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Aula 02 Anti inflamatório esteroidal

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Farmacologia e Toxicologia Veterinária 
ANTI INFLAMATÓRIO ESTEROIDAL – AIEs 
INTRODUÇÃO 
• Anti-inflamatório esteroidais (CORTICÓIDES, CORTICOSTERÓIDES OU 
GLICOCORTICÓIDES); 
• Drogas que agem semelhante ao cortisol endógeno (glicocorticóide); 
• Hormônio relacionado com o metabolismo da glicose e das proteínas - hormônio produzido pelo 
próprio organismo, na tentativa de exercer algumas funções orgânicas. 
• Função antagonista das respostas imunológicas e inflamatórias, além de inibir o processo 
inflamatório. 
• Mesmas funções que os medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (mecanismo diferente); 
• Adicionado a ação imunossupressora; 
• Indicado para processos: inflamatórios, reumatológicos, alérgicos, hematológicos. 
CURIOSIDADE: Os esteroides farmacêuticos são habitualmente sintetizados a partir do ÁCIDO 
CÓLICO (obtido do animal bovino, presente na bile) ou de sapogeninas esteroides, em particular, a 
DIOSGENINA e HECOPENINA. São essas bases que vão dar origem a esses esteroides sintetizados 
que vão ter características e ações semelhantes a este cortisol endógeno que normalmente é produzido 
pelo corpo na finalidade de controlar algumas ações. 
Acima do rim há uma glândula 
endócrina (secretora de hormônio) 
é denominada por estar acima do 
rim de suprarrenal ou adrenal. 
Essa glândula é responsável pela 
produção dos glicocorticoides e 
outros hormônios que estarão 
relacionados nessas funções. 
Pensando nas características 
anatômicas dessa glândula adrenal, 
ela está dividida em duas partes: a 
região medular e a região cortical 
que é a região mais externa. 
Na região medular, ela é rica em células cromafins que são células que tem a mesma constituição 
embrionária dos gânglios simpáticos e são responsáveis pela produção de catecolaminas, adrenalina 80% 
e noradrenalina 20% circulante, é produzida na região medular da glândula medular a partir de uma 
estimulação do sistema nervoso simpático. 
O sistema nervoso simpático é aquela parte do sistema nervoso autônomo que é a tensão do organismo 
no estado de alerta e o sistema nervoso parassimpático é responsável pela calmaria, por manter as 
funções orgânicas mais regulares. Então uma vez estimulado o sistema nervoso simpático, ele vai por 
sua vez estimular a adrenal para a produção da adrenalina e noradrenalina. 
Em relação a região cortical teremos a divisão de três camadas: 
• A mais externa é a zona glomerulosa, que leva esse nome por causa das células que compõe essa 
região, que são células glomerulosas. É uma região dessa adrenal responsável pela secreção, pela 
produção dos mineralocorticoides, principalmente a ALDOSTERONA. A aldosterona é um 
hormônio que está relacionado com sua ação diretamente nos túbulos coletores renais. Ela 
promove um aumento na expressão de potássio, ou seja, o potássio que não é necessário para o 
metabolismo orgânico será eliminado e por sua vez promoverá a reabsorção de sódio. Uma vez 
reabsorvendo o sódio ele também absorve também água e automaticamente terá um aumento do 
volume vascular e consecutivamente também haverá um aumento da pressão arterial. O 
aldosterona estará relacionada diretamente com o equilíbrio da pressão arterial. 
• A região medial é a zona fasciculada que é responsável pela produção propriamente dita do 
glicocorticoide, desse cortisol endógeno que tem as mesmas características desse corticoide 
sintetizado. É um hormônio com características hiperglicemiante, então ela tem a tendência de 
fazer o acúmulo de glicose na corrente sanguínea. Podemos dizer que o cortisol é um hormônio 
que age de forma contrária a ação da insulina (aumenta a glicose no sangue). É responsável 
também por atuar no metabolismo dos carboidratos e das proteínas. 
• A zona mais interna é a zona reticulada, que é responsável pela produção dos hormônios 
androgênicos (estradiol e testosterona). O principal produtor desses andrógenos são as gônadas, 
ainda assim a adrenal tem uma pequena participação na produção desses dois hormônios. 
