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APOSTILA PEF-2

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Secretaria Municipal de Educação 
do Rio de Janeiro - SME-RIO 
 
 
Professor de Ensino Fundamental – 
Anos Iniciais 
 
 
Língua Portuguesa 
1. Leitura e compreensão de textos variados. 2. Modos de organização do discurso: descritivo, narrativo, 
argumentativo. ..................................................................................................................................................................... 1 
3. Gêneros do discurso: definição, reconhecimento dos elementos básicos. ............................................................ 4 
4. Coesão e coerência: mecanismos, efeitos de sentido no texto. ............................................................................... 7 
5. Relação entre as partes do texto: causa, consequência, comparação, conclusão, exemplificação, 
generalização, particularização. .................................................................................................................................... 11 
6. Conectivos: classificação, uso, efeitos de sentido. .................................................................................................. 12 
7. Verbos: pessoa, número, tempo e modo. 8. Vozes verbais. 9. Transitividade verbal e nominal. ................... 15 
10. Estrutura, classificação e formação de palavras. .................................................................................................. 23 
11. Metáfora, metonímia, hipérbole, eufemismo, antítese, ironia.12. Gradação, ênfase. ..................................... 25 
13. Acentuação. ................................................................................................................................................................. 27 
14. Pontuação: regras, efeitos de sentido. .................................................................................................................... 29 
15. Recursos gráficos: regras, efeitos de sentido. ........................................................................................................ 30 
 
 
Matemática 
1. Números naturais: Sistema de numeração decimal. Ordens e classes ................................................................... 1 
2. Números reais: Resolução de problemas envolvendo as operações de adição, subtração, multiplicação e 
divisão .................................................................................................................................................................................... 3 
3. Divisibilidade: Múltiplos e Divisores ............................................................................................................................ 4 
4. Proporcionalidade: Regra de três simples e porcentagem ....................................................................................... 7 
5. Sistema Legal de Medidas: Medidas de comprimento, área, volume, capacidade, massa e tempo ................ 12 
6. Princípio Multiplicativo ............................................................................................................................................... 14 
7. Volume do cubo e do paralelepípedo retângulo ...................................................................................................... 15 
8. Conservação, redução ou ampliação de perímetros e áreas das principais figuras planas usando malhas 
quadriculadas. Cálculo de áreas e perímetros ............................................................................................................. 17 
9. Planificação de sólidos geométricos. 10. Identificação de arestas, vértices e faces de um sólido 
geométrico .......................................................................................................................................................................... 22 
11. Construção e interpretação de gráficos e tabelas ................................................................................................. 25 
 
 
História 
1. Transformações e permanências: tempo do indivíduo e o tempo social; tempo cronológico e tempo histórico, 
características dos sistemas sociais e culturais, registro de tempo ao longo da história ....................................... 1 
2. Ensino de História e direitos humanos: diferenças socioculturais que caracterizam os espaços sociais 
(escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo), reconhecimento, valorização e respeito aos direitos humanos 
e à diversidade cultural como fundamentos da vida social; cidadania e tolerância; ensino de História para as 
séries iniciais do Ensino Fundamental; a disciplina escolar e o saber histórico ...................................................... 6 
3. Formação histórica brasileira: o estudo e a análise de situações históricas - o período da colonização, 
processo de independência, período monárquico, a República, desenvolvimento e consolidação da 
democracia, inserção no mundo globalizado - reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela 
Apostila Digital Licenciada para LUCIANO TIBURCIO DA SILVA - luciano.tiba@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
construção das identidades individual e coletiva; perspectivas da construção do Brasil entre a cidadania e o 
autoritarismo ..................................................................................................................................................................... 23 
4. As relações sociais de trabalho ao longo da história: impactos da tecnologia nas transformações dos 
processos de trabalho, relações entre trabalho e cidadania, trabalho urbano e trabalho rural; escravidão e 
abolicionismo ..................................................................................................................................................................... 73 
5. Rio de Janeiro: Espaço, sociedade, política e cultura no município do Rio de Janeiro ...................................... 83 
 
 
Geografia 
1. A Educação Geográfica e o Ensino Fundamental: o papel da Geografia na sociedade contemporânea e na 
formação do indivíduo ........................................................................................................................................................ 1 
2. Habilidades específicas para a alfabetização geográfica: lateralidade, proporção, temporalidade, percepção 
sensorial, percepção do ambiente físico e da paisagem, percepção social e identitária e noções de sociedade, 
cidadania, lugar, espaço e território .............................................................................................................................. 17 
3. Os processos da dinâmica natural (geológicos, geomorfológicos, climáticos, hidrológicos, botânicos) e as 
formas espaciais resultantes ........................................................................................................................................... 25 
4. Fundamentos da Cartografia: orientação e localização, convenções, escalas, projeções, formas de 
representação espacial e fusos horários ....................................................................................................................... 39 
5. Fundamentos da Demografia: distribuição espacial da população, dinâmicas do crescimento demográfico, 
estrutura populacional, movimentos populacionais, desigualdades socioeconômicas e questões étnicas e de 
gênero .................................................................................................................................................................................. 50 
6. O universo do trabalho: os setores da economia, as atividades econômicas, as profissões, a relação 
cidade/campo .................................................................................................................................................................... 63 
7. Sustentabilidade: aproveitamento econômico e gestão dos recursosnaturais, problemas ambientais 
resultantes, iniciativas para a conservação do meio ambiente e responsabilidade social e individual ............ 74 
8. As diferentes escalas de organização espacial e regional: residência, rua, bairro/comunidade, 
cidade/munícipio, estado, regiões, país, continente e mundo .................................................................................. 92 
 
