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1 REGÊNCIA E CRASE CRASE Crase é a fusão de duas vogais iguais. Na escrita, esse fenômeno vem marcado com o acento grave. As justificativas para o uso do acento grave são duas: 1ª Justificativa: CASOS DE CONTRAÇÃO a) preposição a + artigo definido a (a + a(s) = à(s)). b) preposição a + pronomes demonstrativos a(s)(=aquela(s)), aquele(s), aquela(s), aquilo. c) preposição a + pronome relativo a qual/as quais. Importante! No caso de contração de preposição A com artigo feminino A, a preposição aparece por exigência de um verbo (regência verbal) ou de um nome (regência nominal). O artigo, por exigência de um substantivo feminino. Veja o modelo: “Os universitários leem como se assistissem [a] à [a] televisão com um controle remoto.” 1) Cheguei cedo [ ] ___ [ ] repartição. 2) Pediram [ ] ___ [ ] jovem que comparecesse [ ]___ [ ] secretaria. 3) Fiz alusão [ ] ____ [ ] crianças. 4) Fui [ ] ____ [ ] Grécia ano passado. 5) Fui [ ] ____ [ ] Brasília de minha infância. acer Destacar acer Destacar acer Destacar acer Destacar 2 6) Obedeça [ ] ____ [ ] senhorita/senhora/madame. 7) Fiz referência [ ] ___ que gesticulava freneticamente. 8) Emprestei o livro [ ]aquela velha amiga. 9) Emprestei o livro [ ]aquele velho amigo. 10)Amoça a qual me referi [ ] era uma velha amiga. Resumindo Crase Obrigatória: - preposição a + artigo definido a(s) - preposição a + pronomes demonstrativos a(s), aquela(s), aquele(s), aquilo - preposição a + pronome relativo a qual/as quais 2ª Justificativa: CASOS DE LOCUÇÕES FEMININAS adverbiais: às vezes, às pressas, à toa, à beça, às duas horas, à mingua... prepositivas: à beira de, à espera de, às expensas de, à moda de, à procura de... conjuntivas: à medida que, à proporção que. Exercícios I. Use o acento grave nas locuções femininas, quando se exigir: 1) Compro sempre ___ vista, nunca ___ prazo. 2) Gostava de churrasco ___ Osvaldo Aranha. 3) Queria tudo ___ claras. 4) Vivia ___ espera de um milagre. 5) Saiu ___ cinco horas ___ fim de ver um filme. 3 6) Chegou ___ uma hora e saiu ___ oito. 7) Estou aqui desde ___ três horas. 8) S ti i t d did i8) Sentia-se mais ___ vontade ___ medida que ia se aproximando da reta final. 9) ___ medida que tomaste desagradou a todos. 10) ___ vezes, ela faz ___ vezes do professor. 11) Fez a prova ___ lápis. 12)Andei ___ cavalo pela fazenda. 13) ___ beira do rio, admirava o quadro ___ óleo que acabara de pintar. 14) Comia, ____ pressas, um angu ____ baiana. Crase Proibida: 1. Antes de palavra masculina; 2. Antes de verbos; 3. Antes de pronomes de tratamento, como V.Exª, você, Sua Excelência...,; exceto com madame, senhora e senhorita; 4. Com nomes de lugar que não aceitam artigo a; 5. Antes de pronomes demonstrativos este, esta, esse, essa; 6. Com pronomes indefinidos (alguém, nenhum...); 7. Antes de artigo indefinido (um, uma); 8. Entre palavras repetidas. 11) Falou [ ] ___ [ ] João. 12) Começou [ ] ___ [ ] ventar. 13) Aludiu [ ] [ ] V.Exª/você.) [ ] ___ [ ] 14) Fui [ ] ___ [ ] Brasília. 15) Ofereci ajuda [ ] ___ [ ] esta/essa/uma/qualquer pessoa. 16) Dedicou o prêmio [ ] ___ [ ] ela. 4 17) A diretora [ ] que me referi chegou. 18) A diretora [ ] quem me referi chegou. 19) A it [ ] j b f i h19) A escritora [ ] cuja obra me referi ganhou um prêmio. 20) A escritora [ ] a qual admiro ganhou um prêmio. 21) Perdeu o gol cara [ ] cara. Os pronomes relativos e a crase: 1. Ocorrerá crase nos relativos a qual, as quais, se esses pronomes vierem antecedidos de preposição, exigida por um termo (verbo ou nome) que vem após esses relativos; 2. Diante do pronome relativo que, normalmente não há crase, pois esse pronome não admite artigo. O a que vem antes do que é apenas preposição. Entretanto, o pronome relativo que poderá vir antecedido de a acentuado, quando o a (s) for demonstrativo (=aquela). 3. Antes de quem, cujo, cuja, cujos, cujas, jamais ocorrerá crase, pois esses pronomes não aceitam artigo. O a que os anteceder será apenas preposição. QUESTOES (AFRF/2009) O número de brasileiros com acesso à internet em sua residência vem crescendo em ritmo cada vez mais veloz. No início do ano passado, o Brasil tinha 14 milhões de usuários residenciais da rede mundial de computadores. Em fevereiro de 2008, os internautas residenciais do País somavam 22 milhões de pessoas – mais 8 milhões, ou 57%. 