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Estudo de Caso - Direito Empresarial I - Fernanda Barcellos

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Direito Empresarial 
I 
ESTUDO DE CASO 
ALUNA: FERNANDA BARCELLOS 
Direito Empresarial I 
Professora: Bárbara Nunes | Aluna: Fernanda Barcellos 
1 | P á g i n a 
 
UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) 
Estudo de Caso - AV1 
Aluna: Fernanda Barcellos - 
Matrícula: 2015.01.340786 
Nova América - Noite / Quarta 
 
Estudo de Caso 
Extrato do Parecer emitido pelo Prof. José Edwardo Tavares Borba ao RCPJ do Rio de 
Janeiro a respeito da nova classificação das sociedades, decorrente do Código Civil de 
2002, e da consequente repercussão dessa sistemática sobre as atribuições do Registro 
Público de Empresas Mercantis (Juntas Comerciais) e do Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas: 
 
II – A nova classificação das sociedades 
O Código Civil de 2002 estabeleceu uma nova classificação das sociedades, 
considerando-as empresárias ou simples (art. 982) segundo tenham ou não por "objeto o 
exercício de uma atividade própria de empresário sujeito a registro." O empresário 
sujeito a registro encontra-se definido no art. 966, que assim considera "quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de 
bens ou de serviços." 
 
O cerne da conceituação do empresário e da sociedade empresária encontra-se 
portanto no exercício de uma atividade econômica organizada. É preciso, por 
conseguinte, elucidar o que se deve entender por atividade econômica organizada, 
porquanto, a partir desse entendimento, é que se poderá construir a linha divisória 
entre empresário e não-empresário, e, por via de consequência, entre sociedade 
empresária e sociedade simples. 
 
O direito brasileiro, ao adotar essa classificação, inspirou-se no Código Civil 
italiano de 1942, que também é um código de direito privado, e que, no art. 2082, utiliza 
os mesmos termos para definir o empresário. 
 
A sistemática acolhida pelo direito brasileiro não se confunde, porém, com a 
instituída pela legislação italiana, a qual preserva o conceito jurídico de comerciante, 
inclusive enumerando exaustivamente as atividades que se consideram comerciais (art. 
2195 do Código Civil italiano), e que são as atividades industriais, as propriamente 
comerciais (intermediação na circulação de bens), as de transporte, as atividades 
bancárias e as que forem auxiliares das precedentes. 
 
No direito brasileiro, abandonou-se por inteiro o conceito jurídico de 
comerciante. A nova classificação funda-se, basicamente, na existência ou não de uma 
atividade econômica organizada, que não é senão a empresa. 
 
O empresário e a sociedade empresária exercem a empresa; ausente a empresa, tem-
se a figura do profissional autônomo ou da sociedade simples. No plano da pessoa 
natural, despontam, pois, as figuras do profissional autônomo e do empresário 
individual, ambos desenvolvendo o seu mister de forma profissional, voltada para o 
mercado, com a diferença de que o primeiro não dispõe de uma atividade organizada, ou 
seja, de uma estrutura empresarial, enquanto o segundo apoia a sua atividade em uma 
organização, que coordena e dirige, e que é a própria empresa. 
 
No plano das sociedades, verifica-se o mesmo fenômeno, tanto que a sociedade 
empresária é a titular de uma empresa, enquanto a sociedade simples, por não contar 
com uma organização, desenvolve a sua atividade, prevalecentemente, a partir do 
trabalho dos próprios sócios. A teoria da empresa, conforme se analisará a seguir, 
Direito Empresarial I 
Professora: Bárbara Nunes | Aluna: Fernanda Barcellos 
2 | P á g i n a 
 
UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) 
contribui para bem fixar os marcos e os limites que evidenciam as fronteiras entre os 
empresários e os não-empresários. 
 
Essa classificação das sociedades, de que estamos tratando, e que as distribui em 
empresárias e simples, concerne à natureza estrutural e funcional da atividade 
desenvolvida, e se apoia, como demonstrado, na existência ou inexistência de uma 
organização; dessa classificação resulta o regime jurídico da entidade para fins de 
registro, execução coletiva e escrituração contábil. 
 
