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Prévia do material em texto

1
REGÊNCIA E CRASE
CRASE
Crase é a fusão de duas vogais iguais. Na escrita, esse
fenômeno vem marcado com o acento grave.
As justificativas para o uso do acento grave são
duas:
1ª Justificativa: CASOS DE CONTRAÇÃO
a) preposição a + artigo definido a (a + a(s) = à(s)).
b) preposição a + pronomes demonstrativos a(s)(=aquela(s)),
aquele(s), aquela(s), aquilo.
c) preposição a + pronome relativo a qual/as quais.
Importante!
No caso de contração de preposição A com artigo feminino A,
a preposição aparece por exigência de um verbo (regência
verbal) ou de um nome (regência nominal). O artigo, por
exigência de um substantivo feminino. Veja o modelo:
“Os universitários leem como se assistissem [a] à [a] televisão
com um controle remoto.”
1) Cheguei cedo [ ] ___ [ ] repartição.
2) Pediram [ ] ___ [ ] jovem que comparecesse [ ]___ [ ]
secretaria.
3) Fiz alusão [ ] ____ [ ] crianças.
4) Fui [ ] ____ [ ] Grécia ano passado.
5) Fui [ ] ____ [ ] Brasília de minha infância.
acer
Destacar
acer
Destacar
acer
Destacar
acer
Destacar
2
6) Obedeça [ ] ____ [ ] senhorita/senhora/madame.
7) Fiz referência [ ] ___ que gesticulava freneticamente.
8) Emprestei o livro [ ]aquela velha amiga.
9) Emprestei o livro [ ]aquele velho amigo.
10)Amoça a qual me referi [ ] era uma velha amiga.
Resumindo
Crase Obrigatória:
- preposição a + artigo definido a(s)
- preposição a + pronomes demonstrativos a(s), aquela(s),
aquele(s), aquilo
- preposição a + pronome relativo a qual/as quais
2ª Justificativa: CASOS DE LOCUÇÕES FEMININAS
adverbiais: às vezes, às pressas, à toa, à beça, às duas
horas, à mingua...
prepositivas: à beira de, à espera de, às expensas de, à
moda de, à procura de...
conjuntivas: à medida que, à proporção que.
Exercícios
I. Use o acento grave nas locuções femininas, quando se
exigir:
1) Compro sempre ___ vista, nunca ___ prazo.
2) Gostava de churrasco ___ Osvaldo Aranha.
3) Queria tudo ___ claras.
4) Vivia ___ espera de um milagre.
5) Saiu ___ cinco horas ___ fim de ver um filme.
3
6) Chegou ___ uma hora e saiu ___ oito.
7) Estou aqui desde ___ três horas.
8) S ti i t d did i8) Sentia-se mais ___ vontade ___ medida que ia se
aproximando da reta final.
9) ___ medida que tomaste desagradou a todos.
10) ___ vezes, ela faz ___ vezes do professor.
11) Fez a prova ___ lápis.
12)Andei ___ cavalo pela fazenda.
13) ___ beira do rio, admirava o quadro ___ óleo que acabara
de pintar.
14) Comia, ____ pressas, um angu ____ baiana.
Crase Proibida:
1. Antes de palavra masculina;
2. Antes de verbos;
3. Antes de pronomes de tratamento, como V.Exª, você, Sua
Excelência...,; exceto com madame, senhora e senhorita;
4. Com nomes de lugar que não aceitam artigo a;
5. Antes de pronomes demonstrativos este, esta, esse, essa;
6. Com pronomes indefinidos (alguém, nenhum...);
7. Antes de artigo indefinido (um, uma);
8. Entre palavras repetidas.
11) Falou [ ] ___ [ ] João.
12) Começou [ ] ___ [ ] ventar.
13) Aludiu [ ] [ ] V.Exª/você.) [ ] ___ [ ]
14) Fui [ ] ___ [ ] Brasília.
