Buscar

370137473-APOSTILA-PCPA-POLICIA-CIVIL-DO-ESTADO-DO-PARA-GRAN-pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 865 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 865 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 865 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PCPA
POLÍCIA CIVIL DO PARÁ
INVESTIGADOR E ESCRIVÃO
 Língua Portuguesa 
 Noções de Informática
 Noções de Direito Administrativo
 Noções de Direito Constitucional
 Noções de Direito Civil
 Noções de Direito Penal
 Noções de Direito Processual Penal
 Legislação Especial
GG EDUCACIONAL EIRELI
SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF
CEP: 71.200-032
TEL: (61) 3209-9500
faleconosco@editoragrancursos.com.br
Bruno Pilastre / Viviane Faria
Henrique Sodré
J.W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso
Ivan Lucas
Eraldo Barbosa
Rodrigo Larizzatti
Deusdedy Solano
Wilson Garcia / Leonardo de Medeiros
PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro
DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado
CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino
DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira
SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano
DIAGRAMAÇÃO: Charles Maia, Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves
REVISÃO: Carolina Fernandes, Emanuelle Alves Melo, Hudson Maciel, Luciana Silva e Sabrina Soares
CAPA: Pedro Wgilson
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19/02/1998, nenhuma parte 
deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de 
informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio 
consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.
10/2015 – Editora Gran Cursos
GS1: 789 862 062 0 745
4
BRUNO PILASTRE
Mestre em Linguística pela Universidade de Bra-
sília. Professor de Redação Discursiva e Interpre-
tação de Textos. Autor dos livros: Guia Prático de 
Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva 
para Concursos pela editora Gran Cursos.
DEUSDEDY SOLANO
Servidora efetiva da Polícia Civil do DF, exercendo a 
função de Escrivã, formada em Direito pela UNIDF (1997) 
e pós graduada em Processo Penal pela Universidade 
Gama Filho. Professora em diversos cursos preparatórios 
para concursos há mais de 15 anos. Autora, pela editora 
Gran Cursos, do livro Direito Processual Penal – Exercícios 
Gabaritados.
ERALDO BARBOSA
Doutorando em Direito do Trabalho na UBA - Univer-
sidade de Buenos Aires-AR. Graduado em Direito pelo 
Centro Universitário do Distrito Federal - AEUDF (1992). 
Pós-Graduado em Direito Civil e Processo pela Universi-
dade Cândido Mendes-RJ (2005). Pós-Graduado em Direito 
Eletrônico e Tecnologia da Informação pela Unigran-MS. 
Pós-Graduado em Direito Material e Processual do Traba-
lho e Direito Previdenciário pela ATAME (2010). Advogado 
e professor das Faculdades Projeção e do Centro Universi-
tário IESB.
HENRIQUE SODRÉ
Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde 
2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes 
da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. 
Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí-
odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia 
da Informação e pós-graduado em Gestão Pública. Ministra 
aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona 
nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor 
do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos.
IVAN LUCAS
Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade 
Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona a Lei n. 8.112/90, 
Direito Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor 
do Superior Tribunal de Justiça, o professor atualmente é 
analista do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. 
Possui grande experiência na preparação de candidatos a 
concursos públicos. É autor, pela Editora Gran Cursos, das 
obras: Direito do Trabalho para concursos – Teoria e Exercí-
cios; Lei n. 8.112/90 comentada – 850 exercícios com gaba-
rito comentado; Lei n. 8.666/1993 – Teoria e Exercícios com 
gabarito comentado; Atos Administrativos – Teoria e Exercí-
cios com gabarito comentado; 1.500 Exercícios de Direito 
Administrativo; 1.000 Exercícios de Direito Constitucional; 
Legislação Administrativa Compilada, dentre outras.
J. W. GRANJEIRO
Reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre 
temas relativos à Administração Pública, é professor de 
Direito Administrativo e Administração Pública. Possui 
experiência de mais de 26 anos de regência, sendo mais de 
23 anos preparando candidatos para concursos públicos e 
17 de Serviço Público Federal, no qual desempenhou atri-
buições em cargos técnicos, de assessoramento e direção 
superior.
Ex-professor da ENAP, ISC/TCU, FEDF e FGV/DF. 
Autor de 21 livros, entre eles: Direito Administrativo Sim-
plificado, Administração Pública - Ideias para um Governo 
Empreendedor e Lei n. 8.112/1990 comentada. Recebeu 
diversos títulos, medalhas e honrarias. Destacam-se os 
seguintes: Colar José Bonifácio de Andrada, patriarca da 
Independência do Brasil (SP/2005), Professor Nota 10 
(Comunidade/2005), Comendador (ABACH/2003), Colar 
Libertadores da América (ABACH/2003), Gente que Faz 
(Tribuna 2003), Profissional de Sucesso (Correio Brazi-
liense/2003), Medalha do Mérito D. João VI (Iberg/Ibem/
Fenai-Fibra/Aidf/Abi-DF/2006), Cidadão Honorário de Bra-
sília (Câmara Legislativa do DF/2007), Empresário do Cora-
ção 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, Master in Busi-
ness Leadership 2006, 2007 e 2009 conferido pela World 
Confederation of Business.
RODRIGO CARDOSO
Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª 
Região, o professor Rodrigo Cardoso é graduado em Direito 
pela Universidade Católica de Brasília e especialista em 
Direito Administrativo e Direito Constitucional. Professor de 
Direito Administrativo, Lei n. 8.112/90 e palestrante, possui 
grande experiência na preparação de candidatos a concursos 
públicos. É coautor do livro Direito Administrativo Simplificado 
com o professor J. W. Granjeiro.
AUTORES
ÉT
IC
A
 N
O
 S
ER
V
IÇ
O
 P
Ú
B
LI
C
O
5
RODRIGO LARIZZATTI
Bacharel em Direito e Ciências Sociais pela Universi-
dade Paulista/SP (1996). Pós-graduado em MBA/Metodolo-
gia do Ensino Superior pela Universidade Católica de Brasí-
lia – UCB (2001) e MBA/Gestão de Polícia Judiciária pelas 
Faculdades Fortium (2008). É Delegado de Polícia Civil do 
Distrito Federal, professor de cursos preparatórios com larga 
experiência e ex-professor universitário, lecionando as dis-
ciplinas de Direito Penal, Legislação Penal Extravagante 
e Direito Processual Penal. Ingressou na Polícia Civil do 
Estado de São Paulo no ano de 1991, no cargo de Agente 
Policial, tendo em 1992 sido novamente aprovado em cer-
tame para a função de Investigador de Polícia, que exer-
ceu até 1996. Aprovado em 1997 para o cargo de Agente de 
Polícia Federal, optou pela carreira jurídica de Delegado de 
Polícia Civil do Distrito Federal, ingressando nos quadros da 
PCDF em 1999, onde permanece até hoje. Atuou na advo-
cacia, nas áreas Criminal, Administrativa e Constitucional. 
Autor do livro Compêndio de Direito Penal pela editora Gran 
Cursos.
TALLITA RAMINE LUCAS GONTIJO
Advogada e pós-graduada em Direito e Jurisdição pela 
Escola da Magistratura do Distrito Federal (ESMA/DF). Foi 
professora de Direito Administrativo. É autora, pela edi-
tora Gran Cursos, dos livros Direito Processual Civil, Ques-
tões de Direito Processual do Trabalho, Casadinha - Direito 
Administrativo e Direito Constitucional - 500 Questões 
Comentadas, e coautora, em parceria com o professor Ivan 
Lucas de Souza Júnior, do livro Questões de Direito do Con-
sumidor.
WILSON GARCIA
Bacharel em Direito pela UCDB, Pós-Graduado em 
Direito Público pela UCDB, Curso da Escola Superior do 
Ministério Públicos/MS. 
Ministra aulas de Direito Administrativo, LODF e Código 
de Defesa do Consumidor, das Leis 8.112/90, 8.429/92, 
8.666/93, 9.784/99, 8.987/95, LC 840/11-DF, e outras legis-
lações. 
Professor em diversos cursos preparatórios para con-
cursos e preparatório paraa OAB. 
Diretor do site: sites.google.com/site/professorwilson-
garcia; 
Grupo do facebook: Alunos do Prof. Wilson Garcia. 
Autor das obras: Série – A Prova – LODF pela Editora 
Gran Cursos, Direito Civil e Processual Civil. Volume 13, da 
Apostila Digital: “Resumão do Wilsão” - Direito Administra-
tivo, do Artigo “Prescrição e Decadência no Direito Civil” - 
Revista Síntese, 
Autor dos livros digitais, pela Editora Saraiva, Principais 
Pontos – Volume I – Lei 8.429/92 – Improbidade Administra-
tiva – 2º edição; Principais Pontos – Volume II – LODF –2º 
edição; Principais Pontos – Volume IV – LC 840 em Exercí-
cios.
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................................................7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA .........................................................................................................................91
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................169
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................321
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL ........................................................................................................................439
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ......................................................................................................................501
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ...............................................................................................627
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ...............................................................................................................................695
ÍNDICE GERAL
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ..................................................................................... 40
TIPOLOGIA TEXTUAL .............................................................................................................................. 41
ORTOGRAFIA OFICIAL .............................................................................................................................. 8
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................................................... 11
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ................................................................................................... 23
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ......................................................................................... 30
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 25
PONTUAÇÃO .......................................................................................................................................... 37
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL .................................................................................................. 26
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL .............................................................................................................. 28
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................................... 34
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ....................................................................................... 71
COEXISTÊNCIA DAS REGRAS ORTOGRÁFICAS ATUAIS COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ........ 11
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
8
