Buscar

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: UM ESTUDO A PARTIR DO MODELO FLEURIET

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

i
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
UM ESTUDO A PARTIR DO MODELO FLEURIET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ii
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
Lista de Quadros 
 
 
Quadro 1: Balanço Patrimonial reclassificado segundo a Metodologia Fleuriet ........ 21 
Quadro 2: Balanço da Petro Rio – Lista dos ativos ................................................... 23 
Quadro 3: Balanço da Petro Rio – Lista dos Passivos .............................................. 25 
Quadro 4: Índice de Liquidez – Petro Rio .................................................................. 29 
Quadro 5: Variáveis Dinâmicas – Petro Rio .............................................................. 29 
Quadro 6: Tipos de Estrutura e Situação Financeira - Conceituação ........................ 33 
Quadro 7: Tipos de Estrutura e Situação Financeira ................................................. 33 
Quadro 8: Tipos de Estrutura e Situação Financeira – Petro Rio .............................. 34 
Quadro 9: Demonstrações Petro Rio no Modelo Tradicional .................................... 39 
Quadro 10: Demonstrações Petro Rio Transformadas no Modelo Fleuriet ............... 39 
 
 
 
 
 iv
Lista de Gráficos 
 
Gráfico 1: Liquidez Geral ........................................................................................... 29 
Gráfico 2: Liquidez Corrente...................................................................................... 29 
Gráfico 3: Liquidez Seca ........................................................................................... 30 
Gráfico 4: Liquidez Imediata ...................................................................................... 30 
Gráfico 5: Necessidade de Capital de Giro ............................................................... 31 
Gráfico 6: Capital de Giro .......................................................................................... 31 
Gráfico 7: Tesouraria ................................................................................................. 32 
 v
Lista de Siglas 
BP Balanço Patrimonial 
CCL Capital circulante líquido 
CDG Capital de giro 
EBIT Earnings Before Interest and Taxes 
EBITDA Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization 
(Lucro antes dos juros, impostos, Depreciação e Amortização) 
LG Liquidez geral 
LS Liquidez seca 
LI Liquidez Imediata 
LC Liquidez corrente 
PC Passivo circulante 
NCG Necessidade de Capital de Giro 
T Saldo de Tesouraria 
 vi
Resumo 
O Modelo Fleuriet foi desenvolvido em 1978 pelo professor francês Michel Fleuriet e 
se trata de uma abordagem que envolve análise do desempenho econômico-
financeira da empresa de uma forma diferente dos mecanismos tradicionais; bem 
como envolve procedimentos relacionados à forma de administrar uma empresa com 
foco na sustentabilidade financeira e econômica de curto e longo prazo (OLIVEIRA e 
BRAGA, 2004; BRAGA, NOSSA e MARQUES, 2004; FLEURIET, 2015). O Modelo 
Fleuriet evidencia a necessidade de capital de giro (NCG) como uma obrigação de 
financiamento permanente ligado as operações da organização, mostrando-se útil 
para o monitoramento da liquidez de uma empresa, a saúde das suas operações e o 
gerenciamento dos ciclos financeiros, ao mesmo tempo permitindo decisões 
estratégicas ligadas a estruturas de capital (FLEURIET, 2015). O modelo também 
remodela a forma de apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício, 
começando com o volume de vendas e a margem de lucro, seguido da apuração do 
valor EBITDA( Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), que 
mede a capacidade da companhia de autofinanciar sua NCG; também mostra como 
o fluxo de caixa resulta do EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) e da variação 
da NCG (FLEURIET, 2015). Para tanto, a fim de nortear e responder satisfatoriamente 
tal questionamento foi desenvolvido o objetivo geral a seguir: analisar o 
comportamento financeiro da empresa de petróleo e gás Petro Rio diante da 
Necessidade de Capital de Giro e Efeito Tesoura propostos no Modelo Fleuriet. 
 
Palavras-Chave: Modelo Fleuriet, modelo dinâmico, liquidez, capital de giro, efeito 
tesoura. 
 
 vii
Abstract 
The Fleuriet Model was developed in 1978 by the French professor Michel Fleuriet and 
it is an approach that involves analyzing the economic-financial performance of the 
company in a different way from the traditional mechanisms; As well as involves 
procedures related to how to manage a company focused on short and long term 
financial and economic sustainability (OLIVEIRA and BRAGA, 2004; BRAGA, NOSSA 
and MARQUES, 2004; FLEURIET, 2015). The Fleuriet Model evidences the need for 
working capital (NCG) as a permanent financing obligation linked to the operations of 
the organization, proving useful for monitoring the liquidity of a company, the health of 
its operations and the management of financial cycles, At the same time allowing 
strategic decisions linked to capital structures (FLEURIET, 2015). The model also 
reshapes the presentation of the Profit and Loss Statement, starting with sales volume 
and profit margin, followed by EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation 
and Amortization), which measures the Company to self-finance its NCG; Also shows 
how the cash flow results from EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) and the 
NCG variation (FLEURIET, 2015). Therefore, in order to guide and satisfactorily 
answer such questioning, the following general objective was developed: to analyze 
the financial behavior of the oil and gas company Petro Rio in face of the Need for 
Working Capital and Scissors Effect proposed in the Fleuriet Model. 
 
 
KEY-WORDS: Fleuriet Model, dynamic model, liquidity, working capital, scissors 
effect. 
 
 
 viii 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 
1.1 O Problema de Pesquisa..................................................................................... 12 
1.2 Objetivo da Pesquisa .......................................................................................... 12 
1.3 Delimitações do Estudo. ...................................................................................... 13 
1.4 Relevância do Estudo ......................................................................................... 13 
1.5 Metodologia ......................................................................................................... 13 
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 14 
2.1 O Balanço Patrimonial ......................................................................................... 14 
2.1.1 Demonstrações Contábeis ............................................................................... 14 
2.1.2 Indicadores de Liquidez.................................................................................... 15 
2.1.2.1 Liquidez Geral ............................................................................................... 17 
2.1.2.2 Liquidez Corrente .......................................................................................... 17 
2.1.2.3 Liquidez Seca ................................................................................................ 18 
2.1.2.4 Liquidez Imediata .......................................................................................... 18 
2.1.3 Estrutura de Capital ......................................................................................... 18 
2.2 O Modelo Dinâmico ............................................................................................. 19 
2.2.1 Modelo dinâmico de análise Fleuriet ................................................................ 20 
2.2.2 Reclassificação de acordo com o ModeloDinâmico ........................................ 21 
2.2.2.1 Ativo .............................................................................................................. 22 
2.2.2.2 Passivo .......................................................................................................... 23 
2.2.2.3 Patrimônio Liquido ........................................................................................ 24 
2.2.3 Necessidade De Capital De Giro (NCG) .......................................................... 26 
2.2.3.1 Capital de Giro .............................................................................................. 26 
2.2.3.2 Saldo de Tesouraria ...................................................................................... 28 
3. ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DA PETRO RIO .................................. 29 
3.1 Índice de Liquidez Geral ...................................................................................... 29 
3.2 Índice de Liquidez Corrente ................................................................................. 30 
 ix
3.3 Índice de Liquidez Seca ...................................................................................... 29 
3.4 Índice de Liquidez Imediata ................................................................................. 30 
3.5 Necessidade de Capital de Giro - NCG ............................................................... 31 
3.6 Capital de Giro - CDG ......................................................................................... 31 
3.7 Saldo de Tesouraria ............................................................................................ 32 
3.8 Tipos de Estrutura e Situação Financeira............................................................ 33 
4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 35 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 38 
ANEXO 1................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 10
1. INTRODUÇÃO 
 
