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EXECUÇÃO EM ESPÉCIE- AULA 5

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AULA 04
EXECUÇÕES EM ESPÉCIE
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE
As principais fases procedimentais da execução por quantia certa contra devedor solvente, seja fundada em título judicial ou extrajudicial, são:
· Fase da proposição;
· Fase da apreensão;
· Fase da transferência; 
· Fase da satisfação do crédito;
1) FASE DA PROPOSIÇÃO (atos iniciais):
a) no Cumprimento de Sentença (arts. 513 a 533)
· Transitada em julgado a sentença, ou se pendente de recurso desprovido de efeito suspensivo, o seu respectivo cumprimento, definitivo ou provisório, far-se-á mediante o requerimento do exequente;
· Tal requerimento será feito mediante petição simples, endereçada, via de regra, ao juízo da causa onde se formou o título; art. 516;
· Legitimidade ativa e passiva, previstas, respectivamente, nos art. 778 e 779 do NCPC;
· Art. 513, §5º, que diz não ser possível a promoção do cumprimento de sentença em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
· Vale lembrar que, sendo este ilíquido, deverá antes submeter o feito à fase de liquidação nos termos do art. 509;
· Formular os pedidos: indicação, se possível for, dos bens passíveis de penhora (inciso VII do art. 524); o requerimento do exequente consistirá na intimação do executado para pagar o débito, acrescido de custas, se houver, num prazo de 15 dias (art. 523).
· Demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, que deverá conter o índice de correção monetária; os juros e respectivas taxas; os termos inicial e final dos juros e correção monetária; a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; e a especificação de eventuais descontos obrigatórios realizados (art. 524, incisos II, III, IV, V e VI).
· Pois bem: intimado (ou citado), dispõe o art. 523 que o executado terá 15 dias para cumprir voluntariamente a dívida, acrescidos de custas, se houver.
· Não havendo o pagamento voluntário no prazo: multa de 10% e de honorários advocatícios no mesmo percentual; o mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação (§3º do art. 523); além de a sentença poder ser levado a protesto, nos termos do art. 517, NCPC.
· Paralelamente, também após transcorrido o prazo do art. 523 sem o pagamento voluntário, começará a fluir o prazo de 15 dias para o executado, se quiser, oferecer a impugnação ao cumprimento de sentença, de acordo com o art. 525, caput e seus parágrafos (oportunamente já estudados).
b) no Processo autônomo de execução (arts. 824 e ss)
Petição inicial, que deverá observar os requisitos gerais do art. 319 (com exceção dos meios de prova e da opção quanto à audiência de conciliação) e os específicos dos arts. 798 e 799.
Dessa forma, à título de revisão, deverá nela conter:
- juízo competente (arts. 781 e 782);
- os nomes e qualificação das partes (arts. 778 e 779 c/c art. 798, II, b);
- os fatos e fundamentos jurídicos (art. 786): consistente em mencionar os dados do título executivo extrajudicial (rol do art. 784), bem como o inadimplemento do executado;
- o pedido é a satisfação do direito, ou seja, o cumprimento da obrigação, embora possa também o exequente pleitear medidas urgentes, quando necessário (art. 799, VIII);
- a indicação dos bens suscetíveis de penhora, sempre que possível (art. 798, II, c);
- os requerimentos de intimações das pessoas enumeradas no art. 799;
- o valor da causa, que é o valor da dívida atualizada até a propositura da ação, conforme demonstrativo de débito atualizado (conteúdo: art. 798, parágrafo único), que instruirá a inicial (art. 798, I, b);
- a propósito, a inicial deverá estar instruída também com: o título executivo; a prova da ocorrência de termo ou condição, ou da contraprestação em obrigação sinalagmática (art. 798, I, b, c, d).
Despachando a inicial, o juiz determina a citação do executado para pagar a dívida, mais 10% de honorários advocatícios, no prazo de 3 dias, sob pena de penhora (art. 829, §1º); ou, se preferir, no prazo de 15 dias oferecer embargos à execução (art. 915) ou requerer parcelamento da dívida (art. 916).
