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Planos de Aula - Literatura - Ensino Médio

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PLANO DE AULA
Tema: Classicismo 
Subtemas: Os gêneros lírico e épico em Camões
Duração: 6 (seis) aulas
Conteúdo: Bendito seja o dia, o mês o ano; Ao desconcerto do mundo;Amor é 
fogo que arde sem se ver; Os Lusíadas
Duração: 6 (seis) aulas
Cronograma: 
Aula Data Horário Conteúdo
01 17/0
6
19:30 às 20:15 Caracterização da época
02 19/0
6
18:45 às 19:30 O Renascimento em Portugal
03 24/0
6
19:30 às 20:15 A lírica de Camões
04 26/0
7
18:45 às 19:30 O épico de Camões
05 01/0
7
19:30 às 20:15 O episódio de Inês de Castro
06 03/0
7
18:45 às 19:30 Atividades
Objetivo geral: 
A partir do texto, contextualizar o momento histórico e algumas características 
do Classicismo, bem como a importância do poeta Luís Vaz de Camões e a obra 
Os Lusíadas para a Literatura e a Língua Portuguesa.
Objetivo específicos: 
Reconhecer as principais características do Classicismo e situá-lo no contexto 
histórico, 
identificar sonoridade e esquema de rimas num poema e diferenciar o gênero 
lírico e o épico, que idealiza a perfeição e a beleza clássica através da estrutura.
AULA 01 – Caracterização da época
• O Clássico na pintura, na escultura, na música e na poesia.
• A partir de exemplos de obras de arte, introduzir os conceitos do 
Classicismo e situá-lo no momento histórico.
Recursos:
• Cartazes
Universidade 
DLE- Departamento de Letras
Estágio Literatura Brasileira II
Prof.: 
Acadêmica: 
Campo de Estágio: 
Ensino médio Noturno: 
Profa. Cooperadora: 
• Som
• Cd
• Xerox com o poema Bendito seja o dia, o mês, o ano. (anexo 01)
AULA 02 – O Classicismo em Portugal
• Luís Vaz de Camões – a partir do poema Ao desconcerto do mundo, 
apresentar breve esboço da vida do autor e contextualizar o momento 
vivido pela nação portuguesa. 
Recursos
• Xerox com o poema Ao desconcerto do mundo (anexo 2).
AULA 03 – A Lírica de Camões 
• Lírica: medidas antiga e nova
Recursos
• Aula expositiva / áudio
• Anexo 03:
• Poema: O Amor é fogo que arde sem se ver anexo. 
• Coríntios, 13, 1-13 – A suprema excelência da caridade.
• Letra da música Monte Castelo - Legião Urbana 
• CD e som.
AULA 04 – O Épico de Camões – Os Lusíadas
• Aula expositiva 
• Explicar o que é um épico e por que Os Lusíadas faz parte desse gênero
• A importância dessa obra para a literatura e a língua portuguesa
• Apresentar os cantos (explicar que o episódio de Inês de Castro será 
tratado mais detalhadamente na próxima aula) 
• Analisar um excerto da obra 
Recursos
• Distribuição de xerox com resumos dos cantos (anexo 04 )
AULA 05 – O episódio de Inês de Castro
• O episódio conforme Os Lusíadas
• O episódio conforme A Castro, de Antonio Ferreira
Recursos
• Apresentação de slides com temas de Os Lusíadas e do episódio de Inês 
de Castro.
AULA 06 – Atividades
 
• Processual: interesse e participação
• Atividade escrita visando reconhecer características do Classicismo o 
porque da notoriedade de Camões e a forma clássica de um soneto.
Recursos
• Distribuição de xérox com a atividade escrita proposta (anexo 05)
Anexo 01
Bendito seja o dia, o mês, o ano
Bendito seja o dia, o mês, o ano,
A sazão, o lugar, a hora, o momento,
E o país de meu doce encantamento
Aos seus olhos de lume soberano.
E bendito o primeiro doce afano
Que tive ao ter de Amor conhecimento
E o arco e a seta a que devo ferimento,
Aberta a chaga em fraco peito humano.
Bendito seja o mísero lamento
Que pela terra em vão hei dispersado
E o desejo e o suspiro e o sofrimento.