EIXO HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE - ADRNAL 
O hipotálamo é o 
responsável por 
sinalizar a secreção 
desses hormônios pela 
adrenal, ele é 
dependente da 
concentração 
circulante. Então uma 
vez o hipotálamo 
recebendo notificação 
do organismo de que o 
nível de um 
determinado hormônio 
está baixo, ele 
começará a sinalizar para que esse hormônio seja produzido. Se ele recebe a informação de que o nível 
de concentração de determinado hormônio está alto, ele por mecanismo de feedback automaticamente 
ele inibe a produção desse determinado hormônio. Então o processo inicial de produção começa quando 
o hipotálamo começa a liberar um fator liberador de corticotropina (CRF), esse CRF vai atuar em algumas 
células específicas que estão presentes no lobo anterior da adenohipófise fazendo com que essa 
adenohipófise libere o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). Uma vez liberando esse ACTH ele vai 
sinalizar no córtex da glândula suprarrenal e esse córtex começa a produzir esses hormônios 
(glicocorticoide e mineralocorticoide). 
Uma vez estabilizando o nível de glicocorticoide circulante, ou seja, já produzir tudo o que o organismo 
precisa, esse próprio glicocorticoide endógeno vai fazer a alimentação e a sinalização para o hipotálamo 
que a concentração está alta, então automaticamente ele faz um feedback negativo que chamamos de 
alça longa porque ele vai até o final do processo através do nível do glicocorticoide circulante e dá o 
sinal negativo para o hipotálamo. Esse processo também pode ser interrompido no início quando o 
hipotálamo começa a sinalização com a liberação de CRF estimulando adenohipófise e estimulando a 
produção do ACTH. Se por acaso os níveis circulantes de ACTH estiverem altos, o ACTH da mesma 
forma consegue sinalizar para o hipotálamo através da sua concentração, que os níveis estão altos 
(feedback negativo alça curta) e aí automaticamente bloqueia a estimulação do hipotálamo. 
Quando teremos níveis de ACTH? Principalmente quando faremos por algum motivo administração de 
ACTH e exógeno. 
O glicocorticoide exógeno que é sintetizado tem a mesmas características do endógeno. 
Desmame – toda vez que o paciente faz o uso do glicocorticoide exógeno por muito tempo, antes de 
parar o tratamento precisa desmamar. 
 
EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - ADRENA 
• Pacientes que fizeram uso de corticoides exógenos (ou mesmo ACTH exógeno) durante um longo 
período; 
• Não podem ser privados destes medicamentos de forma abrupta; 
• DESMAME DOS CORTICÓIDES deve ser feito de maneira gradativa; 
• Hipotálamo também seja desinibido de maneira gradativa e volte a secretar CRF. 
→ Produções e os níveis orgânicos se estabilizem de forma gradativa. 
 
♦ Uso prolongado de corticoides exógenos pode fazer com que o córtex da suprarrenal deixe de 
funcionar; Uma vez que ele deixe de funcionar, ele entra na atrofia e uma fez atrofiando esses 
pacientes vão ficar sem o cortisol endógeno que são essenciais para a produção dos hormônios 
que mantem a estabilidade orgânica de algumas funções. Então uma vez tendo atrofia e essa 
atrofia pode ser genética ou por forma desordenada, de forma prolongada do corticoide que 
também levou a atrofia dessa adrenal e vai levar o paciente a ter a síndrome de addison. 
♦ Atrofia, podendo causar sinais e sintomas específicos assim que o fármaco é retirado. 
♦ SÍNDROME DE ADDISON - descontrole da pressão arterial, deixa de ter circulante o cortisol, 
deficiência na produção dos hormônios androgênios (estradiol e testosterona). 
MINERALOCORTICÓIDES 
Os mineralocorticoides são corticoides que interferem no equilíbrio de minerais pelo corpo. 
A aldosterona é o principal – produzido pela zona glomerulosa da adrenal, sendo responsável pela 
retenção de sódio e excreção de potássio pelos túbulos renais. 
