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AV2 - DIREITO CIVIL IV - PROF. ALEX CADIER - 2020.1 ALUNO: PEDRO FELIPE DO NASCIMENTO ARGOLO MATRÍCULA: 201408475561 QUESTÃO 1 Walter Branco, síndico do Condomínio Brilhante, tornou-se conhecido entre os moradores por aplicar multas infundadas e exigir obrigações não previstas na convenção de condomínio, tampouco em regimento interno. O caso mais emblemático surgiu quando Walter proibiu os moradores de receberem visitantes aos domingos, sob o pretexto de que haveria muito barulho e poderia, assim, haver reclamações dos moradores das unidades autônomas. Diante deste caso, pergunta-se: Existe a possibilidade do síndico ser destituído da sua função pela conduta apresentada? Responda de maneira fundamentada. RESPOSTA: Nesse caso Walter pode ser destituído da administração do condomínio pelo voto da maioria absoluta dos membros da assembleia extraordinária, constituída para o fim específico de sanar os abusos do síndico. QUESTÃO 2 Luiz e Renato resolvem realizar uma promessa de compra e venda de um automóvel de propriedade de Luiz, sem cláusula de arrependimento. A fim de trazer maior segurança jurídica às partes, Renato propõe a Luiz que seja instituído um direito real de aquisição do automóvel, com o devido registro junto ao DETRAN-RJ. Neste caso responda de forma fundamentada aos seguintes questionamentos: (A) É possível a formalização deste direito? RESPOSTA: De acordo com o Art. 1225 Código Civil os direitos reais são taxativos onde não é possível a formalização do direito real de aquisição para automoveis e sim para imovél. (B) Independentemente da resposta ao item anterior. Luiz e Renato estariam vinculados à concretização do negócio jurídico assumido? RESPOSTA: Sim, a promessa de compra e venda é um direito obrigacional, onde ela vincula as partes. QUESTÃO 3 Pedro Paulo, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Marcos Vínícius, tendo em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do feito sem julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento jurisdicional para extinguir usufruto por morte do usufrutuário. Neste caso, deve o juiz acolher o pleito defensivo? Explique fundamentadamente. RESPOSTA: O usufruto se extingue pela morte do usufrutuário, pois é um direito real personalíssimo. Porém o instituto pode estipular qualquer termo ou condições para a sua extinção. Com base no artigo 1.410 do cc/02. Isso é feita de forma administrativa, com a morte do usufrutuário basta levar ao cartório a certidão de óbito para que o registro de imóvel seja dado baixa o direito de usufruto e o nu-proprietário se tornará proprietário pleno. QUESTÃO 4 João e Maurício são proprietários e moradores de imóveis vizinhos, situados na Cidade do Rio de Janeiro. Embora o seu imóvel disponha de acesso próprio à via pública, há mais de vinte anos João atravessa diariamente o terreno de Maurício para chegar ao ponto de ônibus mais próximo da sua moradia, pois esse é o trajeto mais curto existente. Além disso, na cerca que separa os dois imóveis, há uma porteira, de onde tem início o caminho. Determinado dia, Maurício decide impedir João de continuar a atravessar o seu terreno. Com esse intuito, instala uma grade no lugar da porteira existente na cerca que separa os dois imóveis. Responda fundamentadamente aos itens a seguir: A) Tem João direito a constranger Maurício a lhe dar passagem forçada, de modo a continuar a usar o caminho existente no terreno de Maurício? RESPOSTA: Não, tendo em vista que nos termos do Art. 1.285 do Código Civil, o direito à passagem forçada assiste apenas ao dono do prédio que não tiver acesso a via pública. Que não é o caso descrito na questão, ficando claro que o imóvel de João tem acesso próprio à via pública B) Independentemente da resposta ao item anterior, João adquiriu o direito real de servidão de passagem, por meio de usucapião? RESPOSTA: Sim, uma vez que se tem no caso uma servidão de trânsito, que proporciona utilidade para o prédio dominante de João e grava o prédio serviente pertencente a Maurício. Além disso encontram-se reunidos os requisitos estabelecidos no Art. 1.379 do Código Civil, caput e parágrafo único, para a aquisição de direito real de servidão por meio de usucapião. A servidão é aparente, tendo em vista a presença de obras exteriores (pavimentação, sistema de drenagem e porteira). De outra parte, houve o exercício contínuo e inconteste da servidão por vinte anos (prazo estabelecido no Art.1.379, parágrafo único, do Código Civil). QUESTÃO 5 João Carlos constituiu sobre uma casa de sua propriedade um direito real de habitação em benefício de dois irmãos, Pedro e Camila, pois estes não têm onde morar e João Carlos é amigo da família de Pedro e Camila há muitos anos. Atualmente, Pedro vem arcando com todos os custos de manutenção do imóvel, o que ele não considera justo, e por isso, com base no art. 1.416 c/c art. 1.393 do CC, resolveu propor a Camila uma alternativa: eles poderiam alugar a casa e morar num local menor e mais barato, usando assim o aluguel recebido da casa de João Carlos para custear os gastos com a nova moradia. Diante da proposta, Camila resolve lhe procurar na condição de advogado para saber da viabilidade da proposta. Como você responderia fundamentadamente à sua cliente? RESPOSTA: De acordo com o Art. 1414 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 Codigo Civil, Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. No caso não existe viabilidade da proposta.
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