 
AÇÃO DE DANOS MORAIS POR NEGATIVAÇÃO INDEVIDA
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
, 
Contra a EMPRESA DE TELEFONIA ALFA, pessoal jurídica de direito privado, cadastrada no CNPJ/MF sob número: 22.222.222/0001-22 e inscrição estadual sediada em, Rua (logradouro), (número), no bairro (bairro), no município de (município, no estado de São Paulo, com CEP.: 11.111-11, e com endereço eletrônico: emai@empresatelefoniaalfa.com.br, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I. PRELIMINARMENTE 
1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA (CPC, ART. 98, CAPUT)
O REQUERENTE não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais, sem prejuízo do sustento próprio, de sua família. 
Além disso, é de extrema importância destacar que o REQUERENTE, encontra-se atualmente desempregado, ora executando atividades como motorista de aplicativo com renda que mal consegue manter a sua subsistência e de sua família. 
Destarte, pleiteia auferir o benefício de gratuidade da justiça, conforme artigo 5º da Constituição Federal de 1988, bem como artigo 98 do Código de Processo Civil. 
II. DOS FATOS
2. No dia (dia, mês e ano), o Autor, recebeu da REQUERIDA a comunicação de que seu nome seria incluído no cadastro dos órgão de proteção ao crédito, no prazo de 15 (quinze) dias, caso não fosse quitado um débito de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta Reais), relativo a uma fatura vencida e “não paga” no mês de Maio de 2020;
3. Consultando seus arquivos pessoais, o REQUERENTE, encontrou o comprovante de quitação (doc-001) da fatura supostamente informada como não paga, tendo, conforme orientações recebidas pela concessionária enviado cópia digitalizada para o email informado e na ligação da concessionária (doc-002); 
4. Ocorre que, passados 03 (três) meses do fato, o REQUERENTE dirigiu-se a uma agência de veículos, no intuito de comprar um veículo financiado, para que pudesse, como motorista de aplicativo, prover o sustento de sua família;
5. Ao apresentar seu cadastro para avaliação, deu-se com uma negativa da financeiro, que por condição impeditiva NEGOU-LHE O FINANCIAMENTO e consequentemente a aquisição do veículo;
6. Frustrado e deveras envergonhado, perante outros funcionários e clientes que também se encontravam no local, o REQUERENTE dirigiu-se ao local onde funcionava o escritório dos ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO, e mediante solicitação, recebeu um relatório, onde constava seu nome, o valor do débito e o nome de quem havia promovido a inclusão, nesse caso a EMPRESA DE TELEFONIA ALFA, ora REQUERIDA nesta ação que havia promovido a inclusão do nome do REQUERENTE no CADASTRO DE MAUS PAGADORES;
7. Perplexo ante a notificação, o REQUERENTE ainda na tentativa de concretizar a compra do automóvel, retornou no dia seguinte à agencia de veículos, munido com o comprovante de quitação do débito em questão, com o inocente intuito de, mediante a apresentação deste, o seu financiamento fosse enfim aprovado, pois trata-se de um erro administrativo daquela concessionária de telefonia que o débito, já tinha sido quitado, porém um erro administrativo ocorrera fazendo com que o nome e seus dados fossem erroneamente inseridos naquele cadastro;
8. .
8. Lembre-se que o Requerente, na presente data, já realizou os pagamentos de todas as parcelas referentes ao empréstimo, as quais foram pagas em seus respectivos dias de vencimento, estando a obrigação honrada.
9. Em dia, mês e ano, o Autor resolveu comprar um descrever o bem, mas não pode efetuar a compra pois foi-lhe dito pela vendedora que seu nome constava como de devedor inadimplente de uma letra de câmbio protestada junto ao Cartório do n° Ofício de Protestos, situação que lhe trouxe enorme constrangimento.
10. Averiguando a questão, o Autor descobriu junto ao Cartório de n° Ofício de Distribuição de Protesto, a existência de uma letra de câmbio em favor de réu, no valor de R$ valor (valor expresso), com emissão e vencimento para dia, mês e ano, que correspondia à primeira parcela do empréstimo supra-epigrafado, cujo pagamento foi feito em dia, mês e ano, conforme doc. n°.
11. Novamente, o Requerente procurou a gerência da Ré e lhe foi esclarecido que ocorrera outro erro administrativo por parte de algum funcionário, e que o mesmo seria sanado de imediato.
12. No dia dia, mês e ano, o Autor tentou realizar compra a prazo, mas foi impedido posto que seu nome, conforme verificado pela loja, figurava cadastrado nos bancos de dados do SERASA corno devedor inadimplente, em razão do protesto referido no item anterior.
13. A anotação indevida do nome do Autor como devedor inadimplente no cadastro do SERASA, bem como no Cartório do n° Ofício de Protesto de Títulos, bem como no Cartório Distribuidor do n° Ofício de Protestos, gerou-lhe sérios constrangimentos, posto que o mesmo via-se constantemente impedida de adquirir um ou outro bem, sem se esquecer de que a situação vexatória a desencorajava a frequentar os lugares de sua habitualidade, como supermercados, lojas, padarias, com medo de comentários acerca de sua situação na praça, tudo por conta da negligência por parte dos funcionários da Ré, visto que o Autor nada lhe devia.
Do Direito
De acordo com o art. 186, do Código Civil, in verbis: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito".
Ainda, dispõe o art. 927, do mesmo diploma legal: "Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". Nesse mesmo sentido é a redação do art. 14, do Código de Defesa do Consumidor, quando dispõe: "O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".
Há responsabilidade aquiliana da Ré em indenizar os danos morais sofridos pela Autora, como decorre do art. 186, do Código Civil e como dispõe o Código de Defesa do Consumidor; de modo que a requerente deverá receber a título de indenização o montante de R$ valor (valor expresso), fixados por Vossa Excelência.
A anotação indevida do nome do consumidor nos cadastros de devedores inadimplentes configura o dano moral, como admite a doutrina e sanciona a jurisprudência dominante citar jurisprudência.
Do Pedido
Em face do exposto, requer digne-se Vossa Excelência em:
a) determinar a citação da Ré, na pessoa de seu representante legal, para oferecer sua contestação na fase processual oportuna, sob pena de revelia;
b) julgar procedente o pedido inicial para, consequentemente, condenar a Ré a indenizar ao Autor os danos morais por ele experimentados, fixando esse douto julgador a condenação em valor correspondente a R$ valor (valor expresso), valor esse a ser atualizado monetariamente a partir da citação.
c) condenar a Ré no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
Em especificação de provas, requer o depoimento pessoal das partes, sob pena de confissão, bem como a oitiva das testemunhas abaixo elencadas, protestando desde já pelos demais meios de provas em Direito admitidos.
Informa o Requerente que não possui interesse na realização de audiência de conciliação ou de mediação.
Dá-se à presente ação o valor de R$ valor (valor expresso).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, dia de mês de ano.
Assinatura do Advogado
Nome doAdvogado
OAB/UF n° número da inscrição na OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL (JUIZADO ESPECIAL) DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO
 