Mecanismo compensatório 
- SRAA (Sistema Renina 
Angiotensina Aldosterona) - 
uma vez que o organismo 
apresenta baixapressão 
arterial, isso irá gerar uma 
sinalização para o rim (que 
vai dizer: oh eu preciso 
controlar essa pressão que está caindo). Como controlar essa pressão? Vai ocorrer a liberação de renina, essa renina 
irá pegar o angiotensinogênio que é produzido pelo fígado e vai converter ele em angiotensina do tipo 1. Essa 
angiotensina do tipo 1 circulante sofre a ação da ECA que é uma enzima conversora da angiotensina produzida pelo 
epitélio pulmonar, e essa ECA vai transformar essa angiotensina 1 em angiotensina 2 que vai ter as funções. Dentre 
essas funções ela vai promover vasoconstricção endotelial, vai aumentar a reabsorção renal e vai também a 
angiotensina do tipo 2, sinalizar para a adrenal para que ela produza mais aldosterona, e a aldosterona também vai 
atuar no rim aumentando a absorção renal. Aí conseguimos que o organismo absorva uma quantidade maior de sódio 
e de água, conseguindo aumentar a volemia, o débito cardíaco e automaticamente ocorre um aumento da pressão 
arterial. 
GLICORTICOIDE/ ANDROGÊNIOS 
• O glicocorticoide, principal CORTISOL ENDÓGENO, é responsável, principalmente, pelo 
metabolismo da glicose e de proteínas. 
• Hormônio hiperglicemiante – favorece a gliconeogênese, ou seja, ajuda na manutenção da 
concentração circulante de glicose alta. 
• Pacientes que fazem uso prolongado de corticoides exógenos podem desenvolver diabetes por 
causa da ação hiperglicemiante desde hormônio. 
Androgênios: 
• O ESTRADIOL e a TESTOSTERONA são hormônios responsáveis pelo desenvolvimento de 
caracteres sexuais femininos e masculinos, respectivamente. 
• Além disso, estes hormônios apresentam funções (de proteção) adversas no organismo, como é o 
caso da propriedade cardioprotetora do estradiol. 
• Embora seja considerável a produção destes hormônios pela zona reticulada da adrenal, as 
gônadas (ovários e testículos) são os principais sítios de produção dos mesmos, mas ainda assim, 
em pacientes que acabam por algum motivo tendo alterações clínicas nos ovários e nos testículos 
a própria adrenal não é capaz de manter os níveis ideais de estradiol e testosterona, precisando 
ser suplementado através de tratamento. 
MECANISMO DE AÇÃO AIEs 
• Os efeitos dos medicamentos anti-inflamatórios, independentemente de ser esteroidal ou não, 
são: inibição da atividade inflamatória, ação antipirética e ação analgésica. 
• Os glicocorticoides, como já foi relatado, são uma série de medicamentos anti-inflamatórios que 
apresentam uma função somada: a imunossupressora, além da atividade anti-inflamatória. 
• IMPORTANTE: durante um processo inflamatório intenso, o organismo expressa uma grande 
quantidade de α-2-globulina, induzindo a inativação em larga escala do cortisol endógeno, porque 
na administração de um princípio ativo, esse fármaco tende a se ligar a uma proteína que serve 
como carreadora desse fármaco. E o próprio cortisol endógeno que é produzido pelo corpo 
também tem essa característica de se ligar a uma proteína, e ele se liga principalmente a α-2-
globulina. Enquanto o cortisol estiver ligado a proteína ele não promoverá o seu efeito 
farmacológico e imunossupressão. 
• Devido a este déficit de ativação do cortisol endógeno, faz-se necessário a administração de 
cortisol exógeno. 
O processo inflamatório traz características como: dor, calor, perda da função, hiperemia, rubor. 
PRINCIPAIS AÇÕES DOS AIEs 
• Quando o paciente faz uso de corticoide por qualquer que seja o motivo ou via de administração 
(oral ou parental, principalmente), ao chegar ao sangue, a droga vai se ligar à albumina. 
o O cortisol endógeno se liga a α-2-globulina. 
o O cortisol exógeno se liga à albumina. 