15) Ofereci ajuda [ ] ___ [ ] esta/essa/uma/qualquer pessoa.
16) Dedicou o prêmio [ ] ___ [ ] ela.
4
17) A diretora [ ] que me referi chegou.
18) A diretora [ ] quem me referi chegou.
19) A it [ ] j b f i h19) A escritora [ ] cuja obra me referi ganhou um
prêmio.
20) A escritora [ ] a qual admiro ganhou um prêmio.
21) Perdeu o gol cara [ ] cara.
Os pronomes relativos e a crase:
1. Ocorrerá crase nos relativos a qual, as quais, se esses
pronomes vierem antecedidos de preposição, exigida por
um termo (verbo ou nome) que vem após esses relativos;
2. Diante do pronome relativo que, normalmente não há
crase, pois esse pronome não admite artigo. O a que vem
antes do que é apenas preposição. Entretanto, o pronome
relativo que poderá vir antecedido de a acentuado,
quando o a (s) for demonstrativo (=aquela).
3. Antes de quem, cujo, cuja, cujos, cujas, jamais
ocorrerá crase, pois esses pronomes não aceitam
artigo. O a que os anteceder será apenas
preposição.
QUESTOES
(AFRF/2009)
O número de brasileiros com acesso à internet em sua
residência vem crescendo em ritmo cada vez mais
veloz. No início do ano passado, o Brasil tinha 14
milhões de usuários residenciais da rede mundial de
computadores. Em fevereiro de 2008, os internautas
residenciais do País somavam 22 milhões de pessoas
– mais 8 milhões, ou 57%.
5
Esses números tornam a internet o segundo meio de
comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas da
televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio elitizado,
utilizado apenas pelas classes A e B. Mas uma pesquisa
mostra que as classes C e D utilizam amplamente a internetmostra que as classes C e D utilizam amplamente a internet.
No ano passado, os brasileiros compraram mais
computadores (10,5 milhões de unidades) do que televisores.
As vendas continuam a crescer em 2008, o que justifica
previsões de que, no fim do ano, haverá 45 milhões de
internautas no País.
(Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008)
01. A presença de preposição em “previsões de que” decorre
da regência de “justifica”.
(AFRF/Tec. Inf.)
O d t ó t t li t d t i dO enquadramento pós-estruturalista da teoria da
comunicação analisa o modo como a comunicação
eletronicamente mediada (o que eu chamo modo de
informação) desafia, e ao mesmo tempo reforça, os sistemas
de dominação emergentes na sociedade e cultura pós-
moderna.
A minha tese é que o modo de informação decreta uma
reconfiguração radical da linguagem, que constitui sujeitos
fora do padrão do indivíduo racional e autônomo. Esse sujeito
familiar moderno é deslocado pelo “modo de informação” em
favor de um que seja múltiplo, disseminado e descentrado,
interpelado continuamente como uma identidade instável.
Na cultura, essa instabilidade coloca tanto perigos como
desafios que se tornam parte de um movimento político – ou
se estão relacionados com as políticas feministas, minorias
étnicas/raciais, posições gays e lésbicas, podem conduzir a
um desafio fundamental às instituições e estruturas sociais
modernas.
(Haik Poster. A segunda era dos mídia)
6
02. Preserva-se a correção gramatical e a coerência,
mas alteram-se as relações semânticas do texto ao
substituir “o que” por a que.
Vale lembrar:Vale lembrar:
VERBO CHAMAR
Chamei Antônio desonesto. (pouco usual)
Chamei Antônio de desonesto.
Chamei a Antônio desonesto.
Chamei a Antônio de desonesto.
Da mesma forma, teríamos:
Chamei-o ignorante.
Chamei-o de ignorante.
Chamei-lhe ignorante.
Chamei-lhe de ignorante.
QUESTOES
(AFRF/Tec. Inf.)
