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Aula 7
Pontuação: vírgula
Amélia Lopes Dias de Araújo
Atualização
Gramatical
Meta
Objetivos
Compreender o emprego da vírgula na 
Língua Portuguesa e a sua relação com 
a organização sintática da frase.
Ao final da aula, o aluno será capaz de:
1. Reconhecer as formas de colocação dos 
termos da oração e sua relação com a 
vírgula;
2. Identificar os termos da oração e sua 
relação com a vírgula;
3. Reconhecer as situações gramaticais em 
que o uso da vírgula é proibido;
4. Empregar a vírgula de acordo com as 
regras da norma culta;
sUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................... 4
7. 1. 1 Ordem de colocação ................................................................................... 5
7.1.2 Vírgula proibida ............................................................................................... 6
7.2 Vírgula entre os termos da oração ........................................................... 9
7.3 Vírgula entre orações ...................................................................................... 12
7.4 Vírgula: casos especiais ................................................................................ 16
Conclusão .................................................................................................................... 20
Referências ................................................................................................................. 21
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical4
SAIBA MAIS
Introdução
“Vírgula é o sinal vermelho mais rápido que existe
na avenida da frase, entre as ruas das palavras que nos confundem e se completam a 
todo instante.
Um instante de pausa, uma pausa no insistente diálogo com si mesmo um duelo entre 
a fala, a calma e o silêncio.
Vírgulas são lágrimas dispostas nas mais belas palavras
do livro, da bula de remédio, do aviso na geladeira e nos fazem parar por segundos para 
que a gente nunca perca o encanto nem de admirar a palavra seguinte nem de lembrar 
com carinho da que já passou (...).”
[Ithalo Furtado]
Fonte: Poesiadiaria
Quem tem medo da vírgula? Esse pequeno sinal de pontuação é o terror de muita gente 
letrada por aí. Provavelmente não é esse o seu caso, pois você já tem um bom conhecimento 
do assunto. Mesmo assim, é sempre importante rever as regras de pontuação, pois o mau uso 
da vírgula pode acarretar alteração de sentido. Veremos então nesta aula os fundamentos da 
pontuação e as principais regras de emprego da vírgula.
Os sinais de pontuação surgiram inicialmente como recursos para representar na 
linguagem escrita pausas, entonações, interrupções bruscas. Atualmente, a pontuação 
apresenta a finalidade precípua de indicar ao leitor a estrutura sintática da oração. Empregada 
corretamente, a pontuação contribui tanto para a estruturação da frase em si quanto para 
tornar mais eficiente e expressivo o ato de comunicação.
Os primeiros sinais de pontuação surgiram no início do Império Bizantino. 
Mas sua função era diferente das atuais. O que hoje é o ponto final servia para 
separar uma palavra da outra. Os espaços brancos entre palavras só apareceram 
no século VII, na Europa. Foi quando o ponto passou a finalizar a frase. (...) Os 
gráficos italianos também inventaram a vírgula e o ponto e vírgula no século XV. 
(...) Os dois-pontos surgiram no século XVI. O mais tardio foi a aspa, que surgiu 
no século XVII. Tudo foi ficando mais claro com o aumento da importância da 
escrita. [Revista Superinteressante, 6-6-1997.]
https://poesiadiaria.wordpress.com/2009/09/17/virgula/
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical5
 7.1 Vírgula
Quando você encontra uma vírgula no texto, sabe que deve fazer ali uma pequena 
pausa na leitura. Apesar disso, você sabe também que não é essa a função dela. Ainda que 
o objetivo do escritor seja dar ritmo, enfatizar um termo, criar efeitos de sentidos, o principal 
uso da vírgula obedece a critérios sintáticos. Só emprega bem a vírgula quem sabe analisar 
sintaticamente uma frase, pois ela é o sinal de pontuação empregado para indicar quebra de 
ligação sintática entre os elementos da oração.
De modo geral, a vírgula serve para:
• indicar a separação de termos da oração por meio de intercalação, deslocamento;
• separar orações; dar ênfase a elemento(s) da frase;
• e desfazer ambiguidades.
Veremos cada uma dessas situações separadamente.
7. 1. 1 Ordem de colocação
Vamos revisar alguns conceitos importantes para entender as regras de emprego da 
vírgula: a ordem de colocação dos termos na oração — ordem direta, ordem indireta.
 