Vale lembrar que, após o despacho da inicial, o exequente tem o direito de averbar, em registro público, a certidão de admissão da execução para conhecimento de terceiros (arts. 799, IX, e 828).
Todavia, caso o oficial de justiça não encontra o executado, mas encontra bens penhoráveis, procederá ele já o arresto de tantos bens quantos bastem para garantir a execução (art. 830). Tal arresto não é uma cautelar, mas uma espécie de pré-penhora, a qual se converterá em penhora após a efetiva citação do executado (1º - pessoal, em 2 dias distintos, num prazo de 10 dias após o arresto; 2º - com hora certa, se houver, no caso anterior, suspeita de ocultação do executado; 3º - por edital, se frustradas as duas anteriores).
Por outro lado, sendo encontrado o executado, e não efetuado o pagamento no prazo de 3 dias, o oficial de justiça, com o mandado de citação, penhora e avaliação, procederá de imediato a penhora dos bens indicados na inicial pelo exequente, ou pelo executado, desde que aceitos pelo juiz (art. 829, §§1º e 2º).
Penhorados os bens, o executado deverá ser intimado (art. 829, §1°).
2) FASE DA APREENSÃO (da penhora, do depósito e da avaliação):
a) Penhora e depósito
a.1) limites ou objeto da penhora - artigo 831, NCPC, restringe-se à parcela do patrimônio suficiente para pagar a dívida, excluindo os impenhoráveis (arts. 832 e 833).
a.2) efeitos da penhora:
- alteração do título de posse do devedor => de acordo com o art. 840, o bem é entregue a um depositário;
- conservação dos bens: evitando a dilapidação patrimonial, principalmente a dos bens penhorados;
- conferir efeito suspensivo aos embargos à execução e à impugnação ao cumprimento de sentença;
a.3) ordem de preferência da penhora – está estabelecida no art. 835; 
b) Avaliação
Para que haja a expropriação, é necessário antes proceder a avaliação do bem, com a descrição das características, do estado e do valor do bem (art. 872). 
Regra geral deve ser realizada pelo oficial de justiça (art. 154, V e 870 NCPC); 
c) FASE DA TRANSFERÊNCIA (da expropriação)
Expropriação é a transferência forçada de bens do executado, visando à satisfação do direito do exequente.
c.1) adjudicação (arts. 876 a 878)
A adjudicação é o ato de expropriação em que o próprio bem penhorado é transferido para o exequente;
Se o valor do bem adjudicado for (art. 876, §4º):
- igual ao valor da execução → haverá extinção da execução pelo pagamento;
- inferior ao valor da execução → a execução prossegue, para a satisfação do saldo remanescente;
- superior ao valor da execução → o adjudicante terá que depositar de imediato a diferença em juízo.
c.2) da alienação (arts. 879 a 903)
c.2.1) alienação por iniciativa particular (art. 880)
Trata-se de alienação por iniciativa do próprio exequente ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário, onde o juiz fixará os termos do negócio;
c.2.2) alienação por leilão judicial (art. 881 a 903)
Antes da realização do leilão, o juiz fixará o preço mínimo e as condições da arrematação (art. 885), bem deverá ser providenciada a publicação de edital, nos termos dos arts. 886 (conteúdo do edital) e 887 (publicação, com antecedência mínima de 5 dias, em internet, ou em jornal de ampla circulação), dando-se ciência da alienação judicial às pessoas previstas no art. 889.
- legitimidade para arrematar (oferecer lance – art. 890)
Qualquer pessoa que estiver na livre administração de seus bens pode arrematar, exceto as pessoas enumeradas nos incisos do artigo 890, NCPC.
- desfazimento da arrematação (art. 903, §1º e 5º)
Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável (art. 903), ainda que os embargos do executado ou a ação de anulatória, prevista no §4º, sejam julgados procedentes.
3) FASE DA SATISFAÇÃO (da entrega do dinheiro ao exequente)
De acordo com o art. 904, há satisfação do crédito pela entrega do dinheiro ou pelaadjudicação dos bens penhorados.
Pago ao exequente o principal, os juros, as custas e os honorários, o restante deverá ser restituído ao executado (art. 907).

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