• Uma vez ligado à proteína plasmática, o fármaco ainda se apresenta na sua forma inativa (fração 
ligada do fármaco). A albumina vai servir como uma espécie de transportador, vai transportar o 
corticoide até o sítio de ação até onde ele deve agir (onde irá se desligar), atravessar as 
membranas e agir diretamente no local. 
• Da mesma forma, o cortisol endógeno (produzido pela zona fasciculada do córtex da glândula 
adrenal) se liga a uma outra proteína plasmática circulante, a globulina ligante de cortisol (α-2-
globulina), sendo esta fração ligada também a sua forma inativa. 
• Ambos os tipos de cortisol (tanto endógeno, quanto exógeno) devem se desassociar das proteínas 
plasmáticas com as quais circulam para só assim, adentrar na célula e ativar o seu receptor 
intracelular. 
• Após liberação da proteína o cortisol é distribuído aos tecidos e se tornam ativos – atravessar a 
membrana plasmática e se liga ao receptor intracelular. Então devemos sempre reconhecer as 
características do fármaco e entender que aquele fármaco pode se ligar de forma específica em 
um determinado receptor, assim como ele pode se ligar a vários receptores. Quanto mais 
específico for um fármaco, quanto mais ele se ligar a um receptor específico melhor ele será o 
resultado dele para aquele organismo. Quanto mais esse fármaco se ligar a vários receptores, 
mais características ele trará (efeitos colaterais). 
• Desta forma é possível realizar efeitos sobre o material genético da célula. 
• Existem dois tipos de receptores para os glicocorticoides: os receptores α e os receptores β. 
• A frequente presença destes receptores em tantos tipos celulares justifica a grande variedade 
de efeitos colaterais destes fármacos. 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS GLICOCORTICOIDES 
• Ações metabólicas 
o Hiperglicemiantes: diminui a captação e utilização da glicose periférica (diminui GLUT-4) 
- vai interferir na liberação do GLUT-a (transportador que age principalmente em tecidos 
que tem alto metabolismo). 
o Impede tecidos muscular e adiposo (alto metabolismo/ depende GLUT-4) - esses tecidos 
utilizam o GLUT-4 para captar a glicose periférica, e uma vez que a produção do GLUT 
diminui por causa do uso do corticoide, ele não consegue captar essa glicose e essa glicose 
fica acumulada circulante, então esse paciente entra em um quadro de hiperglicemia. 
o Aumenta a gliconeogênese (catabolismo) e diminui a síntese de proteínas, acúmulo glicose 
sanguínea. 
o Efeito lipolíticos (lise de gordura - acúmulo de gordura em regiões específicas) e 
redistribuição da gordura. 
o CUIDADO!!! 
▪ Prescrição para diabéticos/ avaliar risco x benefícios da utilização desse fármaco. 
▪ Medicamentos hipoglicemiantes. 
• Metabolismo proteínas: 
o O uso prolongado de corticoides pode levar a uma degeneração da musculatura esquelética 
- o paciente pode desenvolver quadros de astenia (fraqueza muscular generalizada). 
o Glicocorticoides estimulam a expressão de proteases que passam a degradar proteínas 
deste tecido, mais especificamente do tecido muscular. 
o Metabolismo dos lipídeos - uma vez atuando no metabolismo dos lipídeos, levaremos aos 
quadros de síndrome de cushing: 
▪ Adrenalina e noradrenalina - O uso de forma prolongada desse glicocorticoide vai 
estimular a produção de catecolaminas endógenas, e aí vai dentro do grupo dessas 
catecolaminas endógenas que é produzido pela região medular da adrenal 
(adrenalina e a noradrenalina). 
▪ Atuar tecido adiposo B3 - Essa adrenalina e noradrenalina tem ação direta nos 
tecidos, principalmente no tecido adiposo onde existe um receptor específico para 
a elas que é o receptor do tipo B3. E uma vez essa adrenalina e noradrenalina 
ligadas a esse receptor ela promove a liberação do AMPc que vai estimular a 
produção da proteína cinase A. 
▪ Proteína cinase A – vai estimular as lipases que são enzimas responsáveis pela 
degradação de lipídeo. 