Ordem direta
Os termos da oração organizam-se numa sequência natural. Na língua portuguesa, 
essa sequência é: sujeito + verbo + complementos + adjuntos adverbiais. Dispostos dessa 
maneira, dizemos que os termos estão na ordem direta. Confira:
O período composto por subordinação também apresenta ordem direta: oração 
principal + oração subordinada. Veja:
A comissão indeferiu o pedido ontem.
sujeito sujeito adjunto
adverbial
complemento
verbal
A comissão concluiu que o pedido deve ser indeferido.
oração principal oração subordinada
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical6
Ordem indireta
A frase está na ordem indireta quando a disposição de seus termos for diferente da 
prevista na ordem direta. Os termos mudam de lugar, como no exemplo:
Será que a ordem da frase interfere no uso da vírgula?
Sim. Interfere, por dois motivos. Primeiro: é proibido o uso da vírgula entre os termos 
principais da oração (sujeito, verbo e complementos verbais), estejam eles na ordem em que 
estiverem, seja a indireta, seja a direta. Segundo: a vírgula indica a quebra da ordem sintática, 
seja por deslocamento, seja por intercalação de elementos entre os termos da oração.
 Vejamos a seguir os casos em que a vírgula é proibida.
7.1.2 Vírgula proibida
a) Entre o sujeito e o verbo:
b) Entre o verbo e o sujeito:
 
c) Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva 
(subjetiva, objetiva direta, indireta, completiva nominal ou predicativa):
Ontem a comissão indeferiu o pedido.
verbosujeitoadjunto
adverbial
complemento
verbal
Recomendações existem.
sujeito verbo
vírgula proibida
Existem recomendações.
sujeitoverbo
vírgula proibida
É importante que o aluno participe dos fóruns.
oração principal oração subordinada:
completa a oração principal
vírgula proibida
Oração subordinada 
substantiva é toda oração 
que funciona como termo 
(sujeito, objeto, predicativo, 
adjunto adverbial, 
complemento nominal, 
aposto) da outra oração.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical7
OBSERVAÇÃO
 d) Entre o verbo e o seu complemento (objeto direto ou indireto):
 
e) Entre o verbo e o objeto indireto, e entre este e o objeto direto:
f) Entre o verbo e o objeto direto, e entre este e o objeto indireto:
Deslocamento dos adjuntos adverbiais
O adjunto adverbial é o termo que se junta ao verbo para indicar a circunstância em 
que a ação verbal ocorreu. A posição mais comum desse termo é o fim da frase, posição em 
que geralmente não requer vírgula. Veja no exemplo:
Quando o adjunto adverbial é deslocado para o início ou para o interior da oração, 
passa a ser separado por vírgula(s). Observe os exemplos a seguir:
Com muito cuidado, o coordenador analisou a situação.
O coordenador, com muito cuidado, analisou a situação.
O coordenador analisou, com muito cuidado, a situação.
 
Os adjuntos adverbiais de pequena extensão (geralmente representados por 
uma única palavra) não precisam ser isolados por vírgula, a não ser que se queira lhe 
dar ênfase ou ocorra mudança de sentido.
O não (adjunto adverbial de negação) deve ser empregado sempre sem vírgulas.
Ele deu informações importantes.
objeto diretoverbo
vírgula proibida
Ele deu ao servidor informações importantes.
objeto indireto objeto diretoverbo
vírgula proibida
Ele deu informaçõesimportantes ao servidor.
objeto indiretoobjeto diretoverbo
vírgula proibida
O coordenador analisou a situação com muito cuidado.
adjunto adverbial
sem vírgula 
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical8
Deslocamento das orações adverbiais
A oração subordinada adverbial posiciona-se, geralmente, depois da oração principal. 
Nesse caso, a vírgula é opcional.
 
