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SEMIOLOGIA - P1

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TERMOS TÉCNICOS 
• Exame clínico: Compreende a anamnese e o exame físico para avaliação da(s) necessidade(s) de saúde do 
paciente 
• Anamnese: A palavra anamnese origina-se do grego aná = trazer de novo, emnesis = memória. Significa, 
portanto, trazer à memória todos os fatos relacionados à doença e à pessoa doente 
• Exame físico: Envolve inspeção, palpação, percussão, ausculta, olfato e uso de alguns instrumentos e 
aparelhos simples para avaliação da(s) necessidade(s) de saúde do paciente 
• Semiotécnica: Consiste na técnica de coleta dos sinais e/ou sintomas para avaliação da(s) necessidade(s) de 
saúde do paciente 
• Propedêutica e semiogenese: Consistem em conhecer e buscar os sintomas e sinais, compreender sua 
gênese, aprender a coletar os dados da anamnese e do exame físico para avaliação das necessidades de 
saúde do paciente 
• 
• Astenia: sensação de fraqueza (debilidade física) 
• Fadiga: sensação de cansaço ao realizar pequenos esforços. 
• Sudorese: eliminação abundante de suor 
• Calafrios: sensação passageira de frio, com ereção de pelos e arrepiamento da pele (arrepio de frio) 
• Prurido: coceira 
• Caquexia: é uma síndrome completa e multifatorial que se caracteriza pela perda de peso, atrofia muscular, 
fadiga, fraqueza e perda de apetite. Parece uma desnutrição, mas não pode ser resposta por uma melhor 
alimentação. atinge de 5 a 15% dos pacientes com insuficiência cardíaca ou renais crônicas e 60 a 80% dos 
pacientes com câncer terminal. 
• Anemia: diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina no sangue; diminuição da 
capacidade do sangue em transportar oxigênio; quando tem aparecimento lento os sintomas incluem fadiga, 
cansaço, falta de ar, diminuição da capacidade de realizar atividade física; quando tem aparecimento rápido 
os sintomas são estado de confusão, sensação de desfalecimento, perda da consciência, aumento da sede. 
• Ascite: acúmulo de líquidos na cavidade abdominal; cirrose hepática 
• Acne: designação popular de espinhas 
• Aneurisma: dilatação anormal de um vaso sanguíneo, provocado por diversas razões 
• Assepsia: conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente 
que logicamente não tem; um ambiente asséptico é livre de infecção. 
• Antissepsia: conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismo ou remove-lo de um 
determinado ambiente, podendo ou não o destruir para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. 
• Cefaleia: dor de cabeça 
• Tontura: insegurança na movimentação ou posição em relação ao meio ambiente externo, pode ser uma 
queixa inespecífica associada a cansaço, depressão 
• Zumbidos: percepção de ruídos sem que haja estímulos exteriores 
• Vertigem: quando o paciente tem sensação de que está tudo rodando ao redor dele ou que ele próprio está 
rodando. 
• Hemeralopia: baixa acuidade visual quando a intensidade luminosa diminui (carência de vitamina A) 
• Nistagmos: movimentos repetitivos e rítmicos dos olhos 
• Escotoma: área de cegueira parcial ou total 
• Fotofobia: aversão a luz pela dor que ela produz, não consegue olhar diretamente para a luz; conjutivite, 
enxaqueca 
• Amaurose: perda total ou parcial da visão 
• Diplopia: visão dupla 
• Estrabismo: patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos; a maioria dos casos tem início 
na infância, mas também pode ocorrer durante a vida adulta; pacientes com estrabismo podem ter problemas 
psicológicos, sociais e econômicos relacionados ao desvio ocular 
• Otorréia: secreção auditiva (muito comum em crianças) 
• Otorragia: perda de sangue pelo canal auditivo 
• Acusia: perda da capacidade auditiva, surdez total 
• Hipoacusia: diminuição da capacidade auditiva 
• Otalgia: dor no ouvido 
• Rinorréia: corrimento nasal (mucoso, seroso ou purulento) 
• Epistaxe: hemorragia nasal (muito associado a pressão arterial elevada); pode ser causado por baixa umidade 
do ar; rinite; trauma 
• Coriza nasal: corrimento nasal geralmente mais claro, transparente 
• Olfato: sentido que serve para cheiras e para distinguir diferentes odores 
1. Hiposmia: baixa sensibilidade olfativa 
2. Anosmia: diminuição ou perda absoluta do olfato, que pode ocorrer por lesão do nervo olfativo, obstrução 
das cavidades nasais, reflexo de outras doenças ou ainda sem qualquer lesão aparente. 
3. Hiperosmia: capacidade muito aguçada do olfato 
4. Cacosmia: sensação constante ou frequente de odor desagradável, devido a causas fisiológicas ou por 
alucinação sensorial; aprecia ou sente atração por cheiros desagradáveis. 
• Hemoptise: eliminação, com tosse, de sangue proveniente da traqueia, brônquios ou pulmões; sangue de 
coloração vermelho forte, podendo apresentar bolhas 
• Dispneia: dificuldade para respirar 
• Ortopneia: dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar ou ficar de pé para ter alivio – 
tem uma posição específica que não anotei o nome 
• Sibilos: ruídos respiratórios musicais percebidos pelo paciente; chiado 
• Singulto: soluço 
• Tosse: expiração brusca e barulhenta, involuntária ou voluntária, de ar contido nos pulmoes 
• Dispineia paroxística noturna: falta de ar, uma ou duas horas após de deitar 