 
… (nome completo em negrito da parte), … (nacionalidade), … (estado civil), … (profissão), portador do CPF/MF nº …, com Documento de Identidade de n° …, residente e domiciliado na Rua …, n. …, … (bairro), CEP: …, … (Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:
 
 
 
 
 
AÇÃO DE DANOS MORAIS POR NEGATIVAÇÃO INDEVIDA
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
 
 
 
em face de … (nome em negrito da parte), … (indicar se é pessoa física ou jurídica), com CPF/CNPJ de n. …, com sede na Rua …, n. …, … (bairro), CEP: …, … (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer.:
 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Promovente declara para os devidos fins e sob as penas da lei, ser pobre, não tendo no momento como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
 
DOS FATOS
Em 17 de Março de 2015, o AUTOR foi informado que foi contemplado pelo consórcio nacional honda em uma motocicleta (carta informativa em anexo). Ao se dirigir para a concessionária honda em Paulistana – PI para efetuar a retirada do bem contemplado, o AUTOR foi surpreendido com a informação da NEGATIVAÇÃO de seu nome junto ao SERASA pela empresa RÉ, e que, pelo fato de estar negativado não seria possível a retirada do bem contemplado.
Surpreso com a notícia e convicto de não possuir qualquer dívida que justificasse tal restrição de crédito, o AUTOR dirigiu-se até o CDL de …, para retirar um extrato que indicasse seu nome no cadastro. (extrato em anexo)
Quando retirou o extrato, verificando de que se tratava, não entendeu o porquê de seu nome constar no referido cadastro, haja vista que este apontamento refere-se a uma antiga linha telefônica que já pertenceu ao AUTOR, E FOI DEVIDAMENTE SOLICITADO O CANCELAMENTO NO ANO DE “2003” (DOZE ANOS ATRÁS), não existindo motivos para o nome do AUTOR constar em nenhum cadastro de restrição.
Após entrar em contato com a empresa RÉ, embora tenha certeza de que a dívida se encontrava paga e PRESCRITA, pois já se passaram 12 anos, o autor a fim de agilizar o recebimento do bem contemplado (moto), efetuou novamente o pagamento, conforme faz prova o recibo em anexo.
Entretanto, apesar de o AUTOR ter efetuado novamente o pagamento, a empresa requerida não retirou seu nome do SERASA, fazendo o AUTOR passar novamente por situação vexatória sem motivo.
O atualizado extrato em anexo demonstra que o nome do AUTOR permanece negativado, mesmo após 12 ANOS DA DÍVIDA TEREM PASSADOS E 4 MESES E 14 DIAS que efetuou NOVAMENTE o pagamento da dívida.
 