 
Ciências 
1. Educação em ciências: conteúdo e metodologia. 2. Alfabetização e letramento científico ................................. 1 
3. Histórico do ensino de Ciências Naturais: fases e tendências dominantes. 4. Ciências Naturais e Cidadania 4 
5. Ser humano e saúde ...................................................................................................................................................... 31 
6. Matéria e Energia .......................................................................................................................................................... 60 
7. Vida e Evolução ............................................................................................................................................................. 62 
8. Terra e Universo ............................................................................................................................................................ 76 
9. Recursos tecnológicos .................................................................................................................................................. 81 
10. Estados físicos da matéria e mudanças de estado físico ...................................................................................... 88 
11. Educação Ambiental no ensino fundamental ........................................................................................................ 90 
12. A Pedagogia de Projetos no Ensino de Ciências .................................................................................................... 92 
 
 
Fundamentos Teórico Metodológicos e Político Filosóficos 
da Educação 
Fundamentos Legais da Educação Brasileira: Lei Federal nº 9.394 de 20/12/1996 - Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Brasileira. ....................................................................................................................................................... 1 
Diretrizes Curriculares Nacionais: Parecer 04 CNE/SEB/98 e Resoluções 02 CNE/SEB/98 e 01 
CNE/SEB/06. ...................................................................................................................................................................... 15 
Base Nacional Comum Curricular: Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017. ................................. 22 
Lei Federal nº 10.793, de 01/12/2003 – Altera a redação do art. 26, § 3º, e do art. 92 da Lei 9.394/96, que 
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. ............................................................................................ 27 
Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras 
providências. ...................................................................................................................................................................... 28 
Lei Federal nº 10.639/03 – Altera a Lei no 9.394,de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática 
Apostila Digital Licenciada para LUCIANO TIBURCIO DA SILVA - luciano.tiba@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
"História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Lei Federal nº 11.114, de 16/05/05 – Altera os 
artigos 6º, 30, 32 e 87 da Lei 9394/96, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental 
aos seis anos de idade. Lei Federal n° 11.274, de 06/05/06 - Altera a redação dos artigos. 29, 30, 32 e 87 da 
Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo 
sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) 
anos de idade. Lei Federal nº 11.645, de 10/03/08 – Altera a Lei 9.394/96, modificada pela Lei 10.639/03, que 
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a 
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Lei Federal nº 12.976, de 
04/04/2013 - Altera a Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dá outras providências... 42 
Lei Federal nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo 
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e o 
Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei n o 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a 
Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. ................................... 43 
Lei Federal nº 13.478, de 30 de agosto de 2017. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para estabelecer direito de acesso aos profissionais do magistério a 
cursos de formação de professores, por meio de processo seletivo diferenciado. ............................................... 46 
Resolução nº 4/10 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. ......................... 46 
Resolução nº 7/10 Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos... ... 55 
Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 - Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum 
Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da 
Educação Básica................................................................................................................................................................. 63 
Parecer CNE/CEB nº 11/2010 que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino 
Fundamental de 9 (nove) anos. ...................................................................................................................................... 63 
Fundamentos Teóricos da Educação: 1. Perspectiva Histórica da Educação. ........................................................ 79 
2. Aspectos filosóficos e sociológicos da Educação. .................................................................................................... 89 
3. Aspectos psicológicos do desenvolvimento humano e teorias da aprendizagem. .......................................... 109 
4. Currículo. ...................................................................................................................................................................... 129 
5. Concepções de aprendizagem na perspectiva históricocultural. ....................................................................... 140 
6. Interdisciplinaridade. ................................................................................................................................................. 144 
7. Letramento no cotidiano escolar. ............................................................................................................................. 148 
Instrumentos Pedagógicos do Ensino e da Aprendizagem: 1. Projeto Político Pedagógico. ............................. 151 
2. Planejamento. ..............................................................................................................................................................159 
3. Avaliação: função, objetivos e modalidades. .......................................................................................................... 167 
4. Projeto didático. .......................................................................................................................................................... 177 
5. Metodologias de Ensino. ............................................................................................................................................ 181 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
LEITURA 
 
