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Prática Simulada III ESTUDO DE CASO ALUNA: FERNANDA BARCELLOS Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 1 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) AV1 Aluna: Fernanda Barcellos Matrícula: 2015.01.340786 Nova América - Noite / Quinta Avaliação 1 Questão 1 Gustavo está muito nervoso por ter sido demitido de seu emprego de carteiro nos Correios da Cidade. Gustavo trabalhou durante anos e em sua visão era um ótimo funcionário. Gustavo está com 30 anos, está sem emprego e resolve se vingar. Perto de onde mora, em sua humilde comunidade, existe uma agência dos correios comunitária onde toda a vizinhança faz uso dos serviços postais. Com uma máscara ninja, para não ser reconhecido pelos moradores, Gustavo primeiramente assalta munido de um facão (Art. 157 do CP) Cleôncio, novo carteiro que ficara em seu lugar. Cleôncio, com 65 anos, (Agrava por ser idoso) é adorado na comunidade e os Correios lhe dão essa oportunidade de novo emprego, seguindo, assim, política institucional. Rouba corrente, relógio e todas as cartas. Logo em seguida, dirige-se à agência comunitária, agora munido de coquetéis molotov, e com uma arma de brinquedo leva pânico à agência. Rende funcionários, grita ferozmente e ainda agride superficialmente alguns clientes da agência. O fogo se espalha com os coquetéis lançados e todo o pouco dinheiro da agência comunitária é levado por Gustavo. O delegado abre inquérito policial e todos os presentes naquela tarde na agência são ouvidos e demonstram intenção na apuração dos fatos. Josefa, ex- amante de Gustavo, o identifica pelo fato de ele estar usando uma das camisas que foram dadas de presente por ela em um dos aniversários na época do relacionamento. Durante o inquérito, a polícia invade, por volta das 20h, a simples casa de Gustavo na comunidade e realiza uma busca domiciliar e pessoal. Gustavo, primário e de bons antecedentes, é denunciado com base na diligência efetuada e pelas demais informações colhidas. Segundo o ilustre membro do Ministério Público, estaria incurso nos crimes de roubo qualificado, incêndio, sequestro e lesão corporal grave em concurso material. O Ministério Público apenas menciona em sua exordial os tipos penais. (Art. 41 do CPP) O magistrado da 12.ª Vara Criminal da Comarca da Capital recebe a denúncia cujo número recebido fora 2012.098.098-32 e cita Gustavo para apresentar a medida jurídica cabível. Gustavo recebe o mandado em 10.09.2012, (art. 396- A CPP) uma quinta-feira, todavia foi juntada aos autos somente na terça-feira seguinte. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, na condição de advogado (a) de Gustavo, aos itens a seguir. a) Qual peça processual deverá ser apresentada neste caso? Qual a competência? A peça a ser apresentada é a Resposta a Acusação, que possui prazo de 10 dias a contar da data do recebimento da citação, ou seja, 10/09/2012, em conformidade com o art. 396 do CPP: Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Atualmente o processo está tramitando na justiça estadual na Vara Criminal, contudo, além de receber a resposta à acusação, o juiz receberá peça protocolada no mesmo ato, mas em apartada (art. 396-A, §1º do CPP: § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.) uma peça chamada “Exceção de Incompetência do Juízo”, obedecendo ao art. 95, II do CPP: Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: II - incompetência de juízo; uma vez que os crimes praticados por Gustavo incluí um funcionário público federal no ato de Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 2 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) suas funções como vítima, além da inclusão das correspondências nos itens roubados por Gustavo, entendimento consolidado pela Terceira Seção do STJ1, e atendendo requisito de competência da CRFB em seu art. 109, IV: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;. b) Há alguma preliminar a ser arguida? Se sim, qual? Atendendo ao que apresenta o §3º do art. 406 do CPP: § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.. No processo do Gustavo é possível apresentar algumas preliminares, a saber: i) A competência - o processo deveria tramitar na Justiça Federal, atendendo ao art. 109, IV da CRFB; ii) A inépcia da denúncia do MP, que não cumpriu o que pede o art. 41 do CPP e indicou apenas os tipos penais em sua denúncia. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. iii) A polícia foi até a casa do Gustavo sem mandado judicial para ser cumprido, além de não respeitar o horário. Conforme trata o art. 245 do CPP: Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. Logo as provas colhidas naquela circunstância estão viciadas. c) Qual a tese principal de mérito a ser usada nesta peça processual? Diante das preliminares, atendendo ao art. 395 do CPP a rejeição da denúncia pela inépcia, uma vez que não foram atendidos os requisitos pelo MP. Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta. Contudo, existe uma interpretação do art. 396-A que entende não haver necessidade de apresentar a tese de mérito na peça de resposta. Segue o texto: Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. d) Quando será o dia de protocolo desta peça, considerando que ela deveria ter sido apresentada no último dia do prazo para interposição? O último dia do prazo será no dia 20/09, contudo, por se tratar de um domingo (não havendo expediente forense), prorroga para o dia 21/09 (segunda-feira), Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Questão 2 Tício Pereira, 20 anos de idade, (menor de 21) cursando o terceiro período da faculdade de Direito e morando com os pais, foi preso em flagrante delito com mais dois colegas em 20/10/2016. Os jovens retornavam de uma festa quando foram parados em uma blitz, oportunidade em que se verificou que o carro no qual estavam havia sido subtraído três horas antes. A notícia do desaparecimento do veículo foi dada em sede policial pelo proprietário. 1 "o crime de roubo praticado contra carteiro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no exercício de suas funções, atrai, de acordo com o art. 109, IV, da Constituição da República, a competência da Justiça Federal para o processo e julgamento da ação penal" (CC 114.196/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, Terceira Seção, julgado em 27/04/2011, DJe 06/05/2011).Fonte: https://www.dizerodireito.com.br/2012/02/competencia-para-julgar-roubo-praticado.html https://www.dizerodireito.com.br/2012/02/competencia-para-julgar-roubo-praticado.html Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 3 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) Durante a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Mévio dos Santos, motorista do veículo, afirmou que o carro pertencia ao seu pai e que o pegara sem autorização para sair com os amigos, o que era seu costume apesar de saber que o pai não aprovava tal conduta. Também mostrou os documentos comprobatórios da sua narrativa. Tício e o outro colega declararam que regularmente encontravam Mévio no mesmo local para irem de carona até a faculdade e que naquele dia o encontraram na esquina da avenida para todos irem juntos a uma comemoração de aniversário. O APF foi distribuído para o juízo da 6ª Vara Criminal. O magistrado, com base no art. 310, III, do CPP, concedeu liberdade provisória aos indiciados. Tício e os dois colegas foram denunciados por furto qualificado pelo concurso de pessoas, previsto no art. 155, par. 4º, IV, do Código Penal. O magistrado recebeu a denúncia e determinou que os acusados fossem citados e intimados para apresentar defesa. A intimação ocorreu na data de 05/12/2016. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, na condição de advogado (a) de Tício, aos itens a seguir. a) Qual peça processual deverá ser apresentada neste caso? Qual a competência? A peça a ser apresentada é a Resposta a Acusação, que possui prazo de 10 dias a contar da data do recebimento da citação, ou seja, 05/12/2016, em conformidade com o art. 396 do CPP: Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. A competência é a justiça comum e a peça deverá ser endereçada a 6ª Vara Criminal. b) Há alguma preliminar a ser arguida? Se sim, qual? Sim. Incialmente apontar que o filho é isento de pena, conforme trata o art. 181, II do CP: Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.. Arguir a absolvição sumária do réu,nos termos do art. 397, III do CPP: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; . c) Qual a tese principal de mérito a ser usada nesta peça processual? A tese de defesa a ser usada é a atipicidade do ato, uma vez que o ato praticado pelo filho em detrimento do pai, não constitui crime. Estamos diante de uma escusa absolutória.. Contudo, existe uma interpretação do art. 396-A que entende não haver necessidade de apresentar a tese de mérito na peça de resposta. Segue o texto: Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. d) Quando será o dia de protocolo desta peça, considerando que ela deveria ter sido apresentada no último dia do prazo para interposição? O último dia do prazo será no dia 10/12/2016. Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 4 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) Questão 3 Jéssica, moradora de Resende, no Rio de Janeiro, descobre, no meio de sua campanha eleitoral à Deputada Estadual, que seu marido a está traindo com uma menina 20 anos mais nova. No dia da eleição, Resende é surpreendida com a notícia da morte do marido de Jéssica. No dia seguinte, com o resultado das eleições, Jéssica descobre que é a mais nova Deputada Estadual da Assembleia Legislativa. Jéssica é nomeada e toma posse. No entanto, ela também é acusada pelo assassinato de seu marido. O Ministério Público acredita em crime passional. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, a respeito da competência penal para eventual julgamento de Jéssica abordando TODOS os aspectos jurídicos pertinentes ao caso. A situação da Jéssica é um tanto quanto controvertida. O crime doloso contra a vida é de competência do Tribunal do Júri, conforme trata o art. 5º, XXXVIII da CRFB. Há o informativo 900 do STF2 que trata o tema: “O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.” No âmbito Federal, o crime doloso contra a vida, normalmente não vai incidir a prerrogativa de função quando ela for estabelecida apenas na Constituição Estadual. Súmula 721 do STF A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual. Súmula Vinculante 45 A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual Diante das fundamentações informadas acima, entende-se que o crime foi praticado antes de sua posse e logo, ele deve ser conduzido pelo Tribunal do Júri. Processo Penal3: [...] considere que a Constituição Estadual de determinado Estado disponha a competir ao respectivo Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, os Vereadores Municipais, nos crimes comuns e de responsabilidade. Ocorrendo essa situação, o vereador que estiver no exercício do cargo e cometer delito em razão dele será processado no Tribunal de Justiça. Não obstante, se cometer crime doloso contra a vida, prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, para o respectivo julgamento, pois este (júri) é o foro ditado pela Constituição Federal e que, a teor da súmula citada, prevalece sobre a determinação inserida na Carta Estadual”. Questão 4 Sr. José tem 70 anos e é um aposentado simpático e carismático, muito conhecido em seu bairro. Ocorre que na última terça, 11 de fevereiro do corrente ano, é anunciada uma promoção imperdível de arroz. A fila do mercado está longa, mas o dono permite a venda preferencial para Sr. José, não só pela idade, mas por ser um comprador habitual. Os demais não veem problema, salvo Ricardo, garoto problemático do bairro, que estava ali na fila obrigado por seu pai, um reformado Almirante que queria dar-lhe disciplina e alimentação saudável. Ricardo, indignado, na frente de todos, xinga raivosamente Sr. José: “Seu velho gagá, não fura fila não! Tem mais é que ficar em casa esperando a morte 2 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo900.htm#Prerrogativa%20de%20foro%20e%20interpre ta%C3%A7%C3%A3o%20restritiva%20-%203 3 Norberto Avena, p.653 e 654. 11ª edição - 2019 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo900.htm#Prerrogativa%20de%20foro%20e%20interpreta%C3%A7%C3%A3o%20restritiva%20-%203 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo900.htm#Prerrogativa%20de%20foro%20e%20interpreta%C3%A7%C3%A3o%20restritiva%20-%203 Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 5 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) chegar! Sai daí, velho babão”. Triste, desolado e impressionado com a juventude de hoje, você, advogadx, que estava na fila e admira Sr. José, lhe oferece seus serviços jurídicos. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, o que pode ser feito em favorde Sr. José, determinando o prazo legal para a medida jurídica cabível. O Senhor José pode propor uma queixa-crime em desfavor do Ricardo pelo crime de injúria. Contudo, ele possui o prazo decadencial de 6 meses (a contar da data do conhecimento do fato) para a propositura da ação penal privada, conforme o art. 38 do CPP: Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, [...]. O crime é descrito no art. 140 do CP: Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:, entretanto, o fato do sr. José possuir 70 anos, o crime se enquadra no agravante do §3º do mesmo art.., a saber: § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:. A peça a ser apresentada é a queixa-crime e deve atender os requisitos do art. 41 do CPP: Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Questão 5 Geraldo é Prefeito do Município de Jardinópolis, no interior de Jardim Lindo. Comenta- se no município que quem governa mesmo é seu vice, Celso. Em uma de suas viagens, Geraldo, em Grama Verde, no Rio Pequeno do Norte, se envolve em uma briga em um restaurante elegante e chique. Geraldo, muito ciumento com sua esposa Clô, agride um rapaz que olhou para sua mulher. Por conta das agressões, a vítima é levada ao hospital local e permanece internada sem previsão de alta - qualificadora. Impressionou a fúria do prefeito. Retornando à sua cidade natal justamente em época de eleição, Geraldo vai aos locais rurais e mais pobres da região e, em troca de cestas básicas, camisas e transporte gratuito, traz as pessoas humildes para votarem em sua reeleição. Acerca da questão apresentada, responda de forma fundamentada e integral, tipificando as condutas com seus respectivos órgãos competentes para julgamento. Fato 1: trata-se de lesão corporal com agravante do fato da vítima não ter previsão de alta. De acordo com o art. 129 do CP: Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; Fato 2: trata-se de captação ilícita de sufrágio, de acordo com o art. 41 da Lei Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. § 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir. O prefeito será sempre julgado em segunda instância, o órgão julgador dependerá da natureza do crime que ele praticar: No caso do primeiro delito, a competência é do TJ. O segundo será competência do TRE. Prática Simulada III Professora: Danielle Motta | Aluna: Fernanda Barcellos 6 | P á g i n a UNESA – NOVA AMÉRICA (2020.2) A prerrogativa de função só é aplicada para os crimes praticados no exercício ou em razão do cargo, ele deixando o cargo, perde a prerrogativa, o processo é remetido para a 1ª instância.
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