5 Esses números tornam a internet o segundo meio de comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas da televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio elitizado, utilizado apenas pelas classes A e B. Mas uma pesquisa mostra que as classes C e D utilizam amplamente a internetmostra que as classes C e D utilizam amplamente a internet. No ano passado, os brasileiros compraram mais computadores (10,5 milhões de unidades) do que televisores. As vendas continuam a crescer em 2008, o que justifica previsões de que, no fim do ano, haverá 45 milhões de internautas no País. (Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008) 01. A presença de preposição em “previsões de que” decorre da regência de “justifica”. (AFRF/Tec. Inf.) O d t ó t t li t d t i dO enquadramento pós-estruturalista da teoria da comunicação analisa o modo como a comunicação eletronicamente mediada (o que eu chamo modo de informação) desafia, e ao mesmo tempo reforça, os sistemas de dominação emergentes na sociedade e cultura pós- moderna. A minha tese é que o modo de informação decreta uma reconfiguração radical da linguagem, que constitui sujeitos fora do padrão do indivíduo racional e autônomo. Esse sujeito familiar moderno é deslocado pelo “modo de informação” em favor de um que seja múltiplo, disseminado e descentrado, interpelado continuamente como uma identidade instável. Na cultura, essa instabilidade coloca tanto perigos como desafios que se tornam parte de um movimento político – ou se estão relacionados com as políticas feministas, minorias étnicas/raciais, posições gays e lésbicas, podem conduzir a um desafio fundamental às instituições e estruturas sociais modernas. (Haik Poster. A segunda era dos mídia) 6 02. Preserva-se a correção gramatical e a coerência, mas alteram-se as relações semânticas do texto ao substituir “o que” por a que. Vale lembrar:Vale lembrar: VERBO CHAMAR Chamei Antônio desonesto. (pouco usual) Chamei Antônio de desonesto. Chamei a Antônio desonesto. Chamei a Antônio de desonesto. Da mesma forma, teríamos: Chamei-o ignorante. Chamei-o de ignorante. Chamei-lhe ignorante. Chamei-lhe de ignorante. QUESTOES (AFRF/Tec. Inf.) O d t d d i dú t i t ló i fO advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 7 03. Preservam-se as relações de sentido entre “contexto” e “máquina” com a substituição do pronome relativo “que” por qual, mantendo-se obrigatória a presença de “em”. (SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010) 04. Assinale a opção que corresponde a erro gramatical inserido no texto. Calculada(1) oficialmente em 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, a fatia de impostos cobrada(2) dos brasileiros é inferior à(3) de muitos países europeus, em cujo(4) o poder público vinha, até a eclosão da crise global, se empenhando em garantir serviços de qualidade. Ainda assim(5), supera de longe a proporção de 24% nos Estados Unidos e de 18% no Japão, mas sem equivalência com a oferta de serviços públicos de qualidade. (Zero Hora, (RS), 26/5/2010, com adaptações)a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 (MPOG/2010) Durante muito tempo, fazer ciência significou poder quantificar os dados da realidade, garantir a generalidade e a objetividade do conhecimento. No afã da universalidade do saber científico, do cognoscível como representação do real, excluía-se o sujeito do conhecimento, sua subjetividade, seus condicionamentos histórico-sociais. Na base desta perspectiva está a crença de que o mundo está aí, pronto para ser apreendido por uma consciência cognoscente. 