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Direito Processual Civil

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Direito Processual Civil
Jurisdição
A jurisdição é a atividade do Estado, exercida por intermediário do juiz, que busca a pacificação dos conflitos em sociedade pela aplicação da lei aos casos concretos. Ao ser acionado, o Estado-juiz se substitui às partes na solução dos conflitos de interesses, garantindo a imparcialidade.
Somente os atos jurisdicionais são, a partir de certo momento, imutáveis. Atos administrativos não têm este caráter de definitividade.
Enquanto a legislação consiste na atividade de elaboração de normas gerais e abstratas, prévias ao conflito de interesses, a jurisdição consiste na sua aplicação ao caso concreto.
Princípios da jurisdição
A função jurisdicional só pode ser exercida pelo Poder Judiciário — por quem ocupa o cargo de juiz. Não pode haver delegação de competências e não há autoridade fora do território nacional. A lei não pode excluir de apreciação do juiz nenhuma ameaça ou lesão a direito.
Espécies de jurisdição
Como emanação do poder estatal, a jurisdição é una e não comporta distinção de espécie, salvo por razões didáticas. Neste sentido, são três:
- OBJETO: civil, penal e trabalhista
- ORGANISMO: comum e especial
- HIERARQUIA: órgãos de instâncias superiores e inferiores
● Contenciosa 
É contenciosa a jurisdição marcada pela presença de litígio, controvérsia entre as partes, a ser solucionada pelo juiz. A existência de ameaça ou violação a um direito é pressuposto fundamental. Partes em polos antagônicos: réu e autor. Há processo judicial e sentença traumática, substitutiva — sentença obrigatório para as partes. O Estado pacifica o conflito.
● Voluntária
Já a jurisdição voluntária é aquela sem lide ou partes. O papel do juiz é o de realizar gestão pública de interesses privados, como a nomeação de tutores. Trata-se de um negócio jurídico processual, envolvendo o juiz e os interessados. Sua eficácia depende da intervenção pública do magistrado. Não há sentença, mas sim um pronunciamento judicial; também é impróprio falar em ação ou processo — há um procedimento.
A jurisdição voluntária só produz coisa julgada formal, não material, já que o juiz não substitui a vontade das partes. Não há imutabilidade nas decisões. Além disso, em alguns casos, o juiz pode agir de ofício, já que sua função é meramente administrativa; e.g., no depósito de coisas vagas.
Ação
 
A ação, portanto, é o direito subjetivo público de se deduzir uma pretensão em juízo. Diz-se que é subjetivo, porque é um direito de cada um, e público, porque se oferece para o Estado. O direito de ação está previsto na Constituição Federal, art. 5.º, XXXV, que diz respeito ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, isto é, “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito”.
OBS: se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados, pelo autor. Não se aplica à Fazenda Pública o efeito material da revelia – presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor. 
Condições da ação
● Possibilidade jurídica do pedido: o pedido formulado na ação deve estar previsto na lei ou não ser proibido por ela; o particular pode pedir, portanto, tudo aquilo que a lei não o proíbe. Não se pode buscar o Judiciário para cobrar dívida de jogo ou mesmo requerer usucapião de bem público.
 
● Legitimidade de parte: é a coincidência das partes que figuraram no Direito Material com aquelas que estão no processo. Se A e B bateram o carro, estes mesmos A e B é que devem estar no Judiciário; se A e B assinaram um contrato e este não foi cumprido, devem estar eles mesmos no Judiciário. 
 
● Interesse de agir: é verificado pelo binômio necessidade-adequação. Primeiro, deve ser observado se aquele que busca o Judiciário tem a necessidade de um provimento jurisdicional. Se afirmativa a resposta, há de se verificar se o autor utilizou os instrumentos necessários para a obtenção da tutela (adequação).
 
Elementos da ação 
● Partes: autor e réu;
● Causa de pedir: o motivo pelo qual se está ingressando com a ação, que podem ser vistos como remota (os fatos, o vínculo que une autor e réu) ou próxima (as consequências jurídicas desses fatos, o que gerou o litígio); 
● Pedido: é aquilo que o autor pretende, formado em duas ordens: o imediato (providência jurisdicional pleiteada) e mediato (bem jurídico pretendido, aquilo pelo qual se ingressou no Judiciário).
Os elementos da ação também têm por finalidade identificar a causa, para os fins de litispendência, perempção e coisa julgada.
 
