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Resumo Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE PSICOLOGIA
Resumo Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo:
Confronto de Paradigmas?
BARRA MANSA
2020
 
INTRODUÇÃO:
O artigo refere-se a um estudo que busca identificar as diferenças e semelhanças do Psicodiagnóstico Tradicional entre o Psicodiagnóstico Interventivo, também foi realizado a exposição dos paradigmas quantitativos e qualitativos, analisando sua epistemologia e metodologia, objetivando analisar se o Psicodiagnóstico Interventivo compromete a consideração da Psicologia como ciência por se tratar de um campo novo e recém constituído do profissional de psicologia.
 Paradigmas Quantitativo e Qualitativo de Investigação Científica: epistemologia
Os padrões das perspectivas qualitativa e quantitativa de investigação é de rivalidade, no entanto essa oposição de ideias foi criticado por Gutiérrez e Delgado (1955) e por Conde (1995a, 1995b), onde não se deveriam contrapor essas abordagens, uma vez que cada uma possuí construções diferentes da realidade. O que não significa que não devam ser questionadas quanto à sua validade, rigor, utilidade etc.
Sendo assim um paradigma é definido como um conjunto de modelos de investigação que inclui lei, teoria aplicação e instrumentos de pesquisa, estabelecendo um conjunto de definições. Ou seja, qualquer perspectiva de investigação quantitativa ou qualitativa, parte de pressupostos que conformam e restringem o significado dos dados.
 Contextualização Histórico-Filosófica dos Paradigmas Quantitativo e Qualitativo
Segundo a filosofia da ciência, os fundamentos da perspectiva quantitativa podem ser remetidos ao positivismo lógico do primeiro século de Viena. Acreditava-se que existia um mundo material ordenado, uma metodologia específica com uma aplicação correta e sistemática. 
Independentemente de quem pesquisasse, o objetivismo Faria possível que os fenômenos sociais e psicológicos fossem reais e concretos suas relações seriam investigadas em termos de efeitos causais.
Para garantir a objetividade era de extrema importância exigir procedimentos como fidedignidade, validade, significância estatística que tornaria possível descrever a realidade com um grau a mais de certeza sobre aquilo. 
No paradigma qualitativo era proposto a observação como método de averiguação, assim como a descrição e a comparação de exemplares sendo compatível com uma metodologia ideográfica. 
Foi somente em 1960 que se tornou possível realizar pesquisas qualitativas. Os cientistas deveriam de regra observar, descrever e compreender não somente fazer a confirmação ou refutação de hipóteses. Apesar de tudo isso o distanciamento afetivo do investigador foi considerado prejudicial para compreensão do comportamento humano.
 Metodologias Quantitativa e Qualitativa de Investigação Científica
Neste tópico podemos ver a diferença nas metodologias apresentadas, resumidamente podemos entender que a pesquisa quantitativa se refere aos dados numéricos coletados, passos sucessivos e organizados, dados que podem ser contados. Já a pesquisa qualitativa vai mostrar que ela é subjetiva e se dá através de entrevistas, sem poder ser contabilizada. 
Vimos também que as duas metodologias acabam se enfrentando e tentando ser melhor que a outra por quem as usa, tentando desqualificar seus métodos. 
Apesar disso, vimos ao final deste tópico a importância de cada método, e que cada um possui o seu objetivo.
Psicodiagnóstico tradicional: Definição, Objetivos e Organização
O psicodiagnóstico tradicional é baseado no formato do diagnóstico médico, possui caráter científico por haver levantamento de hipóteses a serem confirmadas ou não através de pontos a serem seguidos, para se obter resultados. Seu objetivo é avaliar a fundo as questões psíquicas do paciente para conhecer sua personalidade, levando em conta acontecimentos do passado, presente e futuro. Os passos a compor esse diagnóstico começa com uma entrevista para que o psicólogo possa conhecer de fato um pouco sobre o paciente e a partir disso poder formular perguntas e quais testes serão aplicados a ele, o segundo passo é a aplicação dos testes projetivos, o terceiro é informar para o paciente o que se passa com ele e o que será feito a seguir e por último, caso for preciso encaminhar o paciente , o psicólogo deve fazer essa informativa ao próximo profissional.