A leitura1 é prática de interação social de linguagem. A 
leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja 
capaz de mobilizar seus conhecimentos prévios, quer 
linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os 
vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor 
parte do já sabido/conhecido, mas, superando esse limite, 
incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu 
universo de conhecimento para melhor entender a realidade 
em que vive. 
Algumas estratégias de Leitura: 
O professor como mediador e facilitador no processo 
ensino-aprendizagem deve promover algumas estratégias de 
leitura como, por exemplo, ativar o conhecimento prévio do 
aluno por meio de determinadas perguntas que tenham 
relação com o que vai ser lido, levar o aluno a distinguir o 
essencial do que é pouco relevante, esquematizando uma 
hierarquização, para construir o significado global do texto. 
Para isso, é extremamente importante que o aluno saiba qual 
é o objetivo da leitura, para poder avaliar e reformular, se 
necessário, as ideias iniciais. Além disso, o professor pode 
instigá-lo a interagir com o texto, criando expectativas ou, 
ainda, fazendo previsões. Esses procedimentos, a princípio, 
devem ser feitos com o auxílio do professor, o que mais tarde, 
deve tornar-se um hábito no aluno. Nesse sentido, ao ensinar 
a ler e compreender, o professor não impõe sua própria leitura 
ou a do livro. 
Solé ao destacar algumas das estratégias mais empregadas 
nas aulas de leitura, destaca que, mesmo dentro das principais 
estratégia mencionadas, pode-se apresentar ainda as 
seguintes variações: 
1) Os objetivos da leituras, dependendo da situação, 
podem servir para: a) obter uma informação precisa; b) obter 
uma informação de caráter geral; c) revisar um escrito próprio 
para comunicação; e) praticar em voz alta; f) verificar o que se 
compreendeu. 
2) Em relação a ativar o conhecimento prévio pode: a) ser 
dada uma explicação geral por parte da professora sobre o que 
será lido; b) instigar o aluno a prestar atenção a determinados 
aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento; c) 
incentivar os alunos a expor o que já sabem sobre o assunto 
em discussão com o grande grupo. 
3) Estabelecer previsões sobre o texto seria formular 
hipóteses sobre a continuidade textual. Nessa atividade, 
sugere-se omitir a sequência do texto e solicitar aos alunos que 
formulem hipóteses. 
4) Incentivar os alunos a fazerem perguntas pertinentes 
sobre o texto, as quais devem ser reformuladas, se necessário, 
pelo professor. Eles devem ser instigados, paulatinamente, a 
 
1 
http://www.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/87371cd65b68bfbc63
b1147f67cbaa11.pdf 
fazer seus próprios questionamentos, o que implica auto 
direcionamento. 
 
Tipos de Leitura: 
 
- Pré-Leitura: 
A Pré-leitura ou scanning tem a função de realizar um 
reconhecimento exploratório preliminar da leitura, é uma 
passagem visual rápida pelo texto sem a pretensão da fixação 
ou da compreensão plena do escrito. 
- Leitura Fragmentada: 
Muitas pessoas afirmam que não gostam de ler porque isso 
lhes causa fadiga, ou ao terminar um texto não conseguem 
compreender seu conteúdo, acham-se dispersas, 
desconcentradas e sentem que não houve um aproveitamento 
satisfatório das informações contidas nesses escritos. 
Isso acontece por diversas razões, à principal ocorre pela 
falta de disciplina e continuidade que esse costume exige. 
Dessa forma a pessoa lê, compreende as palavras uma a uma: 
separadamente, mas não conseguem associar o sentido na 
construção das frases, parágrafos e por fim o texto. 
Com a dificuldade presente nessa associação de palavras, 
frases e parágrafos as mensagens e as informações ali contidas 
perdem seu senso e o escrito vira um emaranhado literário 
incompreensível e enfadonho: é o ler sem compreender. 
- Leitura Integral: 
É a forma de ler com plena compreensão e interpretação 
do que está escrito. Esse tipo de leitura é caracterizado pelo 
amadurecimento e pela condição disciplinar alcançada pelo 
cérebro no exercício contínuo e perseverante do ato de ler e 
que eleva de forma eficaz o condicionamento intelectual. 
Nessa fase o indivíduo tem a capacidade de associar 
perfeitamente as frases e parágrafos, compreender 
sistematicamente e de forma coerente todo conteúdo, 
inclusive com a condição de memorizar ou absorver 
determinados trechos, frases ou citações. 
- Leitura Dinâmica: 
São utilizados métodos e técnicas de leitura que permitem 
a decifração substanciada, instantânea e em blocos de um juízo 
ou pensamento na forma integral, evitando-se, portanto, a 
decifração de uma cadência de ideias sequenciadas e linear, 
como se dá geralmente na leitura comum. 
Conhecida também como leitura rápida, leitura acelerada, 
ou nos casos mais avançados: a leitura fotográfica. Aleitura 
dinâmica tem como característica primordial a forma 
diferenciada da entrada de informações em nossa base neural 
de conhecimentos. 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um 
texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações 
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
http://alb.com.br/arquivo-
morto/edicoes_anteriores/anais16/sem03pdf/sm03ss07_05.pdf 
1. Leitura e compreensão 
de textos variados. 2. Modos 
de organização do discurso: 
descritivo, narrativo, 
argumentativo. 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, semprebuscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando parao céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no 
texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em 
outro homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Os gêneros textuais são classificados conforme as 
características comuns que os textos apresentam em relação à 
linguagem e ao conteúdo. 
 