O d t d d i dú t i t ló i fO advento da moderna indústria tecnológica fez com que o
contexto em que passa a dispor-se a máquina mudasse
completamente de configuração. Entretanto, tal mudança
obedece a certas coordenadas que começam a ser
pensadas já na antiga Grécia, que novamente se relacionam
com a questão da verdade.
É que a verdade, a partir de Platão e Aristóteles, passa a ser
determinada de um modo novo, verificando-se uma
transmutação em sua própria essência. Desde então,
entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado
de uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada
sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto
coincida com esse objeto.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
7
03. Preservam-se as relações de sentido entre “contexto” e
“máquina” com a substituição do pronome relativo “que” por
qual, mantendo-se obrigatória a presença de “em”.
(SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010)
04. Assinale a opção que corresponde a erro gramatical
inserido no texto.
Calculada(1) oficialmente em 34,7% do Produto Interno Bruto
(PIB) no ano passado, a fatia de impostos cobrada(2) dos
brasileiros é inferior à(3) de muitos países europeus, em
cujo(4) o poder público vinha, até a eclosão da crise global, se
empenhando em garantir serviços de qualidade. Ainda
assim(5), supera de longe a proporção de 24% nos Estados
Unidos e de 18% no Japão, mas sem equivalência com a
oferta de serviços públicos de qualidade.
(Zero Hora, (RS), 26/5/2010, com adaptações)a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
(MPOG/2010)
Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar
os dados da realidade, garantir a generalidade e a
objetividade do conhecimento. No afã da universalidade do
saber científico, do cognoscível como representação do real,
excluía-se o sujeito do conhecimento, sua subjetividade, seus
condicionamentos histórico-sociais. Na base desta
perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto
para ser apreendido por uma consciência cognoscente.
8
O cientificismo não leva em conta que tanto o processo de
percepção como o do pensamento têm seus próprios
mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa negar
conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os
objetos da percepção e os objetos do pensamento não nos
são dados da mesma maneira, nem tampouco se pode
pensar na correspondência entre a realidade e sua
representação, mesmo porque nem tudo que existe é
representável.
(Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, 
identidade e memória. In: 
Lúcia Ferreira & Evelyn Orrico (org.), Linguagem, 
identidade e memória 
social, 2002, p. 53-54) 
05. De acordo com as normas gramaticais da língua
portuguesa, é opcional o uso da preposição de antes
do pronome relativo “que”; mas seu uso ressalta as
relações de coesão entre “crença” e “do saber
científico”, “do cognoscível”.
(SEFAZ/Fiscal de Rendas-2010)
O ocidente europeu no período medievo foi um mundo onde o
poder estava dividido e sempre instável, sendo exercido de
forma independente pelos chamados senhores feudais,
geralmente possuidores de grandes extensões de terras. As
relações entre vassalo (aquele que prestava homenagem) e
suserano (aquele que recebia a homenagem) envolviam a
cessão de direito, por parte do suserano, de uma geração de
ganho para o vassalo em troca de alianças que visavam a uma
consolidaçãodo poder, sempre ameaçado por outros senhores.
9
O objeto de onde provinha essa geração de ganho era
chamado “feudo”. Erroneamente identificado como sendo
somente uma porção de terra, na verdade o feudo podia
assumir vários aspectos, como, por exemplo, uma ponte ou
uma estrada onde se cobrava pedágio.
(Leituras da História, n.31, p.30, com adaptações)
06. Desrespeitam-se as relações entre os argumentos e
provoca-se erro gramatical ao substituir “onde”(de “onde o
poder estava...”) por em que.
07. Desrespeitam-se as relações entre os argumentos e
provoca-se erro gramatical ao substituir “onde”(de “onde se
cobrava pedágio...”) por a qual.
Resumindo
Uso de onde, aonde e donde:
Onde: usaremos esse conectivo se a preposição
exigida for em.
Aonde: usaremos esse conectivo se a preposição
exigida for a.
Donde ou de onde: usaremos esse conectivo se a
preposição exigida for de.