8 O cientificismo não leva em conta que tanto o processo de percepção como o do pensamento têm seus próprios mecanismos de produção. Hoje, ignorá-los significa negar conquistas relevantes da psicologia contemporânea. Os objetos da percepção e os objetos do pensamento não nos são dados da mesma maneira, nem tampouco se pode pensar na correspondência entre a realidade e sua representação, mesmo porque nem tudo que existe é representável. (Adaptado de Nilda Teves, Imaginário social, identidade e memória. In: Lúcia Ferreira & Evelyn Orrico (org.), Linguagem, identidade e memória social, 2002, p. 53-54) 05. De acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa, é opcional o uso da preposição de antes do pronome relativo “que”; mas seu uso ressalta as relações de coesão entre “crença” e “do saber científico”, “do cognoscível”. (SEFAZ/Fiscal de Rendas-2010) O ocidente europeu no período medievo foi um mundo onde o poder estava dividido e sempre instável, sendo exercido de forma independente pelos chamados senhores feudais, geralmente possuidores de grandes extensões de terras. As relações entre vassalo (aquele que prestava homenagem) e suserano (aquele que recebia a homenagem) envolviam a cessão de direito, por parte do suserano, de uma geração de ganho para o vassalo em troca de alianças que visavam a uma consolidaçãodo poder, sempre ameaçado por outros senhores. 9 O objeto de onde provinha essa geração de ganho era chamado “feudo”. Erroneamente identificado como sendo somente uma porção de terra, na verdade o feudo podia assumir vários aspectos, como, por exemplo, uma ponte ou uma estrada onde se cobrava pedágio. (Leituras da História, n.31, p.30, com adaptações) 06. Desrespeitam-se as relações entre os argumentos e provoca-se erro gramatical ao substituir “onde”(de “onde o poder estava...”) por em que. 07. Desrespeitam-se as relações entre os argumentos e provoca-se erro gramatical ao substituir “onde”(de “onde se cobrava pedágio...”) por a qual. Resumindo Uso de onde, aonde e donde: Onde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for em. Aonde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for a. Donde ou de onde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for de. (SEFAZ/Fiscal de Rendas-2010) Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional. 10 A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico. Por força da solidariedade genérica, é lógico concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do “Estado Social e Tributário de Direito”. Infelizmente, é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma “subtração”, em vez de uma contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária. 08. Com relação ao emprego do pronome relativo mantêm-se a coerência entre os argumentos e correção gramatical do texto ao usar: a) por que em lugar de “pelas quais”. b) na qual em lugar de “em que”. c) que em lugar de “de que”. d) a que em lugar de “a qual”. e) em que em lugar de “que”. (AFRF/2009) Estamos entrando no terço final de 2009 com uma visão mais clara sobre os fatores que levaram à crise financeira que nos atingiu a partir do colapso do banco Lehman Brothers. Um dos pontos centrais na sua construção foi, certamente, a questão da regulação e controle das instituições financeiras. Mesmo não sendo a origem propriamente dita da crise, a regulação falha permitiu que os elementos de fragilidade no sistema assumissem enormes proporções. 11 Depois de termos vivido um longo período em que prevaleceu a ilusão da racionalidade intrínseca aos mercados financeiros, hoje há novamente o reconhecimento das fragilidades e dos riscos sistêmicos associados a seu funcionamento. (Luiz Carlos Mendonça de Barros, Valor Econômico, 31/8/2009) 09. A substituição de “em que” por no qual mantém a correção gramatical e as informações originais do período. (MTE/2010) A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a(2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados a(3) alterações no planeta, podem colocar em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele viável economicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando em consideração não só as(4) nossas necessidades atuais, mas também as(5) das gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como um todo. (Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 12 10. Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em: a) 1, 2 e 3 b) 1 e 2 c) 1, 3 e 5 d) 2 e 4 e) 3, 4 e 5 (MTE/2010) A civilização industrial leva à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual, mas, ao mesmo tempo, liberta os homens das piores formas de servidão, do peso do trabalho alienante, tornando possível imaginar um mundo de homens livres que conseguirão a “liberdade do impulso criativo” – este é o verdadeiro objetivo da reconstrução social. Por meio do aumento dos padrões de conforto e acesso à informação, essa civilização cria condições favoráveis para desafiar radicalmente os velhos laços de autoridade. 11. A frase se manteria correta, no trecho “à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual”, ao se substituir “à” por “a” e suprimir “ao”. (MTE/2010) 12. Os trechos abaixo compõem, sequencialmente, um texto adaptado do Editorial do jornal Zero Hora (RS) de 18/01/2010. Assinale a opção que está gramaticalmente correta quanto à ausência ou à presença do acento grave indicativo de craseausência ou à presença do acento grave indicativo de crase. a) O novo estímulo aos usineiros, também com pesado suporte de subsídios, levou à indústria automobilística a investir na produção não mais de carros movidos a álcool, mas de veículos flex, que permitem o uso dos dois combustíveis. No ano passado, as vendas de carros flex cresceram 14% em relação a 2008. 13 b) Apresentado nos anos 70 como opção à crise do petróleo, sob forte apoio governamental, o álcool perdeu relevância nas décadas de 80 e 90. A produção foi retomada e intensificada nos últimos anos, com a explosão nos preços internacionais dos derivados da energia fóssil.c) As montadoras aplicaram recursos no desenvolvimento de tecnologias, e o consumidor se dispôs a pagar mais por veículos mais modernos. Ambos apostaram nas vantagens de um combustível que, além de reduzir à dependência da gasolina e do diesel, apresentava ainda as virtudes do ecologicamente correto, por ser menos poluente e renovável. d) A partir do ano passado, com a queda nos preços do petróleo, outros fatores de mercado conspiraram contra o álcool, como a quebra na produção da cana e o aumento dos preços do açúcar. Mesmo que o álcool se submeta à oscilações de cotações, como qualquer outro produto, o que não se pode admitir é que essas variações façam com que a oferta do produto seja imprevisível e instável. e) A sazonalidade e outras questões envolvidas não são suficientes para explicar a ausência de uma política que assegure, à fabricantes e consumidores, a certeza de que investiram em uma opção de combustível tratada com a seriedade que merece. 14 (SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010) Ainda que águas brasileiras não sejam diretamente atingidas pelos efeitos do gigantesco vazamento de petróleo no Golfo do México, onde milhares de barris de óleo são despejados por dia há mais de um mês, é sensato que o governo brasileiro e a Petrobras tratem de aprender com as ações técnicas para conter a tragédia ambiental provocada pelo acidente da British Petroleum. É recomendável também que as autoridades observem os procedimentos administrativos do governo americano para enquadrar os responsáveis pelo acidente, como a aplicação de uma multa de US$ 75 milhões à companhia, com base na Lei de Poluição Petrolífera. 13. O emprego do sinal indicativo de crase em “à companhia” justifica-se pela regência de “aplicação” , que exige preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino antes de “companhia”. (SEFAZ/Agente de Trabalhos-2010) 14. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. Mais de 60 milhões de brasileiros usam a Internet,__1__ qual dedicam em média 44 horas mensais. Como se sabe,__2__ rede de computadores é uma importante ferramenta de comunicação, realização de negócios e acesso __3__ informações. Ainda assim, usuários e provedores de serviços não dispõem, no Brasil, de um arcabouço jurídico específico que estabeleça direitos e deveres no ambiente virtual. __4__ insegurança jurídica daí advinda não é desprezível. Criadores e gestores de conteúdo, desde o simples blogueiro aos maiores portais, encontram-se desprotegidos. 