▪ Degradação lipídeos - irá promover acúmulo de gordura livre. 
▪ Ácidos graxos livres – essa gordura tende a se distribuir pelo corpo, 
principalmente na parte alta dos braços, região do pescoço e na região abdominal. 
• Metabolismo ósseo: 
o Osteoporose – como ocorre esse processo: 
▪ Os glicocorticoides inibem a absorção de cálcio no TGL 
▪ Estimulam a excreçãodo Ca2+ pelos rins através da urina 
▪ Inibem os osteoblastos (que recolhem o cálcio do sangue para depositar nos ossos) 
▪ Ativam os osteoclastos (que recolhem o cálcio da matriz óssea para lançar na 
corrente sanguínea). 
• Ações reguladoras 
o Hipotálamo e a hipófise anterior – a própria concentração dos corticoides endógenos pode 
dar feedback positivo ou negativo para a estimulação de produção pelo hipotálamo. 
▪ Ação de retroalimentação negativa, resultando em diminuição da liberação dos 
glicocorticoides endógenos 
o Eventos vasculares 
▪ Vasodilatação reduzida, diminuição da exsudação de líquidos, diminuição da 
permeabilidade capilar. 
o Sobre os eventos celulares 
▪ Nas áreas de inflamação aguda: 
 Diminuição do influxo e da atividade dos leucócitos, por isso acaba 
promovendo uma imunossupressão, porque ele diminui a permeabilidade e 
automaticamente ele acaba inibindo a saída dessas células de defesa até o 
sítio de ação. 
▪ Nas áreas de inflamação crônica: 
 Diminui a proliferação de vasos sanguíneos, diminuindo fibrose 
o Sobre os mediadores inflamatórios e imunes: 
▪ Diminuição na produção e ação das citocinas 
▪ Diminuição da produção de eicosanoides 
o Efeitos globais 
▪ Diminuição da síntese de colágeno e ácido hialurônico (diminuindo espessura 
dérmica e dificultando a cicatrização). 
• Anti-inflamatória e imunossupressora 
o Capaz de bloquear as respostas agudas e tardias inibindo os: 
▪ Sinais cardeais da inflamação 
▪ Dificultar a cicatrização 
o Ação supressora dos mediadores inflamatórios 
▪ PGs 
INFLAMAÇÃO 
O processo inflamatório corresponde a uma resposta a uma lesão (ex.: infecções, ação de anticorpos ou 
traumas); 
Essa resposta é mediada por produtos químicos como citosina, bradicinina, histamina, serotonina, 
eicosanoides e radicais livres – todas essas enzimas participam do processo inflamatório em algum 
momento sinalizando e promovendo o quadro clássico de inflamação. 
Sinais: CALOR, RUBOR (eritema/ avermelhamento), EDEMA (inchaço), DOR, PERDA DA FUNÇÃO 
(limitação funcional); 
Pode ser dividido em 3 etapas 
• Uma fase aguda, caracterizada por uma vasodilatação local e uma permeabilidade capilar 
aumentada; 
• Uma fase subaguda caracterizada pela infiltração de leucócitos e células fagocitárias até o local 
da lesão para tentar englobar o agente infeccioso e degradar para que ela não cause nenhuma 
alteração clínica no organismo. 
• E uma fase crônica proliferativa onde ocorre a degeneração do tecido e formação de fibrose. 
MECANISMO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
• Dor periférica - está relacionada a Bradicinina, histamina e PG que são enzimas que sinalizam 
esse processo inflamatório e que trazer a formação dessa dor periférica. 
• Processo febril - leucócitos após fagocitose/ liberação de pirogênios = > Ativação das PGs 
(Hipotálamo - aumentam o limiar térmico) - O processo febril acontece porque esses leucócitos 
que vão até o local da lesão e vão englobar aquela bactéria após fagocitar, ele começa a liberar 
pirogênios. Esses pirogênios ativam as prostaglandinas e além disso conseguem também sinalizar 
lá no hipotálamo que está acontecendo um processo inflamatório lá. 