(SEFAZ/Fiscal de Rendas-2010)
Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito,
ganhou força a tese que defende a necessidade de interpretar
a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o
valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa,
porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá
sempre sobre todas as demais normas constitucionais, pois
sempre existirão situações em que restará configurada a
supremacia de outros valores, também positivados no texto
constitucional.
10
A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a
solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo,
em oposição à solidariedade de grupos sociais homogêneos,
a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social
específico. Por força da solidariedade genérica, é lógico
concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua
contribuição para o financiamento do “Estado Social e
Tributário de Direito”.
Infelizmente, é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na
arrecadação dos tributos uma “subtração”, em vez de uma
contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da
solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão
sobre as razões pelas quais se pagam tributos, ou porque
deva existir uma lealdade tributária.
08. Com relação ao emprego do pronome relativo mantêm-se
a coerência entre os argumentos e correção gramatical do
texto ao usar:
a) por que em lugar de “pelas quais”.
b) na qual em lugar de “em que”.
c) que em lugar de “de que”.
d) a que em lugar de “a qual”.
e) em que em lugar de “que”.
(AFRF/2009)
Estamos entrando no terço final de 2009 com uma visão
mais clara sobre os fatores que levaram à crise financeira que
nos atingiu a partir do colapso do banco Lehman Brothers.
Um dos pontos centrais na sua construção foi, certamente, a
questão da regulação e controle das instituições financeiras.
Mesmo não sendo a origem propriamente dita da crise, a
regulação falha permitiu que os elementos de fragilidade no
sistema assumissem enormes proporções.
11
Depois de termos vivido um longo período em que prevaleceu
a ilusão da racionalidade intrínseca aos mercados financeiros,
hoje há novamente o reconhecimento das fragilidades e dos
riscos sistêmicos associados a seu funcionamento.
(Luiz Carlos Mendonça de Barros, Valor Econômico,
31/8/2009)
09. A substituição de “em que” por no qual mantém a
correção gramatical e as informações originais do
período.
(MTE/2010)
A preocupação com a herança que deixaremos as (1)
gerações futuras está cada vez mais em voga. Ao longo da
nossa história, crescemos em número e modificamos quase
todo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos
consciência de que nossa sobrevivência na Terra está
fortemente ligada a(2) sobrevivência das outras espécies e
que nossos atos, relacionados a(3) alterações no planeta,
podem colocar em risco nossa própria sobrevivência.
Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos o
crescimento econômico que nem sempre esteve preocupado
com questões ambientais. O que se almeja é o
desenvolvimento sustentável, que é aquele viável
economicamente, justo socialmente e correto
ambientalmente, levando em consideração não só as(4)
nossas necessidades atuais, mas também as(5) das
gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos
quanto no planeta como um todo.
(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o 
Desenvolvimento 
Sustentável: o crescimento econômico e o meio 
ambiente. Disponível 
em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008)
12
10. Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do
padrão culto da Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção
do sinal indicativo de crase em:
a) 1, 2 e 3
b) 1 e 2
c) 1, 3 e 5
d) 2 e 4
e) 3, 4 e 5
(MTE/2010)
A civilização industrial leva à concentração de poder e ao
declínio da liberdade individual, mas, ao mesmo tempo, liberta
os homens das piores formas de servidão, do peso do
trabalho alienante, tornando possível imaginar um mundo de
homens livres que conseguirão a “liberdade do impulso
criativo” – este é o verdadeiro objetivo da reconstrução social.
Por meio do aumento dos padrões de conforto e acesso à
informação, essa civilização cria condições favoráveis para
desafiar radicalmente os velhos laços de autoridade.
11. A frase se manteria correta, no trecho “à concentração de
poder e ao declínio da liberdade individual”, ao se substituir
“à” por “a” e suprimir “ao”.
(MTE/2010)
12. Os trechos abaixo compõem, sequencialmente, um texto
adaptado do Editorial do jornal Zero Hora (RS) de 18/01/2010.