PARTE 1 – GRAMÁTICA
CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA
ORTOGRAFIA OFICIAL
Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia 
Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele-
mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca 
de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de 
toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de 
estar atentos para evitar descuidos. 
Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um 
tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade-
quado de determinada letra por desconhecimento da grafia 
da palavra.
Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano 
sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a 
representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais 
gráficos diversos, como letras e diacríticos. 
É importante não confundir o plano sonoro da língua 
com sua representação escrita. Você deve observar que 
a representação gráfica das palavras é realizada pelo sis-
tema ortográfico, o qual apresenta características especí-
ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res-
ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral 
(sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três 
casos importantes:
I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre-
sentam um só fonema. 
II – Letras diferentes para representar o mesmo fone-
ma.
III – Mesma letra para representar fonemas distintos.
Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para 
representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre-
senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna 
da direita, a explicação do caso.
Exemplos Explicação do caso
Achar
Quilo
Carro
Santo
Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra-
fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um 
único som (fricativa pós-alveolar surda). O mesmo 
vale para a palavra quilo, em que o as duas letras 
(qu) representam o som (oclusiva velar surda). 
Exato
Rezar
Pesar
Nessa lista de palavras, encontramos três letras 
diferentes (x, z e s) para representar o mesmo 
fonema (som): fricativa alveolar sonora.
Xadrez
Fixo
Hexacanto
Exame
Próximo
Mesma letra para representar fonemas distintos. A 
letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con-
soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal 
[cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica-
tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa 
côncava dental surda.
Há, também, letras que não representam nenhum 
fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel. 
DICA PARA A PROVA!
Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se-
guinte forma:
1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone-
mas está em:
a. casa.
b. hotel.
c. achar.
d. senha.
e. grande.
Resposta: item (a).
Palavras-chave!
Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê-
mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com 
significados diferentes, como faca e vaca).
Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só 
emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala-
vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba 
é constituída por uma vogal. 
Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos 
gráficos.
Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans-
crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por 
escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por 
exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor-
reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) 
transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético 
('sistema convencional').
Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri-
ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas.
Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para 
conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do 
português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema 
e o til.
EMPREGO DAS LETRAS
EMPREGO DE VOGAIS
As vogais na língua portuguesa admitem certa varie-
dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é, 
se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por 
haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó-ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a 
qual pode ser divergente do som. 
Como podemos solucionar esses equívocos? Temos 
de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e 
a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar 
erros. 
Encontros consonantais
Por encontro consonantal consideramos o agrupa-
mento de consoantes numa palavra. O encontro consonan-
tal pode ocorrer na mesma sílaba (denominado encontro 
consonantal real) ou em sílabas diferentes (denominado 
encontro consonantal puro e simples). 
Vejamos exemplos de encontros consonantais:
br – braço
bm – submeter 
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
9
cr – escravo 
bj – objeto 
gn – digno 
pt – réptil
Dígrafos
Denominamos dígrafos o grupo de duas letras usadas 
para representar um único fonema. No português, são dígra-
fos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc; incluem-se também am, 
an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais 
nasais), gu e qu antes de e e de i, e também ha, he, hi, ho, 
hu e, em palavras estrangeiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc.
É importante observar a distinção entre encontro con-
sonantal e dígrafo:
(i) o encontro consonantal equivale a dois fonemas; o 
dígrafo equivale a um só fonema.
(ii) o encontro consonantal é formado sempre por duas 
consoantes; o dígrafo não precisa ser formado necessaria-
mente por duas consoantes. 
Palavra-chave!
Consoante: som da fala que só é pronunciável se forma sílaba 
com vogal (tirante certas onomatopeias, à margem do sistema 
fonológico de nossa língua: brrr!, cht!, pst!). Esta definição fun-
cional é válida para o português, mas não para outras línguas, 
em que há sons passíveis de pertencer à categoria das conso-
antes ou à das vogais. Diz-se de ou letra que representa fonema 
dessa classe. Do ponto de vista articulatório, há consoante 
quando a corrente de ar encontra, na cavidade bucal, algum tipo 
de empecilho, seja total (oclusão), seja parcial (estreitamento).
Separação silábica
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa afirma que 
a Separação Silábica (Base XX – Da divisão silábica) faz-
se, em regra, pela soletração, como nos exemplos a seguir:
abade: a-ba-de
bruma: bru-ma
cacho: ca-cho
malha: ma-lha
manha: ma-nha
máximo: má-xi-mo
óxido: ó-xi-do
roxo: ro-xo
tmese: tme-se
Assim, a separação não tem de atender: 
(i) aos elementos constitutivos dos vocábulos 
segundo a etimologia: 
a-ba-li-e-nar
bi-sa-vô
de-sa-pa-re-cer
di-sú-ri-co
e-xâ-ni-me
hi-pe-ra-cú-sti-co
i-ná-bil
o-bo-val
su-bo-cu-lar
su-pe-rá-ci-do
(ii) ou à estruturação morfológica da palavra:
in-fe-liz-men-te
A separação silábica ocorre quando se tem de 
fazer, em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a 
partição de uma palavra. Vejamos alguns preceitos par-
ticulares em relação à separação (segundo a Base XX 
do Acordo Ortográfico de 1990): 
1º. São indivisíveis no interior da palavra, tal como ini-
cialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as 
sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos 
grupos, ou seja, aquelas sucessões em que a primeira 
consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma 
labiodental e a segunda um l ou um r: a-blução, cele-brar, 
du-plicação, re-primir, a-clamar, de-creto, de-glutição, re-
-grado; a-tlético, cáte-dra, períme-tro; a-fluir, a-fricano, 
ne-vrose.
Com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos 
terminam em b, ou d: 
→ ab- legação 
→ ad- ligar
→ sub- lunar
→ em vez de 
→ a-blegação
→ a-dligar
→ su-blunar
2º. São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas 
consoantes que não constituem propriamente grupos e igual-
mente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e 
uma consoante:
→ ab-dicar
→ Ed-gardo
→ op-tar
→ sub-por
→ ab-soluto
→ ad-jetivo
→ af-ta
→ bet-samita
→ íp-silon
→ ob-viar
→ des-cer
→ dis-ciplina
→ flores-cer
→ nas-cer
→ res-cisão
→ ac-ne
→ ad-mirável
→ Daf-ne
→ diafrag-ma
→ drac-ma
→ man-chu
→ ét-nico
→ rit-mo
→ sub-meter
→ am-nésico
→ interam-nense
→ bir-reme
→ cor-roer
→ pror-rogar
→ as-segurar
→ bis-secular
→ sos-segar
→ bissex-to
→ contex-to
→ ex-citar
→ atroz-mente
→ capaz-mente
→ infeliz-mente
→ am-bição
→ desen-ganar
→ en-xame
→ Mân-lio
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
10
3º. As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou 
n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes 
são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um 
dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 
(1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a con-
soante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba 
anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a 
divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exem-
plos dos dois casos: 
→ cam-braia
→ ec-tlipse
→ em-blema
→ ex-plicar
→ in-cluir
→ ins-crição
→ subs-crever
→ trans-gredir
→ abs-tenção
→ disp-neia
→ inters-telar
→ lamb-dacismo
→ sols-ticial
→ Terp-sícore
→ tungs-tênio
4º. As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos 
decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo 
nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-ção, 
sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas 
não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, 
separar-se na escrita: 
→ ala-úde
→ áre-as
→ ca-apeba
→ co-ordenar
→ do-er
→ flu-idez
→ perdo-as
→ vo-os
O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de diton-
gos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: 
→ cai-ais
→ cai-eis
→ ensai-os
→ flu-iu
5º. Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, 
nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne-gue, 
ne-guei; pe-que, pe-quei), do mesmo modo que as com-
binações gu e qu em que o u se pronuncia: 
→ á-gua
→ ambí-guo
→ averi-gueis
→ longín-quos
→ lo-quaz
→ quais-quer
6º. Na translineação de uma palavra composta ou de uma 
combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se 
a partição coincide com o final de um dos elementos ou 
membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no 
início da linha imediata:
→ ex- -alferes
→ serená- -los-emos ou serená-los- -emos
→ vice- -almirante
Apesar de relativamente complexas, as regras enume-
radas na Base XX do Novo Acordo Ortográfico possuem um 
elemento em comum, a saber: 
→ Toda sílaba é nucleada por uma vogal. 
Tradicionalmente, observamos essas regras, as quais 
são simplificadas:
Regra Exemplo
Não se separam os ditongos e tri-
tongos. 
foi-ce, a-ve-ri-guou.
Não se separam os dígrafos ch, lh, 
nh, gu, qu.
cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, 
fre-guês, quei-xa
Não se separam os encontros con-
sonantais que iniciam sílaba. 
psi-có-lo-go, re-fres-co
Separam-se as vogais dos hiatos. ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
Separam-se as letras dos dígra-
fos rr, ss, sc, sç e xc.
car-ro, pas-sa-re-la, des-
-cer, nas-ço, ex-ce-len-te
Separam-se os encontros con-
sonantais das sílabas internas, 
excetuando-se aqueles em que a 
segunda consoante é l ou r.
ap-to, bis-ne-to, con-vic-
-ção, a-brir, a-pli-car
PROSÓDIA (BOA PRONÚNCIA)
A prosódia é a parte da gramática tradicional que se 
dedica às características da emissão dos sons da fala, como 
o acento e a entonação. 
Observe algumas orientações em relação à posição da 
sílaba tônica:
(i) São oxítonas (última sílaba tônica): 
→ cateter
→ faz-se mister (= necessário)