• Tiragem: aumento da retração dos espaços intercostais durante as fases da respiração 
• Síncope: perda súbita e transitória da consciência (desmaio) 
• Cianose: coloração azulada da pele e mucosa 
• Edema: acumulo anormal de líquidos no compartimento extracelular intersticial ou nas cavidades corporais 
devido ao aumento da pressão hidrostáticas, diminuição da pressão coloidosmótica, aumento da 
permeabilidade vascular (inflamação) e diminuição da drenagem linfática 
• Disfagia: dificuldade para engolir 
• Odinofagia: dor a deglutição 
• Anorexia: perda de apetite 
• Melena: fezes negras 
• Hematoquezia: sangue vivo nas fezes 
• Enterorragia: sangramento anal 
• Eructação: exclusão ruidosa pela boca de gases provenientes do estomago, geralmente pela ma digestão. 
Termo popular: arroto 
• Pirose: sensação de queimação na região retroesteral (azia). A azia pode ser considerada também sintomas 
de outras doenças como refluxo gastroesofagico ou irritação no esôfago, gastrite, úlcera. 
• Constipação intestinal : prisão de ventre, intestino preso. 
• Sialorréia: produção excessiva de secreção salivar 
• Flatulência : acumulo e eliminação de gases no tubo digestivo 
• Polifagia ou hiperoxia: aumento do apetite 
• Geofagia : é uma pratica de comer substancias terrestre, frequentemente para melhorar uma nutrição 
deficiente em minerais. Enquanto é mais frequente em sociedades rurais ou pré-industriais em mulheres 
gravidas, ocorre também em crianças e coo um distúrbio psicológico na alimentação. A geofagia parece ser 
mais predominante entre africanos e seus descendentes. 
• Hematemese: Vômito com sangue. 
• Vômitos: emissão violenta, pela boca de conteúdo gástrico 
• Dispepsia: dor ou desconforto epigástrico 
• Esteatorreia: aumento no volume das fezes e fezes gordurosas 
• Halitose: mau hálito 
• Náusea: sensação de desconforto na região do estomago vontade de vomitar 
• Ictericia: é um estado o qual a pele se encontra amarelada devido a uma grande quantidade de pigmentos 
biliares no sangue. A parte branca dos olhos as pessoa fica amarelada 
• Disúria: Dor ou desconforto a micção 
• Hematúria: sangue na urina 
• Poliúria: aumento significativo do volume urinário 
• Polaciúria: micção extremamente frequente 
• Oligúria: reduçã do volume urinário 
• Anúria: quase ausência de micção 
• Cistites: inflamação de bexiga com dor, queimação e ardência. 
• Hematúria: Presença de sangue na urina. Tem como definição mais exata a presença de 5 ou mais 
eritrócitos( hemácias) por campo a analise microscópica do sedimento urinário, e deve ser confirmada em 
pelo menos duas amostras e urina. É um sinal de varias doenças do rins e do trato urinário , podendo ser 
benigna e letal. 
• Noctúria:Necessidade de urinar a noite, interrompendo o sono 
• Nicturia: quando o volume de urina ejetado a noite está aumentado 
• Enurese: urinar involuntariamente durante o sono, literalmente “ fazer xixi na cama” 
• Coluria: Urina escura, cor parecida com coca-cola e apresenta espuma amarela, causada por acumulação de 
bilirrubina direta no sague e a sua consequente excreção pela urina 
• Colecistectomia: retirada da vesícula biliar 
• Carcinoma: tumor maligno 
• Menarca: primeira mestruação 
• Amenorreia: falta de mestruação por mais de 3 ciclos 
• Menorragia: perda excessiva e sangue durante a mestruação 
• Dispareunia: dor urante o coito 
• Leucorreia: corrimento amarelado eliminado pela vagina ou pela uretra. 
• Andropausa: cessação da atividade sexual do homem 
• Dismeorreia: mestruação difícil, cólicas menstruais 
• Claudicação: dor muscular por isquemia 
• Artralgias: dores articulares 
• Mialgias: dores musculares 
• Cãimbras: contrações involuntária, espasmódicas e dolorosas de um ou mais músculos. 
• Artrite: é a inflamação das articulações 
• Artrose: é uma doença na qual ocorre uma degeneração e frouxidão da articulação, o que causa sintomas 
como edema, dor e rigidez nas juntas e dificuldade para realizar movimentos. 
• Bursite: inflamação da bolsa serosa 
• Parestesias: alterações da sensibilidade, formigamento 
• Paresias: diminuição da força muscular 
• Plegia: perda da força muscular 
• Polifagia: maior consumo de alimentos 
• Polidipsia: maior consumo de líquidos 
• Poliúria: urinar em excesso 
• Coma: perda da sensibilidade e motilidade 
• Claustrofobia: pavor de ficar em ambiente fechado 
• Midriase: é a dilatação da pupila em função da contração do musculo dilatador da pupila 
• Miose: Constrição (diminuição do diâmetro) da pupila 
• Anisocoria: Desigualdade no diâmetro das pupilas 
• Exoftalmia: é a protuberância do olho anterior para fora da órbita, pode ser tanto bilateral quanto unilatra. 
Muitas doenças podem gerar a exoftalmia, mas pode ser induzido por sangramento na porção posterior do 
olho, inflamação, tumores ou hipertireoidismo 
• Enoftalmia: é o afundamento do globo ocular dentro da órbita. Pode ser congênita ou adquirida devido a sua 
mudança da relação volumétrica entre a cavidade óssea e seu conteúdo. 
• Galactorreia: é a produção de leite fora do período pós parto ou de lactação. Pode ocorrer também no 
homem em consequência de uso de medicamentos como domperidona, metoclopramida e pode causar 
também ginecomastia 
 