2 https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ 
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma 
interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de 
determinado discurso. 
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, 
receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de 
supermercado. 
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, 
pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, 
por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a 
lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo 
de preparo (texto injuntivo).2 
 
Distinguindo 
 
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero 
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é 
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma 
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: 
Gênero Literário - é classificado de acordo com a sua 
forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, 
narrativo e etc. 
Tipo Textual - este é a forma como o texto se apresenta, 
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, 
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se 
apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. 
 
Tipos de Gêneros Textuais 
 
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que 
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias 
tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são 
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: 
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e 
injuntivo. 
 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: 
• Romance 
• Novela 
• Crônica 
• Contos de Fada 
• Fábula 
• Lendas 
 
Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). 
 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
• Diário 
• Relatos (viagens, históricos, etc.) 
• Biografia e autobiografia 
• Notícia 
• Currículo 
• Lista de compras 
• Cardápio 
• Anúncios de classificados 
 
 
3. Gêneros do discurso: 
definição, reconhecimento dos 
elementos básicos. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações. São 
marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo 
que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida 
em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
• Editorial Jornalístico 
• Carta de opinião 
• Resenha 
• Artigo 
• Ensaio 
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
 
Texto Expositivo 
Os textos expositivos possuem a função de expor 
determinada ideia, por meio de recursos como: definição, 
conceituação, informação, descrição e comparação. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: 
• Seminários 
• Palestras 
• Conferências 
• Entrevistas 
• Trabalhos acadêmicos 
• Enciclopédia 
• Verbetes de dicionários 
 
Texto Injuntivo 
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, 
é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor 
(emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor 
(receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos 
no imperativo. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: 
• Propaganda 
• Receita culinária 
• Bula de remédio 
• Manual de instruções 
• Regulamento 
• Textos prescritivos 
 
Outros Exemplos 
 
Carta 
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, 
quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem 
intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou 
que não se tenha intimidade. 
Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes 
estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou 
descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a 
saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. 
 
Propaganda 
Este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente 
da maioria dos outros gêneros. Suas principais características 
são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da 
propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo 
produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de 
descrição e sempre é claro e objetivo. 
 
 
 
 
3 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação. 
São Paulo, Atual Editora, 2000 
Notícia 
Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. 
Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto 
é informar algo que aconteceu. 
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos 
existentes e tem como intenção nos informar acerca de 
determinada ocorrência. Bastante recorrente nos meios de 
comunicação em geral, seja na televisão, em sites pela internet 
ou impresso em jornais ou revistas. 
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, 
clara, objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que 
interessam ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e 
objetiva, uma vez que se trata de uma informação. 
 
Editorial 
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente 
aparece no início das colunas. Diferente dos outros textos que 
compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são 
textos opinativos. 
Embora sejam textos de caráter subjetivo,podem 
apresentar certa objetividade. Isso porque são os editoriais 
que apresentam os assuntos que serão abordados em cada 
seção do jornal, ou seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, 
Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros. 
Os textos são organizados pelos editorialistas, que 
expressam as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a 
assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do 
meio de comunicação (revista, jornal, rádio, etc.). 
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os 
editoriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do 
Editor”. 
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se 
apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E 
quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da 
linguagem que, mesmo em se tratando de impressões 
pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que 
prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de 
destaque. 
 
Reportagem 
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado 
nos meios de comunicação de massa. A reportagem informa, 
de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela 
situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação 
e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo 
acontecimento. 
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas 
geralmente costuma estabelecer conexões com o fato central, 
anunciado no que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-
se a narrativa do fato principal, ampliada e composta por meio 
de citações, trechos de entrevistas, depoimentos, dados 
estatísticos, pequenos resumos, dentre outros recursos. É 
sempre iniciada por um título, como todo texto jornalístico. 
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias 
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e 
contribuindo para formar sua opinião. 
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, 
dinâmica e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos 
meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma 
linguagem acessível a todos os públicos, mas pode variar de 
formal para mais informal dependendo do público a que se 
destina. Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a 
opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação.3 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
Gêneros Textuais e Gêneros Literários 
 
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se 
referem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros 
literários se referem apenas aos textos literários. 
Os gêneros literários são divisões feitas segundo 
características formais comuns em obras literárias, 
agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e 
semânticos, entre outros. 
- Gênero lírico; 
- Gênero épico ou narrativo; 
- Gênero dramático. 
 