→ Nobel
→ ruim
→ ureter
(ii) São paroxítonas (penúltima sílaba tônica): 
→ âmbar
→ caracteres
→ recorde
→ filantropo
→ gratuito (ui ditongo)
→ misantropo
(iii) São palavras que admitem dupla prosódia: 
→ acróbata ou acrobata
→ Oceânia ou Oceania
→ ortoépia ou ortoepia
→ projétil ou projetil
→ réptil ou reptil
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
11
USO DA LETRA MAIÚSCULA INICIAL
(i) nos antropônimos, reais ou fictícios: 
→ Pedro Marques 
→ Brancade Neve
(ii) nos topônimos, reais ou fictícios: 
→ Lisboa
→ Atlântida
(iii) nos nomes de seres antropomorfizados ou mitoló-
gicos: 
→ Adamastor
→ Netuno
(iv) nos nomes que designam instituições: 
→ Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previ-
dência Social
(v) nos nomes de festas e festividades: 
→ Natal
→ Páscoa
→ Ramadão
(vi) nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: 
→ O Estado de São Paulo
(vii) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais 
ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou 
mediais ou finais ou o todo em maiúscula: 
→ FAO
→ ONU
→ Sr.
→ V. Exª.
USO DA LETRA MINÚSCULA INICIAL
(i) ordinariamente, em todos os vocábulos da língua 
nos usos correntes; 
(ii) nos nomes dos dias, meses, estações do ano:
→ segunda-feira
→ outubro
→ primavera
(iii) nos bibliônimos (nome, título designativo ou intitula-
tivo de livro impresso ou obra que lhe seja equiparada) (após 
o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocá-
bulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes 
próprios nele contidos, tudo em grifo): 
→ O senhor do Paço de Ninães ou O senhor do paço 
de Ninães.
→ Menino de Engenho ou Menino de engenho.
(iv) nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
(v) nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): 
→ norte, sul (mas SW = sudoeste)
(vi) nos axiônimos (nome ou locução com que se presta 
reverência a determinada pessoa do discurso) e hagiônimos 
(designação comum às palavras ligadas à religião) (opcio-
nalmente, nesse caso, também com maiúscula): 
→ senhor doutor Joaquim da Silva
→ bacharel Mário Abrantes
→ o cardeal Bembo
→ santa Filomena (ou Santa Filomena)
(vii) nos nomes que designam domínios do saber, cursos 
e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): 
→ português (ou Português).
COMO ABREVIAR
(i) Comumente, as abreviaturas são encerradas por 
consoante seguida de ponto final:
→ Dr. (Doutor)
→ Prof. (Professor)
(ii) Mas os símbolos científicos e as medidas são abre-
viados sem ponto; no plural, não há s final:
→ m (metro ou metros)
→ h (8h = oito horas. Quando houver minutos: 8h30min 
ou 8h30)
→ P (Fósforo – símbolo químico)
(iii) São mantidos os acentos gráficos, quando existirem:
→ pág. (página)
→ séc. (século)
(iv) É aconselhável não abreviar nomes geográficos:
→ Santa Catarina (e não S. Catarina)
→ São Paulo (e não S. Paulo)
→ Porto Alegre (e não P. Alegre)
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Quatro diacríticos (sinal gráfico que se acrescenta a 
uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fono-
lógico) compõem a acentuação gráfica: o acento agudo, o 
acento grave, o acento circunflexo e, acessoriamente, o til. 
Vejamos, em síntese, as características de cada um.
(i) o agudo (´), para marcar a tonicidade das vogais 
a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cúpula, júri, 
miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e (exército, série, 
fé) e o (incólume, dólar, só);
(ii) o grave (`), utilizada sobretudo para indicar a ocor-
rência de crase, isto é, a ocorrência da preposição a com 
o artigo feminino a ou os demonstrativos a, aquele(s), 
aquela(s), aquilo;
(iii) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal 
a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e das 
vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o (trôpego, 
bônus, robô);
(iv) e acessoriamente o til (~), para indicar a nasalidade 
(e em geral a simultânea tonicidade) em a e o (cristã, cristão, 
pães, cãibra; corações, põe(s), põem).
A seguir há as principais regras apresentadas pelo 
Novo Acordo de 1990. É uma tabela muito importante, a qual 
deve ser estudada cuidadosamente. 
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
12
Assunto O acordo de 1990
Alfabeto O alfabeto é formado por vinte e seis (26) letras: 
→ a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z
Sequências con-
sonânticas
O acordo de 1990 afirma que, nos países de língua portuguesa oficial, a ortografia de palavras com consoantes 
“mudas” passa a respeitar as diferentes pronúncias cultas da língua, ocasionando um aumento da quantidade de 
palavras com dupla grafia. Pode-se grafar: 
→ fato e facto (em que há dupla grafia e dupla pronúncia)
→ aspecto e aspeto (dupla pronúncia e dupla grafia)
Acentuação grá-
fica – Oxítonas
Primeiramente, observa-se que as regras de acentuação dos monossílabos tônicos são as mesmas das oxíto-
nas. 
São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam nas vogais tônicas abertas a, e, o, e com 
acento circunflexo as que acabam nas vogais tônicas fechadas e, o, seguidas ou não de s:
→ fubá
→ cafés
→ bobó
→ mercês
→ babalaô
As palavras oxítonas cuja vogal tônica, nas pronúncias cultas da língua, possui variantes (ê, é, ó, ô) admitem 
dupla grafia:
→ matinê ou matiné
→ cocô ou cocó
São assinaladas com acento gráfico as formas verbais que se tornam oxítonas terminadas em a, e, o, em virtude 
da conjugação com os pronomes lo(s):
→ dá-la
→ amá-la-ás
→ sabê-lo
→ dispô-lo
É assinalado com acento agudo o e das terminações em, ens das palavras oxítonas com mais de uma sílaba 
(exceto as formas da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter, vir e seus derivados, que são 
marcadas com acento circunflexo):
→ também
→ parabéns
→ (eles) contêm
→ (elas) vêm
Acentuação grá-
fica – Paroxítonas
São assinalados com acento agudo os ditongos tônicos éi, éu, ói, sendo os dois últimos (éu, ói) seguidos ou não 
de s:
→ fiéis
→ réus
→ heróis
Não se usa acento gráfico para distinguir oxítonas homógrafas:
→ colher (verbo)
→ colher (substantivo)
A exceção é a distinção entre pôr (verbo) e por (preposição)
São assinaladas com acento gráfico as paroxítonas terminadas em:
a) l, n, r, x, ps (e seus plurais, alguns dos quais passam a proparoxítonas):
→ lavável
→ plânctons 
→ açúcar
→ ônix
→ bíceps
As exceções são as formas terminadas em ens (hifens e liquens), as quais não são acentuadas graficamente. 
b) ã(s), ão(s), ei(s), i(s) um, uns, us:
→ órfã(s)
→ sótão(s)
→ jóquei(s)
→ fórum
→ álbum
→ vírus
→ bílis
O acento será agudo se na sílaba tônica houver as vogais abertas a, e, o, ou ainda i, u e será circunflexo se houver 
as vogais fechadas a, e, o. 
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
13
Observa-se que as paroxítonas cuja vogal tônica, nas pronúncias cultas da língua, possui variantes (ê, é, ô, 
ó) admitem dupla grafia:
→ fêmur ou fémur
→ ônix ou ónix
→ pônei ou pónei
→ Vênus ou Vénus
Não são assinalados com acento gráfico os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas:
→ estreia
→ ideia
→ paranoico
→ jiboia
Não são assinaladas com acento gráfico as formas verbais creem, deem, leem, veem e seus derivados: des-
creem, desdeem, releem, reveem etc. 
Não é assinalado com acento gráfico o penúltimo o do hiato oo(s):
→ voo
→ enjoos
Não são assinaladas com acento gráfico as palavras homógrafas:
→ para (verbo) para (preposição)
→ pela(s) (substantivo) pela (verbo) pela (per + la(s))
→ pelo(s) (substantivo) pelo (verbo) pelo (per + lo(s))
→ polo(s) substantivo polo (por + lo(s))
A exceção é a distinção entre as formas pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) e pode 
(3ª pessoa do singular do presente do indicativo). 
Observação 1: assinalam-se com acento circunflexo, facultativamente, as formas:
→ dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)
→ demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo)
→ fôrma (substantivo)
→ forma (substantivo; verbo)
Observação 2: assinalam-se com acento agudo, facultativamente, as formas verbais do tipo:
→ amámos (pretérito perfeito do indicativo)
→ amamos (presente do indicativo)
→ louvámos (pretérito perfeito do indicativo)
→ louvamos (presente do indicativo)
Oxítonas e Paroxí-
tonas
São assinaladas com acento agudo as vogais tônicasi e u das palavras oxítonas e paroxítonas que constituem 
o 2º elemento de um hiato e não são seguidas de l, m, n, nh, r, z:
→ país
→ ruins
→ saúde
→ rainha
Observações:
1) Incluem-se nessa regra as formas oxítonas dos verbos em air e uir em virtude de sua conjugação com os 
pronomes lo(s), la(s):
→ atraí-las
→ possuí-lo-ás
2) Não são assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de 
ditongo crescente:
→ baiuca
→ boiuna
→ feiura
3) São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo 
crescente:
→ Piauí
→ tuiuiús
4) Não são assinalados com acento agudo os ditongos tônicos iu, ui precedidos de vogal:
→ distraiu
→ pauis
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
14
Não se assinala com acento agudo o u tônico de formas rizotônicas de arguir e redarguir:
→ arguis
→ argui
→ redarguam
Observações: 
1) Verbos como aguar, apaziguar, apropinquar, delinquir possuem dois paradigmas:
a) com o u tônico em formas rizotônicas sem acento gráfico:
→ averiguo
→ ague
b) com o a ou o i dos radicais tônicos acentuados graficamente:
→ averíguo
→ águe
2) Verbos terminados em -ingir e -inguir cujo u não é pronunciado possuem grafias regulares.
→ atingir; distinguir
→ atinjo; distinguimos
Acentuação grá-
fica – Proparoxí-
tonas
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas com acento gráfico:
→ rápido
→ cênico
→ místico
→ meândrico
→ cômodo
Trema O trema (¨) é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas:
→ delinquir 
→ cinquenta
→ tranquilo
→ linguiça
O trema é usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema:
→ mülleriano, de Müller
Hífen O hífen é usado em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares. 
O Acordo de 1990 observa que são escritas aglutinadamente palavras em que o falante contemporâneo perdeu a 
noção de composição:
→ paraquedas
→ mandachuva
Emprega-se o hífen nos seguintes topônimos:
- iniciados por grã e grão: Grão-Pará
- iniciados por verbo: Passa-Quatro
- cujos elementos estejam ligados por artigo: Baía de todos-os-Santos
Os demais topônimos compostos são escritos separados e sem hífen: Cabo Verde. As exceções são: Guiné-
-Bissau e Timor-Leste.
Emprega-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas:
→ couve-flor
→ bem-te-vi
Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando encadeamen-
tos vocabulares:
→ ponte Rio-Niterói
Hífen – síntese das regras do uso do hífen no caso de prefixos e falsos prefixos
Primeiro elemento Segundo elemento
aero 
agro
(‘terra’)
alfa
ante
anti
arqui
auto
beta
bi
bio
contra
di
eletro
entre
extra
foto
gama
geo
giga
hetero
hidro
hipo
homo
ili/ilio
infra
intra
iso
lacto
lipo
macro
maxi
mega
meso
micro
mini
mono
morfo
multi
nefro
neo
neuro
paleo
peri
pluri
poli
proto
pseudo
psico
retro
semi
sobre
supra
lete
tetra
tri
ultra
a) iniciado por vogal igual à vogal final do 1º elemento
b) iniciado por h
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
15
ab ob sob sub iniciado por b, h, r
co (‘com’) iniciado por h (a ABL sugere eliminar essa letra, passando-se a grafar, 
assim, coerdar, coerdeiro, coipônimo etc.)
ciber 
inter 
super 
nuper 
hiper
iniciado por h, r
ad iniciado por d, h, r
pan a) iniciado por vogal
b) iniciado por h, m, n [diante de b e p passa a pam]
circum a) iniciado por vogal
b) iniciado por h, m, n [aceita formas aglutinadas como circu e circum]
além
aquém
ex (“cessamento ou “estado anterior”)
recém