 
 
AULA 2: ANAMNESE 
Conceito: “A anamnese (do grego anamnesis significa recordação) consiste na história clínica do paciente, ou seja, é o 
conjunto de informações obtidas pelo Profissional de saúde por meio de entrevista previamente esquematizada.” 
“Trata-se, na verdade, do instrumento mais importante que o profissional de saúde dispõe para o estabelecimento 
de diagnósticos.” Benseñor, Isabela M. 
É individual e intransferível 
“A anamnese leva à hipótese diagnóstica em cerca de 70-80% das vezes.” 
Ambiente tranquilo (vai se falar de assuntos pessoais como vida financeira, sexual, o que ele come, quantos comodos 
existe na casa, e se não for um lugar privado a pessoa pode se sentir desconfortável de falar isso perto de outras 
pessoas); 
 Boa relação Profissional de saúde-paciente (chamar a pessoa pelo nome) 
Apresentação (falar o nome, se é estudante) 
 Posição do Profissional de saúde (estar atento, olhar o paciente enquanto fala, não ficar focado apenas no celular ou 
em anotar no prontuário) 
A anamnese pode ser: 
• Ativa: você não deixa o paciente falar 
• Passiva: você deixa o paciente falar o que quer, sem haver um direcionamento 
• Mista: ideal, há o direcionamento do paciente para saber as questões de maior relevancia 
Cuidado para não tendenciar as perguntas (achar que o paciente tem uma doença e focar somente nela, e não 
analisar como um todo) 
OBJETIVOS DA ANAMNESE 
1. Estabelecer a relação profissional da saúde/paciente; 
2. Obter os elementos essenciais da história clínica; 
 3. Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença; 
4. Obter os elementos para guiar o profissional no exame físico; 
 5. Definir a estratégia de investigação complementar; 
 6. Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente. 
#Importante: Relatar a fonte da história na identificação. 
(hora, data, pessoa) 
 Caso o informante não seja o próprio paciente e/ou o profissional de saúde tenha dúvidas se as informações 
obtidas são fidedignas. 
 
Medidas iniciais 
• Cumprimente o paciente. Diga uma frase curta: “Bom dia! Boa arde!”, seguida de aperto da mão do paciente. 
• Chame o paciente pelo nome ou pelo sobrenome, a menos que ele solicite tratamento diferente. Não use 
denominações gerais que, na maioria das vezes, denotam falta de atenção com o paciente, por exemplo, “tio, 
mãe, vô” etc. 
• Identifique-se claramente e explique seu papel. Exemplo: “Eu sou o João da Silva, Farmacêutico”. Se você for 
estudante, deixe isso bem evidente e mostre que faz parte da equipe que está assistindo o doente: “Bom dia, 
senhor Manuel. Meu nome é Ricardo. Sou estudante de Farmácia do 8° período, aluno do professor Evaldo. 
Estou aqui para conversar com o senhor a respeito da sua doença.” Se for o caso, peça permissão: “O senhor 
está de acordo?” 
• Certifique-se de que o paciente esteja confortável e pronto para iniciar a entrevista. O ambiente no qual a 
entrevista será conduzida (consultório, ambulatório, enfermaria etc.) 
• Na enfermaria em que outros pacientes estão internados, as opções são levar o paciente para um local mais 
reservado ou isolar o leito do paciente com biombos. 
• Remova qualquer elemento material ou ambiental que aja como barreira no processo de comunicação com 
o paciente. Sente-se no mesmo nível do paciente, de preferência ao lado de uma pequena mesa que contenha 
apenas a folha ou bloco de papel para anotações sucintas e esporádicas. 
• Nessa fase inicial da anamnese, o ideal é não anotar nada e prestar atenção total ao paciente. As anotações, 
quando necessárias, deverão ser feitas ao final 
• Deixe o paciente à vontade e tranquilo. Estabeleça, nesse início, uma conversa rápida sobre algum assunto 
geral, como o tempo ou sobre algum acontecimento do dia. Pergunte de onde o paciente é e qual sua profissão 
e sua idade. O objetivo nesse caso é estabelecer um fluxo inicial de comunicação e não obter detalhes da sua 
identificação, procedência ou profissão, mas apenas deixar o ??? 
Elementos da anamnese: Identificação (ID); Queixa principal (QP); História da doença atual (HDA); Interrogatório 
complementar (IC); Antecedentes Fisiológicos (AF); Antecedentes familiares (AF); História Patológica pregressa (HPP); 
História social 
1. Identificação: Data da realização da anamnese; Nome Completo (se coloca as iniciais em caso de compartilhar 
a anamnese); idade (ou data de nascimento)-determinadas doenças são mais comuns em determinadas 
idades; Cor(raça)-algumas doenças são mais evidentes em determinadas raças; Estado civil; Naturalidade 
(pode vir de uma área que tem alta incidência de malária, dengue, chicungunha, etc) Procedência; Profissão; 
Religião (algumas religiões não permitem determinados procedimentos, como transfusão de sangue) 
Ex: M.P.H., 66 anos, branca, casada, secretária aposentada, católica, natural e procedente de Porto Alegre. 
2. Queixa Principal: queixa principal do paciente, àquela que o levou a procurar assistência do profissional de 
saúde. Deve ser expressa de modo sumário e de preferência com os termos usados pelo paciente. 
Exemplo: “Dor nas costas há três dias” 
3. História da doença atual (HDA): etapa mais importante da anamnese 
4. Ampliação da queixa principal; Ordem cronológica; Sintomas que se relacionam com a queixa principal; Início 
do sintoma; Fatores desencadeantes; Duração; Intensidade; Periodicidade; Fatores acompanhantesou 
condições clínicas associadas; Fatores de melhora ou piora; Períodos de semelhança e dissemelhança ou de 
acalmia; Repercussão em outros sistemas, nas condições psicológicas do paciente e na sua vida como um todo; 
tratamentos já realizados seus resultados 
 
Exemplo 1: Dor cervical: início há dois meses; contínua; leve a moderada intensidade; sem fator desencadeante; 
alívio com analgésicos simples; sem alívio noturno; progressiva. 
Exemplo 2: Dor abdominal: localização em hipocôndrio direito; início há 1 mês; contínua; moderada a forte 
intensidade; sem fator desencadeante; alívio parcial com analgésicos; progressiva. 
 