• Fase vascular – onde ocorre a vasodilatação (rubor, calor e edema); 
• Fase celular – diapedese/ leucócitos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos - 
as células de defesa englobam o agente. 
• Fase de reparação - onde ocorre a formação tecido de granulação e cicatrização 
• MODULAÇÃO - DROGAS NÃO ESTEROIDAIS E DROGAS ESTEROIDAIS. 
CASCATA INFLAMATÓRIA 
Tenho uma célula. A membrana celular é formada por fosfolipídios, e uma vez ela sofrendo um estímulo 
com uma lesão, esse estímulo sinaliza para que seja liberada a fosfolipase A2. Uma vez liberada essa 
enzima, que é ativada através da lesão inicial, ela é uma citocina (do grupo citocina pró-inflamatória) e 
ela ajuda a iniciar o processo que vai liberar as PGS que são importantes para esse processo de 
inflamação. Então liberando essas fosfolipases, ela vai atuar lá no ácido araquidônico e esse ácido irá 
seguir por duas vias diferentes: lipoxigenase e cicloxigenase. 
O anti-inflamatório não esteroidal vai inibir a via das cicloxigenase que bloqueia a produção das PGs. 
O corticoide também vai inibir a produção das PGs. 
Temos uma INJÚRIA, uma lesão na membrana 
fosfolipídica celular e o corticoide vai agir 
exatamente onde a fosfolipase agiria. A fosfolipase 
A2 vai iniciar o ciclo do ácido araquidônico e formação 
da via da lipoxigenase e cicloxigenase. Então o 
corticoide já inibe o processo na fosfolipase A2 e o 
anti-inflamatório não esteroidal vai atuar na via da 
cicloxigenase. 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA - o que o corpo faz com a droga. 
• Fármaco que tem uma rápida absorção do TGI, mucosas e pele; 
• Liga-se às proteínas plasmáticas; 
• Sofre biotransformação e inativação hepática; 
• Excreção na maior parte urinária (>) e biliar (<). 
A diferença da Prednisolona e da 
Prednisona é que a Prednisolona já é a 
forma ativa do fármaco. Então o paciente 
que tem o contato com a Prednisolona ela 
já será administrada e absorvida na sua 
forma ativa, e sendo absorvida na sua 
forma ativa terá o efeito mais rápido do 
que a Prednisona, porque a Prednisona é 
um pró-fármaco porque será 
administrado na sua forma inativa, e ai ele 
precisará passar pelo fígado e ser 
transformado na sua forma ativa que é a Prednisolona, que será distribuída até o sítio de ação realizar o efeito 
desejado. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• Vai depender do temperamento do paciente e também do proprietário; 
• Localização e extensão do processo inflamatório; 
• Tratamento agudo ou crônico: 
o Tópica: alta concentração em área restrita 
o Oral: controle da dose 
o SC ou IM 
INDICAÇÕES 
• Insuficiência de adrenal (hipoadrenocorticismo); 
• Doenças auto imunes; 
• Condições alérgicas; 
• Trauma e edemas cérebro espinhais; 
• Choque: má perfusão de órgãos e tecidos; 
o Inibem a toxicidade e atuação de radicais livres 
CONTRA-INDICAÇÕES 
• Doenças infecciosas: imunossupressor; 
• Hemorragias/ perfurações gastrintestinais: interfere na vascularização, secreção gástrica; 
• Diabetes mellitus: hiperglicemiantes; 
• Pancreatites: aumento das secreções e lipemia (acúmulo de gordura no sangue); 
• Doenças renais: aumento dos compostos nitrogenados; 
• Cardiopatias (estados congestivos): retenção de líquido. 
CONSIDERAÇÕES 
• 1 única dose de um corticoide de ação rápida é desprovida de efeitos colaterais. 
• A dose deve ser sempre ajustada. 
• Terapia prolongada com doses elevadas aumenta manifestação colateral. 
• Cortiterapia é sintomática, não leva a cura. 
o Com exceção da insuficiência de adrenal. 
• Interrupção abrupta pode levar a hipoadrenocorticismo. 
• A dose imunossupressora é 10 a 20 vezes maior que a ação fisiológica.

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