sem
sota
soto
vice
qualquer (sempre)
pós 
pré 
pró
sempre que conservem autonomia vocabular
DISTINÇÕES
Distinção entre a, à, há e á
(I) a. A palavra a pode ser:
(i) artigo feminino singular: 
Eu comprei a roupa ontem. 
A menina mais bonita da rua.
(ii) pronome: 
Mara é muito próxima da família, mas não a vejo há 
meses.
(iii) preposição: 
Andar a cavalo é sempre prazeroso.
(II) à. A palavra à (com o acento grave) é utilizada 
quando ocorre a contração da preposição a com o artigo 
feminino a: 
João assistiu à cena estarrecido. 
[assistir a (preposição) + a cena (artigo feminino)].
(III) há. A palavra há é uma forma do verbo haver: 
Há três meses não chove no interior do Pará. 
[Há = faz]
Não há mais violência no centro da cidade. 
[Há = existe]
Na BR040 há muitos acidentes fatais. 
[Há = acontecem]
(IV) á. A palavra á é um substantivo e designa a letra a: 
Está provado por á mais bê que o vereador estava 
errado.
Distinção entre porque, porquê, por que e por quê
Estes são os usos das formas porque, porquê, por 
que e por quê:
(I) porque: a forma porque pode ser uma conjunção 
(causal ou explicativa) ou uma pergunta que propõe uma 
causa possível, limitando a resposta a sim ou não:
Ela reclama porque é carente. 
[conjunção causal]
Ela devia estar com fome, porque estava branca. 
[conjunção explicativa – equivale a pois]
O preso fugiu porque dopou o guarda? 
[pergunta que propõe uma causa possível, limitando a 
resposta a sim ou não]
(II) porquê: a forma porquê é substantivo e equivale 
(é sinônimo) a causa, motivo, razão. É acentuada por ser 
uma palavra tônica:
Não sabemos o porquê da demissão de José. 
[equivale a: Não sabemos o motivo/a causa/a razão 
da demissão de José]
(III) por que: a forma por que (com duas palavras) é 
utilizada quando: 
(i) significa pelo qual (e flexões pela qual, pelas quais, 
pelos quais). Nesse significado, a palavra que é pronome 
relativo.
Não revelou o motivo por que não compareceu à aula. 
[Não revelou o motivo pelo qual não compareceu à 
aula]
(ii) equivale a por qual, por quais. Nessas formas, a 
forma que é pronome indefinido.
Ela sempre quis saber por que motivo raspei o cabelo.
(iii) a forma por que é advérbio interrogativo. Nessa 
estrutura, é possível subentender uma das palavras motivo, 
causa, razão.
Por que [motivo] faltou à aula?
(iv) a forma por que faz parte de um título.
Por que o ser humano chora.
(IV) por quê: a forma por quê (com duas palavras e 
acentuada) é usada após pausa acentuada ou em final de 
frase. 
Estavam no meio daquela bagunça sem saber por quê.
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
16
Distinção entre acerca de e cerca de
(I) A locução acerca de equivale a a respeito de, 
sobre. Por exemplo:
Nós, linguistas, pouco conhecemos acerca da origem 
da linguagem.
 [= sobre a origem da linguagem – a respeito da 
origem da linguagem]
(II) A locução cerca de tem valor de aproximada-
mente, quase:
Cerca de duas horas depois da missa o pároco faleceu. 
 [= aproximadamente duas horas depois – quase 
duas horas depois].
Distinção entre ao encontro de e de encontro a
(I) A locução ao encontro de possui o significado equi-
valente às expressões em direção a, a favor de. Veja os 
exemplos:
Os vândalos saíram ao encontro dos policiais, que 
fechavam a avenida. 
 [= em direção a]
Com a decisão da Presidente Dilma, o governo vai ao 
encontro das reivindicações da população. 
 [= a favor de]
(II) A locução de encontro a é antônima à locução ao 
encontro de. De encontro a significa choque, oposição, 
sendo equivalente à forma contra. Observe a frase a seguir:
O caminhão perdeu os freios e foi de encontro ao 
carro do deputado. 
 [= contra]
A decisão do governo foi de encontro aos desejos do 
Movimento Passe Livre. 
 [= contrariou]
Distinção entre aonde e onde
(I) A forma aonde é a contração da preposição a com do 
advérbio onde. Emprega-se com verbos que denotam movi-
mento e regem a preposição a (verbos ir, chegar, levar): 
Aonde os manifestantes querem chegar?[verbo chegar].
Os investigadores descobriram aonde as crianças 
eram levadas. 
[verbo levar].
(II) O advérbio onde é utilizado com verbos que não 
denotam movimento e não regem a preposição a:
Onde mora o presidente da Colômbia? 
[verbo morar]
Os investigadores descobriram onde o dinheiro era 
lavado.
[verbo lavar]
Distinção entre eminente e iminente 
 Os adjetivos eminente e iminente são parônimos 
(são quase homônimos, diferenciando-se ligeiramente na 
grafia e na pronúncia).
(I) O adjetivo eminente tem os seguintes significados:
(i) muito acima do que o que está em volta; proemi-
nente, alto, elevado:
A torre eminente é a mais fotografada.
(ii) que se destaca por sua qualidade ou importância; 
excelente, superior:
O mestre eminente era seguido por todos.
(II) O adjetivo iminente, por sua vez, tem o seguinte 
significado:
Iminente: o que ameaça se concretizar, que está a 
ponto de acontecer; próximo, imediato:
O desabamento iminente é o que mais preocupa as 
autoridades.
O edital iminente deixa os candidatos ansiosos.
Distinção entre mas e mais
Na escrita, é muito comum haver a troca da forma mas 
pela forma mais. Os estudantes produzem frases como:
O país é rico, mais a gestão pública é ineficiente. 
Na oralidade, o fenômeno é comum em formas seme-
lhantes à palavra mas:
faz/fa(i)z; 
paz/pa(i)z; 
nós/nó(i)s. 
É preciso, porém, distinguir as duas formas, pois na 
frase O país é rico, mais a gestão pública é ineficiente há 
inadequação, uma vez que se deve utilizar a forma mas: O 
país é rico, mas a gestão pública é ineficiente. 
A distinção das duas formas é a seguinte:
(I) A palavra mas é conjunção que exprime principal-
mente oposição, ressalva, restrição:
O carro não é meu, mas de um amigo.
(II) A palavra mais é advérbio e traduz a ideia de 
aumento, superioridade, intensidade:
Ele sempre pensa em ganhar mais dinheiro.
Ele queria ser mais alto que os outros. 
Distinção entre se não e senão
(I) A forma se não (separado) é usada quando o se 
pode ser substituído por caso ou na hipótese de que:
Se não perdoar, não será perdoado.
[se não = caso não. É conjunção condicional]
Se não chover, viajarei amanhã.
[se não = na hipótese de que não]
Também há o uso da forma se não como conjunção 
condicional, equivalendo a quando não:
A grande maioria, se não a totalidade dos acidentes de 
trabalho, ocorre com operários sem equipamentos de segu-
rança. 
[se não = quando não]
(II) A palavra senão (uma única palavra) possui as 
seguintes realizações:
(i) É conjunção e significa:
 (a) de outro modo; do contrário:
Coma, senão ficará de castigo.
 (b) mas, mas sim, porém:
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
17
Não obteve aplausos, senão vaias.
(ii) É preposição quando equivale a com exceção de, 
salvo, exceto:
Todos, senão você, gostam de bolo.
(iii) É substantivo masculino e significa pequena imper-
feição; falha, defeito, mácula:
Não há qualquer senão em sua prova.
Para concluir nossos estudos sobre Fonologia, vamos 
ler uma reportagem sobre o Acordo Ortográfico, a qual foi 
publicada no dia 28 de dezembro de 2012, no jornal Folha 
de São Paulo.
GOVERNO ADIA PARA 2016 INÍCIO DO ACORDO ORTO-
GRÁFICO
O governo federal adiou para 2016 a obrigatoriedade 
do uso do novo acordo ortográfico. A decisão foi publicada 
nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União".
A implantação das novas regras, adotadas pelos seto-
res público e privado desde 2009, estavam previstas para o 
próximo dia 1º de janeiro.
A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% 
das palavras em português. Até a data da obrigatoriedade, 
tanto a nova norma como a atual poderão ser usadas.
O adiamento de três anos abre brechas para que novas 
mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jor-
nais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham ado-
tado o novo acordo, novas alterações podem ser implemen-
tadas ou até mesmo suspensas.
Diplomacia
A decisão é encarada como um movimento diplomático, 
uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as 
mudanças com Portugal.
O país europeu concordou oficialmente com a reforma 
ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o 
Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um 
período de transição maior.
Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é, 
na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no 
Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor-Leste.
A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no 
idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do 
idioma em organismos internacionais.
"É muito difícil querer que o português seja língua oficial 
nas Nações Unidas se vão perguntar: Qual é o português que 
vocês querem?", afirma o embaixador Pedro Motta, represen-
tante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Países de Língua 
Portuguesa).
(Folha de São Paulo)
(Folha de São Paulo)
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
18
CAPÍTULO 2 – MORFOLOGIA
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Neste capítulo estudaremos, de modo esquemático, o 
assunto morfologia/morfossintaxe. É um assunto importante, 
o qual é recorrentemente cobrado em concursos. Observamos 
que a abordagem a seguir é predominantemente linguística. 
Iniciamos a exposição com a noção de morfema. Nas 
línguas humanas, um morfema é a menor unidade linguís-
tica que possui significado, abarcando raízes e afixos, formas 
livres (por exemplo: mar) e formas presas (por exemplo: 
sapat-, -o-, -s) e vocábulos gramaticais (preposições, conjun-
ções). Observe que, em algumas palavras, pode-se identificar 
duas posições de realização dos sufixos:
Prefixo (antes da raiz) Raiz Sufixo (depois da raiz)
in- feliz -mente
infelizmente
Há técnicas para identificação da estrutura mórfica das 
palavras. Vejamos duas:
Teste de comutação: método comparativo buscando a 
detecção das unidades significativas que compõem a estru-
tura das palavras. 
música – músicas
amavam – amaram
Segmentação mórfica: possibilidade ou não de divisão 
de palavras em unidades menores significativas.
Sol
Mar
deslealdade → des- leal -dade
Palavras-chave!
Morfema: a menor parte significativa que compõe as palavras. 
É um signo mínimo. 
Radical e afixos: o radical é o morfema básico que constitui 
uma palavra de categoria lexical (substantivo, adjetivo, verbo e 
advérbio); os afixos são morfemas presos anexados a um radical 
(prefixos e sufixos). 
Em morfologia, dois processos são importantes: a 
flexão e a derivação. 
Flexão: processo morfológico que consiste no emprego 
de diferentes afixos acrescentados aos radicais ou aos 
temas (nominais, verbais etc.) das palavras variáveis para 
exprimir as categorias gramaticais (número, gênero, pessoa, 
caso, tempo etc.).
Derivação: processo pelo qual se originam vocábulos 
uns de outros, mediante a inserção ou extração de afixos.
Kehdi (1993) classifica os seguintes tipos de morfemas 
em português:
Classificação de caráter formal 
(destaque para o significante)
Classificação de base funcio-
nal (destaque para a função 
dos morfemas)
aditivo: fazer – refazer.
subtrativo: órfão – órfã.
alternativo: ovo – ovos.
reduplicativo: pai – papai.
de posição: grande homem – 
homem grande.
zero: casa – casas.
cumulativo: amamos (-mos = 
desinência número-pessoa).
vazio: cafeZal. 
radical
afixos
desinências
vogais temáticas
vogais e consoantes de liga-
ção
A fórmula geral da estrutura do vocábulo verbal portu-
guês é a seguinte (Camara Jr., 1977):
T (R + VT) + SF (SMT + SNP)
[em que T (tema), R (radical), VT (vogal temática), SF 
(sufixo flexional ou desinência), SMT (sufixo modo-tempo-
ral), SNP (sufixo número-pessoal)] 
 