5. História da doença atual (HDA): 
Exemplo: “Paciente hipertenso e diabético há dez anos, relata dor precordial de forte intensidade (nota 9 
em 10), que iniciou há cerca de três meses, desencadeada pelo esforço físico (ao subir uma ladeira ou uma 
escada), é continua, irradia para braço esquerdo e mandíbula, acompanhada de sudorese e náuseas e melhora 
com repouso e nitrato sublingual. Nas últimas duas semanas, também vem tendo dispnéia progressiva que era 
aos grandes esforços e agora já ocorre aos médios esforços. Tal sintomas tem preocupado bastante o paciente e 
está prejudicando suas atividades diárias”. 
6. Interrogatório complementar ou revisão de sistemas: Consiste na realização de uma série de perguntas sobre 
sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo. 
Ex: pergunta se tem algum problema de pele, como está a cabeça, vai perguntando tudo, da cabeça aos pés, pois 
o paciente pode ter esquecido de mencionar alguma coisa 
 
7. Antecedentes fisiológicos: Condições de gestação; Condições de parto; Desenvolvimento neuro-psicomotor; 
vacinações; Escolaridade – rendimento escolar; Desenvolvimento puberal-menarca; Ciclos menstruais; Vida 
sexual; Gravidez; Sinais de climatério; Sono; hábito intestinal, urinário e apetite 
Muito importante perguntar como está o sono, a evacuação e a urina 
 
8. História patológica pregressa (HPP): Doenças no período neonatal; Doenças comuns na 
Infância (Sarampo, caxumba etc..); Hipertensão arterial, diabetes, mellitus, reação alérgica, 
tuberculose, etc..; Internacões e cirurgias anteriores 
Exemplo: HAS em tratamento Hidroclorotiazida 25 mg dia; Atenolol 100 mg dia; Em uso de AAS 100 mg dia. 
Apendicectomia aos 14 anos. Internação prévia por perda de consciência (sic). História hemorragia retiniana (sic). 
Nega alergias. 
9. Antecedentes Familiares: Número de irmãos –Posição do cliente na prole; Estado de saúde dos pais e dos 
irmãos; Casamentos consanguíneos; Doenças de caráter familiar; Presença de outras doenças na família. 
Exemplo: Pai falecido aos 82 anos por IAM (sic). Mãe falecida por AVE (sic). Irmão falecido aos 36 anos, hemofílico. 
Demais hígidos. 
 
10. História Social: Condições de habitação; Renda mensal; Condições de trabalho; Condições de alimentação; 
Hábitos e vícios 
 Hábitos: Tabagismo (caracterizar); Uso de álcool (caracterizar); Uso de drogas ilícitas; Atividade física; Alimentação 
 
CASO CLINICO 1: 
• Qual a queixa principal? E o que é queixa principal? 
• O motivo pelo qual o paciente procurou o serviço de saúde. A queixa principal é dor nas mãos e pés. 
• História fisiológica: não tem 
• História familiar: a mãe tem o mesmo problema 
• História social: foi usuária de cocaína 
• Diagnostico: artrite reumatoide 
CASO CLÍNICO 2: 
• História 
• História social: etilista 
• História família: pai e tio com cálculos renais (cólica nefretica) 
• Diagnostico: atrite por gota – aumento da ácido úrico (aumentados por frutos do mar e bebida alcoolica ?); 
CASO CLÍNICO 3: 
 
 
AULA 3: ANAMNESE FARMACÊUTICA 
É a parte da semiologia que visa revelar, investigar e analisar os problemas relacionados a farmacoterapia e suas 
causas. 
É a parte do ato farmacêutico que conduz ao estabelecimento de um diálogo entre o entrevistado- adultos, 
crianças, idosos ou comunidade – e o entrevistador. 
Como se faz? 
Pedindo informação a quem consulta, ou a todo aquele que possa fornecer dados sobre o caso. 
COMO AGENTES DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, OS FARMACÊUTICOS SÃO COMPROMETIDOS COM OS 
RESULTADOS DE SEUS SERVIÇOS E NÃO SOMENTE COM O FORNECIMENTO DELES. 
Desafios: o farmacêutico que deseja trabalhar em contato com os pacientes deve possuir, uma série de 
conhecimentos e habilidades que serão discutidas no decorrer dessa exposição. 
Além disso, a grande dificuldade é transportar os conceitos e ferramentas teóricas para o dia a dia do profissional, 
passando pela mudança cultural dos próprios farmacêuticos, pela valorização da profissão perante a sociedade, 
os demais profissionais de saúde e principalmente pelos administradores de sistema de saúde e órgãos 
governamentais. 
• Diferencial: paciência, curiosidade, capacidade de observação, atenção aos detalhes 
• Sucesso: espírito de investigação, gosto pela pesquisa e pelo estudo, habilidade manual, noções de 
semiologia 
• Gostar de gente; 
 
ANAMNESE FARMACÊUTICA: É uma técnica utilizada para estreitar a comunicação entre profissional e paciente 
nas farmácias clínicas. É ideal para saber os hábitos, problemas e particularidades de cada pessoa antes da 
prescrição farmacológica ou não farmacológica, exame ou ao realizar o encaminhamento a outro profissional da 
saúde. 
Dessa forma, na anamnese realizada pelo farmacêutico, além de serem listados os fármacos que o paciente está 
administrando, as alergias que possui e os problemas de saúde que ele apresenta ou decorrentes do uso dos 
medicamentos, o profissional analisa se será preciso ou não uma intervenção do médico. Contudo, é diferente da 
anamnese médica, que tem como função coletar informações do paciente com finalidade de diagnóstico e 
indicação do tratamento mais adequado ao problema apresentado. 
POR QUE REALIZAR ANAMNESE FARMACÊUTICA? 
Contar com um consultório dentro da farmácia é vantajoso para os negócios, pois é um diferencial competitivo. 
Sem contar que propicia um aumento nas vendas de medicamentos, por serem prescritos no local. 
Além dos benefícios para a farmácia, a possibilidade de o farmacêutico realizar atendimentos e prescrever exames 
e medicamentos é um ponto importante para a manutenção da saúde pública. 
Principalmente, isso possibilita ao profissional acompanhar desde o diagnóstico até a evolução do tratamento, 
verificando se o resultado desejado foi atingido. Entretanto, para o paciente, a vantagem é maior ainda, pois conta 
com cuidado direto, obtendo vantagens da promoção de uso racional de medicamentos e de outras tecnologias 
ligadas à saúde. 
Outrossim, esses são deveres do farmacêutico, previstos na Resolução nº 585, do Conselho Federal de Farmácia. 
 