No entanto, se essa ordem for alterada, ou seja, se a oração subordinada adverbial for 
posicionada antes da oração principal ou no meio dela, a vírgula será obrigatória.
Com a oração subordinada no meio da oração principal:
 
Intercalação
Intercalar significa colocar no meio de. Em gramática, significa que houve aposição de 
elementos, expressões ou orações entre os termos da oração.
Como vimos no tópico anterior, não pode haver vírgula entre os elementos essenciais 
e integrantes da oração. Se houver interferência ou intercalação entre o sujeito e o verbo 
ou entre este e seus complementos, ela deverá ser marcada por vírgulas, por travessão ou 
por parênteses. Na hipótese de essa interferência ou intercalação ser de pequena extensão, 
composta por apenas uma ou duas palavras, a vírgula será dispensável, a não ser que se 
Os trabalhadores desistiram da greve como previram os analistas.
oração subordinada adverbialoração principal
vírgula
opcional 
 Como previram os analistas, os trabalhadores desistiram da greve.
oração adverbial deslocada oração principal
vírgula
obrigatória 
 Os trabalhadores, como previram os analistas, desistiram da greve.
oração subordinada adverbial
vírgula obrigatória 
A comissão recebeu o relatório ontem.
sujeito verbo adj. advobj. direto
conforme o combinado
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical9
queira enfatizar a informação intercalada ou que ocorra mudança de sentido. Por outro lado, 
se a interferência ou intercalação for composta de mais do que três elementos, as vírgulas 
serão obrigatórias: uma para iniciar a informação intercalada e outra para encerrá-la.
A mesma regra se aplica ao período composto: se houver intercalação entre a oração 
principal e a oração subordinada, ou entre a conjunção integrante que introduz a oração 
subordinada e esta, ela deverá ser marcada com vírgula ou travessão:
 
 
Agora que vimos os aspectos gerais, vamos rever as demais regras.
7.2 Vírgula entre os termos da oração
A vírgula é empregada para separar os termos de uma mesma oração, conforme os 
casos descritos a seguir:
a) Para separar os núcleos de um termo (sujeito, objetos, adjuntos adverbiais):
Observe que, no exemplo acima, as vírgulas separam os vários núcleos do sujeito 
composto.
Não use vírgula entre o penúltimo e o último elemento da enumeração.
A comissão, conforme o combinado, recebeu o relatório ontem.
sujeito intercalação verbo adj. advobj. direto
vírgula obrigatória vírgula obrigatória 
Sabe-se que, nos termos da Constituição, a vinculação do salário mínimo é vedada.
or. principal oração subordinada substantiva subjetiva
vírgula vírgula
intercalação
sujeito
O advogado, o promotor, o réu e os guardas esperavam pelo juiz.
OBSERVAÇÃO
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical10
OBSERVAÇÃO
ATENÇÃO
b) Para isolar o aposto:
Os princípios da boa redação, clareza, concisão e precisão, orientam o texto.
 
Aposto é a expressão que usamos para reiterar, reforçar, detalhar, explicar o 
sentido do nome a que se refere. No exemplo abaixo, o aposto (em negrito) acrescenta 
ao nome STF uma característica que lhe é própria. Veja:
O STF, órgão máximo do Poder Judiciário, enviará o projeto de lei.
c) Para isolar o vocativo:
Senhor diretor, o caso não foi ainda encerrado.
O caso, senhor diretor, não foi ainda encerrado.
O caso não foi ainda encerrado, senhor diretor.
Vocativo é o termo por meio do qual o falante chama pelo nome ou apelido o 
ser com que ele fala diretamente. Na estrutura da frase, o vocativo é um termo à parte, 
isto é, não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado. Esse termo é empregado 
para invocar o interlocutor, por isso mesmo, se não empregarmos a vírgula para 
separá-lo, poderemos produzir ambiguidade. Ele facilmente poderá ser confundido 
com o sujeito ou com outro termo da oração.
Compare as duas frases a seguir:
“Não é mesmo Marco Antônio?” 
“Não é mesmo, Marco Antônio?”
Na primeira oração, alguém quer confirmar a identidade de Marco Antônio; 
na segunda, alguém dirige uma pergunta a Marco Antônio.
 