Uma outra classificação, completamente diversa, é a que se refere à forma ou tipo 
da sociedade, e, sob esse aspecto, as sociedades podem ser simples, em nome coletivo, em 
comandita simples, limitadas, anônimas e em comandita por ações. 
A expressão sociedade simples oferece, é bem de ver, dois sentidos, o primeiro, já 
examinado, atinente à natureza da sociedade, e que a distingue da sociedade empresária, 
e o segundo referente a uma das formas ou tipos de sociedade, conforme classificação 
supra. 
 
A sociedade simples lato sensu (natureza da sociedade) poderá assumir a forma 
típica da sociedade simples (sociedade simples stricto sensu – tipo da sociedade) ou 
qualquer das outras formas societárias, exceto as das sociedades por ações (sociedades 
anônimas e sociedades em comandita por ações), uma vez que estas são sempre empresárias 
(art. 982, § único). 
Art. 982, § único do CC 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária 
a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
 
Por outro lado, as sociedades empresárias poderão revestir qualquer dos tipos 
societários previstos no Código Civil, com exceção do que é próprio das sociedades 
simples (art. 983) Também não poderiam adotar a forma da sociedade cooperativa, que é 
simples por definição legal (art. 982, § único), e que conta com um regime especial, que 
será referido posteriormente. (...)”. 
 
Art. 983 do CC 
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos 
regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de 
conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas 
que lhe são próprias. 
 
 Tendo como base o parecer acima mencionado e o conhecimento sobre Teoria da 
Empresa e Direito Societário obtido ao longo deste semestre, analise a situação a 
seguir: 
 
Cinco amigos recém-formados na faculdade de medicina (cada um especialista em 
uma área distinta) se reúnem com intuito de constituir um Hospital, sob a forma de 
sociedade limitada, com auxílio de diversos colaboradores, como enfermeiros, médicos e 
técnicos de enfermagem. Porém, não sabem se irão constituir sociedade simples limitada 
ou sociedade empresária limitada, nem mesmo onde realizarão o registro dos atos 
constitutivos. 
 
Elabore um estudo de caso sobre o local do registro da sociedade limitada de 
acordo com a atividade desenvolvida. 
 
 
 Inicialmente devemos tratar sobre a diferença entre a sociedade simples e a sociedade empresária. Essa distinção é feita pelo 
Código Civil, que define primeiramente o que é uma sociedade empresária e o que não está dentro das características elencadas, entende-se 
por sociedade simples, conforme o art. 982 do CC/2002.: “Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.” 
 
Direito Empresarial I 
Professora: Bárbara Nunes | Aluna: Fernanda Barcellos 
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UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) 
Falaremos agora das exceções expressas citadas no caput do art. 982 do CC, em destaque. A categoria que inclui o grupo citado 
na questão, médicos, tidos como profissionais liberais e não são reconhecidos como empresários, já que o art. 966 do CC dispõe do conceito 
de empresário e o p.u. esclarece quem NÃO é considerado empresário, vejamos: 
 
Art. 966 do CC 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou 
a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento 
de empresa. 
 
 Na hipótese desses 5 amigos atenderem de forma individual cada um em sua clínica especializada, estamos tratando do p.u.do 966, 
pois trata-se de atividade intelectual. Contudo, ao se reunirem para atender em um hospital, cada um dos médicos passa a prestar seus 
serviços para o hospital, passam a ser elementos da empresa (o paciente contrata o hospital e não a pessoa física daquele médico), além 
de o hospital empregar profissionais que exercem outras atividades que não a medicina, como por exemplo, a recepcionista, o maqueiro, a 
enfermeira, o segurança etc. Os amigos médicos desenvolvem uma atividade econômica que entendemos ter como finalidade o lucro, logo, a 
mais adequada é a Sociedade Empresarial LTDA.. 
 
 Sobre o registro, o art. 1.150 do CC trata do registro da sociedade empresária: “Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária 
vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade 
empresária”. 
 
 A sociedade empresária deve ser registrada no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, conforme 
destaque do art. 1.150 do CC, diferente do registro realizado pela sociedade simples, realizado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Diante 
do estudo apresentado, os amigos médicos deverão seguir ao Registro Público de Empresas Mercantis Junta Comercial da cidade para 
registrar o hospital como uma sociedade empresária.

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