Gênero Lírico 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no 
poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime 
suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e 
há o predomínio da função emotiva da linguagem. 
 
Elegia 
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a 
morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor 
expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. 
É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e 
Yufa, de William Shakespeare. 
 
Epitalâmia 
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites 
românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de 
epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
 
Ode (ou hino) 
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à 
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, 
ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com 
acompanhamento musical. 
 
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem 
à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o 
poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de 
tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que 
enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. 
A écloga é um idílio com diálogos (muito rara). 
 
Sátira 
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém 
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, 
pode abordar críticas sociais, a costumes de determinada 
época, assuntos políticos, ou pessoas de relevância social. 
 
Acalanto 
Canção de ninar. 
 
Acróstico 
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso 
formam uma palavra ou frase. Ex.: 
 
Amigos são 
Muitas vezes os 
Irmãos que escolhemos. 
Zelosos, eles nos 
Ajudam e 
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira 
e 
Eterna 
https://www.todamateria.com.br/acrostico/ 
 
 
Balada 
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são 
cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão 
vocal que se destinam à dança. 
 
Canção (ou Cantiga, Trova) 
Poema oral com acompanhamento musical. 
 
Gazal (ou Gazel) 
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente 
médio. 
 
Soneto 
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois 
quartetos e dois tercetos. 
 
Vilancete 
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de 
escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
 
Gênero Épico ou Narrativo 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários 
reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com 
o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado 
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao 
surgimento de concepções de prosa com características 
diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. 
 
Épico (ou Epopeia) 
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias 
de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, 
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um 
tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus 
feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, 
e Odisseia, de Homero. 
 
Ensaio 
É um texto literário breve, situado entre o poético e o 
didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e 
filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais 
flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e 
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, 
social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute 
em formalidades como documentos ou provas empíricas ou 
dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a 
tolerância, de John Locke. 
 
Gênero Dramático 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. 
Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. 
Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que 
assumem os papéis das personagens nas cenas. 
 
Tragédia 
É a representação de um fato trágico, suscetível de 
provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a 
tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma 
extensão e completa, em linguagem figurada, com atores 
agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex.: Romeu e 
Julieta, de Shakespeare. 
 
Farsa 
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego 
de processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, 
a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em 
especial, o engano. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 7 
Comédia 
É a representação de um fato inspirado na vida e no 
sentimento comum, de riso fácil. Sua origem gregaestá ligada 
às festas populares. 
 
Tragicomédia 
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e 
cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o 
imaginário. 
 
Poesia de cordel 
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte 
apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da 
sociedade e da realidade vivida por este povo. 
 
Questões 
 
01. (Pref. Teresina/PI - Professor de Língua 
Portuguesa - NUCEPE/2016) Ainda sobre gênero, é correto 
afirmar que uma característica predominante nos gêneros 
textuais é a: 
(A) forma linguística. 
(B) clareza das ideias. 
(C) função sociocomunicativa. 
(D) assunto temático. 
(E) correção gramatical. 
 
02. (MPE/GO - Secretário Auxiliar - 2018) 
 
A Outra Noite 
 
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite 
de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para 
casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e 
contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar 
lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade 
eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, 
uma paisagem irreal. 
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer 
aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim: 
– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua 
conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? 
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e 
torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda. 
– Mas, que coisa... 
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu 
fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. 
Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa. 
– Ora, sim senhor... 
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa 
noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão 
veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei. 
(Rubem Braga, Ai, Copacabana, disponível em 
http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2014/09/sessao-
leitura-outra-noite-rubembraga.html. Acesso em 14/01/2018) 
 
Quanto ao gênero, o texto sob análise apresenta 
características de: 
(A) Uma crônica. 
(B) Uma fábula. 
(C) Um artigo. 
(D) Um ensaio. 
(E) Nenhuma das alternativas. 
 
03. (SEE/PE - Professor - FGV/2016) Os diversos 
gêneros textuais destacam uma qualificação predominante 
para cada enunciador; em um texto informativo, por exemplo, 
o enunciador tem como marca específica 
(A) o interesse de convencimento. 
(B) o domínio de um conhecimento. 
(C) a necessidade de expressão de uma emoção. 
(D) a condição de prever conhecimentos futuros. 
(E) o objetivo de ensinar procedimentos. 
 
04 (IF/PA - Professor - Letras - IF/PA/2015) A inserção 
dos gêneros textuais no ensino vem mudando a dinâmica da 
educação em língua portuguesa no Brasil. É importante 
trabalhar a língua em uso, através de textos e dos gêneros nos 
quais eles se manifestam isso tem mobilizado professores e 
educadores, que procuram adaptar‐ se a essas novas 
perspectivas. De acordo com os estudos sobre os gêneros 
textuais podemos afirmar que os exemplos de textos como, 
receita culinária, tutorial, manual de instruções, guia 
rodoviário tem em comum por possuírem um caráter: 
(A) injuntivo. 
(B) prescritivo. 
(C) descritivo. 
(D) expositivo. 
(E) dissertativo. 
 