Psicodiagnóstico Tradicional e Ciência 
O Psicodiagnóstico Tradicional é um processo estruturado realizando diagnósticos com técnicas psicológicas. Possui um caráter científico por serem levantadas hipóteses previamente, que ao longo das entrevistas o permitirão, confirmá-las ou não, e pelo método revela sua concepção no paradigma quantitativo de investigação. E esse levantamento de hipóteses, visa identificar forças e fraquezas do paciente.
Dispõe de algumas etapas, como a entrevista inicial para extrair informações e gerar hipóteses e uma bateria de testes e técnicas projetivas por serem padronizadas e entrevistas devolutiva que é o único momento que ocorre a intervenção para informar o que se passa com o paciente e se necessário encaminhar para outro profissional.
 A sistematização desse processo limita o profissional que fica restrito aos instrumentos. No instante da síntese final, seus resultados devem ser inseridos mo contexto de vida do indivíduo de modo a informar a relações deles com sua conjuntura pessoal e a autora também diz que buscam por meio de instrumentos quantitativamente padronizados um objetivo qualitativo.
 Psicodiagnóstico Interventivo 
O psicodiagnóstico interventivo tem maneiras diferentes de ser feito, ele não foca na patologia, somente, o processo clínico toma frente ao processo diagnóstico. Utiliza teorias diferentes, sendo as principais a psicanálise e a fenomenologia. O de teoria psicanalítica se utiliza de eixos estruturantes em sua execução e são esses, que favorecem o entendimento do sujeito em sua subjetividade e o distanciamento entre o psicólogo e o paciente é visto como algo bom, sendo o sintoma visto como algo inconsciente.
No interventivo, cria-se um vínculo através das intervenções que ocorrem durante o processo de descoberta do psicodiagnóstico, sendo que o paciente não é olhado apenas pela perspectiva de existir um diagnóstico ou não, ele é visto em sua singularidade.
 Psicodiagnóstico interventivo e ciência
Psicodiagnóstico interventivo constitui uma prática clínica que congrega ao mesmo tempo investigação e intervenção, incluindo o uso de assinalamentos, holding, handling e interpretações desde a primeira entrevista e durante a aplicação de técnicas projetivas. Esse trabalho, que visa explorar de maneira sistemática os efeitos terapêuticos promovidos pela situação de avaliação psicológica, vem conquistando o seu lugar entre os métodos psicoterápicos devido a sua alta eficácia, continuamente comprovada por estudos como os de Ancona-Lopez (1995), Barbieri (2000), Barbieri, Jacqueline e Biasoli-Alves (2004), entre outros. 
Os modelos mais difundidos de realização do Psicodiagnóstico Interventivo no Brasil são o de orientação fenomenológico-existencial e o psicanalítico. O primeiro, inspirado nas propostas de Fischer (1979), foi adaptado por Ancona-Lopez. (1995) para a realidade dos contextos institucionais brasileiros especialmente as clínicas- escolas de psicologia. Já o segundo é firmemente enraizado nas "consultas terapêuticas" de Winnicot (1971/1884), a ponto de, por vezes, emprestar-lhe o nome (Vaisberg, 2004; Leôncio & Tardivo, 2006). O modelo psicanalítico também é descendente direto do Psicodiagnóstico Compreensivo, definido por Trinca (1984) como aquele que visa abarcar e integrar o conjunto de informações disponíveis sobre o paciente de modo a encontrar um sentido para elas.
Apesar de exibirem vários pontos em comum, esses dois modelos apresentam importante diferenças de natureza epistemológica, teórica e metodológica, que se corporificam em seu manejo prático
Conclusão
Nas consideraçõesfinais do artigo, a autora ressalta que apesar do Psicodiagnóstico Interventivo ser um método mais recente que o Tradicional, ainda há uma necessidade de maiores estudos e aprofundamentos acerca das bases epistemológicas e metodológicas dos processos. Já que para a Barbieri (2010), essa 
ideia remete ao questionamento primário citado no início do artigo: “até que ponto a prática do Psicodiagnóstico Interventivo comprometeria a consideração da Psicologia como ciência”. 
REFERÊNCIAS:
BARBIERE, V. Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo: confronto de paradigmas? Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jul-Set 2010, vol. 26 n. 3, pág. 505-513

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