COMO REALIZAR UMA ANAMNESE FARMACÊUTICA EFETIVA? 
 Para realizar uma boa anamnese no consultório farmacêutico é necessário seguir alguns passos. É uma etapa 
fundamental em que o profissional procura saber mais sobre a rotina da saúde do paciente. 
Entretanto, existem pontos que devem receber atenção se o objetivo é uma boa anamnese farmacêutica. 
 
1. FOCO NO PACIENTE: A anamnese é essencial para que o profissional tenha informações completas e verdadeiras 
sobre a saúde do paciente. Então mantenha o foco sempre em suas queixas, além de demonstrar interesse. Além 
disso, disponha de tempo, dedicação e identifique o momento a intervir na narrativa do paciente para extrair mais 
informações. 
2. INVESTIGUE A HISTÓRIA CLÍNICA E PESSOAL DO PACIENTE: Para uma anamnese completa, atente-se aos 
detalhes, pois podem fazer a diferença. Aborde toda a história clínica, tanto do paciente quanto de sua família, 
para identificar informações que podem ser relevantes ou até cruciais para o diagnóstico. Dessa forma, aborde 
seus hábitos, rotina, relações interpessoais, além de doenças preexistentes na família e no paciente. 
3. ADOTE UMA POSTURA PROFISSIONAL: Muitas pessoas tendem a enxergar a figura do farmacêuticocomo menos 
intimidadora que o médico, sendo mais propensos a falar informações importantes, então utilize-se dessa 
vantagem. Mantenha uma postura profissional, séria, porém respeitosa, com empatia e sem julgamento com o 
paciente. Portanto, evite demonstrar sua opinião pessoal, mantendo o foco sempre nas informações e conselhos 
profissionais. 
4. CONQUISTE A CONFIANÇA DO PACIENTE: É estritamente importante que o paciente confie no farmacêutico, 
permitindo a livre expressão de temores, sentimentos e pensamentos. Deixe bem claro que aquelas informações 
ficarão em sigilo e que a sinceridade é essencial para chegar a um diagnóstico exato. 
O farmacêutico deve estar atento ao histórico médico do usuário, para dispensar medicamentos seguros, eficazes 
e de qualidade em colaboração com os outros profissionais para promover saúde. A anamnese, tanto feita por 
médicos ou por farmacêuticos segue o mesmo princípio inicial, que é conhecer a história clínica do paciente. 
E começa sempre com: 
1. Identificação do paciente: nome, idade, data de nascimento, filiação, estado civil, raça, sexo, religião, profissão, 
naturalidade, procedência, endereço e telefone; 
2. Queixa principal: descrição sucinta da razão da consulta; 
3. História da doença atual: relato do adoecimento, início, principais sinais e sintomas, tempo de duração, forma 
de evolução, consequências, tratamentos realizados, internações e outras informações relevantes; 
4. História familiar: doenças pregressas na família, estado de saúde dos pais, se falecidos, a idade e a causa, 
principal ocupação dos pais, quantos filhos na prole e forma de relacionamento familiar. Nas avaliações 
psiquiátricas é fundamental registrar a existência de doença mental na família; 
5. História pessoal: informações sobre gestação, doenças intercorrentes da mãe durante a gestação, doenças 
fetais, parto, condições de nascimento, evolução psicomotora com informações sobre idade em que falou e 
andou; doenças intercorrentes na infância, ciclo vacinal, aprendizado na escola, sociabilidade em casa, na escola 
e na comunidade; trabalho, adoecimento no trabalho, relações interpessoais na família, no trabalho e na 
comunidade; puberdade, vida sexual e reprodutiva, menopausa e andropausa; se professa alguma religião e qual; 
doenças preexistentes relacionadas ou não ao atual adoecimento; situação atual de vida; 
6. História médica pregressa: focar em doenças ou medicamentos que podem causar os sintomas; 
7. Revisão por sistemas: outros órgãos que podem ser afetados e que sinalizem casos de maior gravidade e 
complexidade; 
8. Quais os medicamentos que o paciente está fazendo uso no momento: Data em que iniciou a utilização; para 
medicamentos, recomenda-se documentar por princípios ativos, em vez de especialidades farmacêuticas. Em 
sessões clínicas, podem-se utilizar as especialidades dentro da documentação interna; posologia (por ex. se o 
paciente toma um comprimido pela manhã e um a noite, deve-se registrar da seguinte forma 1-0-1). 
 
As farmácias precisam mudar de uma visão puramente mercadológica para uma visão clínica, entendendo não 
como um ponto de venda, mas como um estabelecimento de saúde. Mudanças organizacionais, operacionais e 
estruturais devem ocorrer em toda a farmácia, onde a tomada de decisão passa a ser mais amplamente baseada 
não só numa visão financeira, mas também clínica e humanística. Para fazer cumprir a demanda da sociedade 
necessitamos de um farmacêutico forte, clínico e prescritor. 
A prática farmacêutica requer muito estudo, comprometimento e cuidado verdadeiro com o outro. O nível técnico 
será cada vez mais determinante para valorização e remuneração do profissional e não mais apenas a necessidade 
de ter a presença física de um farmacêutico por imposição legal para evitar multas. O caminho já está sendo 
construído e não existe volta. 
ANAMNESE FARMACÊUTICA: 
• Nome, gênero, idade 
• Peso, altura, anos de estudo 
• Onde mora? 
• Com quem mora? 
• Como é a família - genograma 
• Condições de habitação 
• Trabalho e suas condições 
• Tem cuidador? 
PREOCUPAÇÕES DE SAÚDE 
• O que lhe preocupa? 
• Desde quando? 
• Qual a percepção, controlada? 
• Diagnóstico médico? 
• Ou a preocupação é uma situação social? 
• Por quê está doente? 
• O que pensa sobre o desfecho? 
 MEDICAMENTOS 
• Já teve reação adversa a algum medicamento? 
• Forma de perguntar: 
• Já teve que parar de utilizar algum medicamento por problema? 
1. Qual? 
2. Descrever o problema: ...... 
• Reação cutânea, com prurido? 
 MEDICAMENTOS EM USO 
• Utiliza? 
• quem prescreveu? desde quando? 
• para quê? 
• quanto usa? 
• como usa? 
• até quando? 
• como é o resultado? 
• dificuldade? 
• algo estranho? 
• esquece quantas vezes por semana? 
MEDICAMENTOS QUE JÁ UTILIZOU 
• quem prescreveu? desde quando parou? 
• para quê? 
• como foi o resultado? 
• algo estranho? 
ABORDAGEM COMPLEMENTAR 
• Revisão de sistemas 
• Hábitos de vida (fuma, bebe, alimentação saudavel) 
• Relação com cada medicamento 
• Relação com o tratamento 
• Família e o tratamento 
• Emprego 
• Comunidade 
 