DO DIREITO E DANO MORAL
É de se registrar que tal NEGATIVAÇÃO do nome do AUTOR, foi perpetrada ao arrepio da lei, sendo certo que não precedido da necessária notificação escrita ao REQUERENTE, que mesmo ciente que NÃO DEVE e a DÍVIDA JÁ PRESCREVEU, tem-se violado o disposto no Art. 43 §2 do CDC:
“Art.43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.”
§ “2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitado por ele.”
 
Em decorrência deste incidente, o AUTOR experimentou situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a ensejar danos morais, até porque, a suposta dívida apresentada pela empresa RÉ já prescreveu conforme o Art. 205 do CC:
“A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor”.
O certo é que até o presente momento, o AUTOR permanece com seu nome registrado no cadastro do SERASA conforme extrato em anexo, por conta de um débito JÁ QUITADO, NOVAMENTE PAGO e DEVIDAMENTE PRESCRITO conforme a lei.
A empresa requerida atualmente está agindo com manifesta negligência e evidente descaso com o AUTOR, pois jamais poderia ter cobrado a dívida e muito menos manter o nome do AUTOR junto ao cadastro de inadimplentes.
Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome do Autor que permanece nos cadastros do SERASA, de modo que se encontra com uma imagem de “PÉSSIMO PAGADOR” perante a sociedade, de forma absolutamente indevida, eis que nada deve.
Desta forma, não tendo providenciado a retirada do nome do AUTOR dos cadastros dos serviços de proteção ao crédito, não pode a empresa requerida se eximir da responsabilidade pela reparação do dano causado, pelo qual responde.
Neste sentido, o TJ-SC já se manifestou conforme segue:
TJ-SC – Agravo de Instrumento AI 84654 SC 2005.008465-4 (TJ-SC)
Data de publicação: 30/09/2005
Ementa: PROCESSUAL CIVIL – TUTELA ANTECIPADA – CADASTRO DE INADIMPLENTES – MANUTENÇÃO DO NOME DO DEVEDOR POR MAIS DE CINCO ANOS – ILEGALIDADE – INTELIGÊNCIA DO ART. 43, § 1º, DO CODECON. É ilegal manter o nome do devedor inscrito em cadastro de inadimplentes por prazo superior a cinco anos.
Com o mesmo entendimento, o TJ-RS também se manifestou:
TJ-RS – Apelação Cível AC 70054024492 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 05/06/2013
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. MANUTENÇÃO DE REGISTRO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTRO DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO POR PRAZO SUPERIOR A CINCO ANOS. CANCELAMENTO DA ANOTAÇÃO. PRETENSÃO DE COBRANÇA DA DÍVIDA. PRESCRIÇÃO OCORRENTE. DANO MORAL. RECURSO CONTRA A DECLARAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. INOVAÇÃO DA CAUSA DE PEDIR. 1. Processual Civil. Ilegitimidade passiva da CDL declarada com base em não poder a parte responder pela prescrição do débito. Razões de apelo que suscita falta de notificação prévia da abertura do cadastro. Ausência de contraposição aos fundamentos da sentença e inovação da causa de pedir. 2. Caso em que o devedor obteve liminar em ação no JEC para cancelar o registro. Julgada improcedente a demanda naquele Juizado, o credor formalizou nova inscrição pelo mesmo débito, alterando valor e data de vencimento, quando já decorrido o prazo de prescrição para cobrança da dívida. Infringência ao art. 206 , § 5º , inc. I do CC combinado com o art. 43 , § 1º da Lei n.º 8.078 /1990. 3. Dano moral ipso facto. Indenização em valor módico, observada a existência do débito. Declarada a prescrição da pretensão de cobrança da dívida. CONHECERAM EM PARTE A APELAÇÃO E, NA PARTE CONHECIDA, DERAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70054024492, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 23/05/2013)
No que tange ao dano moral vale a pena citar:
“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANOS MORAIS – PROCEDÊNCIA – DECISÃO CORRETA – NOME INSCRITO NO SPC INDEVIDAMENTE – ANTECIPAÇÃO CONCEDIDA – PROVA DO PREJUÍZO – DESNECESSIDADE – ART. 159 CC DE 1916 – VALOR FIXADO COMPATÍVEL COM A LESÃO – RECURSO IMPROVIDO. A indevida inscrição do nome do ofendido no SPC autoriza a antecipação da tutela para sua exclusão e motiva a indenização por dano moral, independentemente da prova objetiva do prejuízo. A fixação do valor indenizatório deve servir para amenizar o sofrimento do ofendido e também desestimular a repetição do ato lesivo. Sentença mantida”. (RAC n. 44349/2003 – Dr. Gerson Ferreira Paes).
“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – INJUSTA NEGATIVAÇÃO NO SPC – DEVER DE INDENIZAR – DESNECESSIDADE DE PROVA DO PREJUÍZO – VALOR DA INDENIZAÇÃO – RECURSOS IMPROVIDOS. A permanência da inscrição em órgão de restrição ao crédito, depois de quitada a dívida, acarreta a responsabilidade pela indenização, independente da prova objetiva do dano. Na fixação da indenização há que se atentar para a não configuração do enriquecimento seu causa da vítima”. (RAC n. 18301/2004 –Des. Evandro Estáblie)
É oportuno aqui Excelência, fazer referência à Constituição Federal de 1988, que é muito clara ao dispor, no seu art. 5º, inciso X, “verbis”:
“X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, o honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo material ou moral decorrente de sua violação”.
Dessa forma, claro é que a empresa requerida, ao cometer imprudente ato, afrontou confessada e conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso, ser condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pelo Autor.
Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e negligência por parte da requerida, que permaneceu com o nome do AUTOR até o presente momento inserido no cadastro do SERASA, fazendo-o passar por um constrangimento lastimável.
A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral puro não mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos, constitucionais e infraconstitucionais, garantem sua tutela legal.
Para que se caracterize o dano moral, é imprescindível que haja:
Ato ilícito, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência;
 