Bendito seja o canto sublimado
Que celebra e também meu pensamento
Que na terra não tem outro cuidado.
PETRARCA. Poemas de amor de Petrarca.
Anexo 02
Ao desconcerto do mundo
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando assim alcançar
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.
 Luís Vaz de Camões
Para refletir: Vários textos apresentam “desconcerto”, mas cremos que a 
grafia adequada seria “desconserto”, uma vez que “concerto” refere-se a 
espetáculo, apresentação musical e “conserto” a ajuste.
Anexo 03
Monte Castelo
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua do 
anjos
Sem amor, eu nada 
seria...
É só o amor, é só o 
amor
Que conhece o que é 
verdade
O amor é bom, não 
quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina 
sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos 
anjos
Sem amor, eu nada 
seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem 
nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, 
todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos 
face a face
É só o amor, é só o 
amor
Que conhece o que é 
verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua do 
anjos
Legião Urbana
Amor é fogo que arde 
sem se ver
Amor é fogo que arde sem 
se ver;
É ferida que dói e não se 
sente;
É um contentamento 
descontente;
É dor que desatina sem 
doer;
É um não querer mais que 
bem querer;
É solitário andar por entre a 
gente;
É nunca contentar-se de 
contente;
É cuidar que se ganha em se 
perder;
É querer estar preso por 
vontade;
É servir a quem vence, o 
vencedor;
É ter com quem nos mata 
lealdade.
Mas como causar pode seu 
favor
Nos corações humanos 
amizade,
Se tão contrário a si é o 
mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões
Anexo 03 (continuação)
A suprema excelência do amor
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não 
tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que 
tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos 
os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de 
maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, 
nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para 
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para 
ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. 
O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata 
com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com 
indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não 
suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a 
verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O 
Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; 
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas 
quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será 
aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia 
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a 
ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora 
vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; 
agora conheço em parte, mas então conhecerei como também 
sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o 
amor, estes três, mas o maior destes é o Amor."
Coríntios, 13; 1-13.
Anexo 04
Síntese dos cantos de Os Lusíadas
Canto I
Terminada a 
dedicatória, a narração do 
poema começa com Vasco da 
Gamam e sua frota em pleno 
oceano, rumo à Índia. No 
Olimpo, os deuses reúnem-se 
em um Concílio, pois Baco 
desejava impedir o sucesso dos 
portugueses, ao passo que 
Vênus e Marte estavam 
empenhados em auxiliá-los.
Canto II
Vasco da Gama 
consegue livrar-se de traições 
dos povos com quem havia 
estabelecido contato na costa 
africana. Os navegantes 
chegam a Melinde. Os 
portugueses escaparam de 
situações difíceis, graças à 
proteção de Vênus.
Canto III
O rei de Melinde deseja 
conhecer a históriade Portugal. 
Por iso Vasco da Gama narra 
episódios históricos entre os 
quais se destacam as 
aventuras de Inês de Castro, 
que você verá adiante.
Canto IV
Vasco da Gama continua 
sua narrativa, chegando aos 
preparativos da expedição e ao 
momento do embarque. Surge 
então, na praia do Restelo, uma 
personagem do povo, o “Velho 
do Restelo”, que se opões às 
viagens marítimas. Ele 
representa a mentalidade 
medieval, que teme as 
mudanças decorrentes das 
grandes navegações, indicando 
ao mesmo tempo, os prejuízos 
que tais aventuras poderiam 
causar a Portugal. O velho 
dirige-se à “vã cobiça desta 
vaidade a que chamamos 
Fama.
Canto V
Vasco da Gama descreve então 
os locais por onde a esquadra 
havia passado e as dificuldades 
encontradas pelos marinheiros: 
muitos adoeceram devido ao 
clima e às águas. Destaca-se 
neste canto a figura do 
“Gigante Adamastor”, que é a 
personificação do antigo cabo 
das Tormentas, um acidente 
geográfico quase intransponível 
no caminho para o Oriente. 
Contrapondo-se à figura 
horrenda do gigante, está a 
força moral de Vasco da Gama 
e de seus marinheiros, que não 
se atemorizam e superam o 
obstáculo. 