 
AULA 4: EXAME GERAL QUALITATIVO 
É o exame subjetivo e implica a percepção pelo examinador de um “conceito de normalidade“ com o qual serão 
comparados todos os pacientes. 
Preliminares para um adequado exame físico: 
• Local adequado: aquecido, que preserve a privacidade, tanto no hospital como no ambulatório (consultório); 
• Iluminação adequada: Posição do paciente: sentado ou mesmo em pé, dependendo de suas condições e do 
que irá se investigar; 
• Parte a ser examinada descoberta sem ofender o pudor (vergonha); 
Estado Geral 
1. AVALIAÇÃO DO GRAU DE PALIDEZ: A palidez é um dos sinais mais frequentemente associados à anemia, porém 
é difícil de ser avaliada em indivíduos que têm uma pele com pigmentação escura (raça negra). 
COSTUMA-SE OBSERVAR O GRAU DE PALIDEZ POR MEIO DA OBSERVAÇÃO DA MUCOSA PALPEBRAL DAS 
CONJUNTIVAS. 
O grau de palidez ou descoramento da pele e das mucosas pode ser avaliado por meio de cruzes. Quando o 
paciente não apresenta nenhum grau de descoramento, diz-se que ele está corado; quando é detectado algum 
grau de descoramento, classifica-se o paciente como descorado e quantifica-se de 1 (+) a 4 (++++). 
O método utilizado para avaliação de palidez é subjetivo e, portanto, de difícil comparação, ao contrário das 
medidas quantitativas. 
Vários estudos mostram que, mesmo entre profissionais experientes, a observação de palidez nem sempre se 
confirma quando se utiliza como padrão-ouro de comprovação a dosagem da hemoglobina. 
 
2. AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ICTERÍCIA: Realizada por meio da observação da coloração da pele, da 
esclerótica e do freio da língua, que se tornam amarelados na presença da hiperbilirrubinemia, caracterizando 
a icterícia. 
O paciente sem icterícia recebe a denominação de anictérico. Os pacientes que apresentam icterícia geralmente 
são classificados por cruzes que variam de (+) a 4(++++), de acordo com a intensidade do quadro. 
Deve-se proceder ao diagnóstico diferencial da icterícia com a hiperbetacarotenemia, que consiste em uma 
coloração alaranjada da pele do paciente em função de um acúmulo de betacaroteno. Esse percussor da vitamina 
A está contido em alimentos como cenoura, tomate, melão, entre outros. 
É importante lembrar que, nesses casos, a esclerótica e o freio lingual são poupados. 
 
3. AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CIANOSE: A cianose é uma coloração azulada da pele e das membranas mucosas 
que aparece sempre que ocorre aumento da concentração de hemoglobina reduzida, portanto, não ligada ao 
oxigênio. 
Em geral é mais facilmente observada nos lábios e na região perioral, no leito ungueal, nos pavilhões auriculares 
e nas eminências malares. 
Quando na avaliação do paciente não se detecta a presença de cianose, ele será 
classificado como acianótico. Quando considerarmos que o paciente apresentacianose, esta poderá ser quantificada em cruzes, variando de 1 (+) a 4(++++), de acordo 
com sua Intensidade. 
 
 
4. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO: A avaliação do estado de hidratação é uma das partes mais difíceis 
do exame clínico geral. Normalmente, o estado de hidratação é avaliado pela umidade das mucosas, 
principalmente da língua e mucosas oral que, normalmente, devem permanecer úmidas. 
 
No idoso alguns autores sugerem o exame do turgor da região frontal. Às vezes, torna-se complicada a avaliação 
do estado de hidratação do idoso que normalmente apresenta boca seca e diminuição do turgor da pele, 
características do processo de envelhecimento, sem apresentar desidratação. 
Na criança pequena, é importante, também, a palpação da fontanela, que fica deprimida quando há desidratação. 
O paciente que apresentar um grau de hidratação adequado será descrito como hidratado. Quando o estado de 
hidratação for considerado inadequado, o paciente será descrito como desidratado e classificado novamente por 
meio de cruzes, variando de 1 (+) a 4 (++++). 
5. ESTADO PSÍQUICO: Bem orientado no tempo e no espaço (BOTE); Mal orientado no tempo e no espaço, 
(MOTE); Avaliação feita durante a anamnese; HPP: Doenças psiquiátricas, Internações, Doenças 
psicossomáticas 
6. AVALIAÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR: A avaliação da perfusão periférica pode nos mostrar uma relação da 
presença do débito cardíaco adequado para o paciente. A técnica consiste em pressionar a região distal dos 
dedos, observando o enchimento capilar; normalmente, quando pressionamos a coloração passa de rosada a 
pálida e, quando retiramos a pressão, a cor rósea volta em menos de 3 segundos. Deve-se salientar que em 
situações específicas como temperatura ambiente muito baixa as patologias pulmonares que poderiam levar 
à vasoconstrição reflexa, negros e anemia podem alterar esta avaliação. Além disso, a cianose e a baixa 
temperatura das extremidades podem nos mostrar baixa perfusão periférica." 
7. AVALIAÇÃO DO PADRÃO RESPIRATÓRIO: O padrão respiratório pode alterar-se em função de uma série de 
mecanismos centrais e periféricos. O ato de respirar normalmente é inconsciente e podemos considerar como 
dispnéia sempre que houver uma sensação de dificuldade para respirar. Essa dificuldade varia de caso a caso 
e de acordo com a doença de base. 
Com relação ao exame clínico geral, é importante classificar o paciente como eupnéico quando ele não apresenta 
nenhuma alteração do padrão respiratório ou dispnéico quando alguma alteração estiver presente, sendo então 
classificado quanto a intensidade da dispnéia pelo número de cruzes que vão de 1 (+) a 4 (++++), ou leve, moderada 
e intensa. As alterações do padrão respiratório que permitem a observação de dispnéia são muitas e variadas, 
como por exemplo utilização da musculatura acessória caracterizando a tiragem subcostal, supraclavicular e 
intercostal (por exemplo, na asma brônquica). 
 
