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fígado pela veia porta. No fígado, as eventuais substâncias tóxicas são eliminadas, enquanto as substâncias nutritivas sofrem uma importante transformação química. Antes de entrar no fígado, a veia porta se divide em dois ramos, direito e esquerdo, os quais, por sua vez, se tornam a subdividir em numerosos vasos e enfim se resolve em uma rica rede de capilares. Convenientemente transformado, o sangue sai do fígado pelas veias sub-hepáticas que desembocam na veia cava inferior. O Sangue É o nosso tecido líquido, responsável pelo transporte de gases, nutrientes e demais elementos, que devem ser continuamente transportados através do nosso corpo, de um tecido ao outro. É responsável, também, pela defesa de nosso organismo contra a invasão de microorganismos estranhos que, a todo o momento, tentam se proliferar em nosso corpo. É formado por uma parte líquida (o plasma, onde se dissolvem diversos elementos como proteínas, açúcares, sais, íons, etc.), e uma parte sólida, formada por células (as hemácias, que são células vermelhas e os leucócitos, células brancas) e plaquetas, que são fragmentos de uma célula chamada megacariócito. Hemácias Também chamadas de eritrócitos, são as células vermelhas do sangue. Apresenta esta coloração devido à presença, em seu citoplasma, de grande quantidade de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. As hemácias são células anucleadas, em forma de discos bicôncavos, bastante maleáveis (devido às grandes dimensões da mem- brana celular com relação ao pequeno vol- ume citoplasmático), podendo, com isso, passar por capilares bastante delgados sem que ocorra o rompimento da própria mem- brana celular. Cada milímetro cúbico de sangue contém, aproximadamente, 5.000.000 hemácias. São produzidas na medula óssea (principalmente de ossos membranosos como esterno, costelas e ilíaco) a partir de uma célula-mãe chamada hemocitoblasto. Durante alguns dias, em sua evolução, passa por vários estágios sucessivos (eritroblasto basófilo, eritroblasto policromatófilo, normoblasto) até que, na forma de reticulócito, através de diapedese, passam através da parede de capilares sanguíneos e vão fazer parte do sangue. Em 1 ou 2 dias cada reticulócito se transforma numa hemácia madura. Cada hemácia vive, aproximadamente, 120 dias. A produção de hemácias pela medula é bastante estimulada por uma proteína presente no plasma chamada eritropoietina. Quanto maior for o nível plasmático de eritropoietina, maior será a proliferação dos hemocitoblastos na medula óssea e, conseqüentemente, maior será a produção de hemácias. Se uma pessoa sofre uma hemorragia, aumenta sua atividade física ou mesmo se mesma se desloca para uma 104 região de altitude bastante elevada, algumas células presentes no parênquima renal, ao detectarem a oferta reduzida de oxigênio que então passam a receber, imediatamente aumentam a síntese da eritropoietina. Enquanto a hemácia vai sendo formada, na medula óssea, em seu citoplasma uma importante molécula protéica vai sendo continuamente sintetizada e se acumulando no interior da célula: a hemoglobina. Para que ocorra uma normal produção de hemoglobina, é necessário que não haja falta de um min- eral muito importante para sua síntese: o íon ferro. Na falta de ferro haverá, como conseqüência, falta de hemoglobina no inte- rior das hemácias, o que afetará nitidamente o transporte de oxigênio no sangue. Por isso é muito importante que o íon ferro esteja freqüentemente presente na alimentação das pessoas. Devido a grande importância do íon ferro na produção de hemoglobina e devido a importância da hemoglobina no transporte de oxigênio no sangue, existe um sistema importante, também, para transporte e armazenamento do ferro em nosso organismo: O ferro, presente principalmente em alimentos como carnes, fígado, gema de ovos, feijão, couve, lentilha, espinafre, etc., logo após ser absorvido, na parede do intestino delgado, se liga a uma proteína presente no plasma denominada transferrina. Ligado à transferrina o ferro é transportado na corrente sanguínea. O ferro também permanece, du- rante semanas a meses, armazenados em nosso organismo, na forma de ferritina. Para se transformar em ferritina o ferro se liga a moléculas presentes, principalmente no fígado, chamadas de apoferritina. Leucócitos Também chamados de glóbulos brancos, são as células responsáveis pela defesa de nosso corpo. Cada milímetro cúbico de sangue contém aproximadamente 6.000 a 8.000 leucócitos. Existem 5 tipos de leucócitos: - neutrófilos - eosinófilos - basófilos - monócitos - linfócitos Os 3 primeiros tipos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) apresentam grânulos citoplasmáticos. Por isso são também denominados granulócitos. Já os monócitos e linfócitos não apresentam grânulos citoplasmáticos. Por isso são conhecidos como agranulócitos. Devido ao aspecto do núcleo, neutrófilos, eosinófilos e basófilos são conhecidos como polimorfonucleares, enquanto que monócitos e linfócitos são conhecidos como mononucleares. Os quatro primeiro tipos de leucócitos citados acima (neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos) são produzidos na medula óssea, a partir de uma célula-mãe chamada mieloblasto. Já os linfócitos são produzidos em diversos tecidos denominados linfóides (gânglios linfáticos, amídalas, adenóides, timo, apêndice, etc.) e são todos derivados de uma célula primordial linfocítica. Os linfócitos atuam de uma forma diferente dos demais leucócitos. São responsáveis por um sistema de defesa, denominado sistema imunológico. Propriedades dos Leucócitos - fagocitose - diapedese - quimiotaxia - movimento amebóide Em quase todos os tecidos de nosso corpo existem células de defesa habitando tais tecidos, desempenhando o papel de uma primeira linha de defesa nesses tecidos quando invadidos por algo estranho, que deveria ser imediatamente eliminado. Tais células de defesa, fixas e teciduais, são denominadas macrófagos. Os macrófagos são células com grande poder de fagocitose. Eis alguns exemplos de macrófagos e os tecidos onde habitam: - células de Küppffer - fígado - macrófagos alveolares - pulmões - histiócitos teciduais - sub cutâneo - microglia - cérebro - células reticulares - gânglios linfáticos, baço e medula óssea Os monócitos, que são célulasFormação do Coágulo 105 Imunidade Celular. Formam clones de linfócitos específicos para combater os agentes portadores dos antígenos detectados a cada ataque e os lançam na circulação. Suas células precursoras, primitivas, teriam sido processadas, durante a vida fetal, no timo. - Linfócitos B: Responsáveis por uma modalidade de defesa chamada Imunidade Humoral. Não formam clones. Cada vez que detectam a presença de agentes com antígenos estranhos, transformam-se inicialmente e células maiores chamadas plasmoblastos. Estas, então, passam a formar centenas de células chamadas plasmócitos. Cada plasmócito produz e libera na circulação, a cada segundo, milhares de moléculas protéicas de imunoglobulinas. As imunoglobulinas são especificamente formadas com a capacidade de detectarem e se aderirem a cada estrutura portadora daqueles mesmos antígenos detectados por suas células produtoras. Os anticorpos (imunoglobulinas) vão sendo liberados na circulação e podem eliminar os agentes considerados estranhos, destruindo-os, através de uma ação direta ou indireta. Ação Direta As imunoglobulinas ligam-se diretamente às estruturas antigênicas dos agentes estranhos. Podem, então, desencadear diversos efeitos como: - aglutinação: os anticorpos, aderidos aos seres estranhos, aderem-se uns aos outros, formando verdadeiros “grumos” ou aglutinados. Estes serão, certamente, mais facilmente destruídos por outras células específica tendência de se aderirem às estruturas