05. (FGV - Professor de Ensino Fundamental II e Médio 
- SME/SP/2016) Os diversos textos a serem interpretados em 
um livro didático devem ser distribuídos segundo o seguinte 
critério: 
(A) textos literários e não literários. 
(B) textos de épocas variadas. 
(C) textos de gêneros textuais variados. 
(D) textos de vários gêneros literários. 
(E) textos de linguagem formal e informal. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.B / 04.A / 05.C 
 
 
 
COERÊNCIA E COESÃO 
 
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho: 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que 
se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte 
constituinte do texto, é preciso saber escrever obedecendo às 
normas de coerência e coesão. 
Coerência e coesão relacionam-se com o processo de 
produção e compreensão do texto, a coesão contribui para a 
coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta 
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente 
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em 
outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem 
construído, com frases bem estruturadas e vocabulário 
correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem 
uma sequência lógica, ou seja, há coesão, mas não coerência. 
Por outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes 
e bem encadeadas, sem que no plano da expressão, as 
estruturas frasais sejam gramaticalmente aceitáveis, ou seja, 
há coerência, mas não coesão. 
Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, 
encontram-se textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, 
mas sem coerência. Em Carlos Drummond de Andrade, há 
inúmeros exemplos de textos coerentes, sem coesão 
gramatical no plano sintático. A linguagem literária admite 
essas liberdades, o que não vem ao caso, pois na linguagem 
acadêmica, referencial, a obediência às normas de coerência e 
coesão são obrigatórias. Ainda assim, para melhor 
4. Coesão e coerência: 
mecanismos, efeitos de 
sentido no texto 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
esclarecimento do assunto, apresentam-se exemplos de 
coerência sem coesão e coesão sem coerência: 
 
“Cidadezinha Qualquer” 
Casas entre bananeiras 
mulheres entre laranjeiras 
pomar amor cantar: 
 
Um homem vai devagar 
Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar 
 
Devagar.. as janelas olham. 
Eta vida besta, meu Deus." 
(Andrade, 1973) 
 
Apesar da aparente falta de nexo, percebe-se nitidamente 
a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisagem rural, 
o estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilhotar, de vigiar das 
janelas tudo o que se passa lá fora. No plano sintático, a 
primeira estrofe contém apenas frases ou sintagmas nominais 
(cantar pode ser verbo ou substantivo - os meu cantares = as 
minhas canções); as demais, não apresentam coesão - uma 
frase não se relaciona com outra, mas, pela forma de 
apresentação, colaboram para a coerência do texto. 
 
“Do outro lado da parede” 
Meu laço de botina. 
Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem 
sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele já 
esteja treinado. 
A culpa de tudo quem tem-na é esse bandido desse coronel 
do Exército Brasileiro que nos inflicitou. 
Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. 
Principalmente se ainda é tempo! És uma tarada. 
Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e 
noite. Enfim, adeus. 
Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os corvos." 
João da Slavonia (Andrade, O., 1971) 
 
Embora as frases sejam sintaticamente coesas, nota-se 
que, neste texto, não há coerência, não se observa uma linha 
lógica de raciocínio na expressão das ideias. Percebe-se 
vagamente que a personagem João Slavonia teria recebido 
uma mensagem de Joaninha (Recebi a tua comunicação), 
ameaçando cometer suicídio (Reflete antes de te matares!). A 
última frase contém uma alusão ao poema "O corvo", de Edgar 
Alan Poe. 
 
A respeito das relações entre coerência e coesão, 
Guimarães diz: 
"O exposto autoriza-nos a seguinte conclusão: ainda que 
distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interconexão 
dos componentes textuais, a coerência refere-se aos modos como 
os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede do 
sentido), trata-se de dois aspectos de um mesmo fenômeno - a 
coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices 
no processamentoda articulação do texto." 
 
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela 
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem 
nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada 
pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a 
expressão das ideias percebidas e organizadas, no processo de 
codificação referido na página... Deduz-se daí que é difícil, 
senão impossível, ensinar coerência textual, intimamente 
ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. 
A coesão, porém, refere-se à expressão linguística, aos 
 
4 PESTANA, Fernando. A Gramática para Concursos. Elsevier. 2011. 
processos sintáticos e gramaticais do texto, no qual podem ser 
definidos como: 
- Coerência: relação semântica que se estabelece entre as 
diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido e 
uma harmonia interna para o texto. Estando ligada ao 
entendimento e a possibilidade de interpretação daquilo que 
se ouve ou lê. 
- Coesão: é a ligação entre as partes do texto (palavras, 
expressões, frases, parágrafos) por meio de determinados 
elementos linguísticos.4 Estando ligada aos elementos 
conectores de ideias no texto. 
 