A flexão verbal caracteriza-se na língua portuguesa 
pelas desinências indicadorasdas seguintes categorias gra-
maticais: (a) modo, (b) tempo – em um morfema cumulativo 
–, (c) número, (d) pessoa – em um morfema cumulativo.
 
(Folha de São Paulo)
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
19
Modo: refere-se a um julgamento implícito do falante a 
respeito da natureza, subjetiva ou não, da comunicação que 
faz. Indicativo, subjuntivo e imperativo.
Tempo: refere-se ao momento da ocorrência do pro-
cesso, visto do momento da comunicação. Presente, preté-
rito (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), futuro (do pre-
sente, do pretérito). Tempos compostos: auxiliar (ter e haver) 
+ particípio.
As formas nominais do verbo são: infinitivo (-r), gerún-
dio (-ndo) e particípio (-do). 
Sobre as formas nominais, Camara Jr. (1977) pronun-
cia-se da seguinte maneira: 
 
Resta uma apreciação semântica, nas mesmas linhas, das cha-
madas formas nominais, cujos nomes tradicionais são – infinitivo, 
gerúndio e particípio. Aqui a oposição é aspectual e não tempo-
ral. O infinitivo é a forma mais indefinida do verbo. A tal ponto, 
que costuma ser citado como o nome do verbo, a forma que de 
maneira mais ampla e mais vaga resume a sua significação, sem 
implicações das noções gramaticais de tempo, aspecto ou modo. 
Entre o gerúndio e o particípio há essencialmente uma oposição 
de aspecto: o gerúndio é <imperfeito> (processo inconcluso), ao
passo que o particípio é de aspecto concluso ou perfeito. O valor 
do pretérito ou de voz passiva (com verbos transitivos) que às 
vezes assume, não é mais que um subproduto do seu valor de 
aspecto perfeito ou concluso.
Entretanto, o particípio foge até certo ponto, do ponto de vista 
mórfico, da natureza verbal. É no fundo um adjetivo com as 
marcas nominais de feminino e de número plural em /S/. Ou 
em outros termos: é um nome adjetivo, que semanticamente 
expressa, em vez da qualidade de um ser, um processo que 
nele se passa. O estudo morfológico do sistema verbal portu-
guês pode deixá-lo de lado, porque morfologicamente ele per-
tence aos adjetivos, embora tenha valor verbal no âmbito semân-
tico e sintático. 
O gerúndio, ao contrário, é morfologicamente uma forma verbal.
Depreensão morfológica (como identificar morfemas)
 A técnica de depreensão é simples: se tivermos 
uma forma verbal a ser analisada, procedemos à comutação 
ao mesmo tempo com o infinitivo impessoal e com a primeira 
pessoa do plural do tempo em que se encontra o verbo. O 
infinitivo sem o /r/ apresenta o radical e a vogal temática. A 
primeira pessoa do plural exibe a desinência [-mos] (SNP 
ou DNP). O que sobrar será a desinência modo-temporal. 
Exercício: indique nos quadros em branco a VT, os SMT e os SNP.
Ind i ca t i vo 
Presente
VT SMT SNP P r e t é r i t o 
imperfeito
VT SMT SNP Sub jun t i vo 
Presente
VT SMT SNP
Amo
Amas
Ama
Amamos
Amais
Amam
Amava
Amavas
Amava
Amávamos
Amáveis
Amavam
Cante
Cantes
Cante
Cantemos
Canteis
Cantem
As categorias verbais
A categoria de tempo
A categoria de tempo constitui uma relação entre dois 
momentos: momento da comunicação e momento do pro-
cesso.
Em português: passado x presente x futuro.
Tempos simples:
I – Presente: simultaneidade entre momento da comu-
nicação e momento de ocorrência do processo. 
II – Passado ou pretérito: anterioridade entre o mo-
mento da ocorrência do processo e o momento da 
comunicação (o processo que se está enunciando 
ocorreu antes do momento da fala). 
III – Futuro: indica relação de posterioridade. O proces-
so ainda vai ocorrer, é posterior à fala. 
Tempos complexos: ocorrem quando há dois proces-
sos. Além de estabelecer relação entre os dois processos e 
o momento da comunicação, deve-se estabelecer relação 
entre os dois processos entre si. 
Verbos notáveis
Antes de estudar alguns verbos notáveis da língua por-
tuguesa, é importante que o estudante saiba da existência de 
duas características dos verbos: ser rizotônico ou arrizotônico. 
Rizotônicos: são as estruturas verbais com a sílaba 
tônica dentro do radical. 
Arrizotônicos: são as estruturas verbais com a sílaba 
tônica fora do radical. 
Arrear 
Verbo irregular da 1ª conjugação. Significa pôr arreio. 
Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -ear. 
Variam no radical, que recebe um i nas formas rizotônicas. 
Presente do Indicativo: arreio, arreias, arreia, arrea-
mos, arreais, arreiam.
Presente do Subjuntivo: arreie, arreies, arreie, arree-
mos, arreeis, arreiem.
Imperativo Afirmativo: arreia, arreie, arreemos, arreai, 
arreiem.
Imperativo Negativo: não arreies, não arreie, não arree-
mos, não arreeis, não arreiem.
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
20
Pretérito Perfeito do Indicativo: arreei, arreaste, 
arreou, arreamos, arreastes, arrearam.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: arreara, arre-
aras, arreara, arreáramos, arreáreis, arrearam.
Futuro do Subjuntivo: arrear, arreares, arrear, arrear-
mos, arreardes, arrearem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: arreasse, arreas-
ses, arreasse, arreássemos, arreásseis, arreassem.
Futuro do Presente: arrearei, arrearás, arreará, arrea-
remos, arreareis, arrearão.
Futuro do Pretérito: arrearia, arrearias, arrearia, arre-
aríamos, arrearíeis, arreariam.
Infinitivo Pessoal: arrear, arreares, arrear, arrearmos, 
arreardes, arrearem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: arreava, arreavas, 
arreava, arreávamos, arreáveis, arreavam.
Formas Nominais: arrear, arreando, arreado.
 