d) Para indicar elipse (omissão, supressão) do verbo:
A vírgula indica a elipse do verbo pensar.
O estadista pensa na próxima geração; o político, na próxima eleição.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical11
e) Para isolar certas expressões explicativas:
Expressões explicativas, retificativas ou que se prestem a continuar ou concluir o que 
se está dizendo devem ficar entre vírgulas. São elas: isto é, ou seja, ou melhor, a saber, digo, 
aliás, além disso, por exemplo, etc.
A reunião acontecerá na quinta-feira, ou melhor, na sexta.
Os valores integram-se ao Direito como princípios, ou seja, como normas de caráter 
generalíssimo.
Vírgula proibida
Vimos, no tópico 7.1.2, que a vírgula é proibida entre os termos principais da oração: entre 
sujeito e predicado e entre verbo e objeto direto ou indireto. Analogamente, a vírgula também 
é proibida entre o nome e seus adjuntos adnominais e entre o nome e seus complementos 
nominais. Veja os exemplos:
a) entre nome e adjuntos adnominais:
 
b) entre nome e complemento nominal:
A proibição do uso da vírgula também se dá entre:
a) entre o verbo e o predicativo do sujeito:
A completa inviabilidade econômica da atividade foi decretada.
vírgula proibida 
substantivo
A comissão de saúde demonstrou interesse pelo projeto.
compl. norminalsubstantivo
vírgula proibida 
A anencefalia é uma doença congênita letal.
predicativo do sujeito
vírgula proibida 
verbo de ligação
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical12
b) em ordem direta: a locução verbal e o agente da passiva:
 
 
Hora do café!
Vamos nos divertir um pouco com a vírgula? Leia alguns textos interessantes e 
engraçados sobre a vírgula.
A Associação Brasileira de Imprensa lançou, por ocasião de seus 100 anos, um 
vídeo comemorativo muito interessante sobre o poder da vírgula.
Depois da pausa, vamos continuar agora com mais ânimo.
7.3 Vírgula entre orações
A vírgula entre as orações pode ser, de acordo com a relação sintática entre elas, 
obrigatória, opcional ou proibida. Vejamos cada um desses casos.
Vírgula obrigatória
Há três casos em que, obrigatoriamente, duas orações devem ser separadas por 
vírgula, são eles:
1. oração coordenada, oração coordenada
Prepare-se com antecedência, porque a prova será difícil.
Sabemos tudo sobre o Universo, porém não sabemos o nome do vizinho.
Conheço do recurso extraordinário, mas nego-lhe provimento.
Particularidades da vírgula entre orações coordenadas
a) Em orações coordenadas ligadas pela conjunção e, a vírgula é proibida quando o 
sujeito é o mesmo em ambas as orações:
Os servidores deverão assinar a petição e entregá-la ao setor responsável.
Uma sentença definitiva foi proferida pelo magistrado.
agente da passivaloc. verbal
vírgula proibida 
https://goo.gl/FMyLHY
https://goo.gl/FMyLHY
https://goo.gl/TZWuX8
https://goo.gl/TZWuX8
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical13
OBSERVAÇÃO
Se os sujeitos forem diferentes, a vírgula será opcional. No entanto, o uso é aconselhado 
para evitar a ambiguidade, como na frase abaixo em que a retirada da vírgula permite uma 
segunda interpretação: o juiz indeferiu o pedido e a audiência:
O juiz indeferiu o pedido, e a audiência seguiu tumultuada.
Os alunos deverão assinar a prova, e o professor deverá datá-la.
b) Nas orações ligadas pela conjunção nem, a vírgula é opcional se o sujeito das duas 
orações for o mesmo. Caso o sujeito seja diferente, a vírgula é obrigatória:
A alegação não fere a lei nem retarda sua aplicação. (mesmosujeito)
A alegação não fere a lei, nem o juiz pode retardar sua aplicação. (sujeitos diferentes)
c) As conjunções adversativas e as conclusivas deverão ficar entre vírgulas quando 
estiverem deslocadas para o interior da oração:
A Constituição destaca os índios, não lhes dá, porém, tratamento genérico.
Fizeram um bom trabalho; merecem, portanto, umas boas férias.
As orações coordenadas são separadas por vírgulas; no entanto, quando se quer 
enfatizar o fato expresso pela última oração do período, pode-se separá-las por ponto 
e vírgula, ou, para mais ênfase, por ponto final (pausa dramática):
O que houve não foi um acidente; mas negligência indesculpável.
Afirmou inocência, clamou por clemência. E alegou ignorância.
2. Oração subordinada adverbial, oração principal
Como vimos, quando a oração principal aparece depois da subordinada, temos a 
ordem indireta, logo a vírgula será obrigatória:
Embora o prazo tenha expirado, o advogado entrou com recurso.
Quando o servidor entrou com o processo, a lei ainda era vigente.
Como não estava na pauta, não foi possível julgar o recurso.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical14
OBSERVAÇÃO
Lembre-se de que o uso da vírgula será opcional se a oração adverbial aparece 
depois da principal, ou seja, se o período composto estiver em ordem direta. Como no 
exemplo abaixo:
A lei ainda era vigente quando o servidor entrou com o processo. (correto)
A lei ainda era vigente, quando o servidor entrou com o processo. (correto)
3. oração principal, oração subordinada adjetiva explicativa
A oração adjetiva explicativa é aquela que explicita uma característica própria do 
termo antecedente.
O habeas corpus, que é um dos remédios constitucionais, é processo originário.
A Portaria Decex 8/1991, que proíbe a importação de pneus, teve sua legitimidade 
contestada.
A norma ISO 14.001, que versa sobre gestão ambiental, foi aprovada.
Vírgula proibida
Não se pode empregar vírgula para separar orações que constituem dois tipos de 
período: formado por oração principal seguida de subordinada substantiva e formado por 
oração principal seguida de subordinada adjetiva restritiva. Confira:
1. oração principal oração subordinada substantiva
Como vimos no tópico 7.2.1, a ordem natural do período composto é oração principal 
seguida de oração subordinada substantiva. Nessa sequência, não se deve usar a vírgula 
entre as duas orações. Veja:
 