→ Perempção: quando o autor deixa o processo ser extinto por três vezes, na quarta não poderá mais propor a ação.
 
→ Litispendência: quando o autor reproduz uma ação que está em curso com as mesmas partes, pedido e causa de pedir. A segunda ação deverá ser extinta.
 
→ Coisa julgada: quando o autor reproduz uma ação que estava em curso. Assim, se uma determinada ação de reparação de danos foi julgada, não poderá o autor, após cinco anos do trânsito em julgado, tentar discutir de novo a justiça da decisão.
Sujeitos do Processo
 
O processo possui três sujeitos essenciais, sendo eles: o Estado, o Autor e o Réu. Apesar desta relação tríplice, toda e qualquer pessoa que intervenha no processo é um sujeito processual, que pode ser sujeito parcial ou imparcial: 
- Sujeitos parciais são as partes do processo (autor e réu). 
- Sujeitos Imparciais são os representantes dos interesses coletivos (juiz). 
Entretanto, há outros sujeitos que atuam no processo além do juiz, do autor e do réu, pois são também indispensáveis os órgãos auxiliares da Justiça, os chamados órgãos jurisdicionais, também conhecidos como juízos. 
É possível também haver pluralidade de autores (litisconsórcio ativo), de réus (litisconsórcio passivo), ou de autores e réus simultaneamente (litisconsórcio misto ou recíproco). E por fim, é indispensável à participação do advogado. 
Litisconsórcio
Às vezes, a situação de conflituosa de Direito Material pode atingir mais de uma pessoa. Essas pessoas podem tanto buscar o judiciário individualmente como em conjunto; nessa segunda situação, acontece o que chamamos de litisconsórcio. Opera-se o litisconsórcio quando duas ou mais pessoas litigam ativa ou passivamente, em conjunto, no mesmo processo.
A assistência litisconcorcial será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição.
Classificação
O litisconsórcio pode ser classificado em relação a sua:
● Posição: pode ser ativo (pluralidade de autores), passivo (pluralidade de réus) ou misto (autores e réus).
● Momento de sua formação: o litisconsórcio poderá ser inicial (nasce com a propositura da ação) ou ulterior, também chamado de incidental (nasce no curso do processo).
● Obrigatoriedade na formação: o litisconsórcio classifica-se em facultativo (compete ao autor escolher contra quem vai demandar ou ao lado de quem) ou necessário (é aquele que não pode ser declinado, nem pela vontade das partes).
●Uniformidade da decisão: o litisconsórcio poderá ser unitário: impõe-se ao Juiz o dever de julgar a demanda de modo uniforme para todos os litisconsortes; ou simples: não há essa imposição.
Hipóteses
Dois ou mais indivíduos podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I – houver comunhão de direitos ou obrigações relativamente à lide: nesse caso, as partes possuem o mesmo bem jurídico ou têm o dever de cumprir a mesma prestação. Relaciona-se com a causa de pedir remota da demanda, isto é, trata-se da relação jurídica de Direito Material em comum. Exemplo: solidariedade, condomínio.
II – os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direitos: todo direito tem como origem “fatos jurídicos”. Na medida em que esses fatos jurídicos atinjem várias pessoas, elas poderão demandar em conjunto com vistas à obtenção da tutela. Esse instituto liga-se à causa de pedir próxima, ou seja, a relação de Direito Material controvertida. Exemplo: batida de carro do tipo “engavetamento”, não cumprimento de um contrato de transporte.
III – entre as causas houver conexão pelo objetoou pela causa de pedir: nesse caso, reputa-se por conexas, duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. Exemplo tradicional: indica-se aquele da ação de despejo em que dois ou mais inquilinos parciais sofrem ação de despejo por falta de pagamento. Nesse caso, eles podem demandar em conjunto.
IV – houver afinidade de questões: abrange todas as de cima. Observe-se, por fim, que o art. 46 do CPC indica a existência do chamado litisconsórcio multitudinário. Refere-se ao número demasiado de litisconsortes num dos pólos da demanda, causando dificuldade à defesa do réu ou à rápida solução do litígio. Nesse caso, o Juiz de Direito poderá, de ofício, fracionar o litisconsórcio, dividindo-o em vários processos apensos, com instruções distintas, mas em uma única sentença.
OBS: os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um, não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 
Intervenção de Terceiros