A busca por novos modelos de análise econômico-financeira que possam 
contribuir para fomentar o processo decisório é fundamental para garantir a busca e 
manutenção pela saúde financeira das empresas e sua capacidade de sobrevivência 
no mercado competitivo (OLIVEIRA e BRAGA, 2004). 
Assim, pode-se dizer que existe um vasto instrumental de análise à disposição 
daqueles que desejam avaliar os aspectos econômicos e financeiros refletidos nas 
demonstrações contábeis das empresas, ferramentas de análise que vão desde os 
índices financeiros tradicionais, calculados isoladamente ou apresentados em 
modelos integrados como a fórmula Du Pont, até sistemas como o modelo Fleuriet 
(BRAGA, NOSSA e MARQUES, 2004). 
O Modelo Fleuriet foi desenvolvido em 1978 pelo professor francês Michel Fleuriet 
e se trata de uma abordagem que envolve análise do desempenho econômico-
financeira da empresa de uma forma diferente dos mecanismos tradicionais; bem 
como envolve procedimentos relacionados à forma de administrar uma empresa com 
foco na sustentabilidade financeira e econômica de curto e longo prazo (OLIVEIRA e 
BRAGA, 2004; BRAGA, NOSSA e MARQUES, 2004; FLEURIET, 2015). 
O Modelo Fleuriet evidencia a necessidade de capital de giro (NCG) como uma 
obrigação de financiamento permanente ligado as operações da organização, 
mostrando-se útil para o monitoramento da liquidez de uma empresa, a saúde das 
suas operações e o gerenciamento dos ciclos financeiros, ao mesmo tempo 
permitindo decisões estratégicas ligadas a estruturas de capital (FLEURIET, 2015). 
O modelo também remodela a forma de apresentação da Demonstração do 
Resultado do Exercício, começando com o volume de vendas e a margem de lucro, 
seguido da apuração do valor EBITDA( Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation 
and Amortization), que mede a capacidade da companhia de autofinanciar sua NCG; 
também mostra como o fluxo de caixa resulta do EBIT (Earnings Before Interest and 
Taxes) e da variação da NCG (FLEURIET, 2015). 
 11
O modelo apresenta dois resultados importantes, um relacionado ao lucro 
operacional por evidenciar o lucro antes dos impactos do imposto de renda e juros de 
forma a mostrar a capacidade de geração de caixa da empresa e o conceito de NCG, 
por estar associado à taxa de retorno (FLEURIET, 2015). 
Vale ressaltar que o modelo se apresenta como uma alternativa aos modelos 
tradicionais de análise econômico-financeira, o seu uso do Brasil sofreu severas 
críticas de estudiosos, evidenciando que o seu uso não representaria um incremento 
significativo na interpretação dos resultados justamente pela então impossibilidade de 
realizar a separação entre ativo e passivo financeiros do ativo e passivo cíclicos 
(operacionais), respectivamente, permitindo a criação dos conceitos de saldo de 
tesouraria e de necessidade de capital de giro, o que faria que o então o ativo 
circulante e o passivo circulante devessem ser analisados integralmente, levando ao 
modelo convencional (BRAGA, NOSSA e MARQUES, 2004; MEDEIROS e 
RODRIGUES, 2004; OLIVEIRA e BRAGA, 2004; PIRES, PANHOCA e BANDEIRA, 
2010). 
Entretanto, estudos recentes têm apontado o Modelo Fleuriet como um importante 
instrumento de análise econômico-financeira, apresentando, inclusive, vantagens no 
uso desta metodologia em relação ao modelo tradicional, visto que nos estudos 
realizados, as empresas pesquisadas apresentaram resultados de desempenho 
econômico-financeiro mais adequados à realidade da empresa do quando avaliadas 
à luz dos pressupostos da modelagem francesa (AMBROZINI, MATIAS e PIMENTA 
JUNIOR, 2015; AMORIM, DUARTE, MACHADO, 2016; CAVALCANTI, LONGHIN, 
2016; LIMA ET AL, 2015). 
Vale reforçar que alguns autores destacam que o Modelo Fleuriet apresenta 
algumas incongruências no seu uso que conduz naturalmente para uma análise 
econômico-financeira tradicional das demonstrações contábeis (PIRES, PANHOCA e 
BANDEIRA, 2010). Entretanto, considerando que outros destacam o modelo como 
sendo um instrumento relevante para realização de análises dessa natureza 
(AMBROZINI, MATIAS e PIMENTA JUNIOR, 2015; AMORIM, DUARTE, MACHADO, 
2016; CAVALCANTI, LONGHIN, 2016; LIMA ET AL, 2015). 
 12
Assim, o presente TCC tem como interesse principal apresentar os 
pressupostos que fundamentam o Modelo Fleuriet e sua aplicação para realização de 
análise econômico-financeira de uma companhia aberta. 
 
1.1 O Problema de Pesquisa 
Considerando que há controvérsias entre pesquisadores brasileiros sobre o uso 
do Modelo de Fleuriet como sendo um inovador instrumento de análise econômico-
financeiro, e que a modelagem parece ser pouco conhecida por estudantes de 
graduação em contabilidade. 
Considerando que o presente trabalho não pretende evidenciar se o uso do 
Modelo Fleuriet é melhor ou pior do que o modelo tradicional de análise econômico-
financeira de demonstrações contábeis, mas apenas apresentar as características 
básicas do Modelo Fleuriet e como seria seu uso em companhias abertas. 
Considerando ainda que o uso de empresa do setor de petróleo e gás foi 
completamente aleatório, isto é, sem nenhuma motivação aparente para sua escolha 
que transcenda o acesso às demonstrações contábeis da companhia. 
 O presente TCC tem o seguinte questionamento de pesquisa: Como se daria 
a análise das demonstrações financeiras da empresa de petróleo e gás Petro 
Rio à luz do Modelo Fleuriet? 
 
1.2 Objetivo da Pesquisa 
O problema de pesquisa é a questão a ser investigado, o objetivo da pesquisa 
retrata o resultado que se espera alcançar (Vergara, 2006). 
O problema de pesquisa reflete a questão a ser investigada enquanto o objetivo 
representa o resultado a ser alcançado, ou seja, é aquilo que responde à pergunta de 
pesquisa (Vergara, 2006).Para tanto, a fim de nortear e responder satisfatoriamente tal questionamento 
foi desenvolvido o objetivo de verificar como se daria a análise das demonstrações 
financeiras da empresa de petróleo e gás Petro Rio à luz do Modelo Fleuriet. 
 