Arriar
Verbo regular da 1ª conjugação. Significa fazer descer. 
Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -iar, 
menos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. 
Presente do Indicativo: arrio, arrias, arria, arriamos, 
arriais, arriam.
Presente do Subjuntivo: arrie, arries, arrie, arriemos, 
arrieis, arriem.
Imperativo Afirmativo: arria, arrie, arriemos, arriai, 
arriem.
Imperativo Negativo: não arries, não arrie, não arrie-
mos, não arrieis, não arriem.
Pretérito Perfeito do Indicativo: arriei, arriaste, arriou, 
arriamos, arriastes, arriaram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: arriara, arria-
ras, arriara, arriáramos, arriáreis, arriaram.
Futuro do Subjuntivo: arriar, arriares, arriar, arriar-
mos, arriardes, arriarem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: arriasse, arriasses, 
arriasse, arriássemos, arriásseis, arriassem.
Futuro do Presente: arriarei, arriarás, arriará, arriare-
mos, arriareis, arriarão.
Futuro do Pretérito: arriaria, arriarias, arriaria, arriarí-
amos, arriaríeis, arriariam.
Infinitivo Pessoal: arriar, arriares, arriar, arriarmos, 
arriardes, arriarem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: arriava, arriavas, 
arriava, arriávamos, arriáveis, arriavam.
Formas Nominais: arriar, arriando, arriado.
 
Ansiar
Verbo irregular da 1ª conjugação. Como ele, conjugam-
-se mediar, remediar, incendiar e odiar. Variam no radical, 
que recebe um e nas formas rizotônicas. 
Presente do Indicativo: anseio, anseias, anseia, 
ansiamos, ansiais, anseiam.
Presente do Subjuntivo: anseie, anseies, anseie, 
ansiemos, ansieis, anseiem.
Imperativo Afirmativo: anseia, anseie, ansiemos, 
ansiai, anseiem.
Imperativo Negativo: não anseies, não anseie, não 
ansiemos, não ansieis, não anseiem.
Pretérito Perfeito do Indicativo: ansiei, ansiaste, 
ansiou, ansiamos, ansiastes, ansiaram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: ansiara, 
ansiaras, ansiara, ansiáramos, ansiáreis, ansiaram.
Futuro do Subjuntivo: ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-
mos, ansiardes, ansiarem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: ansiasse, ansias-
ses, ansiasse, ansiássemos, ansiásseis, ansiassem.
Futuro do Presente: ansiarei, ansiarás, ansiará, 
ansiaremos, ansiareis, ansiarão.
Futuro do Pretérito: ansiaria, ansiarias, ansiaria, 
ansiaríamos, ansiaríeis, ansiariam.
Infinitivo Pessoal:ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-
mos, ansiardes, ansiarem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: ansiava, ansiavas, 
ansiava, ansiávamos, ansiáveis, ansiavam.
Formas Nominais: ansiar, ansiando, ansiado.
 
Haver
Verbo irregular da 2ª conjugação. Varia no radical e nas 
desinências. 
Presente do Indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis, 
hão.
Presente do Subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, 
hajais, hajam.
Imperativo Afirmativo: há, haja, hajamos, havei, 
hajam.
Imperativo Negativo: não hajas, não haja, não haja-
mos, não hajais, não hajam.
Pretérito Perfeito do Indicativo: houve, houveste, 
houve, houvemos, houvestes, houveram. 
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: houvera, 
houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram.
Futuro do Subjuntivo: houver, houveres, houver, hou-
vermos, houverdes, houverem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: houvesse, houves-
ses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem.
Futuro do Presente: haverei, haverás, haverá, have-
remos, havereis, haverão.
Futuro do Pretérito: haveria, haverias, haveria, have-
ríamos, haveríeis, haveriam.
Infinitivo Pessoal: haver, haveres, haver, havermos, 
haverdes, haverem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: havia, havias, havia, 
havíamos, havíeis, haviam.
Formas Nominais: haver, havendo, havido.
 
Reaver
 
Verbo defectivo da 2ª conjugação. Faltam-lhe as formas 
rizotônicas e derivadas. As formas não existentes devem ser 
substituídas pelas do verbo recuperar. 
Presente do Indicativo: ///, ///, ///, reavemos, reaveis, 
///.
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, reavei vós, ///.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
21
Pretérito Perfeito do Indicativo: reouve, reouveste, 
reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: reouvera, 
reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouve-
ram.
Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, 
reouvermos, reouverdes, reouverem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: reouvesse, reou-
vesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reou-
vessem.
Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, rea-
veremos, reavereis, reaverão.
Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, rea-
veríamos, reaveríeis, reaveriam.
Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reaver-
mos, reaverdes, reaverem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: reavia, reavias, 
reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
Formas Nominais: reaver, reavendo, reavido.
Precaver
Verbo defectivo da 2ª conjugação, quase sempre usado 
pronominalmente (precaver-se). Faltam-lhe as formas rizo-
tônicas e derivadas. As formas não existentes devem ser 
substituídas pelas dos verbos acautelar-se, prevenir-se. 
As formas existentes são conjugadas regularmente, ou seja, 
seguem a conjugação de qualquer verbo regular terminado 
em -er, como escrever. 
Presente do Indicativo: ///, ///, ///, precavemos, preca-
veis, ///.
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, prevavei vós, ///.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///.
Pretérito Perfeito do Indicativo: precavi, precaveste, 
precaveu, precavemos, precavestes, precaveram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: precavera, 
precavera, precavera, precavêramos, precavêreis, pre-
caveram.
Futuro do Subjuntivo: precaver, precaveres, preca-
ver, precavermos, precaverdes, precaverem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: precavesse, preca-
vesses, precavesse, precavêssemos, precavêsseis, pre-
cavessem.
Futuro do Presente: precaverei, precaverás, preca-
verá, precaveremos, precavereis, precaverão.
Futuro do Pretérito: precaveria, precaverias, precave-
ria, precaveríamos, precaveríeis, precaveriam.
Infinitivo Pessoal: precaver, precaveres, precaver, 
precavermos, precaverdes, precaverem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: precavia, precavias, 
precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam.
Formas Nominais: precaver, precavendo, precavido.
 
Prover
Verbo irregular da 2ª conjugação que significa abas-
tecer. Varia nas desinências. No presente do indicativo, no 
presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo e no impe-
rativo negativo tem conjugação idêntica à do verbo ver; no 
restante dos tempos, tem conjugação regular, ou seja, segue 
a conjugação de qualquer verbo regular terminado em -er, 
como escrever. 
Presente do Indicativo: provejo, provês, provê, pro-
vemos, provedes, provêem.
Presente do Subjuntivo: proveja, provejas, proveja, 
provejamos, provejais, provejam.
Imperativo Afirmativo: provê, proveja, provejamos, 
provede, provejam.
Imperativo Negativo: não provejas, não proveja, 
não provejamos, não provejais, não provejam.
Pretérito Perfeito do Indicativo: provi, proveste, 
proveu, provemos, provestes, proveram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: provera, 
proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
Futuro do Subjuntivo: prover, proveres, prover, 
provermos, proverdes, proverem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: provesse, pro-
vesses, provesse, provêssemos, provêsseis, proves-
sem.
Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, 
proveremos, provereis, proverão.
Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, 
proveríamos, proveríeis, proveriam.
Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, prover-
mos, proverdes, proverem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: provia, provias, 
provia, províamos, províeis, proviam.
Formas Nominais: prover, provendo, provido.
 