Caracteristicas da Coerência 
 
- Assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do 
texto; 
- Situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão 
conceitual; 
- Relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, 
com o aspecto global do texto; 
- Estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. 
 
Caracteristicas da Coesão 
 
- Assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; 
- Situa-se na superfície do texto, estabele conexão 
sequencial; 
- Relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as 
partes componentes do texto; 
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das 
frases. 
 
Erros comuns quanto a Coerência e Coesão 
As estruturas frasais devem ser coerentes e 
gramaticalmente corretas, a respeito de sua sintaxe. O 
vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se 
consegue pelo conhecimento dos significados possíveis de 
cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redaçao sejam 
devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego 
dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma 
frase ou período a outro). Eis alguns exemplos de 
impropriedade do vocabulário que devem ser observadas: 
 
"Nosso direito é frisado na Constituição." 
Nosso direito é assegurado pela Constituição. 
 
"Estabelecer os limites as quais a programação deveria 
estar exposta." 
Estabelecer os limites aos quais a programação deveria 
estar sujeita. 
 
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” 
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias 
sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que 
veiculam tais notícias. 
 
“Retomada das rédeas da programação.” 
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que 
diz respeito a programação. 
 
O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas 
vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, 
empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo 
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos 
linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o significado 
de determinada palavra, mas não sabe empregá-la 
adequadamente, isso ocorre frequentemente com o emprego 
dos conectivos (preposições e conjunções). Não basta saber 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
que as preposições ligam nomes ou sintagmas nominais no 
interior das frases e que as conjunções ligam frases dentro do 
período; é necessário empregar adequadamente tanto umas 
como outras. É bem verdade que, na maioria das vezes, o 
emprego inadequado dos conectivos remete aos problemas de 
regência verbal e nominal. Exemplos: 
 
“Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de atuar 
contra os meios de comunicação; os meios de comunicação 
sofrem a ação verbal, são coagidos. 
“Coação dos meios de comunicação” significa que os meios 
de comunicação é que exercem a ação de coagir. 
 
“Estar inteirada com os fatos” significa participação, 
interação. 
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos 
fatos, estar informada. 
 
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar. 
“Ir ao encontro” quer dizer concordar. 
 
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um 
dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos admitem 
duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um 
significado específico. Lembre-se, a propósito, de que as 
dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato de 
considerar-se crase como sinal de acentuação apenas, quando 
o problema refere-se à regencia nominal e verbal. Exemplos: 
 
Quanto ao verbo assistir: 
assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar 
assistência (O médico assiste o doente): 
Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao 
jogo da seleção). 
 
Quanto ao verbo inteirar: 
Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Inteirei 
o dinheiro do presente). 
Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa informar 
alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para alguém 
(Quero inteirá-la dos fatos ocorridos...). 
 
Quanto ao verbo pedir: 
Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi o 
jornal do dia). 
Pedir que - contém uma ordem (A professora pediu que 
fizessem silêncio). 
Pedir para - pedir permissão (Pediu para sair da classe); 
significa também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu 
ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo 
a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá-lo); pode 
significar ainda exigir, reclamar (Os professores pedem 
aumento de salário). 
 
O mau emprego dos pronomes relativos também pode 
levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, 
emprega-se no qual ou ao qual em lugar do -que, com prejuízo 
da clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessário 
ou inadequado. Barbosa e Amaral (colaboradora) apresentam 
os seguintes exemplos: 
 
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim 
no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que 
(o qual) estava sem remetente). 
 
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da 
sensibilidade...” 
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas 
(palavras cheias de sensibilidade). 
 
“Dentro do envelope havia apenas um papel em branco 
onde atribui muitos significados”: havia apenas um papel em 
branco ao qual atribui muitos significados (onde significa lugar 
no qual). 
 
“Havia recebido um envelope em meu nome e que não 
portava destinatário, apesar que em seu conteúdo havia uma 
folha em branco. ( .. )” 
Não se emprega apesar que, mas sim apesar de. E mais: 
apesar de não ligar corretamente as duas frases, não faz 
sentido, as frases deveriam ser coordenadas por e. Ex.: “não 
portava destinatário e em seu interior havia uma folha” ou: 
“havia recebido um envelope em meu nome, que não portava 
destinatário, cujo conteúdo era uma folha em branco.” 
 
Essas e outras frases foram observadas em redações, 
quando foi proposto o seguinte tema: 
 
“Imagine a seguinte situação: 
- hoje você está completando dezoito anos. 
- Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel em 
branco, num envelope em seu nome, sem indicação do 
remetente. 
- Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um 
disco. Reflita sobre essa situação. 
A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem 
ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de 
respostas." 
 
Como de costume, muito se comentou, até nos jornais daépoca, a falta de coerência e frases sem clareza, pelo mau 
emprego dos conectivos, como as seguintes: 
“Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, pois 
concluo que nunca deveria esquecer minha infância.” 
Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é 
conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e gozado 
deveria ser substituído por engraçado ou estranho. 
 