 13
1.3 Delimitações do Estudo. 
Delimitação do estudo se refere à moldura que o autor coloca em seu estudo. 
É o momento em que se explicita para o leitor o que fica dentro do estudo e o que fica 
fora. Já que a realidade é extremamente complexa, por um lado, e histórica, por outro 
não se pode analisa-la em seu todo; logo cuida-se apenas de parte dessa realidade 
(Vergara, 2006 p. 30). 
O estudo não pretende, como já relatado, evidenciar se o uso do Modelo 
Fleuriet é melhor ou pior do que o modelo tradicional de análise econômico-financeira 
de demonstrações contábeis, mas apenas mostrar as características básicas do 
Modelo Fleuriet e como seria seu uso em uma companhia aberta, no caso a PETRO 
RIO. 
Também há que se ressaltar que o estudo se valeu dos dados publicados na 
área de transparência da PETRO RIO não se tendo feito nenhum contato com aquela 
companhia para dirimir possíveis dúvidas. 
1.4 Relevância do Estudo 
A relevância do estudo é a resposta que o autor oferece ao seu questionamento 
de pesquisa, ressaltando os aspectos que o estudo é importante para área na qual se 
está atuando (Vergara, 2006). 
O estudo se torna importante por permitir ao leitor um breve panorama do que 
é o Modelo Fleuriet e exemplificado pela realização de análise econômico-financeira 
em uma companhia aberta do setor de petróleo e gás, ressaltando-se que o uso desse 
seguimento foi completamente aleatório, não reforçando que o uso do modelo deve 
ser aplicado neste ou naquele seguimento da economia. 
1.5 Metodologia 
A metodologia utilizada neste estudo foram materiais informativos e manuais 
para oferecer meios que auxiliam na definição e resolução dos problemas, bem como 
a exploração de novos conceitos. 
 14
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que descreve, de maneira 
organizada e resumida, o patrimônio da empresa em determinado momento. Braga 
(2006, p. 8) afirma que “o balanço patrimonial tem por objetivo demonstrar a situação 
do patrimônio da empresa, em determinada data”. 
Mas somente com a análise do balanço não é possível, segundo defende 
Fleuriet, concluir com exatidão como se apresenta no momento a solvência da 
organização. Faz-se necessário analisar o capital de giro da mesma através de índices 
de liquidez, visando assim identificar se hoje os recursos que essa organização 
possui, são suficientemente capazes de atender a demanda de obrigações. 
2.1 O Balanço Patrimonial 
O propósito do balanço é listar todos os ativos de um negócio e todos os 
recursos financeiros em um determinado ponto no tempo. A utilidade do balanço é 
aprimorada quando ativos e recursos estão grupados de acordo com características 
em comum. (Fleuriet, 2015) 
Segundo Vieira (2008, p. 65) a análise do capital de giro “é tradicionalmente 
realizada através do cálculo dos chamados índices de liquidez e do valor do capital 
circulante líquido (CCL) obtidos a partir das informações extraídas do balanço 
patrimonial.” 
2.1.1 Demonstrações Contábeis 
Com o desenvolvimento da contabilidade verificou-se a necessidade dos 
registros contábeis. A partir de então surgiram várias demandas, dentre elas as 
demonstrações contábeis com o objetivo de se obter uma avaliação correta dos 
resultados operacionais. 
As demonstrações contábeis permitem uma melhor compreensão e análise da 
situação financeira e patrimonial da empresa, dos resultados de suas operações e as 
alterações do seu patrimônio líquido. 
Os relatórios contábeis visam atender as necessidades dos usuários externos, 
e nesse caso, a estrutura conceitual da contabilidade, a partir das alterações 
promovidas na lei das Sociedades por Ações, em decorrência da internacionalização 
dos procedimentos, estabelece os preceitos de como devem ser elaborados. 
 15
Quando, porém, as informações buscam atender os usuários internos, as 
informações devem ser geradas de acordo com as necessidades do ambiente gestor. 
Nesse caso, esses relatórios ficam a cargo da contabilidade gerencial que busca por 
meio do estudo dos dados e informações internas de uma organização, aliados com 
as informações do ambiente externo, produzir e desenvolver relatórios com 
informações econômica e financeira da organização, visando auxiliares os gestores 
nas tomadas de decisões. 
Os indicadores mais utilizados para a análise da saúde financeira das 
empresas são agrupados em três categorias: capacidade de pagamento ou liquidez, 
estrutura de capital e rentabilidade ou lucratividade. (SILVA, 2012). 
2.1.2 Indicadores de Liquidez 
Os indicadores de liquidez objetivam indicar a capacidade de pagamento das 
empresas diante das suas obrigações, através do cálculo e interpretação dos índices 
de liquidez juntamente com o cálculo dos ciclos financeiro e operacional da empresa. 
Os índices de liquidez normalmente empregados são: Liquidez Geral, Liquidez 
Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Imediata. Todos eles relacionam bens e direitos 
com obrigações da empresa, por intermédio de uma simples operação de divisão. 
(ASSAF NETO, 2012, pag. 178) 
 Os indicadores de liquidez remetem em números a saúde financeira da 
organização, correlacionando ativos circulantes e as dívidas que a mesma possui. 
(MATARAZZO, 2010). É interessante ressaltar, ainda, a existência de um índice de 
liquidez, muitas vezes adotado pelo mercado, denominado capital de giro próprio. É 
normalmente obtido pela diferença entre o patrimônio líquido e o total do ativo não 
circulante, e interpretando como o volume de capital próprio da empresa que está 
financiando suas circulantes. 
 16
2.1.2.1 Liquidez Geral 
 O índice de liquidez geral transmite quanto à instituição possui de recursos a 
curto e longo prazo para promover o pagamento das obrigações a curto e longo prazo 
(BERTI, 1999). 
 Este índice ilustra como está a situação das finanças da empresa, retratando 
através de números se a mesma possui recursos suficientes a fim de quitar suas 
dívidas. 
Para calcular a liquidez geral, Marion (2011), apresenta a fórmula abaixo: 
LG = AC + RLP 
 PC + PNC 
 
LIQUIDEZ GERAL= ATIVO CIRCULANTE + REAL. A LONGO PRAZO 
 PASSIVO CIRCULANTE+ PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
O resultado obtido a partir do cálculo deste índice informa quanto a empresa 
tem no ativo circulante e realizável à longo prazo para cada R$ 1,00 de dívida total 
(MATARAZZO,2010). 
2.1.2.2 Liquidez Corrente 
A liquidez corrente retrata a situação financeira de curto prazo da organização 
indicando se existe dinheiro disponível ou recursos rapidamente realizáveis para 
liquidar somente as dívidas de curto prazo. 
Segundo Marion (2011, p. 169) esse “quociente relaciona quantos reais temos 
imediatamente disponíveis e conversíveis, em curto prazo, em dinheiro com relação 
às dívidas de curto prazo”. 
 
