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MALÁRIA CICLO DE VIDA • Agente etiológico: Plasmodium falciparum (BR), Plasmodium vivax (BR), Plasmodium malariae, Plasmodium ovale. • Vivax e ovale tem hipinozoitos — O mosquito tem ESPOROZOÍTOS do plasmodium na GLÂNDULA SALIVAR — FASE EXOERITROCÍTICA ➔ O mosquito vai inocular cerca de 8-15 esporotozítos na corrente sanguinea ➔ Os esporozoítos vao seguir pelo sangue por ~30-40 min até CHEGAR nos HEPATÓCITOS, e vão iniciar sua multiplicação assexuada dentro deles, dando origem a muitos merozoítos — Depois de cerca de 10-15 dias já há um número suficiente de merozoítos e então eles ROMPEM a membrana plasmática dos HEPATÓCITOS e vão novamente para a corrente sanguínea INVADIR AS HEMÁCIAS ➔ A partir da infecção dos hepatócitos, forma-se até 10 mil novos merozoítos ➔ Uma parte do plasmodium vivax e ovale fica latente dentro dos hepatócitos, permitindo recaídas dentro de 3-6 meses ➔ O ciclo do P. falciparum dentro do hepatócito vai de 5-10 dias, é mais curto — Essa parte do ciclo geralmente é assintomática, mas algumas pessoas relatam dores fracas no abdome e náuseas FASE ERITROCÍTICA — Para adentrar a hemácia, o merozoíto se liga a receptores na superfície das hemaceas — ao se ligar aos receptores, sofre invaginação e fica isolado do citoplasma pela membrana de um vacúolo — Na hemácia, o merozoíto fará sucessivas mitoses para se multiplicar e iniciara seu processo de diferenciação — Vai passar de MEROZOÍTO → TROFOZOÍTO JOVEM → TROFOZOÍTO MADURO (forma em anel) — Depois de trofozoítos ele pode seguir por 2 caminhos: 1. Pode se diferenciar em ESQUIZONTE, que é a forma em DIVISÃO ASSEXUADA do plasmodium que dará ORIGEM A NOVOS MEROZÓITOS, que vão para a corrente sanguínea INFECTAR novas HEMACEAS 2. Pode se diferenciar em GAMETÓCITOS, que são INGERIDOS PELA FÊMEA do mosquito quando picar o doente NO MOSQUITO — Depois de ingerir os gametófitos, eles vão para o interior do mosquito, se TRANSFORMAM em MICROGAMETÓCITO (macho) e MACROGAMETÓCITO (fêmea) e nisso rompem a membrana da hemácia que estavam — FECUNDAÇÃO — O micro e o macrogametócito vão se encontrar e vai haver a FECUNDAÇÃO, formação do ZIGOTO, o qual originada o OOCINETO, o qual penetra o tecido do estomago do mosquito e se torna OOCISTO — O OOCISTO aumenta de tamanho, se torna maduro (4-15 dias) e se ROMPE, LIBERANDO muitos ESPOROZOÍTOS que se formaram dentro dele para o INTERIOR do MOSQUITO — Esses esporotozítos vao chegar até GLÂNDULAS SALIVARES Inoculação no homem — Quando o anopheles picar o indivíduo, os esporozoítos SÃO INOCULADOS cerca de 8-15 esporozoítos na corrente sanguínea — E então eles iniciam novamente o ciclo — Dentro da hemácia o PLASMODIUM se ALIMENTA de HEMOGLOBINA que tem FE, o qual é TOXICO para o parasita e por isso ele CRISTALIZA O FE em uma vesícula, FORMANDO um composto chamado de HEMOZOÍNA – que da cor às células infectadas (PIGMENTO MALÁRICO) — IMUNIDADE INTERAÇÃO COM O SISTEMA IMUNE — Toda a reação imune se inicia com presença do parasita e de hemácias contaminadas no sangue, pois essa destruição da hemácia libera glicolipídios similares a endotoxinas bacterianas que ativam o SI — O GPI é uma proteína de membrana das hemaceas que induz a ativação de citocinas liberadas pelos macrofagos como o TNF e IL-1 — A imunidade humoral é importante contra o plasmodium MOSQUITO → ESPOROZOÍTO→ MEROZOÍTO → TROFOZOÍTO→ ESQUIZONTE OU GAMETÓCITO — Há formação de anticorpos específicos para os esporozoítos e ao se ligarem a ele, impede que entre no hepatócito — Há anticorpos contra moléculas de adesão presentes na superfície dos merozoítos, o que impede sua entrada