 
Nossa última esperança era que eles desistissem da ação.
or. subord. subst. predicativaoração principal
vírgula proibida
É bem verdade que a representatividade é uma herança medieval.
or. subord. substantiva subjetivaoração principal
vírgula proibida
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical15
OBSERVAÇÃO
Vejamos mais alguns exemplos:
O Brasil demonstrou que a proibição de importação de pneus é necessária.
É fundamental que ele complete o curso.
Sabe-se que o desconhecimento da lei não isenta ninguém de culpa.
a) A oração subordinada substantiva apositiva é separada por dois-pontos, ou, 
quando no meio da principal, por vírgulas.
Seu grande desejo, que o processo fosse encerrado, não se concretizou.
Não se concretizou seu grande desejo: que o processo fosse encerrado.
b) Quando a oração substantiva antecede a principal, a vírgula é obrigatória.
Que a situação estava difícil na empresa, ninguém desconhece.
2. oração principal oração subordinada adjetiva restritiva
A oração subordinada adjetiva restritiva limita, restringe o sentido do substantivo ou 
pronome a que se refere.
 
 
Observe que também não haverá vírgula quando a oração adjetiva restritiva for 
reduzida (de infinitivo, gerúndio ou particípio), como nos exemplos abaixo:
Nos campos, viam-se pessoas trabalhando a terra.
Leia atentamente o voto redigido pelo ministro.
O professor contou histórias de arrepiar os mais céticos.
Há elevada incidência de decisões que consagram teses conflitantes.
oração adjetiva restritiva
vírgula proibida
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical16
No entanto, se a oração reduzida, seja qual for sua classificação, estiver deslocada, a 
vírgula deverá ser usada:
Ao chegar à tribuna, o advogado estampou perplexidade.
Retornando ao assunto, enfatizei os aspectos positivos.
Redigido o projeto, era hora de implantá-lo.
7.4 Vírgula: casos especiais
Apresentamos nos tópicos anteriores as regras gerais do uso da vírgula, mas há casos 
em que a dúvida sempre ocorre. Vamos então destacá-los:
a) Conjunção alternativa ou
Usa-se a vírgula quando a conjunção estiver presente nas duas orações:
Ou estuda, ou trabalha.
Ou passa no concurso, ou não se casa.
Ou você resolve o problema sozinho, ou pede a ajuda de seus amigos.
Se for usada apenas uma vez, não há necessidade de vírgula:
Estuda ou trabalha.
Passa no concurso ou não se casa.
Resolva o problema sozinho ou peça a ajuda de seus amigos.
 