 
 
 
 17
Para calcular a liquidez corrente Matarazzo (2010) apresenta a fórmula abaixo: 
LG = AC 
 PC 
 
LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 
O resultado do índice de liquidez corrente apresenta quanto à organização 
possui no seu ativo circulante, para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo (ASSAF 
NETO; SILVA, 2012). 
2.1.2.3 Liquidez Seca 
Este indicador retrata a situação financeira de curto prazo da empresa, ele 
transmite se todas as obrigações de curto prazo podem ser cumpridas sem considerar 
os estoques. 
O índice de liquidez seca para Assaf Neto e Silva (2012, p. 22) mede “o 
percentual das dívidas de curto prazo em condições de serem liquidadas mediante o 
uso de ativos monetários de maior liquidez”. 
Paraobtenção do índice de liquidez seca Vieira (2008) apresenta a fórmula 
abaixo: 
LS = AC - E 
 PC 
 
LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 
2.1.2.4 Liquidez Imediata 
Este indicador verifica se a organização possui a capacidade de honrar suas 
obrigações correntes apenas com o saldo disponível (ASSAF NETO; SILVA, 2012). 
Segundo Berti (1999, p.35) a liquidez imediata “é a relação entre o disponível (caixa, 
 18
banco c/movimento etc.) e as obrigações em curto prazo. Quanto à empresa possui 
recursos imediatos para pagamento de obrigações em curto prazo”. 
Para obtenção da liquidez imediata Berti (1999) apresenta a fórmula abaixo: 
LI = D 
 PC 
 
LIQUIDEZ IMEDIATA= _DISPONIVEL__ 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 
Em relação ao resultado da Liquidez Imediata Vieira (2008, p. 51) afirma que 
na “ótica da liquidez, quanto mais elevada melhor”. 
2.1.3 Estrutura de Capital 
A estrutura de capital pode ser definida como uma área importante de tomada 
de decisão que afeta diretamente o custo de capital, as decisões de investimento de 
capital e o valor de mercado de ações. É o resultado da forma como uma empresa 
financia suas atividades. Na concepção de Matarazzo (2012, pag. 187), toda aplicação 
em bens, direitos ou custos que beneficiarão exercícios seguintes é Investimento. 
Porém, para Fleuriet, o modelo de análise por indicadores de liquidez estrutura 
de capital e lucratividade, denominados como análise tradicional real não considera a 
realidade dinâmica das empresas. Para Fleuriet, as contas contábeis devem ser 
classificadas levando em consideração o ciclo de realização, ou seja, algumas contas 
patrimoniais apresentam uma realização lenta, outras contas movimentam 
continuamente em decorrência do ciclo operacional da empresa. Outras contas, não 
estão diretamente relacionadas ao ciclo operacional da empresa não apresentam 
movimento continuo (FLEURIET, 2015). 
Sendo assim, o autor propôs um modelo de análise a partir da reclassificação 
das contas do Balanço Patrimonial, levando em consideração o ciclo operacional do 
negócio, caracterizado como modelo dinâmico de Fleuriet (FLEURIET, 2015). 
 
 19
2.2 O Modelo Dinâmico 
 O Modelo Dinâmico resultou do estudo especificamente das empresas 
brasileiras, sugerindo um novo modelo, diferente dos modelos clássicos de análise 
das demonstrações contábeis. O estudo foi então adaptado a realidade do Brasil, 
onde havia um contexto de crescimento rápido, conjugado com inflação crescente, e 
os autores propuseram uma mudança na forma de se analisar a situação financeira 
da empresa que, até o momento, era feita na base contábil e estática. (Silva e 
Pereira,2012) 
 Fleuriet (2015) explica, que algumas contas quando analisadas isoladamente 
ou em relação ao conjunto de outras, apresentam movimentação tão lenta que pode 
ser considerada como permanentes ou não cíclicas. Outras, em contrapartida, 
apresentam movimento contínuo e cíclico bem de acordo com o ciclo operacional da 
empresa. Existem outras, finalmente, que apresentam movimento descontínuo ou 
errático, em nada. 
 Para utilizar o modelo dinâmico é necessário reclassificar as contas circulantes 
do balanço patrimonial, tanto as do ativo como as do passivo, em contas cíclicas e em 
erráticas. 
É interessante ressaltar, ainda, a existência de um índice de liquidez, muitas 
vezes adotado pelo mercado, denominado capital de giro próprio. É normalmente 
obtido pela diferença entre o patrimônio líquido e o total do ativo não circulante, e 
interpretando como o volume de capital próprio da empresa que está financiando suas 
circulantes. 
A estrutura de capital pode ser definida como uma área importante de tomada 
de decisão que afeta diretamente o custo de capital, as decisões de investimento de 
capital e o valor de mercado de ações. É o resultado da forma como uma empresa 
financia suas atividades. Na concepção de Matarazzo (2012, pag. 187), toda aplicação 
em bens, direitos ou custos que beneficiarão exercícios seguintes é Investimento. 
Porém, para Fleuriet, o modelo de análise por indicadores de liquidez estrutura 
de capital e lucratividade, denominada como análise tradicional real não considera a 
realidade dinâmica das empresas. Para Fleuriet, as contas contábeis devem ser 
classificadas levando em consideração o ciclo de realização, ou seja, algumas contas 
 20
patrimoniais apresentam uma realização lenta, outras contas movimentam 
continuamente em decorrência do ciclo operacional da empresa. Outras contas, não 
estão diretamente relacionadas ao ciclo operacional da empresa não apresentam 
movimento contínuo. (FLEURIET 2015). 
Sendo assim, o autor propôs um modelo de análise a partir da reclassificação 
das contas do Balanço Patrimonial, levando em consideração o ciclo operacional do 
negócio, caracterizado como modelo dinâmico de Fleuriet. (FLEURIET 2015). 
2.2.1 Modelo dinâmico de análise Fleuriet 
Na década de 70, com o apoio da Instituição de ensino brasileira Fundação 
Dom Cabral, o professor francês Michel Fleuriet difundiu um novo método teórico, 
desenvolvido no Brasil, com enfoque de mudanças na análise das empresas, 
passando da estática análise dos indicadores de liquidez e capital de giro para uma 
base dinâmica, utilizando dados contábeis atualizados, visando enxergar a 
capacidade de captação de recursos e a sua utilização para a obtenção de retornos 
maximizados. 
Neste modelo, para se analisar as demonstrações financeiras, é necessário 
reclassificar as contas do balanço patrimonial, agrupando-as por afinidade, atendendo 
assim aos novos objetivos de utilizados dos dados financeiros. As contas do ativo e 
do passivo devem ser reclassificadas conforme a realidade dinâmica da empresa, de 
acordo com o tempo necessário que esta leva para completar o ciclo. 
De acordo com Fleuriet, (2015, p.15) “Certas contas apresentam uma 
movimentação lenta quando analisadas isoladamente em relação ao conjunto de 
outras”. 
A partir desta reclassificação em operacional ou cíclico, financeiro ou errático e 
não circulante ou não cíclico, o modelo Fleuriet isola e combina três variáveis: NCG 
(Necessidade de Capital de Giro), CDG (Capital de Giro) e T (Tesouraria). Segundo o 
autor do modelo, são conceitos econômico-financeiros, ao contrário do conceito do 
Capital Circulante Líquido (CCL), que é uma definição legal. 
 