Ocorrência de um dano seja ele de ordem patrimonial ou moral;
 
Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.
 
A presença do nexo de causalidade entre os litigantes está patente, sendo indiscutível o liame jurídico existente entre eles, pois se não fosse a manutenção do nome do AUTOR no rol de protestados o mesmo não teria sofrido os danos morais pleiteados, objeto desta ação.
Evidente, pois, que devem ser acolhidos os danos morais suportados, visto que, em razão de tal fato, decorrente da culpa única e exclusiva da EMPRESA REQUERIDA, este teve a sua moral afligida e sofreu constrangimento de ordem moral, o que inegavelmente consiste em meio vexatório.
Dano moral, frise-se, é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem com reflexo perante a sociedade.
Neste sentido, pronunciou-se o E. Tribunal de Justiça do Paraná:
“O dano simplesmente moral, sem repercussão no patrimônio, não há como ser provado. Ele existe tão-somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo bastante para justificar a indenização” (TJPR – Rel. Wilson Reback – RT 681/163).
Preconiza o artigo 927 do Código Civil:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Indubitavelmente, feriu fundo à honra do autor ver seu nome protestado por um título JÁ QUITADO E PRESCRITO, espalhando por todo e qualquer lugar que fosse a falsa informação de que é inadimplente.
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do ilícito.
Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte do requerido, configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais suportados pelo autor.
DA TUTELA ANTECIPADA
Diante de todos os fatos aqui relatados e documentos juntados, evidente é a prescrição da dívida conforme demostrada em documentação fornecida pela própria empresa RÉ, onde a mesma informa uma dívida do ano de 2003.
 
A tutela pretendida nesta demanda deverá ser concedida de forma antecipada, posto que a parte autora preencha os requisitos do artigo 273 do CPC, pois dentre os documentos juntados se encontram provas suficientes da prescrição do débito.
 
Por outro lado, também há fundado receio de dano irreparável, ou de difícil reparação tendo em vista a negativação do nome do autor gerar na sociedade a “IMPRESSÃO DE UM MAL PAGADOR” na pessoa do AUTOR.
 
Portanto, se a tutela for postergada até a sentença final, possivelmente a parte autora já terá sofrido danos irreparáveis.
 
Assim sendo, pelos motivos acima discutidos e demonstrados, desde já, requer seja concedida a TUTELA ANTECIPADA, onde a empresa Ré, deverá imediatamente retirar do quadro de devedores o nome do AUTOR, sob pena de agravar-se ainda mais a situação.
 
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, serve a presente para requerer:
Seja deferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para que a empresa reclamada retire o nome do Autor do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este douto juízo;
 
Seja notificada a empresa reclamada para, querendo, contestar a presente, devendo comparecer nas audiências de conciliação e instrução/julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, e no final a condenação da empresa no pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de correção monetária, juros de mora;
 
Seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado, condenando a reclamada ao pagamento do teto máximo de 40 (quarenta) salários mínimos à guisa de dano moral por cobrar dívida já prescrita e paga;
 
Requer ainda, a condenação da empresa Ré ao pagamento das custas processuais e honorárias advocatícias, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
 
Protesta-se, ainda, pela produção de todo o gênero de provas admitidas em direito, especialmente a testemunhal e a pericial, que desde já se requer;
 
Pleiteia-se, por fim, a concessão do benefício da gratuidade processual, tendo em vista que neste momento o autor não tem condições de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
 
Atribui-se à presente causa o valor de R$ 31.520,00. (trinta e um mil quinhentos e vinte reais).
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano).
 