b) Mas sim
A palavra sim é usada como um reforço à conjunção adversativa. Equivale à expressão 
“isso sim”. Nesse caso, ela deverá vir entre vírgulas:
Ele não quer implantar o projeto, mas, sim, exterminá-lo.
A matéria não é de índole eleitoral, mas, sim, de índole constitucional.
Não quiseram diminuir o problema, mas, sim, eliminá-lo.
c) E sim
A expressão e sim é uma locução adversativa e equivale à conjunção adversativa mas. 
A vírgula deverá ser usada apenas antes do e:
Não é caso de interpretação conforme, e sim de suspensão.
Não querem implantar o projeto de lei, e sim revogá-lo.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical17
OBSERVAÇÃO
d) Nomes próprios (aposto restritivo)
Usamos o aposto restritivo para dar nome a um ser, especificando-o em relação aos 
demais, como o nome de um rio, de uma rua, de uma pessoa. Nesse caso não devemos usar 
vírgula entre o termo e o aposto restritivo.
A tutora Amélia Lopes;
O ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso;
O escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade;
A cidade de Brasília;
Quando nos referimos a cargos, títulos ou qualificações pessoais que só podem ser 
atribuídos a uma única pessoa, usa-se o aposto explicativo (entre vírgulas):
A Presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a lei.
O Governador de Brasília, Agnelo Queiroz, visitou a França.
A Corregedora-geral do CNJ, Nancy Andrighi, encaminhará o processo.
Observe que a ausência das vírgulas, no primeiro caso, indicaria que há no Brasil mais 
de um presidente da República; no segundo, que há mais de um governador em Brasília e, 
no terceiro, que há mais de um corregedor-geral no CNJ.
Se mais de uma pessoa ocupar o cargo ou posição, não se usará a vírgula:
 