 
 
 
 
 21
 
Quadro 1: Balanço Patrimonial reclassificado segundo a Metodologia Fleuriet 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO ERRÁTICO 
(FINANCEIRO) 
PASSIVO ERRÁTICO 
(FINANCEIRO) 
• Caixa e Bancos • Empréstimos e financiamentos 
• Aplicações financeiras •Debêntures 
• Outras contas não operacionais •Dividendos a pagar 
 •Outras contas não operacionais 
ATIVO CÍCLICO 
(OPERACIONAL) 
PASSIVO CÍCLICO 
(OPERACIONAL) 
• Clientes •Fornecedores 
• Estoques •Salários e encargos 
• Outras contas operacionais •Impostos operacionais 
 •Outras contas operacionais 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
•Realizável a longo prazo •Exigível a longo prazo 
•Permanente 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Fonte: Vieira (2008, p.74) – Adaptado pela Autora 
 
2.2.2 Reclassificação de acordo com o Modelo Dinâmico 
 No Ativo, as contas que não possuem conexão explicita com as atividades 
operacionais da empresa, ficam relacionadas no ativo circulante errático ou financeiro, 
em contrapartida as contas que estão diretamente correlacionadas com o operacional 
compõem o ativo circulante cíclico ou operacional. No Passivo, as dívidas com 
instituições financeiras e obrigações que estão indiretamente ligadas às atividades 
operacionais formam o passivo circulante errático ou financeiro. As obrigações de 
curto prazo ficam alocadas no passivo circulante cíclico ou operacional. (ASSAF 
NETO; SILVA, 2012).22
2.2.2.1 Ativo 
Em vez de separar ativos em duas grandes categorias (circulantes e não 
circulantes) os separei em 3 categorias: 
Ativo Errático: São ativos disponíveis para uso imediato e aqueles que são 
sensatamente esperados a serem convertidos em dinheiro ou consumidos no próximo 
ano ou dentro do ciclo normal do negócio. 
Ativos financeiros circulantes incluem: 
● Disponível (dinheiro e equivalentes) 
● Investimentos de curto prazo 
● Impostos não ligados à produção diferidos 
● Outros ativos circulantes (se não ligados à produção) 
 
Ativo Cíclicos (ou operacionais): são ativos mantidos por menos de 12 meses em 
princípio e necessários para produção, venda ou ambos. 
Ativos cíclicos incluem: 
● Clientes ou contas a receber 
● Estoques 
● Adiantamento a fornecedores 
● Despesas de produção antecipadas 
 
Ativos de Longo Prazo: São ativos que a empresa usará por mais de um ano a fim 
de gerar lucros. Eles incluem: realizável a longo, investimentos, imobilizado líquido e 
intangível. 
 
Para a empresa Petro Rio, então a nova reclassificação de ativos significa que 
esse lado do Balanço Patrimonial, para os anos de 2017 a 2019 fica: 
 
 23
 Quadro 2: Balanço da Petro Rio – Lista dos ativos 
 2019 2018 2017 
Ativo 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
Ativo Errático 685.698 797.892 604.308 
Caixa 459.397 154.109 92.445 
Outros Ativos 226.301 643.783 511.863 
Ativo Cíclico 769.190 241.670 245.347 
Outros Ativos Circulantes 266.648 147.952 142.127 
Contas a receber 374.598 34.932 62.046 
Estoques 127.944 58.786 41.174 
Ativo Não Circulante 4.028.899 497.501 420.589 
Realizável a longo prazo 229.794 66.266 98.755 
Investimento - - - 
Imobilizado Líquido 2.981.143 45.292 61.286 
Intangível 817.962 385.943 260.548 
Fonte: Fleuriet (2015) – Adaptado pela Autora 
 
2.2.2.2 Passivo 
Em vez de separar o passivo em duas grandes categorias, como no Modelo 
Tradicional, o Modelo Dinâmico os divide em três categorias: Passivos Erráticos, 
Passivos Cíclicos (ou operacionais), Recursos de longo prazo incluindo passivo total 
não circulante e patrimônio líquido. (FLEURIET, 2015) 
 
Contas Erráticas do Passivo 
 De acordo com Fleuriet (2015, p. 36), “são contas de curto prazo não 
necessariamente renováveis ou ligadas a atividade operacional da empresa”. 
● Duplicatas descontadas 
● Obrigações de Curto Prazo (dívidas de curto prazo incluindo 
empréstimos bancários de curto prazo) 
● Outros passivos circulantes (não ligados a produção) 
 24
 
Passivos Cíclicos ou Operacionais 
Conforme Fleuriet (2015, p. 37), “são contas de curto prazo, renováveis e 
ligadas à atividade operacional da empresa”. 
● Fornecedores 
● Salários e encargos a pagar 
● Impostos a pagar (ligados a operações) 
 
Recursos de Longo Prazo incluem Passivos totais não Circulantes e Patrimônio 
Líquido. 
São contas que compõem o passivo permanente da empresa (recursos de 
longo prazo), segundo Fleuriet (2015, pág. 37) 
 
Passivo não Circulante 
Nas palavras de Fleuriet (2015, p. 38), os Passivos não circulantes, “englobam 
as obrigações da entidade cuja liquidação excede o prazo do exercício social (em 
prática, um ano)”, fazem parte do respectivo grupo, as contas: 
 Instituições financeiras 
 Créditos de sócios acionistas 
 Obrigações Tributárias 
 
2.2.2.3 Patrimônio Líquido 
Para Fleuriet (2015, p.39), “o patrimônio líquido é formado pelo grupo de 
contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas” 
 Capital social 
 Reservas de capital 
 Ajustes de avaliação patrimonial 
 Reservas de lucros 
 Ações em tesouraria 
 Prejuízos Acumulados 
 
 
 
 25
Na nova classificação, os dados de passivo total da empresa Petro Rio: 
 
Quadro 3: Balanço da Petro Rio – Lista dos Passivos 
 2019 2018 2017 
Passivo 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
Passivo Errático 1.509.169 259.753 116.708 
Empréstimos e 
Financiamentos 
1.425.925 222.743 96.632 
Outros 83.244 37.010 20.076 
Passivo Cíclico 181.482 111.233 100.144 
Fornecedores 129.727 73.258 70.536 
Salários e Encargos a Pagar 39.359 14.923 9.979 
Outras obrigações 12.396 23.052 19.629 
Passivo Não Circulante 1.914.009 159.481 170.262 
Provisões 979.833 86.154 89.238 
Outras Obrigações 14.918 14.057 13.456 
Tributos Diferidos 147.522 2.311 36.177 
Empréstimos e 
Financiamentos 
771.736 56.959 31.391 
 
Patrimônio Líquido 1.879.127 1.006.596 883.130 
Capital Social 3.316.411 3.273.114 3.265.256 
Reserva de Capital 114.996 58.183 73.852 
Avaliação Patrimonial - -75.856 26.698 
Prejuízos Acumulados -1.552.280 -2.248.845 -2.482.676 
Fonte: Fleuriet (2015) – Adaptado pela Autora 
 