A intervenção só é admitida quando prevista em lei, pois constitui em exceção ao princípio da singularidade. Um terceiro, que não faz parte do conflito de interesses que está sendo submetido à decisão judicial, pode intervir no processo pelas seguintes formas:
● Oposição
Oposição é a ação de terceiro que intervém na causa para excluir as pretensões do autor e do réu, e não as partes. Não é permitida a oposição contra, apenas, uma das partes. A oposição deve ser oferecida antes de ser proferida a sentença.
A oposição tem como finalidade a economia processual, sendo assim, se a oposição for apresentada antes da audiência de instrução e julgamento, será apresentada aos autos da ação principal e correrá simultaneamente com esta, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Mas, se apresentada depois, terá rito ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal.
● Denunciação da lide
Denunciação da lide é o "ato pelo qual o autor ou o réu chama a juízo um terceiro a que se liguem por alguma relação jurídica de que decorra, para este, a obrigação de ressarcir os prejuízos porventura ocasionados ao denunciante, em virtude de sentença que reconheça a algum terceiro direito sobre a coisa por aquele adquirida, ou para que este reembolse dos prejuízos decorrentes da demanda".
Com a denunciação da lide, o adquirente atende dois propósitos: provoca o ingresso do alienante na causa para que lhe preste assistência e defenda a coisa por ele transferida, e para que o denunciado responda pela indenização, porventura devida ao adquirente.
Com a denunciação da lide, outra demanda surge, entre o denunciante e o denunciado. Ela pode ser feita tanto pelo autor como pelo réu. Se feita pelo autor, deve ele pedir, na petição inicial, a sua citação; se pelo réu, deverá ser requerida no prazo para contestar.
Não é possível, ao autor, denunciar a lide a um terceiro que garante o réu. Somente este pode fazê-lo.
Se a denunciação for feita pelo autor, o denunciado poderá aditar a petição inicial e assumirá a posição de litisconsorte. Se for feita pela o réu e o denunciado a aceitar e contestar, a ação prossegue contra o réu e o denunciado, como litisconsortes; se for revel ou se negar a qualidade que lhe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final, devendo o juiz dirimir a controvérsia entre denunciante e denunciado; se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, cumprirá ao denunciado prosseguir na sua defesa.
● Chamamento ao processo
O chamamento ao processo é o instrumento para a formação do litisconsórcio, por iniciativa do réu (em regra, a iniciativa da formação do litisconsórcio, ativo ou passivo, é do autor), atendendo, com isso, o princípio da economia processual. Os devedores chamados passarão a compor o polo passivo.
Ocorre chamamento ao processo do devedor principal, na ação em que o fiador for réu; dos outros fiadores ou devedores solidários, quando para a ação for citado apenas alguns deles
O chamamento deve ser requerido no prazo para contestar e deve ser promovida no prazo de 30 dias.
Atos Processuais
Os atos processuais são aqueles atos jurídicos praticados dentro do processo e fazem com que o processo seja impulsionado a uma decisão final. Os atos processuais devem seguir determinados procedimentos, caso contrário a relação processual se torna ineficaz.
Agentes
Os atos processuais podem ser praticados pelas partes do processo, pelo juiz e auxiliares da justiça.
Outro agente dos atos processuais, são os auxiliares da justiça, ou seja, os escrivães, cujo seus atos em síntese consistem na documentação e comunicação dos atos às partes, bem como os atos de execução, que são aqueles produzidos pelos oficiais de justiça ao efetuarem busca, apreensão e penhora.
Forma
O direito processual é direito formal, pois visa garantir o regular desenvolvimento do processo e dos direitos das partes. Caso o ato não seja praticado conforme a forma estabelecida e não atinja o seu fim o mesmo será declarado nulo.
Nulidades
É a ineficácia do ato ou relação processual, causada pela não observância da lei. Pode ser absoluta, quando a grave violação à lei torna o vício insanável, ou relativa, quando torna o ato apenas anulável, possibilitando que o vício seja suprido pelas partes. 
→ Art. 276.  Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. 
→ Art. 277.  Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
→ Art. 278.  A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.
→ Art. 279.  É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.
- Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.