O Ministro Dias Toffoli assumiu a presidência do TSE.
O ex-presidente Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho em 1930.
Nos exemplos acima, a ausência da vírgula indica que há mais de um ministro no STF 
e que Getúlio Vargas é um entre os ex-presidentes do Brasil.
Se o substantivo estiver anteposto ao elemento que o caracteriza, as vírgulas 
serão obrigatórias, pois será caso de aposto explicativo:
Dias Toffoli, ministro do STF, assumiu a presidência do TSE.
Agnelo Queiroz, governador de Brasília, visitou a França.
Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, criou o Ministério do Trabalho em 1930.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical18
e) Dispositivos de lei
Se dispositivos estiverem dispostos de forma decrescente, ou seja, do maior para o 
menor, haverá vírgula entre eles:
Exemplos:
Constituição Federal, art. 5º, § 3º, II, b
Lei 8.112/1993, art. 3°, II, a
Lei 1.774/1985, art. 2°, § 1°, inciso II, alínea c
Se os dispositivos estiverem dispostos de forma crescente não haverá vírgula:
Observe a presença da preposição entre os itens da lei. Exemplos:
Alínea b do inciso II do § 2º da Constituição
Inciso IV do § 1° do CPP
§ 2° da Lei 8.112/1993
Se os dispositivos estiverem dispostos de forma híbrida (presença da vírgula e da 
preposição) usaremos a vírgula. Como nessa configuração: artigo, inciso, alínea, da Lei). 
Observe os exemplos:
Art.5°, inciso II, da Lei 8.112/1993
Art 102, inciso IV, da CF
f) Não só....mas também, tanto...como
As expressões correlativas do tipo não só....mas também, tanto...como..., tanto...
quanto são elementos aditivos, por isso o emprego da vírgula entre elas deve ser evitado, 
mesmo quando forem expressões longas. Quando usamos esses pares correlativos, temos a 
intenção de reforçar o vínculo entre as ideias, em razão disso, prefira não usar a vírgula. 
Lei, Artigo, Parágrafo, Inciso, Alínea
LeiArtigoParágrafoIncisoAlínea
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical19
SAIBA MAIS
Confira:
O ato foi considerado criminoso não só pelos cidadãos envolvidos mas também pelos 
próprios familiares.
Ela espera receber apoio tanto dos vereadores quanto do governador.
Assista às videoaulas, assim ficará mais fácil fixar o conteúdo.
Videoaula 7: uso da vírgula Parte I
Videoaula 7: uso da vírgula Parte II
O professor Cláudio Moreno nos conta de onde veio a ideia de que a vírgula 
serve para marcar a pausa:
“A pontuação baseada nas pausas vem do tempo da Idade Média, quando o 
Ocidente ainda não havia introjetado o hábito da leitura silenciosa. Todos liam em 
voz alta, e os sinais de pontuação serviam, portanto, para marcar as pausas e as 
entonações. Para você ter uma ideia, em 1737, o tratado Bibliotheca Technologia, 
do erudito inglês Benjamim Martim, tenta ingenuamente fixar a duração dessas 
pausas: ‘A pausa da vírgula dura o tempo que você leva para dizer um. A do ponto 
e vírgula dura o tempo de contar até dois. A do dois pontos, o tempo de contar até 
três; e a do ponto final, o tempo que você leva para contar até quatro’. À medida 
que a leitura passou a ser silenciosa (e, por esse motivo, muito mais rápida), 
deixou de ser necessário fazer a marcação das pausas, liberando a pontuação 
para outra finalidade muito mais importante: facilitar ao leitor o reconhecimento 
instantâneo da estrutura sintática das frases. Ao pontuarmos um texto, estamos 
fornecendo indicações que vão permitir a nossos diferentes leitores percorrê-lo 
sem hesitações ou embaraços.
(...) É verdade que, ao lermos um texto em voz alta, teremos de fazer pausas ao 
encontrarmos sinais de pontuação; contudo, o inverso não é verdadeiro: nem todas 
as pausas que fizermos na leitura terão, na escrita, seus sinais correspondentes. 
Colocado em termos formais, podemos afirmar que não há correspondência exata 
entre os sinais de pontuação e as pausas de leitura, porque todo sinal implica uma 
pausa, mas nem toda pausa tem o seu sinal correspondente.”
[MORENO, Cláudio. Guia prático do português correto: pontuação. LPM editores.]
https://goo.gl/zmyFtA
https://goo.gl/Ua8qXr
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical20
Conclusão
Caros colegas, chegamos ao fim de mais uma caminhada. Nela revisamos as regras 
de emprego da vírgula. Vimos a sintaxe de colocação das frases: ordem direta, ordem 
indireta, intercalações e inversões e vimos como estas colocações relacionam-se com o uso 
da pontuação, em especial da vírgula. Depois dessa caminhada, vamos nos exercitar? Os 
exercícios de fixação estão disponíveis na plataforma.
aula 7 Pontuação: vírgula
Atualização Gramatical21
Referências
ALMEIDA, Napoleão M. Dicionário de questões vernáculas. 4 ed. São Paulo: Ática,1998.
 
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Lucerna, 1999.
BRASIL, Imprensa Nacional. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. 2002.
BRASIL, Academia Brasileira de Letras. Vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa.
5. ed. São Paulo: Global. 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley L. F. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar: Gramática. São Paulo: FTD, 2003.
FIORIN, L.J. & PLATÃO, F. Savioli. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 
1990.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV: 1986.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal. 1. ed. São Paulo: Ática. 2008.
MORENO, Cláudio. Guia prático do Português: sintaxe. Porto Alegre: LPM. 2011.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora UNESP, 
2000.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria e prática. 18. ed. São Paulo: Atual. 1994.
	Introdução
	7. 1. 1 Ordem de colocação
	7.1.2 Vírgula proibida
	7.2 Vírgula entre os termos da oração
	7.3 Vírgula entre orações
	7.4 Vírgula: casos especiais
	Conclusão
	Referências

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