 
 
 
 
 26
2.2.3 Necessidade De Capital De Giro (NCG) 
 
Pode-se definir a Necessidade de Capital de Giro (NCG) quando as saídas do 
caixa ocorrerem primeiro que as entradas, a operação da empresa cria uma 
necessidade de aplicação permanente de fundos (Fleuriet 2015) 
Matarazzo (2010, p. 284) afirma que a necessidade de capital de giro 
representa “quanto a empresa necessita de capital para financiar o giro”. 
Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, p. 12) afirmam que o capital de giro constitui 
“uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a necessidade de capital de 
giro da empresa”. 
Para Fleuriet esta necessidade é demonstrada pela diferença das contas 
cíclicas do passivo e das contas cíclicas do ativo. Define-se a necessidade de capital 
de giro pela fórmula abaixo: 
NCG = ATIVO CÍCLICO – PASSIVO CÍCLICO 
 
A NCG está relacionada com fatores internos e externos da empresa. Ela é 
sensível às modificações que ocorrem no ambiente econômico. Com isso o domínio 
do estoque é de grande importância para se controlar a NCG. É importante ressaltar 
que a NCG é diferente de CCL, em virtude da NCG ser composta somente por parte 
do ativo e passivo circulantes (somente as contas relacionadas com as operações). 
 
2.2.3.1 Capital de Giro 
 
Outro conceito que se apresenta é o Capital de Giro, que representa uma fonte 
de fundos permanentes da empresa com a finalidade de financiar a sua Necessidade 
de Capital de Giro. O Capital de Giro corresponde ao mesmo valor do cálculo do CCL, 
mas feito de forma diferente, conforme fórmula abaixo: 
CDG = PASSIVO PERMANETE – ATIVO PERMENTE 
 
 
 
 27
2.2.3.2 Saldo de Tesouraria 
 
 Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, p. 13) definem o saldo de tesouraria como “a 
diferença entre o ativo e o passivo erráticos” ou financeiros. Ou ainda Fleuriet, Kehdy 
e Blanc (2003, p. 14) “o Saldo de Tesouraria representa um valor residual 
correspondente à diferença entre o Capital de Giro e a Necessidade de Capital de 
Giro”. 
Para encontrarmos o saldo de tesouraria, utilizaremos duas fórmulas: 
T = AE – PE 
Saldo de Tesouraria = Ativo Errático - Passivo Errático 
 
O saldo de tesouraria pode ser positivo ou negativo, quando positivo, a 
empresa possui fundos de curto prazo que poderão ser aplicados em outras 
atividades, como por exemplo, em títulos de liquidez imediata, aumentando assim a 
folga financeira da organização. Quando o Saldo de tesouraria for negativo, implica 
que o capital de giro não é suficiente para financiar a necessidade de capital de giro, 
ou seja, a empresa está financiando parte da NCG com fundos de curto prazo, 
aumentado assim o risco de insolvência (FLEURIET; KEHDY; BLANC, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 28
3. ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DA PETRO RIO 
 
O trabalho foi desenvolvido baseado em informações obtidas ao examinar as 
demonstrações financeiras da PETRO RIO (vide ANEXO 1). 
 
Quadro 4: Modelo Tradicional - Índice de Liquidez – PETRO RIO 
Índice de 
Liquidez 
Fórmula 2019 2018 2017 
Corrente LC = AC / PC 0,86 2,80 3,92 
Seca LS = (AC-E) / PC 0,78 2,64 3,73 
Imediata LI = D / PC 0,41 2,15 2,79 
Geral LG = (AC+RLP) / (PC+PNC) 0,47 2,08 2,45 
Fonte: Autora 
 
Quadro 5: Modelo Fleuriet - VariáveisDinâmicas – PETRO RIO 
Variáveis 
Dinâmicas 
Fórmula 2019 2018 2017 
NCG ATIVO CÍCLICO - PASSICO 
CÍCLICO 
587.708 130.437 145.203 
CDG PASSIVO NÃO CÍCLICO - 
ATIVO NÃO CÍCLICO 
-2.114.890 -338.020 -250.327 
T ATIVO ERRÁTICO - PASSIVO 
ERRÁTICO 
-823.471 538.139 487.600 
Fonte: Autora 
 
 
3.1 Índice de Liquidez Geral 
A análise da liquidez geral da Petro Rio apresentou em 2017 e 2018 uma 
situação favorável com índices de 2,45 e 2,08 respectivamente, porém em 2019 seu 
índice foi para 0,47 apresentando uma queda abrupta com relação aos anos 
anteriores, sendo inferior a 1, demonstrando que a mesma não possui capacidade de 
saldar suas dívidas de curto e longo prazo no ano de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 29
Gráfico 1: Liquidez Geral 
 
Fonte: Autora 
 
3.2 Índice de Liquidez Corrente 
O índice de liquidez corrente da Petro Rio, referente ao período já mencionado, 
evoluiu de forma decrescente, apresentando em 2017 o maior valor, a empresa obteve 
no último ano o índice de 0,86 não estando apta ao pagamento das dívidas de curto 
prazo, pois para cada R$ 1,00 de dívida a Petro Rio possuía para liquidá-las R$ 0,86 
em 2019. 
Gráfico 2: Liquidez Corrente 
 
 Fonte: Autora 
 
3.3 Índice de Liquidez Seca 
A liquidez seca demonstrou uma oscilação no período de 2017 a 2019, 
apresentando em 2019 o menor resultado, obtendo índice de 0,78 inferior a 1,00 
retratando que os estoques da empresa estão comprometidos em dívidas com 
2,45
2,08
0,47
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
2017 2018 2019
Liquidez Geral
3,92
2,80
0,86
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
2017 2018 2019
Liquidez Corrente
 30
terceiros, ou seja, se a empresa renegociasse o seu ativo circulante (sem os 
estoques), teria dificuldade para pagar seus fornecedores (curto prazo). 
Gráfico 3: Liquidez Seca 
 
 Fonte: Autora 
3.4 Índice de Liquidez Imediata 
A liquidez imediata da Petro Rio em 2017 e 2018 apresentou números 
favoráveis contudo em 2019 seu índice foi de 0,78 inferior a 1, denotando que a 
empresa não possui capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo somente 
com seu saldo disponível. 
Mesmo seu indicador remetendo a valor inferior a 1, não é correto afirmar que 
a mesma possua problemas em pagar suas obrigações, neste indicador não é 
considerado valores que a empresa tinha direito a receber. 
Gráfico 4: Liquidez Imediata 
 