Requerer
Verbo irregular da 2ª conjugação que significa pedir, 
solicitar, por meio de requerimento. Varia no radical. 
No presente do indicativo, no presente do subjuntivo, no 
imperativo afirmativo e no imperativo negativo tem con-
jugação idêntica à do verbo querer, com exceção da 1ª 
pessoa do singular do presente do indicativo (eu requeiro); 
no restante dos tempos, tem conjugação regular, ou seja, 
segue a conjugação de qualquer verbo regular terminado 
em -er, como escrever. 
Presente do Indicativo: requeiro, requeres, requer, 
requeremos, requereis, requerem.
Presente do Subjuntivo: requeira, requeiras, 
requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Imperativo Afirmativo: requere, requeira, requeira-
mos, requerei, requeiram.
Imperativo Negativo: não requeiras, não requeira, 
não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Pretérito Perfeito do Indicativo: requeri, requereste, 
requereu, requeremos, requerestes, requereram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: requerera, 
requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, 
requereram.
Futuro do Subjuntivo: requerer, requereres, reque-
rer, requerermos, requererdes, requererem.
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
22
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: requeresse, 
requeresses, requeresse, requerêssemos, requerês-
seis, requeressem.
Futuro do Presente: requererei, requererás, reque-
rerá, requereremos, requerereis, requererão.
Futuro do Pretérito: requereria, requererias, reque-
reria, requereríamos, requereríeis, requereriam.
Infinitivo Pessoal: requerer, requereres, requerer, 
requerermos, requererdes, requererem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: requeria, reque-
rias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam.
Formas Nominais: requerer, requerendo, reque-
rido.
Verbos defectivos 1
Colorir
Verbo defectivo, da 3ª conjugação. Faltam-lhe a 1ª 
pessoa do singular do Presente do Indicativo e as formas 
derivadas dela. Como ele, conjugam-se os verbos:
abolir
aturdir (atordoar)
brandir (acenar, agitar a mão)
banir
carpir
delir (apagar)
demolir
exaurir (esgotar, ressecar)
explodir
fremir (gemer)
haurir (beber, sorver)
delinquir
extorquir
puir (desgastar, polir)
ruir
retorquir (replicar, contrapor)latir
urgir (ser urgente)
tinir (soar)
pascer (pastar)
Colorir
Presente do Indicativo: ///, colores, colore, colori-
mos, coloris, colorem.
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Imperativo Afirmativo: colore, ///, ///, colori, ///.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Pretérito Perfeito do Indicativo: colori, coloriste, 
coloriu, colorimos, coloris, coloriram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: colorira, 
coloriras, colorira, coloríramos, coloríreis, coloriram.
1 Diz-se do verbo que não apresenta todas as formas do paradigma a que 
pertence.
Futuro do Subjuntivo: colorir, colorires, colorir, 
colorirmos, colorirdes, colorirem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: colorisse, colo-
risses, colorisse, coloríssemos, colorísseis, coloris-
sem.
Futuro do Presente: colorirei, colorirás, colorirá, 
coloriremos, colorireis, colorirão.
Futuro do Pretérito: coloriria, coloririas, coloriria, 
coloriríamos, coloriríeis, coloririam.
Infinitivo Pessoal: colorir, colorires, colorir, colo-
rirmos, colorirdes, colorirem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: coloria, colorias, 
coloria, coloríamos, coloríeis, coloriam.
Formas Nominais: colorir, colorindo, colorido.
 
Falir
Verbo defectivo, da 3ª conjugação. Faltam-lhe as 
formas rizotônicas do Presente do Indicativo e as formas 
delas derivadas. Como ele, conjugam-se: 
aguerrir (tornar valoroso)
adequar
combalir (tornar debilitado)
embair (enganar)
empedernir (petrificar, endurecer)
esbaforir-se
espavorir
foragir-se
remir (adquirir de novo, salvar, reparar, indenizar, 
recuperar-se de uma falha), renhir (disputar)
transir (trespassar, penetrar)
Falir
Presente do Indicativo: ///, ///, ///, falimos, falis, ///.
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, fali, ///.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Pretérito Perfeito do Indicativo: fali, faliste, faliu, 
falimos, falistes, faliram.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: falira, fali-
ras, falira, falíramos, falíreis, faliram.
Futuro do Subjuntivo: falir, falires, falir, falirmos, 
falirdes, falirem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: falisse, falisses, 
falisse, falíssemos, falísseis, falissem.
Futuro do Presente: falirei, falirás, falirá, faliremos, 
falireis, falirão.
Futuro do Pretérito: faliria, falirias, faliria, faliría-
mos, faliríeis, faliriam.
Infinitivo Pessoal: falir, falires, falir, falirmos, falir-
des, falirem.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: falia, falias, falia, 
falíamos, falíeis, faliam.
Formas Nominais: falir, falindo, falido.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
23
Processo de criação de palavras (derivação)
A derivação é o processo pelo qual se originam vocá-
bulos uns de outros, mediante a inserção ou extração de 
afixos. Pode ocorrer por:
Processo Exemplificação
Prefixação ou sufixação: Infeliz (prefixação: in- + feliz)
Felizmente (sufixação: feliz + 
-mente)
Prefixação e sufixação: Infelizmente (prefixação e sufi-
xação).
Derivação imprópria: forma-
ção de palavras por meio da 
mudança da categoria gra-
matical sem a modificação da 
forma.
Passagem do substantivo pró-
prio para o comum (barnabé, 
benjamim, cristo), de substan-
tivo comum a próprio (Oliveira, 
Leão), de adjetivo a substan-
tivo (barroco, tônica), de subs-
tantivo a adjetivo ou apositivo 
(burro, rosa, padrão, D. João 
V), de verbo a substantivo (o 
fazer, o dizer).
Derivação parassintética: for-
mação de palavras em que se 
verifica prefixação e sufixação 
simultaneamente.
aclarar < claro
entardecer < tarde
Derivação regressiva: criação 
de um substantivo pela elimi-
nação de sufixo da palavra 
derivante, e acréscimo de uma 
vogal temática.
abalo, de abalar
saque, de sacar
Derivação própria: forma-
ção de palavras por meio da 
adição de sufixos derivacio-
nais a um radical.
livraria, livreiro < livro
infeliz < feliz
Aglutinação: reunião em um 
só vocábulo, com significado 
independente, de dois ou mais 
vocábulos distintos; ocorre 
perda de fonemas e especial-
mente de acento de um dos 
vocábulos aglutinados.
aguardente por água + ardente
pernalta por perna + alta
Justaposição: reunião, em 
uma só palavra com signifi-
cado independente, de pala-
vras distintas que conservam, 
cada uma, sua integridade 
fonética.
laranja-pera
porta-malas
madrepérola
cantochão
As classes de palavras
 