ADVOGADO
OAB n° …. – UF
Modelo de Petição Inicial – Cobrança de dívida após o pagamento – Inscrição e manutenção em SPC/SERASA – Indenização por danos morais
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Ementa: Dívida de [época da dívida], pagamento em [número] parcelas nos meses de [época do pagamento]. Comunicação em tempo correto à demandada. Diversas cobranças posteriores e novas comprovações do pagamento. Inscrição do demandante no SPC em [época da inscrição]. Várias ligações e cartas de cobrança até mesmo no último [época das cobranças, se for o caso] e manutenção do nome do demandante no SPC. Ato ilícito configurado. Pedido Liminar: Retirada do nome do suplicante do cadastro e abstenção de novos procedimentos de cobrança, inclusive ligações telefônicas que ocorrem nos dias e horários mais inconvenientes. Pedido principal: Indenização por danos morais.
Requer a designação de audiência de conciliação
NOME, [QUALIFICAÇÃO: estado civil (ou a existência de união estável), profissão, número de CPF ou no CNPJ, endereço eletrônico (e-mail), domicílio e residência do autor]; por intermédio dos seus advogados legalmente constituídos, conforme instrumento procuratório em anexo, os quais recebem intimações e quaisquer comunicações no seu escritório jurídico localizado na [ENDEREÇO], recebendo comunicações virtuais (e-mail) no endereço eletrônico [endereço eletrônico do advogado], vem à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS c/c
PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS
em face do [EMPRESA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], situado na [endereço com CEP], endereço eletrônico [e-mail da empresa, se souber – caso contrário indicar entedeço eletrônico desconhecido], devendo ser CITADA na pessoa dos seus representantes legais no endereço já declinado, pelos motivos de fato e direito a seguir delineados:
I- DOS FATOS
O promovente é pessoa honrada, de bom nome, cidadão, cumpridor de seus direitos e obrigações, pautando sua vida sempre pela observância de rígidos princípios éticos e morais, como bem atestam todos que o conheceme com ele contrataram.
O promovente é usuário dos serviços prestados pela empresa promovida há bastante tempo. Ocorre que no ano de [época da dívida], o promovente vinha passando por dificuldades financeiras, as quais ocasionaram o atraso no pagamento de algumas faturas do [descrição da dívida, tal como “cartão de crédito da empresa X].
Dos atrasos, originaram cobranças de multas e juros exorbitantes, totalizando-se assim, o valor de algo em torno de [VALOR]. Entretanto, ainda no [época do contato com a empresa], o promovente, procurou a empresa Promovida, a fim de saldar sua dívida através de um acordo, a qual ofereceu uma proposta que fora aceita pelo demandante, qual seja: [descrever acordo ou forma de pagamento, exemplo: “algo em torno de R$ 740,13 (setecentos e quarenta reais e treze centavos), que poderia ser pago em 03 (três) parcelas de R$ 246,71 (duzentos e quarenta e seis reais e setenta e um centavos), sem novos juros”].
A proposta foi aceita pelo demandante.
É dizer: com este pagamento sua dívida estaria liquidada, conforme demonstram os documentos anexados, os quais provam os valores do saldo devedor e as condições de uma proposta de valor para pagamento, que a empresa realiza para receber de forma mais rápida, conciliando interesse das duas partes.
Em decorrência da proposta fornecida pela promovida, o promovente se efetuou os pagamentos na forma e tempo percebidos da proposta da empresa.
O Promovente assim cumpriu o acordado e acreditou que seu calvário tinha chegado ao fim. Suas dívidas estavam extintas.
Ocorre que o Promovente efetuou os pagamentos, acreditando que com tal ato quitaria a obrigação contraída junto a empresa promovida como por eles prometido, mas, logo após, a empresa voltou a entrar em contato com o promovente, exigindo esclarecimento acerca da dívida.
Por acreditar que havia apenas falta de informação da referida empresa, o promovente explicou que fez os pagamentos da proposta do acordo na conta fornecida pela promovida, e a atendente, a fim de esclarecer quaisquer dúvidas do presente caso, solicitou que o promovente encaminhasse as cópias dos pagamentos, sob a alegação de que havia a necessidade de conferirem pra “darem baixa” no sistema de cobrança.
Ele, mais uma vez, cumpriu com sua parte, encaminhou os comprovantes, conforme documentos anexos.
O promovente novamente acreditou que, após o envio dos comprovantes de depósitos, desta vez tinha resolvido definitivamente sua pendência e deixaria de ser cobrado indevidamente, via cartas de cobrança e ligações telefônicas, mas, pra sua surpresa, ele precisou efetuar um crediário para compra de um bem, tendo sido informado pelo atendente que, por meio de uma consulta no SERASA, constatou que seu nome constava no cadastro de inadimplentes, inviabilizando assim, a aquisição almejada.