Fonte: Autora 
3,73
2,64
0,78
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
2017 2018 2019
Liquidez Seca
2,79
2,15
0,41
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
2017 2018 2019
Liquidez Imediata
 31
3.5 Necessidade de Capital de Giro - NCG 
A NCG é uma das variáveis do modelo dinâmico e representa quanto a 
empresa necessita de recursos para financiar o giro, consiste na diferença entre Ativos 
e Passivos Operacionais, sendo positiva quando o ciclo operacional for maior que o 
prazo médio de pagamento e negativa quando o ciclo operacional for menor que o 
prazo médio de pagamento. (MONTEIRO, 2015) 
O gráfico abaixo ilustra que a NCG da Petro Rio oscilou negativamente e 
positivamente no decorrer do período, remetendo em números uma amostra notória 
do seu aumento no último ano, os índices encontrados demonstram que 2017 a 2018 
houve uma diminuição de 10%, já de 2018 a 2019 a mesma evoluiu 350%, com base 
nesses números, atribui-se a necessidade de que a empresa precisa de aplicação de 
recursos em seu giro sejam estes por meio de fontes de curto ou de longo prazo. 
Gráfico 5: Necessidade de Capital de Giro 
 
Fonte: Autora 
3.6 Capital de Giro - CDG 
O CDG apresenta o excedente de fontes a longo prazo em relação às 
aplicações de longo prazo, podendo ser positivo ou negativo (FLEURIET, 2010). 
Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, p. 11), apresentam ainda o conceito de “Capital de Giro 
(CDG)” que é a diferença entre o passivo permanente (ou não cíclico) e o ativo 
permanente (ou não cíclico). 
A Petro Rio apresentou um CDG instável ao longo do período analisado, 
obtendo o maior resultado negativo em seu exercício mais recente, 2019. Para a Petro 
Rio o resultado de seu CDG foi negativo, isto é, a organização não possui um 
excedente de longo prazo disponível para financiar suas atividades operacionais. 
145.203 130.437 
587.708 
-
100.000 
200.000 
300.000 
400.000 
500.000 
600.000 
700.000 
2017 2018 2019
Necessidade Capital de Giro
 32
Gráfico 6: Capital de Giro 
 
 Fonte: Autora 
3.7 Saldo de Tesouraria 
O saldo de tesouraria (T) é um montante residual de recursos de curto prazo, 
que pode admitir resultado positivo ou negativo, o mesmo compreende as contas 
dentro do circulante que não estão diretamente ligadas à operação da empresa e 
remetem em números a folga financeira da organização. (FLEURIET; KEHDY; 
BLANC, 2003). 
O saldo de tesouraria (T) da Petro Rio oscilou positivamente nos anos de 2017 
e 2018, porém foi negativo no último exercício, tal situação indica que os recursos de 
curto prazo da organização, estão financiando o bloco operacional da mesma, não 
havendo, portanto, recursos de curto prazo excedentes. A persistência desse índice 
negativo para os próximos anos eleva o risco financeiro da empresa. 
Gráfico 7: Tesouraria 
 
 Fonte: Autora 
-250.327 
-338.020 
-2.114.890 
-2.500.000 
-2.000.000 
-1.500.000 
-1.000.000 
-500.000 
-
2017 2018 2019
Capital de Giro
487.600 538.139 
-823.471 
-1.000.000 
-800.000 
-600.000 
-400.000 
-200.000 
-
200.000 
400.000 
600.000 
800.000 
2017 2018 2019
Tesouraria
 33
3.8 Tipos de Estrutura e Situação Financeira 
Marques e Braga (1995) acreditam na formação de vários tipos de balanço que 
resultam da análise dinâmica do modelo de Fleuriet: 
 
Quadro 6: Tipos de Estrutura e Situação Financeira - Conceituação 
TIPO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO 
TIPO 1 Excelente Evidencia uma situação financeira excelente, pois denota que a 
empresa possui Capital de Giro, ou seja, recursos disponíveis, uma 
necessidade negativa na qual as origens de capital se sobrepõem as 
saídas de caixa, por conseguinte, o saldo de tesouraria positivo mostra 
fundos disponíveis para investimentos; 
TIPO 2 Sólida Demonstra uma situação financeira sólida, onde as saídas de caixa 
ocorrem antes das entradas, mas o capital de giro se torna suficiente 
para atender as necessidades da empresa (atividades operacionais do 
período) e gerar saldo em tesouraria; 
TIPO 3 Insatisfatória Revela uma situação insatisfatória, pois a entidade não possui 
recursos financeiros para investimentos, pois seus ativos estão sendo 
financiados por recursos de curto prazo (empréstimos, 
financiamentos), uma vez que o capital de giro supre a necessidade 
momentânea; 
TIPO 4 Péssima Mostra um risco de insolvência, pois financia seus ativos permanentes 
com dívidas de curto prazo e não possuem perspectivas de expansão 
devido saldo de tesouraria negativo; 
TIPO 5 Muito Ruim Apresenta estrutura financeira muito ruim, com CDG, NCG e ST 
negativos, deste modo pode–se inferir na necessidade de recursos de 
longo prazo para melhorar o CDG, por conseguinte o ST; 
TIPO 6 Alto Risco Revela uma estrutura de alto risco, na qual o CDG se apresenta numa 
situação negativa inferior a NCG tornando o Saldo de Tesouraria 
positivo, entretanto, esse cenário infere uma série de questões a 
respeito do desempenho adequado das operações, recursos de ativos 
circulantes investidos em não circulantes e etc 
 
 
Quadro 7: Tipos de Estrutura e Situação Financeira 
 Tipos de Estrutura e Situação 
Financeira 
Tipo/ Item CDG NCG T Situação 
1 + - + Excelente 
2 + + + Sólida 
3 + + - Insatisfatória 
4 - + - Péssima 
5 - - - Muito Ruim 
6 - - + Alto Risco 
Notas: 
(+) Indicativo valor positivo 
(-) Indicativo valor negativo 
Fonte: Adaptado pela autora 
 
 34
Após a análise das variáveis NCG, CDG e T concluída, é possível verificar em 
qual situação financeira encontra-se a PetroRio ao efetuarmos a combinação dos 
resultados encontrados. A mesma possui uma estrutura financeira alarmante, levando 
em consideração os três exercícios, que foram objetos desse estudo como destacado 
na Tabela abaixo: 
Quadro 8: Tipos de Estrutura e Situação Financeira – PETRO RIO 
Situação Financeira – PETRO RIO 
 2017 Situação 2018 Situação 2019 Situação 
CDG -250.327 - -338.020 - -2.114.890 - 
NCG 145.203 + 130.437 + 587.708 + 
T 487.600 + 538.139 + -823.471 - 
 Situação 3 - Insatisfatória 3 - Insatisfatória 4 - Péssima 
 