Há dez classes de palavras em português:
1) Substantivo
2) Adjetivo
3) Verbo
4) Advérbio
5) Pronome
6) Preposição
7) Artigo
8) Numeral
9) Conjunção
10) Interjeição
Vejamos a definição de cada uma delas:
Substantivo
Classe de palavras com que se denominam os seres, 
animados ou inanimados, concretos ou abstratos, os estados, 
as qualidades, as ações.
Qualquer morfema susceptível de ser antecedido por 
outro da classe dos determinantes, compondo com ele um 
sintagma nominal.
Adjetivo
Que serve para modificar um substantivo, acrescentando 
uma qualidade, uma extensão ou uma quantidade àquilo que 
ele nomeia (diz-se de palavra, locução, oração, pronome).
Palavra que se junta ao substantivo para modificar o seu 
significado, acrescentando-lhe noções de qualidade, natu-
reza, estado etc.
Verbo
Classe de palavras que, do ponto de vista semântico, 
contêm as noções de ação, processo ou estado, e, do ponto 
de vista sintático, exercem a função de núcleo do predicado 
das sentenças.
Nas línguas flexionais e aglutinantes, palavra perten-
cente a um paradigma cujas flexões indicam algumas cate-
gorias, como o tempo (que localiza ação, processo ou estado 
em relação ao momento da fala), a pessoa (indica o emis-
sor, o destinatário ou o ser sobre o qual se fala), o número 
(indica se o sujeito gramatical é singular ou plural), o modo 
(indica a atitude do emissor quanto ao fato por ele enunciado, 
que pode ser de certeza, dúvida, temor, desejo, ordem etc.), 
a voz (indica se o sujeito gramatical é agente, paciente ou, ao 
mesmo tempo, agente e paciente da ação), o aspecto (for-
nece detalhes a respeito do modo de ser da ação, se é unitá-
ria, momentânea, prolongada, habitual etc.).
Advérbio
Palavra invariável que funciona como um modificador 
de um verbo (dormir pouco), um adjetivo (muito bom), um 
outro advérbio (deveras astuciosamente), uma frase (feliz-
mente ele chegou), exprimindo circunstância de tempo, 
modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, afirma-
ção, negação, dúvida, aprovação etc.
Pronome
Palavra que representa um nome, um termo usado com 
a função de um nome, um adjetivo ou toda uma oração que a 
segue ou antecede.
Preposição
Palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos 
de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles.
Artigo
Subcategoria de determinantes do nome. Em português, 
é sempre anteposto ao substantivo.
Numeral
Diz-se de ou classe de palavras que indica quantidade 
numérica.
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
24
Conjunção
Vocábulo ou sintagma invariável, usado para ligar uma 
oração subordinada à sua principal, ou para coordenar perí-
odos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.
Interjeição
Palavra invariável ou sintagma que formam, por si sós, 
frases que exprimem uma emoção, uma sensação, uma 
ordem, um apelo ou descrevem um ruído (por exemplo: 
psiu!, oh!, coragem!, meu Deus!).
A seção a seguir tem por objetivo proporcionar a você, 
estudante, uma técnica eficaz de identificação das classes 
gramaticais mais importantes. 
Identificação das classes gramaticais
Iniciemos pela forma como as palavras são classifica-
das morfologicamente: 
Forma: define-se segundo os elementos estruturais 
que vierem a compor ou a decompor paradigmaticamente 
as palavras.
Função: conforme a posição ocupada no eixo sintag-
mático.Sentido: depreende-se da relação entre ambas as 
coisas, associado quase sempre a fatores de ordem extra-
linguística.
→ Substantivo
→ Adjetivo
→ Verbo 
→ Advérbio
Palavra-chave!
Sintagmático: diz-se da relação entre unidades da língua que se 
encontram contíguas na cadeia da fala e não podem se substituir 
mutuamente, pois têm funções diferentes (por exemplo, em céu 
azul e eles chegaram, a relação entre céu e azul, e entre eles e 
chegaram).
Paradigmático: relativo a ou que pertence a uma série de unida-
des que possuem traço(s) em comum e que podem se substituir 
mutuamente num determinado ponto da cadeia da fala; asso-
ciativo.
IMPORTANTE:
A língua não funciona em relação a um único eixo (paradigmático 
ou sintagmático).
Fator sintático (posição horizontal)
→ homem grande/grande homem
→ funcionário novo/novo funcionário
Mudança no eixo paradigmático também altera a cons-
trução de sentido, ainda que a classificação permaneça inal-
terada. 
→ Este é o romance mais bonito de Jorge Amado.
→ Este é o barco mais bonito de Jorge Amado.
A definição semântica não é suficientemente adequada 
para definir substantivo, adjetivo e verbo. 
Caminho teórico mais coerente: explicações de cará-
ter formal e sintático (e morfossintático). 
Os critérios mórfico (ou formal) e sintático para 
classificação morfológica
Tais ocorrências envolvem “cortes verticais” no eixo 
paradigmático? Envolve elementos estruturais das palavras 
(gramemas dependentes, como desinências, afixos etc.)?
Explicação mórfica: flexão e derivação.
→ gato/gata
→ moral/imoral/amoral
→ Explicação sintática:
→ Personagem esquisita – um bonito personagem
→ Este pires – muitos pires.
Quais palavras (independentemente de serem seres 
ou não) se deixam anteceder pelos determinantes?
Não é função popular impedir reajustes de preço na 
próxima temporada. 
→ função
→ (os) reajustes
→ (o) preço
→ temporada
A força substantivadora dos determinantes é tão grande 
que pode transformar qualquer palavra de qualquer outra 
categoria em substantivos. 
Adjetivo
Somente as palavras que são adjetivos aceitam o 
sufixo –mente (originando, dessa forma, um advérbio). 
IMPORTANTE:
Todo adjetivo é palavra variável em gênero e/ou número e 
deixa-se articular (ou modificar) por outra que seja advérbio. 
ou
É adjetivo toda palavra variável em gênero e/ou número que 
se deixar anteceder por “tão” (ou por qualquer intensificador 
como bem ou muito, dependendo do contexto). 
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
25
Como exercício, encontre os adjetivos nestas sentenças:
→ Não é função _____ popular___ impedir reajustes de 
preço na _____ próxima___ temporada. 
→ Ele não é _____ homem para isso. 
A resolução está organizada a seguir:
Não é função (tão) popular(es) impedir reajustes de 
preço na (tão) próxima(s) temporada. 
Ele não é (tão) homem para isso. 
IMPORTANTE:
Constatar a flexão e a articulação com o substantivo são 
procedimentos fundamentais para distinguir o adjetivo do 
advérbio.
 
Verbo
O verbo, na língua portuguesa, constitui a classe de 
maior riqueza formal e, por esse critério, torna-se facilmente 
identificável. 
Apenas os verbos articulam-se com os pronomes pes-
soais do caso reto (Eu, Tu, Ele/Ela, Nós, Vós, Eles/Elas). 
Advérbio
No eixo sintagmático: articula-se com verbos, adjetivos 
e advérbios. 
→ Ela fala bem.
→ Ela parece extremamente cansada.
→ Ela fala muito bem. 
IMPORTANTE:
É advérbio toda palavra invariável em gênero e/ou número 
que se deixa anteceder por TÃO (ou por bem, ou por muito, 
dependendo do contexto).
CAPÍTULO 3 – SINTAXE
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Frase, período e oração
Frase é a construção que encerra um sentido com-
pleto, podendo ser formada por uma ou mais palavras, com 
ou sem verbo, ou por uma ou mais orações; pode ser afirma-
tiva, negativa, interrogativa, exclamativa ou imperativa.
Vejamos alguns exemplos:
→ Pare! 
→ Fogo!
→ Parada de ônibus.
→ Vendem-se casas.
→ A Maria disse que o João voltará amanhã.
→ O governo não dará continuidade à política de sane-
amento básico.
→ Os dirigentes chegaram?
→ Isso é um absurdo!
→ Adicione duas xícaras de leite. 
Oração é uma frase, ou membro de frase, que contém 
um verbo (ou locução verbal 2). A oração pode ser coorde-
nada ou subordinada: 
O João chegou e já se sentou. 
O governo afirmou que as políticas públicas serão mais 
eficazes. 
O período é uma frase que contém uma ou mais ora-
ções. Inicia-se por letra maiúscula e encerra-se por ponto final 
(ou equivalente). 
A ordem dos termos
Em português, as sentenças são organizadas na ordem 
(direta):
Sujeito – Verbo – Objeto (complemento) – Adjuntos
O governo investiu R$ 100 milhões em educação no ano 
passado. 
Vozes do verbo
 Vozes são a forma em que se apresenta o verbo 
para indicar a relação que há entre ele e o seu sujeito. Em 
língua portuguesa, há três tipos de voz: ativa, passiva e refle-
xiva. Vejamos a definição de cada uma:
1. Voz ativa
Voz do verbo em que o sujeito pratica a ação (por exem-
plo, João cortou a árvore)
2. Voz passiva
Voz do verbo na qual o sujeito da oração recebe a inter-
pretação de paciente, em lugar da de agente da ação verbal 
(por exemplo, Pedro foi demitido)
2.1. Voz passiva analítica
Voz passiva com o verbo principal na forma de particípio 
e com verbo auxiliar (ser, estar, andar etc.) recebendo as 
indicações de tempo, modo e concordância.
O sujeito equivale ao objeto direto da ativa correspon-
dente, e o sintagma agentivo, opcional, vem precedido de por: 
O cocheiro foi mordido (pelo cavalo).
2.2. Voz passiva sintética
Voz passiva com o verbo na terceira pessoa construído 
com o pronome apassivador se, sem indicação do agente. 
Por exemplo: 
Não se encontrou nenhum vestígio de vinho no copo.
Vendem-se livros usados.
3. Voz reflexiva
Voz com verbo na forma ativa tendo como complemento 
um pronome reflexivo, indicando a identidade entre quem pro-
voca e quem sofre a ação verbal: 
2 Conjunto de palavras que equivalem a um só vocá-
bulo, por terem significado, conjunto próprio e função grama-
tical única. O João vai chegar cedo. 
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
26
Feri-me.
Eles se prejudicaram.
O sujeito
Sujeito é termo da oração sobre o qual recai a predi-
cação da oração e com o qual o verbo concorda. Pode ser:
I – Indeterminado: 
→ Pedro, disseram-me que você falou mal de mim. 
→ Precisa-se de empregados (índice de indetermina-
ção do sujeito). 
→ Vive-se bem aqui (índice de indeterminação do sujeito). 
II – Impessoal: 
Há bons livros na livraria. Faz frio. Chove. 
III – Explicitado lexicalmente: 
→ O sol é um astro luminoso.
IV – Explicitado pronominalmente: 
→ Eu estudo no colégio Dom Pedro II. 
V – Desinencial: 
→ Brincamos todos os dias na praça. 
As formas pronominais retas (as quais ocupam a posi-
ção de sujeito) são as seguintes:
→ 1ª pessoa (singular ou plural): eu – nós.
→ 2ª pessoa (singular ou plural): tu – vós.
→ 3ª pessoa (singular ou plural): ele – eles. 
Paralelismo sintático
Paralelismo sintático é a identidade de estrutura numa 
sucessão de frases. Vejamos a frase a seguir:
O esforço é grande e o homem é pequeno. 
Nessa frase, há uma simetria estrutural entre as duas 
orações. Ambas são estruturadas por um verbo de ligação e 
um predicativo do sujeito. 
Segundo Azeredo (2008), paralelismo sintático é a 
perfeita correlação na estrutura sintática da frase. Como a 
coordenação é um processo que encadeia valores sintáticos 
idênticos, presume-se que os elementos sintáticos coorde-
nados entre si devam apresentar, em princípio, estruturas 
gramaticais similares. Portanto, a coordenação sintática 
deve comportar constituintes do mesmo tipo. 
É muito importante observar que

Outros materiais