- A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
→ Art. 280.  As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.
→ Art. 281.  Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.
→ Art. 282.  Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
- O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
- Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
→ 283.  O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. 
Parágrafo único.  Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.
OBS: o juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.
Prazos Processuais
Prazo processual é um período legalmente determinado para as partes realizarem ações dentro de um processo judicial. Começam a correr do primeiro dia útil após a intimação. 
Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. Há prazo em dobro também para contestar, recorrer e, de modo geral, para falar nos autos, quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores,independentemente de um desses litisconsortes ser a Fazenda Pública.
→ Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
- Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
- Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
- Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
- Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
→ Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Procedimento Comum
Entende-se por processo o meio pelo qual a ação se desenvolve, para que a jurisdição exerça sua finalidade de dirimir um conflito na relação jurídica de Direito Material.
Procedimento Sumário
Não se admite procedimento sumário nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas.
● Petição inicial: deve preencher os requisitos dos arts. 282 e 283 do CPC, com a juntada do rol de testemunhas, sob pena de preclusão, e a indicação do assistente técnico e formulação de quesitos caso seja necessária a produção de prova técnica.
● Citação: o réu é citado para apresentar, se quiser, defesa em audiência e deverá ser citado ao menos 10 dias antes dela. O Juiz deve fixar a audiência em 30 dias. Atenção: As Fazendas têm prazo em dobro nesse caso, assim devem ser citadas 20 dias antes da audiência.
● Audiência preliminar: as partes podem comparecer pessoalmente ou se fazer representar por um preposto com poderes para transigir. Se não houver acordo, o réu apresentará sua contestação e/ou as exceções rituais (se houver). As provas devem ser requeridas na contestação, com rol de testemunhas e requerimento para perícia.
Procedimento Ordinário
Afirmou-se que o procedimento ordinário é o mais hábil para a realização do processo de conhecimento, servindo como fonte subsidiária para os demais procedimentos. Assim, para facilitar o estudo dessa matéria, dividiremos o procedimento ordinário em quatro fases cronológicas: postulatória, ordinatória, instrutória e decisória.
● Postulatória: abrange o ajuizamento da ação, a citação do réu e a apresentação das defesas.
● Ordinatória: abrange as providências preliminares: revelia, declaração incidental, réplica, a extinção do processo, o julgamento antecipado da lide e o saneamento;
●Instrutória: são produzidas as demais provas, com exceção da documental, que já foi produzida ou, pelo menos, deveria ter sido.
● Decisória: prolação da sentença.
Formação, suspensão e extinção 
Formação do Processo
O processo civil se inicia por meio da iniciativa da parte. A justificativa dessa afirmação paira na característica da jurisdição: ela é inerte e apenas atua (em regra) por meio de provocação do jurisdicionado.
Formalmente, o processo civil nasce com a protocolização da Petição Inicial. Nesse sentido: considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Suspensão do Processo
Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
- Depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
- Tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; 
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
OBS: nunca poderá exceder 6 meses por convenção das partes. Findo a prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que ordenará o prosseguimento do processo
Extinção do Processo
A extinção do processo dar-se-á por sentença.
Sentença
A sentença é um ato formal e solene pelo qual o juiz julga a causa, com ou sem apreciação do mérito, conforme a sua percepção, aonde ele afirma, declara o seu entendimento, formado através do que ele sentiu por todos os seus sentidos.
Existem duas hipóteses de extinção do processo, a saber:
 