 35
4. CONCLUSÃO 
 
Assaf Neto e Silva (2012, p. 65) afirmam que os indicadores do modelo 
tradicional “não costumam fornecer informações mais conclusivas a respeito de 
determinada evolução na posição financeira corrente e esperada da empresa, 
omitindo principalmente as efetivas necessidades de investimento em capital de giro”. 
A análise das demonstrações contábeis por meio do modelo Fleuriet é uma 
excelente ferramenta para compreensão da situação financeira das organizações. 
Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi demonstrar de que forma o modelo Fleuriet 
contribui para a gestão de uma empresa de petróleo e gás Petro Rio. Para tal, busca-
se evidenciar resultados provenientes da análise do capital de giro por meio de seus 
modelos tradicionais e dinâmicos. 
Foram analisados os balanços dos anos de 2017 a 2019. 
Constatou-se que os indicadores financeiros de liquidez evoluíram de forma 
decrescente no decorrer dos anos analisados, apresentando em 2017 o maior valor 
para todos os índices. Obteve o pior resultado em seu exercício mais recente, 2019, 
onde todos os índices apresentaram valores abaixo de 1, indicando que a empresa 
não possui capacidade para saldar suas dívidas de curto e longo prazo. 
Os indicadores do modelo Fleuriet evidenciaram que a Petro Rio não tem 
capital de giro suficiente para suprir as suas necessidades operacionais. Sendo que a 
empresa tem grande dependência de recursos financeiros para financiar os seus 
ativos fixos. Esse fato ficou registrado na variável NCG onde no decorrer do período, 
demonstrou em números uma amostra notória de sua dependência financeira, os 
índices encontrados demonstraram que de 2017 a 2018 houve uma diminuição de 
10%, já de 2018 a 2019 a mesma evoluiu 350%, com base nesses números, atribui-
se a necessidade de que a empresa precisa de aplicação de recursos em seu giro 
sejam estes por meio de fontes de curto ou de longo prazo. 
Diante disso conclui-se que, em ambos os modelos e preciso que a Petro Rio 
busque novas alternativas para minimizar as necessidades de capital de giro, para 
assim, conseguir atingir seus objetivos propostos e honrar as obrigações com 
terceiros. 
Percebe-se que, a análise das demonstrações contábeis é muito útil para a 
tomada de decisão. Ela evidencia os pontos fortes e fracos na gestão das 
organizações, além de auxiliar a traçar novas diretrizes. 
 36
Ao fim desse estudo concluiu-se que diferença básica entre os modelos é o fato 
de que na análise tradicional a empresa é analisada como se estivesse para encerrar 
suas atividades e no modelo dinâmico a mesma é considerada como um organismo 
sustentável e em constante evolução. Outra diferença é referente ao capital de giro 
onde no modelo dinâmico ele é obtido pelas contas de longo prazo podendo 
representar uma fonte de financiamento de longo prazo enquanto que no tradicional 
ele é obtido pelas contas de curto prazo, sendo um excedente de bens e direitos no 
curto prazo. 
 
 37
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 10º Ed. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
ASSAF NETO, Alexandre; e SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do 
Capital de Giro. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
FLEURIET, Michel; KEHDY, Ricardo; e BLANC, Georges. O modelo Fleuriet: a 
dinâmica financeira das empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
FLEURIET, Michel; Zeidan, Rodrigo. O modelo Dinâmico de gestão financeira. Rio 
de Janeiro, RJ: Alta Books, 2015 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanço: abordagem básica 
e gerencial. 7ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
VERGARA. Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em Administração. São Paulo: 
Atlas, 2006. 
 38
ANEXO 1 
 
Quadro 9: Demonstrações PETRO RIO no Modelo Tradicional 
BALANÇO PATRIMONIAL 2019 2018 2017 
TOTAL DO ATIVO 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
ATIVO CIRCULANTE 1.454.888 1.039.562 849.655 
Caixa e Equivalente de caixa 459.397 154.109 92.445 
Aplicações Financeiras 226.301 643.783 511.863 
Contas a Receber 374.598 34.932 62.046 
Estoques 127.944 58.786 41.174 
Tributos a Recuperar 116.773 67.011 59.492 
Despesas Antecipadas 10.333 1.659 3.106 
Outros Ativos Circulantes 139.542 79.282 79.529 
 ATIVO NÃO CIRCULANTE 4.028.899 497.501 420.589 
Ativo Realizável a LP 229.794 66.266 98.755 
Imobilizado 2.981.143 45.292 61.286 
Intangível 817.962 385.943 260.548 
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
PASSIVO CIRCULANTE 1.690.651 370.986 216.852 
Obrigações Sociais e Trabalhistas 39.359 14.923 9.979 
Fornecedores 129.727 73.258 70.536 
Obrigações Fiscais 83.244 37.010 20.076 
Empréstimos e Financiamentos 1.425.925 222.743 96.632 
Outras Obrigações 12.396 23.052 19.629 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.914.009 159.481 170.262 
Empréstimos e Financiamentos 771.736 56.959 31.391 
Outras Obrigações 14.918 14.057 13.456 
Tributos Diferidos 147.522 2.311 36.177 
Provisões 979.833 86.154 89.238 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.879.127 1.006.596 883.130 
Capital Social 3.316.411 3.273.114 3.265.256 
Reserva de Capital 114.996 58.183 73.852 
Avaliação Patrimonial - - 75.856 26.698 
Prejuízos Acumulados - 1.552.280 - 2.248.845 - 2.482.676 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39
Quadro 10: Demonstrações PETRO RIO Transformadas no Modelo Fleuriet 
BALANÇO PATRIMONIAL 2019 2018 2017 
TOTAL DO ATIVO 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
ATIVO ERRÁTICO (FINANCEIRO) 685.698 797.892 604.308 
Caixa e Equivalente de Caixa 459.397 154.109 92.445 
Aplicações Financeiras 226.301 643.783 511.863 
ATIVO CÍCLICO (OPERACIONAL) 769.190 241.670 245.347 
Contas a Receber 374.598 34.932 62.046 
Estoques 127.944 58.786 41.174 
Tributos a Recuperar 116.773 67.011 59.492 
Outros Ativos Circulantes 149.875 80.941 82.635 
ATIVO NÃO CÍCLICO 4.028.899 497.501 420.589 
Ativo Realizável a Longo Prazo 229.794 66.266 98.755 
Imobilizado 2.981.143 45.292 61.286 
Intangível 817.962 385.943 260.548 
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO 5.483.787 1.537.063 1.270.244 
PASSIVO ERRÁTICO (FINANCEIRO) 1.509.169 259.753 116.708 
Empréstimos e Financiamentos 1.425.925 222.743 96.632 
Obrigações Fiscais 83.244 37.010 20.076 
PASSIVO CÍCLICO (OPERACIONAL) 181.482 111.233 100.144 
Obrigações Sociais e Trabalhistas 39.359 14.923 9.979 
Fornecedores 129.727 73.258 70.536 
Outras Obrigações 12.396 23.05219.629 
PASSIVO NÃO CÍCLICO 1.914.009 159.481 170.262 
Empréstimos e Financiamentos 771.736 56.959 31.391 
Outras Obrigações 14.918 14.057 13.456 
Tributos Diferidos 147.522 2.311 36.177 
Provisões 979.833 86.154 89.238 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
CONSOLIDADO 1.879.127 1.006.596 883.130 
Capital Social 3.316.411 3.273.114 3.265.256 
Reserva de Capital 114.996 58.183 73.852 
Avaliação Patrimonial - - 75.856 26.698 
Prejuízos Acumulados - 1.552.280 - 2.248.845 - 2.482.676

Outros materiais