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CODEÍNA NOME DOS ALUNOS NOME DA DISCIPLINA NOME DO PROFESSOR 1 CARACTERÍSTICAS A Codeína é uma substância de extrema importância para manipulação de diversos fármacos; É um alcaloide opiáceo que pode ser obtido diretamente da papoula Papaver somniferum ou sinteticamente por metilação da morfina; Foi primeiramente isolada por Robiquet em 1832; 2 CODEÍNA CARACTERÍSTICAS A estrutura da codeína apresenta dois anéis planares sendo um deles aromático e dois anéis alifáticos que formam praticamente um ângulo reto com os anéis planares. O grupo amina dá à estrutura a característica básica da molécula. A codeína é mais lipossolúvel que a morfina devido à presença da hidroxila alcoólica. Acidez e basicidade: A codeína é altamente básica e ao dissolver essa base orgânica abaixa o pH do meio. 3 CODEÍNA FÓRMULA QUÍMICA Fórmula molecular: C18H21NO3 IUPAC: (5α,6α)-7,8-didehydro-4,5-epoxy- 3-methoxy-17-methylmorphinan-6-ol Número CAS: 76-57-3 Fórmula estrutural: 4 CODEÍNA GEOMETRIA DA MOLÉCULA 5 Estrutura tridimensional da Codeína CODEÍNA FUNÇÕES ORGÂNICAS 6 Éter Éter Amina Álcool CODEÍNA Cont. LIGAÇÕES QUÍMICAS Analisando as ligações dos Átomos de Oxigênio 7 F > O > N > Cℓ > Br > I > S > C > P > H δ+ δ+ δ+ δ+ δ- δ- δ- δ- δ+ δ- CODEÍNA LIGAÇÕES QUÍMICAS Eletronegatividade dos átomos: F > O > N > Cℓ > Br > I > S > C > P > H Os átomos mais eletronegativos atraem os elétrons para si, criando assim os pólos 8 CODEÍNA Cont. LIGAÇÕES QUÍMICAS Analisando as ligações dos Átomos de Nitrogênio 9 F > O > N > Cℓ > Br > I > S > C > P > H δ+ δ+ δ+ δ+ δ- δ- δ- δ- δ- δ+ δ- δ- δ- δ+ δ+ δ+ CODEÍNA 10 δ+ δ+ δ+ δ+ δ- δ- δ- δ- δ- δ+ δ- δ- δ- δ+ δ+ δ+ Devido a presença de momento de dipolos diferentes de zero a Codeína é uma molécula POLAR POLARIDADE DA MOLÉCULA CODEÍNA 11 δ+ δ+ δ+ δ+ δ- δ- δ- δ- δ- δ+ δ- δ- δ- δ+ δ+ δ+ Devido a presença de momento de dipolos diferentes de zero a Codeína é uma molécula POLAR POLARIDADE DA MOLÉCULA SOLUBILIDADE Água Etanol (96%) CODEÍNA PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Ponto de fusão: 155 a 158°C Ponto de ebulição: 440°C (estimativa aproximada) Ponto de ignição: 75°C Peso molecular: 299, 35 g./mol pH: 9,8 (em solução aquosa saturada) pKa: 8,21 (a 25°C) Meia-vida biológica: 2,5 a 3 horas 12 CODEÍNA Aparência da substância: pó cristalino branco ou incolor Inodoro Gosto amargo Estabilidade: Estável, mas sensível à luz. Combustível. Incompatível com agentes oxidantes fortes, brometos, iodetos, sais e metais pesados 13 Cont. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS CODEÍNA OBTENÇÃO DA CODEÍNA Derivada da morfina, onde a hidroxila fenólica da morfina foi metilada para formação da codeína; 14 Fonte: Csek e, Leland J. et al. Natura l Products from Plants. 2 ed CODEÍNA OBTENÇÃO DA CODEÍNA Mecanismo de reação para Obtenção da Codeína por meio da morfina 15 CODEÍNA OBTENÇÃO DA CODEÍNA A codeína pode ser protonada por meio da adição de um ácido; O ácido conjugado da codeína pode ser desprotonado por meio da adição de uma base, pois a hidroxila ligada ao anel aromático é metillada, tornando-o um grupo metoxila, MeO- A água é o solvente ideal para a extração da codeína após a reação com o ácido; 16 CODEÍNA OBTENÇÃO DA CODEÍNA A codeína pode ser separada de outros compostos por meio da extração líquido-líquido, conforme representado pelo esquema a seguir: 17 CODEÍNA OBTENÇÃO DA CODEÍNA/ ROTAS SINÉTICAS 18 CODEÍNA FICHA TÉCNICA Reatividade Incompatível com brometos, iodetos e sais de metais pesados Neutraliza os ácidos em uma reação exotérmica Podem ser incompatíveis com isocianatos, compostos orgânicos halogenados, peróxidos, fenóis (ácidos), epóxidos, anidridos e haletos ácidos. Em combinação com agentes redutores fortes, como hidretos, gera hidrogênio gasoso inflamável. 19 CODEÍNA Inflamável: Categoria 2 Toxicidade aguda: Inalação, Categoria 3 Oral, Categoria 3 Pele, Categoria 3 Toxicidade sistema em órgão alvo (exposição única), Categoria 1 Rotulagem de acordo com o Regulamento (CE) n° 1272/2008 20 Cont. FICHA TÉCNICA Classificação toxicológica em função da sua categoria Categoria 1 – Extremamente tóxico Categoria 2 – Altamente tóxico Categoria 3 – Moderadamente tóxico Categoria 4 – Pouco tóxico Categoria 5 – Improvável de causar dano agudo Inflamável Tóxico Perigo de aspiração CODEÍNA 20 NORMAS DE SEGURANÇA E CUIDADOS DE MANUSEIO Temperatura de armazenamento: 2 a 8°C Manter longe de calor, faíscas, chamas e superfícies quentes Proibido fumar Utilizar luvas de proteção, roupas de proteção, proteção ocular e proteção facial Não respirar a substância em forma de poeira, fumaça, gás, névoa, vapores ou spray Lavar bem as mãos após o manuseio Retirar imediatamente toda a roupa contaminada e lavá-la antes de reutilizá-la 21 CODEÍNA FARMACOLOGIA A codeína (como fosfato de codeína) possui propriedades analgésicas, antitússicas e antidiarreicas. Esta é prescrita em casos de tosse seca e persistente, de grande incómodo para o doente; Em associação com outros fármacos, como o paracetamol, pode ser usada para o alívio da dor. 22 CODEÍNA FARMACOLOGIA A codeína pode ser associada a diferentes substâncias ativas, disponíveis no mercado. 