nas hemaceas — Há anticorpos contra moléculas de adesão das hemaceas infectadas, e isso impede que elas se liguem ao endotélio, impedindo a obstrução vascular — Macrófagos tem função de: ➔ Fagocitar os merozoítos ➔ Secretam citocinas proinflamatorias como as IL-1 que é pirogênica, sendo uma das responsáveis pela febre na malária ➔ Os ABCESSOS de FEBRE são provocados pela liberação de CITOCINAS PIROGÊNICAS (IL) durante o rompimento das hemácias — Os linfócitos T atuam na citotoxicidade nos hepatócitos infectados — Ocorre a depuração no baço de hemácias infectadas, ajudando a diminuir a parasitemia — FALHAS: — O plasmodium tem muita variação genica e isso dificulta a formulação de uma resposta antígeno especifica — Como o parasita é intracelular, ele consegue escapar da ação do sistema imune — Em formas graves da malária pode haver supressão da resposta imune, dificultando a quimiotaxia de leucócitos e reduzindo fagocitose por impedir liberação de INF-gama Malária – sintomas comuns — Sintomas clássicos: febre com intervalos de 24, 48 ou 72 horas dependendo do tipo de plasmodium + cefaleia, tremores e a sudorese intensa — Sintomas leves ou assintomáticos podem ocorrer em casos de baixa parasitemia ou pacientes com imunidade que impede o desenvolvimento da doença — Recaídas e cronicidade da malária são frequentes, principalmente com o P. vivax e ovale ➔ Latencia do plasmodium nos hepatócitos ou ➔ Resistência aos fármacos, como com o P. falciparum MALÁRIA POR P. VIVAX SINTOMAS — Vivax consegue invadir hemaceas jovens (reticulócitos) — Ocorre a cada 48 horas — Os sintomas se manifestam cedo, antes da parasitemia alcançar níveis detectáveis em exames — Há o CALAFRIO, que dura 1 hora ou mais — Há tremor de dentes, TREMORES em geral — Depois há FEBRE que sobe rapidamente, chegando a 41ºC em 1-2 horas e logo depois vem a SUDORESE INTENSA — Outros sintomas são comuns, como: ➔ Cefaleia, náuseas, vomito, mialgia, artralgia — Pode-se haver ASTENIA devido a febre, levando a um quadro de SONOLÊNCIA MALÁRIA POR P. VIVAX COMPLICADA — Geralmente a malária por vivax é benigna, mas nos últimos anos a incidência de formas graves tem aumentado — É frequente a afecção do pulmão, com presença de tosse, podendo levar a insuficiência respiratória Anemia — É a complicação mais comum na malária — afeta principalmente crianças e gestantes Hemorragia — devido a trombocitopenia intensa — isso causa hemorragias pequenas, hematemesi, ... Ruptura do baço — ocorre muito em pessoas que se infectaram pela primeira vez — é um sintoma de manifestação tardia e pode ocorrer de forma espontânea ou através de traumas Recaídas — É o reinício dos sintomas, devido a plasmodiuns que permaneceram sobrevivendo nos hepatócitos PLASMODIUM FALCIPARUM − Não induz alteração no eritrócito − Raramente as hemácias vao ter grânulos (granulaç~eos de Maurer) − A forma no interior da hemácia é: o Trofozoíto jovem: pequeno e delicado, com citoplasma + cromatina formando aspecto de anel. É comum haver mais de um em cada hemácia o Esquizonte: são raros na circulação periférica, geralmente são arredondados, cromatina separada em grânulos grossos, contorno mais regular. Faz com que o eritrócito fique aderido no endotélio do vaso, por isso essa forma esquizonte dificilmente serão liberadas o Gametócito: alongado e curvo – banana – em forma de foice ou meia lua, com citoplasma azul intenso, cercado com pigmento malárico PLASMODIUM VIVAX − A hemácia fica aumentada e com granulações de Shuffner frequentes o Trofozoíto jovem: citoplasma espesso, núcleo com cromatina única o Trofozoíto maduro: citoplasma irregular com aspecto ameboide o