Surpreso com a notícia e convicto de não possuir qualquer dívida que justificasse tal restrição de crédito, o promovente indignou-se com a notícia e com o constrangimento que passara na referida loja, pois era sabedor de que não devia nada a absolutamente ninguém, e que a dívida que poderia ter existido em seu nome ao ponto de ter o nome negativado, seria a da empresa promovida, que já havia sido sanada integralmente.
Pra dirimir a questão da dívida que negativou seu nome, o Promovente dirigiu-se até o SERASA para retirar um extrato que indicasse seu nome no cadastro, pois estava certo de que não possuía dívida alguma, mas as coisas não foram como ele pensava, realmente constava uma restrição de crédito, e pra piorar, o nome da responsável pela inserção do nome no Serviço foi a promovida.
Apenas depois desse fato, houve a comunicação formal do SCPC ao ora promovente, chocando-o mais uma vez.
No que pese a tentativa de justificação , por telefone, do ora promovente, nada parou o intento ilícito da ora promovida.
Daí a evidência da efetivação dos danos morais causados ao Promovente pela Promovida, visto que o mesmo foi alvo de gravíssimo vexame e humilhação, como restou devidamente comprovado, por isso bate às portas desse Egrégio Poder Judiciário, buscando guarida, e por se tratar de uma relação de consumo, o promovente vem à presença de Vossa Excelência requerer a condenação da demandada à indenização reparadora de danos morais e que a promovida retire o nome do requerente dos Serviços de Proteção ao Crédito – SPC, SERASA e congêneres, bem como se abstenha de efetuar qualquer nova cobrança do crédito já adimplido por qualquer meio, devendo a requerida diligenciar em todos os seus sistemas e de suas contratadas para que isto efetivamente ocorra.
II – DO DIREITO
Em decorrência do incidente narrado nesta peça, o promovente experimentou situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a ensejar danos morais, notadamente porque ele já efetuou o pagamento da dívida.
O certo é que até o presente momento e mesmo tendo enveredado esforços para que o dano não ocorresse, o suplicante permanece com seu nome registrado no cadastro do SPC por conta de um débito já quitado e precisa que seja retirado para continuar sua vida com a dignidade que sempre teve.
A empresa promovida está agindo com manifesta negligência e evidente descaso com o ora suplicante, pois jamais poderia ter inscrito o nome do autor no cadastro dos serviços de proteção ao crédito quando a dívida já havia sido paga.
Mais: mantém até os dias atuais tanto a inscrição, quanto as insistentes cobranças nos horários e dias mais inconvenientes.
Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome do promovente que permanece nos cadastros dos serviços de proteção ao crédito, de modo que se encontra com uma imagem de mau pagador, de forma absolutamente indevida, eis que nada deve.
Desta forma, tendo tanto inscrito indevidamente como ilicitamente mantido o nome do autor nos cadastros dos serviços de proteção ao crédito, não pode a empresa promovida se eximir da responsabilidade pela reparação do dano causado, pelo qual responde.
Neste sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso X, assegura o direito à indenização pelo dano moral decorrente de violação à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas.
Nesse diapasão, claro é que a empresa promovida, ao cometer imprudente/malicioso ato, afrontou conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso, ser condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pelo promovente.
Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e negligência por parte da promovida, que mantém o nome do promovente até o presente momento inserido no cadastro dos maus pagadores, fazendo-o passar por um constrangimento lastimável.
A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral puro não mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos, constitucionais e infraconstitucionais, garantem sua tutela legal.
O desiderato do suplicante também está sob a proteção da Lei Substantiva Civil. Eis o teor dos seus artigos 186 e 927:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
O dano moral já encontra-se devidamente qualificado pela jurisprudência pátria, vejamos:
Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, tristeza, vexame e humilhação à vítima.(TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas).
Doutrinadores e Tribunais põem-se de acordo quanto à indenização do dano moral para satisfação da ofensa de atos lesivos à honra, à dignidade, ao nome de quem é atingido e tisnadopor abusos, a exemplo do que aconteceu com o Autor.
É de bom alvitre frisar que o dano moral, por sua natureza subjetiva, prescinde de demonstração, da prova do dano, sendo suficiente, para caracterizá-lo, a ocorrência de seus três elementos essenciais: o dano, o ato culposo (ou doloso) e o nexo causal – todos presentes no caso sub judice.
Quanto à prescindibilidade de demonstração do dano, eis o uníssono entendimento do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
Conforme entendimento firmado nesta Corte, não há falar em prova de dano moral, mas, sim, na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento,sentimentos íntimos que o ensejam. Precedentes: REsps. nºs: .261.028/RJ; 294.561/RJ;661.960/PB. (STJ – REsp nº 702872/MS – Rel.Min. Jorge Scartezzini – 4ª Turma – DJU 01/07/2005 – p. 557).