“A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o disco 
repete sempre a mesma música.” 
A primeira frase não tem sentido e a segunda não se 
relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir 
ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior. Não 
se percebe relação entre “o disco repete sempre a mesma 
música” e a primeira frase. 
 
“Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera 
trazer-me uma encomenda.” 
Observa-se o emprego de no qual por o qual, melhor ainda 
ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que viera 
trazer-me uma encomenda. 
 
Por outro lado, não mereceram comentários nem 
apareceram nos jornais boas redações como a que se segue: 
“A vida hoje me cumprimentou, mandou-me minha 
fotografia de garoto, com olhos em expectativa admirando o 
mundo. Este mundo sem respostas para os meus dezoito anos. 
Mundo - carta sem remetente, carta interrogativa para moço 
que aguarda o futuro, saboreando o fruto do amanhã. 
Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade de 
passos marchando para o futuro, ao som de melodias de 
cirandas esquecidas do menino-moço de outrora, e do 
moço-homem de hoje, que completa dezoito anos. 
Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem remetente 
que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim mesmo, o 
homem que enfrentará a vida, que colherá com seu amor à luta 
e com seu espírito ambicioso, os frutos do destino. 
E a música dos passos-futuros na cadência do menino que 
deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificuldades, a 
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Língua Portuguesa 10 
minha consagração futura do homem, que vencerá o destino e 
será uma afirmação dentro da sociedade." C. G. 
Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178) 
 
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das 
frases, aconselha-se levar em conta as seguintes sugestões 
para o emprego correto dos articuladores sintáticos 
(conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções 
conjuntivas). 
Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação 
sintática se faz por meio de conjunções adversativas: mas, 
porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca no 
entretanto). 
Podem também ser empregadas as conjunções concessivas 
e locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição 
aliada à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda 
que, conquanto, posto que, a despeito de, não obstante. 
A articulação sintática de causa pode ser feita por meio de 
conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por isso 
que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser 
empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por 
causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência 
de, por motivo de, por razões de. 
O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o 
time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também 
expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, 
contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. 
O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum 
de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de juros 
para que a economia se estabilize” ou para a economia se 
estabilizar. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” 
Há outros articuladores que expressam finalidade: afim de, 
com o propósito de, na finalidade de, com a intenção de, com o 
objetivo de, com o fito de, com o intuito de. 
A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos 
articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por 
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para 
introduzir mais um argumento a favor de determinada 
conclusão emprega-se ainda. Os articuladores, aliás, além do 
mais, além disso, além de tudo, introduzem um argumento 
decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo, para 
justificar de forma incontestável o argumento contrário. 
Para introduzir esclarecimentos, retificações ou 
desenvolvimento do que foi dito empregam-se os 
articuladores: isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A 
conjunção aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o 
desenvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informação 
nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura 
repetição e deve ser evitada. 
Alguns articuladores servem para estabelecer uma 
gradação entre os correspondentes de determinada escala. No 
alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; outros 
situam-se no plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no 
mínimo. 
 
Questões 
 
01. (CONAB - Contabilidade - IADES) Assinale a 
alternativa que preserva as relações morfossintáticas e 
semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao solo 
e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, 
transformando-se em um dos principais itens de exportação, 
desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6). 
(A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o 
produto adquiriu importância no mercado, porém 
transformou-se em um dos principais itens de exportação, 
desde o Império até os dias atuais. 
(B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo 
e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se 
em um dos principais itens de exportação, desde o Império até 
os dias atuais. 
(C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima, 
adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império 
até os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um 
dos principais itens de exportação. 
(D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto 
adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou-
se em um dos principais itens de exportação, desde o Império 
até os dias atuais. 
(E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias 
atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua 
adaptação ao solo e ao clima foi rápida. 
 
02. (TJ/PA - Médico Psiquiatra - VUNESP) Leia o trecho 
do primeiro parágrafo para responder à questão. 
 
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês 
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos 
trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e 
gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para 
ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que 
alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. 
 
Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos 
aos quais se subordinam sentido de: 
(A) comparação. 
(B) intensidade. 
(C) igualdade. 
(D) dúvida. 
(E) quantidade. 
 
03. (TJ/PA - Médico Psiquiatra - VUNESP) Assinale a 
alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento foi mais 
ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) - está reescrita 
com o acréscimo de um termo que estabelece uma relação de 
conclusão, consequência, entre as orações. 
(A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu. 
(B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu. 
(C) mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu. 
(D) mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se 
perdeu. 
(E) mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu. 
 
04. (Pref. de Paulista/PE - Recepcionista - UPENET) 
Observe o fragmento de texto abaixo: 
 
"Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado 
justamente na hora da prova?" 
 
Sobre ele, analise as afirmativas abaixo:

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