Esquizonte: é comum haver esquizontes, tem forma ameboide, tem citoplasma irregular com pontos escuros no interior o Gametocito: ocupa quase o citoplasma do eritrócito todo, é arredondado, SINTOMAS — Tem os sintomas clássicos de malária, que são: ➔ Febre alta ➔ Sudorese intensa ➔ Cefaleia ➔ Mialgia ➔ Astenia ➔ Vomito ➔ Diarreia — Os sintomas podem ser acompanhados de: ➔ Hepatomegalia ➔ Icterícia ➔ Anemia — Pode-se haver sintomas mais graves, que se apresentam depois de 3-7 dias do inicio da febre — O sintoma inicialé a cefaleia, mais dor lombar, mialgia, anorexia, dor abdominal, náuseas, vomito e diarreia — A febre é alta e pode ser acompanhada de astenia, mialgia e palidez — Pode haver hepato e esplenomegalia e icterícia — Complicações mais graves e fatais aparecem de 3-7 dias do inicio da febre OBSTRUÇÃO VASCULAR — O falciparum tem uma forma de virulência que induz o aparecimento de protuberâncias na membrana das hemácias infectadas que as fazem aumentar sua adesão pelas células endoteliais das vênulas- pós-capilares em um processo de citoaderência — Essas protuberâncias são formadas por 2 tipos de proteínas: ➔ uma derivada da membrana plasmática da hemácia infectada ➔ outra derivada de uma proteína parasitaria — No endotélio, há receptores que vão se ligar com essas protuberâncias ➔ CD36 é o mais efetivo e está presente no endotélio, macrófagos e monócitos ➔ ICAM1 modulado pelo TNF é mais associado a adesão nos pequenos vasos do cérebro — Essa protuberância aumenta cinco vezes a força de adesão da hemácia infectada com o endotélio — A adesão provoca obstrução de pequenos vasos, principalmente dos vasos do cérebro e isso pode: ➔ diminuir o fluxo sanguíneo no local ➔ aumentar o PH ➔ induzir metabolismo anaeróbio ➔ causar isquemia — A infecção também transforma a superfície das hemácias, tornando-as mais redondas e rígidas — Em formas complicadas de malária, o AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR É SISTÊMICA e isso pode induzir sintomas mais graves no paciente SINTOMAS GRAVES MALÁRIA CEREBRAL — Com a lentidão do fluxo sanguíneo, há glicólise anaeróbia, que afeta o aporte de O2 e eleva a concentração de lactato no líquido cefalorraquidiano — As citocinas aumentam a produção de oxido nítrico, que inibe as neurotransmissões — Essa é a principal causa de morte de malária grave, principalmente em adultos — Malária cerebral, tem coma ou convulsões são mais comuns, cefaleia, confusão e irritabilidade. Em casos mais graves pode haver alterações respiratórias ➔ Causa morte de 15-30% dos casos e deixa sequelas em 10% dos pacientes ANEMIA — Ocorre devido a destruição das hemácias durante o ciclo de vida do patógeno — Há diminuição da eritropoiese na medula óssea que permanece por algumas semanas após a infecção aguda e como consequência disso, há diminuição da produção de células sanguíneas — Anemia grave, com hemoglobinas inferiores a 5 g\dL, sendo o normal ~12 Disfunção renal — Há necrose tubular e obstrução dos vasos, causando baixa perfusão de sangue nos rins — Insuficiência renal, com pouca diurese., mais presente em adultos Hipoglicemia — Ocorre devido a perda de apetite, devido ao aumento da demanda de glicose do organismo (a febre e o parasita consomem glicose) e devido a redução da produção hepática de glicose por causa de falha na gliconeogênese e na glicogenólise — Uma célula infectada consome 70% a mais de glicose que uma célula normal Disfunção hepática — Haverá destruição dos hepatócitos pelo parasita e diminuição do fluxo de bile — Há redução da síntese de fatores de coagulação, podendo haver sangramentos espontâneos — Haverá icterícia devido ao aumento da