AULA 5: EXAME GERAL QUANTITATIVO 
O exame geral compreende uma parte qualitativa e uma parte quantitativa a qual será discutida neste encontro, 
englobando as medidas de pressão arterial, pulso, frequência respiratória, temperatura, peso e altura (para o 
cálculo do índice de massa corpórea - IMC) e das circunferências abdominal. Em seu conjunto, essas medidas 
compõem o exame geral quantitativo. 
1. PRESSÃO ARTERIAL: A pressão arterial (PA) é uma medida indireta da onda de pressão que se propaga através 
da árvore arterial, em decorrência das contrações cardíacas. 
Para que haja comparabilidade entre os valores obtidos em vários locais do mundo e possam ser realizadas 
pesquisas internacionais e locais, tornou-se necessário padronizar o procedimento da medida da pressão arterial 
de modo que sua realização implica a execução de uma série de atos padronizados. 
Algumas regras são fundamentais: 
• Nunca se deve fazer o diagnóstico baseado em uma medida isolada da pressão arterial. 
• Valores pressóricos elevados em uma primeira consulta deverão ser confirmados em pelo menos duas 
consultas subsequentes, a menos que os valores excedam 210mm Hg de pressão sistólica e/ou 120mm Hg de 
pressão diastólica, quando estará indicado o tratamento imediato. 
• O paciente deverá estar sentado com o braço colocado na altura do coração ou deitado com o braço apoiado. 
• O paciente não pode ter fumado ou ingerido cafeína nos 30 minutos anteriores à medida. 
• A medida deverá ser efetuada após o descanso do paciente por 5 minutos 
• A medida deverá ser efetuada com esfigmomanômetro de mercúrio (de coluna) ou com um aparelho 
aneróide ou eletrônico devidamente calibrado. O esfigmomanômetro de mercúrio conta com a vantagem de 
permitir a verificação da calibração com muita facilidade por meio da observação do nível da coluna de 
mercúrio que, na ausência de pressões, deve estar no nível zero. 
• Tanto a pressão sistólica quanto a diastólica deverão ser anotadas. A medida da pressão sistólica será 
representada pelo primeiro som (fase I) audível e a medida da pressão diastólica deverá ser aferida quando o 
som desaparecer (fase V). 
• Deve-se proceder a duas ou mais medidas da pressão arterial a intervalos de 2 minutos. Se as duas primeiras 
medidas diferirem em mais de 5mm Hg, deve ser realizada uma terceira medida. 
• Palpar a artéria braquial, colocando a câmara do manguito em cantata direto com a artéria para que os valores 
não sejam superestimados; a má colocação do manguito (longe da artéria) leva a um aumento dos valores 
obtidos e, portanto, à obtenção de um valor de pressão arterial superestimado. 
• Verificar se o tamanho do manguito é adequado para o braço do paciente, devendo sempre abranger dois 
terços da altura do braço, e se a câmara engloba totalmente ou pelo menos 80% da circunferência do braço. 
Na verdade, o correto é que se meça o diâmetro do braço na altura da inserção do deltóide e se utilize 
manguito com tamanho adequado. Em pacientes muito obesos torna-se necessária a utilização de 
manguitos cônicos que permitem um ajuste mais adequado. 
• Insuflar e desinsuflar o manguito suavemente, evitando dor, o que poderia levar ao aumento da PA. 
• O limite máximo de insuflação é de 20 a 40mm Hg acima do valor que o pulso radial desaparece. 
• Sempre desinsuflar o manguito até o nível zero. 
• Verificar a presença da "hipertensão do jaleco branco“ou " hipertensão do avental branco", que consiste no 
achado de uma elevação da pressão arterial quando verificada pelo médico em relação à verificada por 
outros profissionais da saúde, consequente ao maior estresse que o paciente apresenta ao ser examinado 
pelo médico 
• Medida da pressão arterial em membro superior direito. Para evitar o hiato auscultatório, recomenda-se a 
determinação da pressão arterial pelo método palpatório. 
 
2. PULSO: Geralmente, a aferição do pulso é feita na artéria radial, que é de fácil acesso. Os valores normais de 
pulso são de 60 a 100 pulsações por minuto. A técnica consiste na palpação do pulso radial, em geral, com os 
dedos indicador e médio, não devendo ser utilizado o polegar. A aferição deverá durar 1 minuto ou então 30 
segundos, sendo o número de pulsações multiplicado por dois. Esse modo de proceder pode levar a uma 
superestimação dos valores reais. 
Além do número de pulsações, é importante avaliar se elas são rítmicas ou não, assim como sua intensidade. 
Podemos então classificar os pulsos em rítmicos ou arrÍtmicos e cheios ou finos. Nos casos de pulso muito 
arrítmico, torna-se necessário realizar a contagem no período de 1 minuto, uma vez que podem ser obtidos valores 
aleatórios em um período menor. Algumas doenças como o hipertireoidismo, a ansiedade, a insuficiência cardíaca 
ou mesmo um estado febril podem aumentar a frequência de pulso, e outras como o hipotireoidismo e as 
bradiarritmias podem levar a uma diminuição do pulso. Indivíduos que exercem atividade física regular, 
principalmente atletas, apresentamfrequências de pulso baixas, sem que isso indique uma alteração da 
normalidade. A presença de arritmias pode dificultar a contagem do pulso, sendo necessário que se observe por 
um período de tempo maior ou se associe à ausculta cardíaca. 
 
3. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: A frequência respiratória é medida pela contagem do número de incursões 
diafragmáticas em 1 minuto ou, então, em 30 segundos, multiplicando-se o valor por dois ao final, já que 
intervalos menores poderão levar ao erro em função de as incursões respiratórias ocorrerem em um número 
muito pequeno. Em alguns pacientes com expansibilidade pulmonar diminuída pode ser difícil observar as 
incursões, podendo-se então colocar as mãos sobre o tórax do paciente e "palpar" as incursões respiratórias. 
A frequência respiratória normal é de 12 a 16 incursões por minuto. Algumas doenças como pneumonias, 
embolia pulmonar, estados ansiosos e febris podem levar a um aumento da frequência respiratória. O 
hipotireoidismo e a bronquite crônica, por exemplo, podem levar a uma diminuição da frequência respiratória 
 
4. TEMPERATURA: A temperatura corporal oscila diariamente dentro de uma faixa estreita (em torno de 0,5°C), 
entre o mínimo durante a madrugada e o máximo à noite. São considerados como valores máximos normais: 
37,2°C quando medida na axila e 37,6°C quando medida na cavidade oral. A realização da medida da 
temperatura retal só se justifica nos casos de hipotermia, quando deverá ser utilizado termômetro apropriado 
(que mede abaixo de 35°C). A temperatura apresenta um ritmo circadiano, sendo os menores valores obtidos 
de madrugada, e os maiores, no final da tarde. Daí a frequente observação de picos febris vespertinos: sendo 
um horário em que normalmente a temperatura do corpo já está mais elevada, é mais fácil detectar a presença 
de febre. 
Quando a temperatura supera os valores máximos do normal, dizemos que o paciente está com febre, o que é um 
marcador de muitos processos patológicos. Entretanto, pessoas normais podem apresentar temperaturas acima 
desse valor na ausência de fatores patológicos, fato que recebe o nome de hipertermia habitual. A resposta febril 
pode estar alterada em certos pacientes, como os idosos, que apresentam uma temperatura corporal basal mais 
baixa e, portanto, embora haja um aumento da temperatura na presença de infecções, nem sempre ela se eleva 
a ponto de ultrapassar os limites considerados como normais, caracterizando febre. Também apresentam 
alterações da resposta febril pacientes com uremia, insuficiência hepática e pacientes desnutridos. 
Habitualmente, em nosso meio, a temperatura é medida na axila, com a colocação de um termômetro em contato 
direto com a pele do paciente durante 3 minutos. 
Nos países do hemisfério norte, a aferição da temperatura é feita de rotina pela cavidade oral. 
Medição da temperatura axilar com um termómetro de vidro e mercúrio 
• Lavar com água fria, desinfetar e limpar o termómetro; 
• Segurar o termómetro num local longe da ponta de metal; 
• Fazer a leitura do valor; 
• Pedir ao paciente que levante o braço; 
• Colocar a ponta de metal no centro da região axilar e pedir ao paciente que leve a mão do lado em que 
estamos a realizar a medição ao ombro; 
• Deixar o termómetro na região axilar durante 05 minutos; 
• Remover o termómetro e limpar (no sentido dedos do terapeuta -ponta de metal); 
• Segurar o termómetro ao nível dos olhos, ler e registar o valor obtido; 
• Lavar o termómetro com água tépida e sabão, secar e guardar no local apropriado; 
• Retirar as luvas e lavar as mãos. 
 
5. Peso: A medida do peso é fundamental para o diagnóstico de obesidade e de emagrecimento e, seja como 
medida isolada ou principalmente como medida seriada, para o acompanhamento de pacientes com quadros 
de retenção hídrica (insuficiência renal, cardíaca, hepática ou desnutridos), distúrbios metabólicos (diabetes 
mellitus, hipertireoidismo), doenças gastrintestinais (úlcera péptica, doença inflamatória intestinal), 
neoplasias e em convalescença de infecções graves e politraumatismos. O paciente deve ser pesado sem 
sapatos e com roupas leves em balança antropométrica devidamente calibrada. A anotação deve ser feita em 
quilogramas e em frações de 100 gramas. 
 
6. ALTURA: A altura deverá ser medida na primeira consulta e em metros, com duas casas decimais, utilizando-
se régua da balança antropométrica, estando o paciente sem sapatos e com a cabeça posicionada 
corretamente (queixo paralelo ao plano horizontal). 
 
7. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC): Utilizando o peso (em quilogramas) e a altura (em metros), podemos 
calcular o índice de massa corpórea pela seguinte formula: 
 
A partir do resultado obtido por essa fórmula, podemos classificar os indivíduos de acordo com a classificação 
proposta pela Organização Mundial de Saúde. 
 O IMC é uma maneira simples de avaliar o grau de obesidade dos pacientes. Índices abaixo de 18,5kglm2 estão 
associados à presença de desnutrição. Os índices na faixa de sobrepeso e obesidade correlacionam-se com um 
risco maior de aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus, pois, assim como na hipertensão, o 
IMC também é uma variável contínua, e níveis progressivamente mais elevados associam-se a uma frequência 
maior de complicações. 
 
8. Circunferência abdominal: 
(A) Determinação do ponto médio entre o rebordo costal inferior e a espinha ilíaca anterossuperior. 
(B) medida da circunferência abdominal 
A "cintura" deve ser medida no menor: diâmetro entre o gradeado costal e a cicatriz umbilical. 
 Os valores de corte para medida da circunferência da cintura são 98cm para homens e 85cm para mulheres. 
É um fator de risco independente para doença isquêmica do coração, doença vascular cerebral, diabetes não-
insulino-dependente, hiperlipidemia, hipertensão arterial e litíase biliar

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