Assinale a opção que está gramaticalmente correta quanto à
ausência ou à presença do acento grave indicativo de craseausência ou à presença do acento grave indicativo de crase.
a) O novo estímulo aos usineiros, também com pesado suporte
de subsídios, levou à indústria automobilística a investir na
produção não mais de carros movidos a álcool, mas de veículos
flex, que permitem o uso dos dois combustíveis. No ano
passado, as vendas de carros flex cresceram 14% em relação a
2008.
13
b) Apresentado nos anos 70 como opção à crise do petróleo,
sob forte apoio governamental, o álcool perdeu relevância nas
décadas de 80 e 90. A produção foi retomada e intensificada
nos últimos anos, com a explosão nos preços internacionais
dos derivados da energia fóssil.c) As montadoras aplicaram recursos no desenvolvimento de
tecnologias, e o consumidor se dispôs a pagar mais por
veículos mais modernos. Ambos apostaram nas vantagens
de um combustível que, além de reduzir à dependência da
gasolina e do diesel, apresentava ainda as virtudes do
ecologicamente correto, por ser menos poluente e renovável.
d) A partir do ano passado, com a queda nos preços do
petróleo, outros fatores de mercado conspiraram contra o
álcool, como a quebra na produção da cana e o aumento dos
preços do açúcar. Mesmo que o álcool se submeta à
oscilações de cotações, como qualquer outro produto, o que
não se pode admitir é que essas variações façam com que a
oferta do produto seja imprevisível e instável.
e) A sazonalidade e outras questões envolvidas não são
suficientes para explicar a ausência de uma política que
assegure, à fabricantes e consumidores, a certeza de que
investiram em uma opção de combustível tratada com a
seriedade que merece.
14
(SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010)
Ainda que águas brasileiras não sejam diretamente atingidas
pelos efeitos do gigantesco vazamento de petróleo no Golfo
do México, onde milhares de barris de óleo são despejados
por dia há mais de um mês, é sensato que o governo
brasileiro e a Petrobras tratem de aprender com as ações
técnicas para conter a tragédia ambiental provocada pelo
acidente da British Petroleum.
É recomendável também que as autoridades observem os
procedimentos administrativos do governo americano para
enquadrar os responsáveis pelo acidente, como a aplicação
de uma multa de US$ 75 milhões à companhia, com base na
Lei de Poluição Petrolífera.
13. O emprego do sinal indicativo de crase em “à companhia”
justifica-se pela regência de “aplicação” , que exige
preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino
antes de “companhia”.
(SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010)
14. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas
do texto.
Mais de 60 milhões de brasileiros usam a Internet,__1__ qual
dedicam em média 44 horas mensais. Como se sabe,__2__
rede de computadores é uma importante ferramenta de
comunicação, realização de negócios e acesso __3__
informações. Ainda assim, usuários e provedores de serviços
não dispõem, no Brasil, de um arcabouço jurídico específico
que estabeleça direitos e deveres no ambiente virtual. __4__
insegurança jurídica daí advinda não é desprezível. Criadores
e gestores de conteúdo, desde o simples blogueiro aos
maiores portais, encontram-se desprotegidos.
15
Não raro, a Justiça os considera responsáveis por opiniões ou
informações veiculadas em suas páginas — entendimento
que nem sempre considera __5__construção coletiva
engendrada na Internet. É bem-vinda, portanto, a iniciativa de
levar__6__ discussão pública e legislativa um Marco Civil da
Internet.
(Folha de S. Paulo, Editorial, 29/5/2010)
a) a/a/à/À/à/a
b) a/à/as/A/a/a
c) à/a/a/A/a/à
d) à/à/às/À/à/a
e) a/a/à/A/a/à
(SUSEP/2010)
As exportações brasileiras de serviços têm sido uma atividade
limitada praticamente às grandes empresas de construção
pesada. Com a experiência adquirida no País, elas
ganhavam concorrências internacionais para execução de
obras de infraestrutura em países em desenvolvimento da
América Latina, do Oriente Médio e da África, valendo-se do
“know-how” de trabalhar nos trópicos, em condições muitas
vezes inóspitas, com mão de obra local e prontificando-se
também a transferir tecnologia para os países contratantes.