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO INCAPAZ DE ALTERAR O JULGADO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282/STF. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DANO IN RE IPSA. DANOS MORAIS. VALOR. PARÂMETROS DESTA CORTE.
Os argumentos expendidos nas razões do regimental são insuficientes para autorizar a reforma da decisão agravada, de modo que esta merece ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ausente o prequestionamento, até mesmo de modo implícito, de dispositivos apontados como violados no recurso especial, incide o disposto na Súmula nº 282 do STF.
Em casos como o dos autos, no qual se discute a comprovação do dano moral em virtude da inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, é firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o dano moral se configura in re ipsa, ou seja, prescinde de prova do dano moral, que é satisfeita com a demonstração da existência de inscrição indevida nos cadastros de inadimplentes.
A fixação da indenização por danos morais baseia-se nas peculiaridades da causa. Assim, afastando a incidência da Súmula nº 7/STJ, somente comporta revisão por este Tribunal quando irrisória ou exorbitante, o que não ocorreu na hipótese dos autos, em que o valor foi arbitrado em R$ 14.000,00 (quatorze mil reais).
Precedentes.
Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 42.294/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/04/2012, DJe 25/04/2012)
Diante da possibilidade de reparação do dano puramente moral, resta-nos trilhar o caminho referente ao quantum da indenização que, se não deve ser exagerado, certamente, não poderá ser arbitrada como indulgência a quem causou malefício a outrem.
Sob tal prisma, o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO tem assim decidido:
Ementa: PROCESSO CIVIL. MANUTENÇÃO INDEVIDA DE NOME NOS ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO. DANO IN RE IPSA. RAZOABILIDADE DOS VALORES ARBITRADOS A TÍTULO INDENIZATÓRIO. RECURSO IMPROVIDO.
Presentes o ato ilícito, consistente na negativação, o nexo causal, formado a partir da existência de uma ordem constritiva originada da própria cooperativa de crédito, e o dano, de natureza moral e que, in casu, qualifica-se como dano in re ipsa, forma-se a responsabilidade civil indenizatória do apelante.
O valor da indenização por danos morais deve ser fixado em consonância com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, não podendo causar enriquecimento ou empobrecimento das partes envolvidas, devendo ao mesmo tempo desestimular a conduta do ofensor e consolar a vítima. Dessa forma, é razoável sua fixação em R$ 6.000,00 (seis mil reais), valor que se coaduna com aqueles definidos por esse Tribunal de Justiça e, especialmente, por esta 1ª Câmara Cível, em situações semelhantes à presente.
Apelação improvida, à unanimidade.
(TJPE, 1ª Câmara Cível, Apelação 350716-4, Processo 0000567-44.2013.8.17.0190, Relator(a) Desembargador Roberto da Silva Maia, Data do Julgamento: 04/11/2014, Data da Publicação/Fonte: 12/11/2014)
Assim, a indenização por dano moral é arbitrável, mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com a quantia, satisfazer a dor da vítima e dissuadir de novo atentado, o autor da ofensa.(TJ-SP – Apelação Cível nº 198.117 – 2ª Câmara – em 21.12.93 – Rel. Des. Cezar Peluso – RT nº 706, Ago/11,pág. 67.
Nesse viés, destacamos exortação do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA, para o qual o dano moral puro ou objetivo não necessita de prova do efetivo reflexo patrimonial, sendo suficiente a comprovação do ato ilícito e do nexo de causalidade, bem como presumidos os efeitos nefastos na honra do ofendido. A indenização por dano moral não tem finalidade de obtenção de lucro ou de qualquer vantagem financeira, tendo por objetivo, isto sim, o de reparar de forma sensata os danos morais efetivamente ocasionados pelo ofensor (TJPB – Apelação Cível nº 888.2002.0017 – 1ª Câmara Cível – Rel. Des. Jorge Ribeiro Nóbrega – jul. 20/06/2002).
A Responsabilidade Civil deriva da transgressão de uma norma jurídica pré-existente com a consequente imposição ao causador do dano ou de alguém que dele dependa, o dever de indenizar a vítima. Na ação em comento, foram violadas regras do Código de Defesa do Consumidor.
No presente caso houve informações insuficientes e inadequadas na prestação do serviço, nos termos do art. 14 do CDC “o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
Um dos elementos da responsabilidade é o dano ou prejuízo que traduz a violação a um interesse jurídico tutelado material ou moralmente. Assim, o dano material (que não pode ser hipotético, mas certo) consiste na violação dos direitos patrimoniais, já o dano moral implica na violação dos direitos da personalidade.