Canto VI
A esquadra parte para a 
ìndia. Os deuses do Olimpo 
interferem: Baco desce ap 
palácio de Netuno, isto é, ao 
mar, para tentar destuir a frota; 
mais uma vez, Vênus interfere 
em favor dos portugueses. 
Aproximam-se da ìndia.
Canto VII
Chegam a Calicute, 
sendo recebidos pelo samorim, 
rei da Índia, e pelo catual, 
representante do governo. O 
poeta descreve o país e narra a 
ida do catual à nau Capitânia.
Canto VIII
No navio, o catual ouve 
a narrativa de Paulo da Gama, 
irmão de Vasco, sobre 
personagens da história 
portuguesa. Vasco da Gama é 
atraiçoado e preso pelo catual, 
mas consegue libertar-se em 
troca de mercadorias.
Canto IX
Depois de resolver mais 
alguns problemas com 
mercadorias e reféns, Vasco da 
Gama parte de volta a Portugal. 
No Olimpo, Vênus decide 
premiar os portugueses. No 
oceano, os portugueses 
encontram a ilha dos Amores, 
com as ninfas que os 
acolheriam, proporcionando-
lhes momentos de amor como 
recompensa pelos seus feitos 
heróicos.
Canto X
A deusa Tétis oferece 
um banquete a Vasco da Gama 
em seu palácio e lhe fala sobre 
as glórias futuras de Portugal. 
Mostra-lhe a “grande máquina 
do mundo”: o Empíreo (céu, 
ainda na visão da terra como 
centro do universo), as 
estrelas, os continentes. 
Retornam a Portugal.
No epílogo, o poeta 
queixa-se da decadência que já 
atingia a pátria, assumindo um 
tom melancólico e contrário em 
tudo à euforia inicial. Ao 
encerrar o poema, mostra-se 
fraco e cansado.
Anexo 05 
Atividades
1) Quais os modelos retomados pelo Classicismo e o que 
foi valorizado durante esse movimento?
2) Qual a importância da obra Os Lusíadas para a 
literatura e a língua portuguesa?
3) O poema Ao desconcerto do mundo divide-se em duas 
partes contendo cinco versos cada uma. Em que parte podemos 
identificar o que é reservado aos bons? Exemplifique. Em que 
parte podemos identificar o que é reservado aos maus? 
Exemplifique.
4) Existe semelhanca entre as concepções de amor 
apresentadas pela canção Monte Castelo, pelo poema Amor é 
fogo que arde sem se ver e pelo trecho bíblico contido no 
capítulo 13 do livro de Coríntios, intitulado A suprema 
excelência do amor? Justifique sua resposta.
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
5) Faça o esquema de rimas do poema Amor é fogo que 
arde sem se ver e a escanção do primeiro quarteto. Quantas 
sílabas possui cada verso escandido?
Referências
ABAURRE, Maria Luiza M. Literatura Brasileira, Tempo, leitores e 
Leitura, São Paulo: Moderna, 2005.
CAMÕES, Luís V. Os Lusíadas, Porto: Livraria Figueirinhas, 1978.
CEREJA, Willian; MAGALHÃES, Thereza C., Português: Linguagens, São 
Paulo: Atual Editora, 2004 (PNLEM 2006). 
CIDADE, Hernani, Luís de Camões: o épico, Lisboa: Livraria Bertrand, 
1953.
ANDRADE, Fernando T. Literatura Portuguesa¸ Coleção Objetivo, livro 
19, São Paulo: Objetivo, s.d.
LEITE, Ricardo; AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro et al. Novas 
Palavras, 2ª ed., São Paulo: FTD, 2003.
LITRENTO, Oliveiros, Apresentação da Literatura Brasileira, vol. 116, 
Rio de Janeiro: Bibliex, 1974. (p. 59-84).
MOISÉS, Massaud, Lírica – Luís de Camões, São Paulo, Cultrix, 1995
PEREIRA, Helena B; PELACHIN, Maria Maisa. Português na Trama do 
Texto., São Paulo: FTD, 2004.
www. Instituto-camões.pt – acesso em 04/06/08.

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