bilirrubina não conjugada por causa da disfunção dos hepatócitos — Também há obstrução de vasos hepáticos pela adesão de hemácias no endotélio EDEMA PULMONAR — É uma das formas mais complicadas da malária, ocorre principalmente em gestantes e adultos — Geralmente ocorre após o início do tratamento Disfunção esplênica — Há esplenomegalia, pois, o baço terá sua função de destruição de hemácias infectadas muito aumentada, isso o sobrecarregará, fazendo com que aumente de tamanho — O baço destruirá hemácias que estejam opsozinadas por anticorpos e aquelas hemácias com superfície rígida, que perderam a capacidade de se deformarem — A Malária grave é definida pela Organização Mundial de Saúde quando o paciente com parasitemia, tem 1 ou mais dos seguintes parâmetros: prostração (inabilidade de manter-se sentado sem ajuda), rebaixamento do nível de consciência, edema pulmonar ou síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), convulsões, choque cardiovascular, sangramento anormal, icterícia, hemoglobinúria, ou anemia grave (hemoglobina < 50g/L ou hematócrito < 15%). DIAGNÓSTICO − O diagnostico da malária será feito exclusivamente no seu ciclo eritrocítico − O diagnóstico é feito por gota espessa corada → padrão outro o Adapta-se ao panorama das áreas endêmicas o Permite identificar as espécies de Plasmodium, pois dependendo delas, vai haver diferenças no tratamento, prognóstico e controle o Permite quantificar a parasitemia − O esfregaço corado é usado quando não se tem acesso à gota espessa − Deve-se examinar mais de 100 campos no microscópio, principalmente quando se tem diagnostico e epidemiológica sugestiva, devendo investigar cerca de 500 campos − Critérios para diferenciação das hemácias o Formas ameboides encontradas no inteior das hemáticas o Características do núcleo, citoplasma, pigmento o Tamanho e quantidade desses elementos o Alterações na hemácia parasitada Diagnóstico laboratorial — Os testes laboratoriais são usados para: ➔ Diagnostico ➔ Acompanhamento da eficácia dos medicamentos ➔ Uso em pesquisas epidemiológicas ➔ Testar resistência aos fármacos ➔ Testar a imunidade do paciente MÉTODO DE DETECÇÃO DO PLASMODIUM DENTRO DAS HEMÁCIAS GOTA ESPESSA (GE) — É o PADRÃO OURO para detectar malária — Nessa técnica se causa a LISE DAS HEMACEAS e assim facilita a visualização do plasmodium no microscópio — Como se faz: ➔ Colhe-se uma gota de sangue por punção digital, prepara a lâmina e depois adiciona o corante especifico para o plasmodium e observa no microscópio ➔ É 20-30 vezes mais sensível que o esfregaço pois concentra mais sangue e consequentemente mais amostra para se observar — É possível observar: ➔ ESTÁGIO DE MATURAÇÃO do plasmodium (trofozoíto, esquizonte, gametócito) ➔ Presença e quantidade do plasmodium → importante para determinar a parasitemia no paciente e o fármaco — Desvantagem: ➔ A coloração pode causar a perda de alguns parasitas, sendo um problema em paucibacilares ➔ A morfologia do parasita pode não ser preservada, podendo confundir formas vivax com malariae por exemplo — Os programas de controle da malária geralmente usam esse método como rotina — O falciparum já pode ser detectado por exames em até 5 dias depois da infecção, dado que o seu ciclo de vida é mais rápido e libera mais merozoítos ESFREGAÇO — O sangue é colhido e imediatamente espalhado na lamina — É mais caro e menos sensível, porem preserva as hemaceas e as formas do parasita, facilitando a identificação das especies — Consegue identificar mais facilmente aqueles com baixa parasitemia MÉTODOS IMUNOCROMATOGRÁFICOS — Detectam proteínas do plasmodium em hemácias lisadas usando