Essas construtoras brasileiras continuam muito ativas no
mercado externo, agora não apenas nos países em
desenvolvimento, mas também nos mais desenvolvidos.
Além disso, deixaram de ser as únicas exportadoras de
serviços.
15. O emprego do acento grave indicativo de crase em “às
grandes” justifica-se pela presença de preposição exigida pela
regência de “atividade” e pelo emprego de artigo definido
feminino.
16
(AFRF/Tec. Inf.)
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o
contexto em que passa a dispor-se a máquina mudasse
completamente de configuração. Entretanto, tal mudança
obedece a certas coordenadas que começam a ser
pensadas já na antiga Grécia, que novamente se relacionam
com a questão da verdade.
É que a verdade, a partir de Platão e Aristóteles, passa a ser
determinada de um modo novo, verificando-se uma
transmutação em sua própria essência. Desde então,
entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado
de uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada
sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto
coincida com esse objeto.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
16. Tanto a supressão da preposição no termo “a certas
coordenadas” como sua substituição por às preservam as
relações de sentido e respeitam as regras de regência verbal.
(AFRF/2009)
O número de brasileiros com acesso à internet em sua
residência vem crescendo em ritmo cada vez mais veloz. No
início do ano passado, o Brasil tinha 14 milhões de usuários
residenciais da rede mundial de computadores. Em fevereiro
de 2008, os internautas residenciais do País somavam 22
milhões de pessoas – mais 8 milhões, ou 57%.
17
Esses números tornam a internet o segundo meio de
comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas da
televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio elitizado,
utilizado apenas pelas classes A e B. Mas uma pesquisa
mostra que as classes C e D utilizam amplamente a internet.
No ano passado, os brasileiros compraram mais
computadores (10,5 milhões de unidades) do que televisores.
As vendas continuam a crescer em 2008, o que justifica
previsões de que, no fim do ano, haverá 45 milhões de
internautas no País.
(Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008)
17. O emprego de sinal indicativo de crase em “à internet”
justifica-se pela regência de “brasileiros”.
(ATRF/2009)
18- Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (O
tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo:
Boitempo, 2009) em que, na transcrição, foram plenamente
atendidas as regras de concordância e regência da norma
escrita formal da Língua Portuguesa.
a) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas
destinadas a nos poupar o tempo de certas tarefas manuais e
aumentar o tempo ocioso vem produzindo um sentimento
crescente de encurtamento à temporalidade. Tal sentimento
talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração.
b) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada
por um subproduto das ideologias da produtividade, às quais
reza que se devem aproveitar, ao máximo, cada momento da
vida.
18
c) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência
passada, voltado, sofregamente, para o futuro, o indivíduo
sofre com o encurtamento da duração. Assim, desvalorizam-
se o tempo vivido e o saber que sustenta os atos significativos
da existência.
d) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de
continuidade entre o instante presente, o passado imediato e
o futuro próximos; no entanto, nada indica que o registro
psíquico dessas duas formas do tempo que alongam o
presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois
do brevíssimo instante.
e) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual
não se assemelhe com o desenrolar de um fio, mas do tecer
de uma rede que abriga e embala um grande número de
pessoas ligado entre si pela experiência.
Gabarito:
1.E
2.C
3.E
4.D
5.E
6.E
7.C
8.A
9.C
10.B
11.C
12.B
13.C
14.C
15.E
16.E
17.E
18.C
19
Na Gramática Comentada com Interpretação de 
Textos (Editora Elsevier), acompanhe a teoria desta 
aula.
aprendidos no curso básico.
1ª edição
‘ CAPÍTULOS 12 e 13 
2ª edição
CAPÍTULOS 
18 e 19

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