Note-se que, atualmente o dano moral não é mais considerado como o sentimento negativo de dor, tristeza, angústia, vergonha, humilhação etc., Essas são suas consequências. O entendimento jurisprudencial é tranquilo e pacífico no sentido de que a violação de direito do dano moral puro (dano a um direito de personalidade) deve ser reparada mediante indenização.
III – DA LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS
Prima facie, é sabido por todos que o consumidor é a parte hipossuficiente na relação de consumo. Desta forma, deve haver uma flexibilização da interpretação das normas nas relações de consumo para proteger-lhes em virtude da sua vulnerabilidade.
Entende-se que é necessário tutelar a parte mais vulnerável no mercado consumerista. Exemplo desta evolução, é a aplicação do instituto da inversão do ônus da prova que visa dinamizar o ônus probatório, de modo que o fornecedor, mais próximo à prova, seja responsabilizado pela produção de parcela probatória (art. 6º, VIII do CDC).
Neste contexto de proteção ao consumidor, é que o Promovente pleiteia junto a este Juízo, em sede de Liminar, que seu nome seja retirado dos cadastros de proteção ao crédito, bem como o requerido se abstenha de reinscrevê-lo ou enviar novas cobranças por si ou por qualquer das empresas de cobrança contratadas por ele, haja vista que a dívida aqui guerreada, encontra-se adimplida.
Para a antecipação dos efeitos da tutela fundado na urgência (que ora pedimos), se faz necessário a comprovação de dois requisitos: Probabilidade do direito (Fumus Boni Iuris) e o perigo de dano (Periculum in Mora), tudo conforme previsto no art. 300 do Novo CPC Brasileiro. O que ficará devidamente comprovado, senão vejamos:
Tais requisitos, retratam a aparência de um bom direito e de perigo iminente (ou dano atual), ou seja, ocorre quando resta por demais comprovado que o ora requerido possui plausibilidade.
É clarividente que o que se solicita é mais do que uma simples aparência de um bom direito, posto que se demonstrou que o ora réu excedeu e muito seu direito de cobrança, notadamente quando se verifica que o ora autor aceitou as condições e os valores cobrados pelo mesmo e efetivamente adimpliu a dívida contraída no prazo acordado.
Ademais, a recalcitrância na cobrança indevida, o fato de ter ignorado o efetivo pagamentorealizado pelo suplicante, bem como a inscrição em serviços de proteção ao crédito mesmo depois de quitada a dívida demonstram tanto a boa fé do ora autor como a malícia e desleixo da empresa demandada, robustecendo a pretensão deduzida.
É um direito certo e obrigatório do Promovente de não ser cobrado dezenas de vezes por valor já pago.
Outrossim, a prostração no tempo da cobrança e da inscrição nos serviços de proteção ao crédito não somente incrementam a responsabilidade da empresa demandada como configuram o perigo da demora, uma vez que o ato ilícito obviamente praticado pela empresa ré deve cessar imediatamente para que não cause ainda mais danos.
Assim, não resta dúvidas, quanto a possibilidade de concessão da medida liminar guerreada.
IV – DOS PEDIDOS
Isto posto e estando devidamente configurados o dano moral causado ao Suplicante pela Suplicada, com base nos substratos fáticos e jurídicos acima aventados, vem a presença de Vossa Excelência REQUERER:
A designação de audiência de conciliação nos termos do art. 334 do Novo Código de Processo Civil Brasileiro;
O deferimento da liminar inaudita altera pars, para que a empresa reclamada retire imediatamente o nome do suplicante do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC e seus respectivos congêneres, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais);
O deferimento da liminar inaudita altera pars, para que a empresa reclamada se abstenha de efetuar qualquer nova cobrança por qualquer meio do crédito já adimplido, devendo a requerida diligenciar em todos os seus sistemas e de suas contratadas para que isto efetivamente ocorra;
A citação da Promovida no endereço aludido nesta peça vestibular, a fim de comparecer à audiência, sob pena de revelia e pena de confissão, conforme o art. 344 do Novo CPC Brasileiro;
A fluência do prazo para contestação a partir da efetiva realização da audiência ou da decisão que, por qualquer motivo, negue o pedido do item anterior;
Que a Promovida seja condenada ao pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais nos termos do art. 85, caput e in fine do Novo CPC Brasileiro;
Seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado, condenando a reclamada ao pagamento de indenização reparatória de dano moral em montante a ser arbitrado por este prudente juízo tendo em vista tanto a indevida inscrição em cadastro de proteção ao crédito, bem como a injustificável manutenção nestes mesmos serviços, mesmo após o pagamento da dívida;
Protesta provar tudo aqui alegado, por todos os meios de prova em Direito admitidos, notadamente a documentação juntada à presente petição, o que, desde já, requer o deferimento.
Dá a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos meramente fiscais.
Termos em que pede e espera deferimento.
[CIDADE], [DATA POR EXTENSO].
[NOME DO ADVOGADO]
Advogado(a) [NÚMERO DA OAB E SECCIONAL DE REGISTRO]

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