15 Não raro, a Justiça os considera responsáveis por opiniões ou informações veiculadas em suas páginas — entendimento que nem sempre considera __5__construção coletiva engendrada na Internet. É bem-vinda, portanto, a iniciativa de levar__6__ discussão pública e legislativa um Marco Civil da Internet. (Folha de S. Paulo, Editorial, 29/5/2010) a) a/a/à/À/à/a b) a/à/as/A/a/a c) à/a/a/A/a/à d) à/à/às/À/à/a e) a/a/à/A/a/à (SUSEP/2010) As exportações brasileiras de serviços têm sido uma atividade limitada praticamente às grandes empresas de construção pesada. Com a experiência adquirida no País, elas ganhavam concorrências internacionais para execução de obras de infraestrutura em países em desenvolvimento da América Latina, do Oriente Médio e da África, valendo-se do “know-how” de trabalhar nos trópicos, em condições muitas vezes inóspitas, com mão de obra local e prontificando-se também a transferir tecnologia para os países contratantes. Essas construtoras brasileiras continuam muito ativas no mercado externo, agora não apenas nos países em desenvolvimento, mas também nos mais desenvolvidos. Além disso, deixaram de ser as únicas exportadoras de serviços. 15. O emprego do acento grave indicativo de crase em “às grandes” justifica-se pela presença de preposição exigida pela regência de “atividade” e pelo emprego de artigo definido feminino. 16 (AFRF/Tec. Inf.) O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 16. Tanto a supressão da preposição no termo “a certas coordenadas” como sua substituição por às preservam as relações de sentido e respeitam as regras de regência verbal. (AFRF/2009) O número de brasileiros com acesso à internet em sua residência vem crescendo em ritmo cada vez mais veloz. No início do ano passado, o Brasil tinha 14 milhões de usuários residenciais da rede mundial de computadores. Em fevereiro de 2008, os internautas residenciais do País somavam 22 milhões de pessoas – mais 8 milhões, ou 57%. 17 Esses números tornam a internet o segundo meio de comunicação mais abrangente do Brasil, atrás apenas da televisão. Chegou-se a dizer que esse é um meio elitizado, utilizado apenas pelas classes A e B. Mas uma pesquisa mostra que as classes C e D utilizam amplamente a internet. No ano passado, os brasileiros compraram mais computadores (10,5 milhões de unidades) do que televisores. As vendas continuam a crescer em 2008, o que justifica previsões de que, no fim do ano, haverá 45 milhões de internautas no País. (Texto de O Estado de S. Paulo, 9/4/2008) 17. O emprego de sinal indicativo de crase em “à internet” justifica-se pela regência de “brasileiros”. (ATRF/2009) 18- Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo, 2009) em que, na transcrição, foram plenamente atendidas as regras de concordância e regência da norma escrita formal da Língua Portuguesa. a) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos poupar o tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vem produzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Tal sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. b) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto das ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, ao máximo, cada momento da vida. 18 c) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, sofregamente, para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da duração. Assim, desvalorizam- se o tempo vivido e o saber que sustenta os atos significativos da existência. d) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre o instante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no entanto, nada indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que alongam o presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do brevíssimo instante. e) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe com o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embala um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. Gabarito: 1.E 2.C 3.E 4.D 5.E 6.E 7.C 8.A 9.C 10.B 11.C 12.B 13.C 14.C 15.E 16.E 17.E 18.C 19 Na Gramática Comentada com Interpretação de Textos (Editora Elsevier), acompanhe a teoria desta aula. aprendidos no curso básico. 1ª edição ‘ CAPÍTULOS 12 e 13 2ª edição CAPÍTULOS 18 e 19
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