● Extinção do processo sem julgamento do mérito 
I – quando o Juiz indeferir a petição inicial;
II – o processo ficar parado por mais de um ano;
III – o processo ficar parado por mais de 30 dias, por inércia do autor;
IV – ausência de pressupostos processuais;
V – verificação de perempção, litispendência e coisa julgada;
VI – ausência de uma das condições da ação;
VII – por convenção de arbitragem (Lei n. 9.037/96);
VIII – quando o autor desistir da ação;
IX – quando a ação for intransmissível;
X – quando houver confusão entre autor e réu;
XI – nos demais casos previstos em lei.
● Extingue-se o processo com julgamento de mérito:
I – quando o Juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
II – quando o réu reconhecer juridicamente a procedência do pedido;
III – transação entre as partes;
IV – quando se verificar a prescrição ou a decadência;
V – quando o autor renunciar ao direito sobre o que se funda a ação.
Execução Fiscal
Execução Fiscal é o termo que se aplica a procedimento especial em que a Fazenda Pública requer de contribuintes inadimplentes o crédito que lhe é devido, utilizando-se do Poder Judiciário, pois não lhe cabe responsabilizar o devedor.
Assim, por meio do Poder Judiciário, a Fazenda Pública busca, junto ao patrimônio do executado, bens suficientes para o pagamento do crédito que está sendo cobrado por meio da execução fiscal.
O processo de execução se baseia na existência de um título executivo extrajudicial, denominado de Certidão de Dívida Ativa (CDA), que servirá de fundamento para a cobrança da dívida que nela está representada, pois tal título goza de presunção de certeza e liquidez.
Para a abertura do procedimento de execução, é gerada uma petição inicial pela Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN), a qual é encaminhada para o judiciário.
O juiz determinará a citação do devedor nas execuções fiscais, o qual terá um prazo de 5 dias para pagar o débito ou nomear bens para garanti-lo, sob pena de que seu patrimônio venha a ser penhorado.
No prazo de 5 dias é permitido ao executado nomear bens à penhora, para garantir a execução, reservando-se a opção de aceite à Fazenda Pública. Passada essa fase, os bens serão avaliados, normalmente por intermédio de um Oficial de Justiça, e conferidos a um depositário, que terá o dever legal de guardar os bens.
Não indicados os bens, podem ocorrer penhoras de créditos online, a penhora de faturamento da empresa, a penhora de ações, de imóveis, de veículos, etc. Não pode ser penhorado o imóvel que serve de residência do indivíduo, por se tratar de um bem de família, nem aqueles bens que a lei considera impenhoráveis.
Caso deseje discutir o débito, o contribuinte pode, em paralelo, ajuizar outra ação denominada de embargos do devedor, desde que antes tenha havido penhora suficiente para garantir o valor do crédito que está sendo cobrado e discutido.
OBS: o executado poderá oferecer embargos à execução fiscal no prazo de 30 dias, onde deverá alegar toda a matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos, os documentos e rol de testemunhas, até 3, ou, a critério do juiz, até 6.
Teoria Geral dos Recursos
Pressupostos para a interposição de Recursos
● Subjetivos (são aqueles que levam em consideraçãoa pessoa do recorrente.
- Legitimidade
O "vencido" está legitimado, isto é, a parte que tenha sofrido prejuízo jurídico com a decisão. Também estão legitimados o Ministério Público - quer esteja atuando na condição de parte, quer na de custos legis -, o terceiro interveniente e o terceiro prejudicado.
-. Interesse
Para recorrer é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que este sofra prejuízos com a decisão.
Assim, constata-se que haverá interesse em recorrer somente àquele que for sucumbente, ou seja, àquele que não recebeu da decisão tudo o que dela esperava.
● Objetivos (são aqueles que dizem respeito ao recurso em si.
- Tempestividade
Para a interposição do recurso, há um prazo fixado na lei, sendo que para alguns recursos, o prazo é de 15 dias; para outros como o agravo retido ou de instrumento, é de 15 dias.
Decorrido o prazo, não mais poderá ser interposto o recurso. Esses prazos são contados do momento em que o advogado tem conhecimento da decisão: quando a decisão for prolatada em audiência, conta-se da audiência - ainda que o advogado a ela não esteja presente, mas tenha sido intimado regularmente; quando prolatada fora da audiência, quando for intimado pelo órgão oficial, lembrando que evidenciado o conhecimento da decisão, ainda que não intimado, o prazo tem início.
- Cabimento
Em princípio, todos os atos com conteúdo decisório são passíveis de recursos, uma vez que o legislador, além de prever o recurso para as sentenças e decisões terminativas, adotou o princípio da "recorribilidade das interlocutórias", pelo qual somente aquelas decisões que o legislador estabeleceu não serem passíveis de recurso é que não são recorríveis.
Para cada espécie de decisão, há previsão de um recurso adequado: contra a sentença cabe apelação; contra decisão interlocutória cabe agravo de instrumento; contra acórdão unânime cabe recurso especial ou recurso extraordinário, e assim por diante. Não é possível utilizar-se um recurso por outro. Somente em situações excepcionais, em que houver dúvida quanto à natureza do ato judicial, será possível admitir-se um recurso por outro - princípio da fungibilidade recursal. Mas deverá o recurso inadequado ter sido interposto no prazo do recurso adequado, sob pena de ofensa ao pressuposto da tempestividade.
- Preparo
No ato da interposição do recurso se comprovará o preparo. Logo, o prazo para o preparo não é o mesmo do recurso, mas se encerra antes, já que no ato da interposição deve-se comprovar a sua realização. Ausente o preparo exigido em lei, ocorre a deserção, que é uma pena ao recorrente desidioso, mas que pode ser relevada, desde que alegado e provado o justo impedimento.
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