anticorpos mono e policlonais — Usa se uma gota do sangue do paciente em um papel de nitrocelulose que contem anticorpos contra o antígeno do plasmodium — São de fácil execução, demoram 15 min para realizar e são baratos — O uso desse exame é priorizado para aquelas áreas do brasil que não tem muitos recursos tenologicos para realizar o exame de GE — Desvantagens ➔ Não indicam parasitemia ➔ Dificultam a detecção quando há baixa parasitemia ➔ Não diferenciam entre as especies de plasmodium QUANTIFICAÇÃO DA PARASITEMIA − Método tradicional de avaliação semiquantitativa (em cruzes) − − TESTE RAPIDO − Baseiam-se na detecção de antígenos específicos de vivax e falciparum − É imunológico, recomendado pelo ministério da saúde para áreas remotas sem acesso à microscopia − É endemica na região amazônica − Não são tao sensives e específicos. Usados em regioes não endemica para malária, como RS Tratamento — O tratamento ajuda a: ➔ Evitar a progressão da malária para formas mais graves ➔ Cura clinica ➔ Destruir as formas latentespara evitar recaídas ➔ Reduzir as consequências da doença, como anemia grave, abortos, impedir resistência aos medicamentos, ... — Critérios para escolha do fármaco: ➔ Tipo do plasmodium ➔ Classificação clinica: malária não complicada ou malária grave ➔ Grupos especiais, como crianças, gestantes e idosos ➔ Epidemiologia da área, para saber se já há formas resistentes a antimaláricos — Deve-se usar uma combinação de fármacos, para ter melhores resultados e impedir a resistência — Além disso os fármacos são oferecidos no SUS pelo ministério da saúde — durante o período de tomada do fármaco TRATAMENTO DA MALÁRIA SEM COMPLICAÇÕES POR PLASMODIUM VIVAX — A malária não complicada causada pelo vivax pode-se usar medicação oral, não necessitando de internação, contudo deve-se observar sinais de aparecimento de sintomas graves — Usa-se cloroquina ➔ 25 mg/kg/dia por 3 dias em tomada diária — Primaquina ➔ 0,25 mg/kg/dia durante 14 dias — Primaquina elimina os hipnozoítos que ficam quiescentes nos hepatócitos da P. vivax e P. ovale — Não é usada em menores de 6 meses e gestantes e pessoas com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase ➔ Essa enzima protege hemaceas contra danos oxidativos, prolongando seu tempo de vida e sua deficiência causa hiperbilirrubinemia — Se houver recaicas por P. vivax, deve ser administrado um novo esquema terapêutico — Em caso de segunda recaída é feito um esquema profilático com uma dose única semanal de cloroquina durante 12 semanas — O tratamento da P. malariae é usado cloquina nas mesmas doses que o tratamento para P. vivax — Os casos de Malária grave por P. vivax são tratados como Malária grave causada por P. falciparum. MECANISMO DE AÇÃO DA CLOROQUINA — É um esquizonticida — Ela se concentra nos vacúolos alimentares do parasita e impede a cristalização do grupo heme da hemoglobina em hemozoína — Como o grupo heme é toxico para o parasita, ele acaba morrendo dentro da hemácia — A resistência a ele é muito comum entre o P. falciparum POR PLASMODIUM FALCIPARUM — A Malária complicada exige administração parenteral das drogas esquizonticidas — PRIMEIRA ESCOLHA — Combinação de artemeter + lumefantrina administrados por 3 dias ➔ Destrói os plasmódios por inibição da sua síntese protéica — Não deve ser administrado a gestantes no 1º tri e nem em crianças menores de 6 meses — SEGUNDA ESCOLHA TERAPÊUTICA — Quinina + doxiciclina — Não usar em gestantes e crianças com menos de 8 anos — GRAVIDAZ E CRIANÇAS <6MESES — Para ambos: Associação de quinina + clindamicina — Em gestantes: artemeter + lumefantrina MALÁRIA MISTA: FALCIPARUM + VIVAX — Combinação de derivados de artemisina (artesunato + lumenfrantrine ou artemeter + mefloquina) durante 3 dias — A partir do quarto, iniciar primaquina para vivax por 7 dias TRATAMENTO DA MALÁRIA GRAVE OU COMPLICADA — Artesunato ou quinino intravenosos ou via oral se o paciente conseguir engolir — Pode usar artemer IM no lugar ou via oral se o paciente conseguir engolir — Ambos tem que ser complementados com clindamicina intravenoso ou via oral — Tratamento de suporte — Deve-se manter o paciente hidratado, mas deve-se evitar a hiper-hidratação — A glicemia deve ser monitorada para evitar a hipoglicemia comum em crianças e gestantes e pessoas que estão tomando quinino — Antitérmicos para a febre — Diazepam para casos de convulsões — Deve-se evitar antiinflamatorios por causa da trombocitopenia AVALIAÇÃO DO SUCESSO TERAPÊUTICO — Se tomada a dose do fármaco corretamente haverá a REMISSAO CLINICA, que é quando os sintomas desaparecem — A CURA CLINICA ocorre quando há desaparecimento dos sintomas 14 dias após o inicio do tratamento — Há CURA PARASITOLÓGICA quando o plasmodium é eliminado do sangue — O FRACASSO PRECOCE DO TRATAMENTO ocorre quando há em até 3 dias: ➔ Aumento da parasitemia desde o inicio do tratamento ➔ Aumento ou manifestação de sintomas graves — O FRACASSO TARDIO DO TRATAMENTO ocorre quando entre 4-28 dias há: ➔ Sinais de malária grave ➔ Ausência de redução da parasitemia — A RESPOSTA CLINICA ADEQUADA ocorre quando não são encontrados nenhum sinal de fracasso do tratamento PREVENÇÃO E CONTROLE DA MALÁRIA — Para se implementar medidas de prevenção, deve-se conhecer a epidemiologia do local — Alguns fatores devem ser considerados: ➔ Características sociais da população ➔ Intensidade e periodicidade da malária ➔ A espécie ➔ A sensibilidade ➔ Espécie de mosquito vetor mais comum no local ➔ A oferta de serviços de saúde CONTROLE VETORIAL — IMPORTÂNCIA: — O controle vetorial é importante para evitar epidemias e diminuir a transmissão da doença — COMO É FEITO EM LOCAIS ENDÊMICOS: — Uso de inseticidas: ➔ Para borrifar dentro das casas ➔ Uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas, para por nas janelas e ao redor da cama a noite ajuda a repelir o mosquito — Erradicação de locais de procriação do mosquito ➔ O mosquito se reproduz em agua limpa e parada, semelhante a dengue, então eliminar locais de agua parada ajuda na eliminação do inseto ➔ Uso de biolarvicidas em locais que naturalmente tem muita agua, como piscinas — Para pessoas que estão viajando para locais endêmicos de malária é recomendado: ➔ Não sair a noite para evitar o contato da pessoa com o mosquito, que tem mais hábitos noturnos ➔ Usar inseticida e roupas de manga ➔ Pode-se usar fármacos como profilaxia, contudo é recomendado apenas para grupos especiais, como militares, missionários e diplomatas que vão ir para áreas de intensa transmissão da malária, pois os sintomas adversos e contraindicações dos fármacos devem ser consideradas ➔ Então se os riscos de morte por P. falciparum for maior que o risco de efeitos adversos, deve ser usado doxiciclina, mefloquina, atavaquona + proguanil ou cloroquina — COMO FAZER EM ÁREAS NÃO ENDÊMICAS: — Nem todos os métodos de controle são necessários se há baixa ou quase nenhuma incidência do patógeno — Se houver surtos ou epidemias, deve-se fazer a borrifação de inseticidas nas casas como forma de prevenção de uma futura endemicidade na região — Caso seja detectado algum caso da doença, deve-se fazer pesquisa epidemiológica para identificar a procedência do paciente e verificar uma possível possibilidade de surto
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