23 CODEÍNA FARCOCINÉTICA Metabolismo: A codeína é principalmente metabolizada no fígado com uma taxa de metabolização de 30 mg por hora. Aproximadamente 80% da codeína administrada é convertida em metabolitos inativos; Por N-desmetilação via CYP3A4 a codeína é convertida em norcodeína. Por glucuronidação via UDP-glucuronosiltransferase a codeína é metabolizada a codeína-6-glucuronideo. A O-metilação da codeína em morfina pela CYP2D6 é a via metabólica minoritária. No entanto, é essencial para a atividade opioide da mesma, metabolizando cerca de 5 a 10% da codeína administrada. Por sua vez, a morfina sofre uma reação de glucuronidação, originando os seguintes metabolitos: morfina-3-glucuronideo e morfina-6-glucuronideo. Ao contrário do metabolito morfina-3-glucuronideo, o metabolito morfina-6-glucuronideo tem propriedades analgésicas. 24 CODEÍNA FARCOCINÉTICA Via de metabolização pela CYP2D6 é essencial para a atividade opioide da codeína; 25 CODEÍNA FARCODINÂMICA A analgesia induzida pelos opioides é devida à sua ação em vários locais do Sistema Nervoso Central (SNC) e envolve diversos sistemas de neurotransmissores; Pensa-se que os análogos da morfina, como a codeína, atuam nestes recetores reduzindo a libertação de neurotransmissores, como a substância P, que medeia a transmissão dos impulsos da dor. Locais de ação dos analgésicos opióides 26 CODEÍNA TOXICOLOGIA Adultos: A dose letal para adultos varia entre 0,5 e 1,0 g. Esta dose pode causar convulsões, perda de consciência e morte por falência respiratória num período mínimo de 4 horas; Crianças: Doses superiores a 5 mg/kg podem causar depressão respiratória grave. As crianças podem apresentar sinais de toxicidade a partir de 1/20 da dose mínima letal de 800 mg. Um xarope da tosse que contenha 10 mg de codeína/5 ml causa efeitos tóxicos graves após a administração de duas doses de 5 ml em bebés prematuros com três meses; Tratamento da Superdosagem: A depressão respiratória deve ser tratada através da realização de ventilação assistida ou através da administração intravenosa de naloxona, A naloxona, antagonista opioide, é usada como antídoto contra a depressão respiratória causada pela sobredosagem de codeína, devendo ser administrada por via intravenosa, em doses sucessivas de 0,4 a 2,0 mg, até que o efeito desejado seja obtido. 27 CODEÍNA EFEITOS DIVERSOS Analgesia, euforia, sedação e depressão respiratória. Sendo esta última uma das principais causas de morte do envenenamento por opioides. Todos os analgésicos opioides podem produzir depressão respiratória significativa ao inibirem os mecanismos respiratórios do tronco encefálico. A depressão respiratória está relacionadacom a dose e continua a ser um dos desafios clínicos mais difíceis no tratamento da dor intensa; A supressão do reflexo da tosse constitui uma ação bem conhecida dos opioides. A codeína em particular tem sido utilizada com proveito em indivíduos acometidos de tosse patológica, bem como em pacientes nos quais é necessário manter a ventilação através de um tubo endotraqueal. 28 CODEÍNA CONTRAINDICAÇÕES Crianças com idade inferior a 12 anos; Crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos e com problemas respiratórios ; Indivíduos que sejam metabolizadores ultrarrápidos; Gravidez e aleitamento; Casos de hipersensibilidade à codeína; Caso de doença pulmonar obstrutiva crónica, depressão respiratória e ataques de asma agudos; Caso de diarreia associada a colite pseudomembranosa, causada por cefalosporinas, lincomicinas ou penicilinas, nem em diarreia causada por intoxicação, até que tenha sido eliminado todo o material tóxico do trato gastrointestinal. 29 CODEÍNA OBRIGADO ! 30 CODEÍNA REFERÊNCIAS Chemical Book. Disponível em: <https://www.chemicalbook.com/ProductChemicalPropertiesCB3407233_EN.htm>. Acesso em 29/04/2019. Safety data sheet-codeine CRM. Cayman Chemical. Disponível em: <https://www.caymanchem.com/msdss/ISO60140m.pdf>. Acesso em 29/04/2019. BALBANI, A. P. S.. Tosse: neurofisiologia, métodos de pesquisa, terapia farmacológica e fonoaudiológica. International Archives Of Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 2, n. 16, p.0-10, jun. 2012. SANTANA, L. O.; PALERMO, J. M.; BANDEIRA, F. H.; MAZZEO, L. B.; BANDEIRA, P. A. F.; MASUNARI, A. Aspectos Químicos e Farmacológicos da Codeína. III Simpósio de Ciências Farmacêuticas, 2014. 31 CODEÍNA
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