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Tutoria_SP7

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1- Descrever as estruturas anatômicas responsáveis pela transmissão do som
· Pavilhão auricular capta as ondas
· Penetram o meato acústico e fazem vibrar o tímpano
· Depois essas vibrações são transmitidas a 3 ossos [martelo, bigorna e estribo] (eles amplificam ou diminuem as vibrações do tímpano por meio dos músculos que são ligados a eles)
· O estribo transmite para a janela oval
· Essa vibração cria ondas de pressão na endolinfa dentro da cóclea
· Nesse interior tem a membrana basilar (composta de células sensitivas ciliadas – que se agrupam no órgão de Corti)
· Essas células são estimuladas pela pressão exercida na endolinfa
· Gera um impulso nervoso que é levado pelo nervo vestibulococlear ao lobo temporal do cérebro
· Onde o som é percebido
2- Reconhecer as vias nervosas auditivas e área de projeção auditiva no córtex cerebral.
Vias nervosas auditivas
· Nervo vestibular – No tronco do nervo, no interior do meato acústico interno, há o GANGLIO VESTIBUL AR. 
· Nervo Coclear – GANGLIO ESPIRAL DA COCLEA. Onde é encontrado o 1º NEURONIO DA VIA AUDITIVA.
· Neurônios I - Localizam-se no gânglio espiral situado na cóclea. São neurônios bipolares, cujos prolongamentos periféricos são pequenos e terminam em contato com as células ciliadas do órgão de Corti. Os prolongamentos centrais constituem a porção coclear do nervo vestibulococlear e terminam na ponte, fazendo sinapse com os neurônios II. 
· Neurônios ll - estão situados nos núcleos cocleares dorsal e ventral (Figura 29.8). Seus axônios cruzam para o lado oposto, constituindo o corpo trapezoide, contornam o complexo olivar superior e inflectem-se cranialmente para formar o lemnisco lateral do lado oposto. As fibras do lemnisco lateral terminam fazendo sinapse com os neurônios lll no colículo inferior. Existe certo número de fibras provenientes dos núcleos cocleares que penetram no lemnisco lateral do mesmo lado, sendo, por conseguinte, homolaterais. 
· Neurônios Ill - a maioria dos neurônios III da via auditiva está localizada no colículo inferior. Seus axônios dirigem-se ao corpo geniculado medial, passando pelo braço do colículo inferior. 
· Neurônios IV - estão localizados no corpo geniculado medial. Seu núcleo principal é organizado tonotopicamente e seus axônios formam a radiação auditiva, que, passando pela cápsula interna, chega à área auditiva do córtex (áreas 41 e 42 de Brodmann), situada no giro temporal transverso anterior
Córtex auditivo
· É a parte do cérebro que processa informações auditivas. É a parte do sistema auditivo que interpreta o tempo, harmonia, intensidade e frequência dos estímulos recebidos pelos ouvidos.
· Localiza-se na zona superior do lobo temporal, onde a sua extensão é menor que noutros mamíferos, continua posteriormente pelo giro angular e medialmente na profundidade do sulco lateral (cisura de Sílvio), aonde coincide com os giros transversos de Heschl.
3- Identificar as anormalidades da audição (tipo de surdez)
Surdez condutiva:
· É uma alteração mecânica, isto significa que a transmissão do som está sendo impedida de continuar sua progressão. A surdez condutiva pode ser causada por algum tipo de barreira na entrada do ouvido (por isso o nome perda auditivo condutivo), por exemplo: excesso de cera, osteoma, exostose, corpo estranho no conduto auditivo externo.
· Alterações na membrana timpânica também podem diminuir ou impedir sua vibração, causando uma surdez condutiva, como por exemplo na perfuração da membrana timpânica e na timpanosclerose.
· Pode também estar relacionada com doenças da orelha média, tais como: otite média aguda, otite média serosa, otosclerose e alguns tipos de tumores.
Surdez neurossensorial:
· O som é conduzido corretamente pelo conduto auditivo externo, tímpano e pelos ossículos da audição. O som chega até a cóclea, porém não é processado adequadamente e o estímulo não chega como deveria no nervo.
· Neste caso, o problema se localiza na cóclea. Exemplos: presbiacusia (perda da audição relacionada à idade), PAIR- perda auditiva induzida pelo ruído (música alta, exposição ocupacional, máquinas…), medicamentos ototóxicos, perda súbita idiopática, infecções virais e bacterianas (ex. meningite).
Surdez mista:
· É a combinação da perda auditiva condutiva com a neurossensorial. Nestes casos, a alteração está presente simultaneamente tanto na orelha externa e/ou média (alteração na condução do som), quanto na orelha interna (alteração neurossensorial).
4- Identificar as causas mais prevalentes de perdas auditivas, destacar a PAIR (perda auditiva induzida por ruído ocupacional). Citar as medidas de prevenção.
Causas de surdez:
· Perda auditiva relacionada à idade.
· A perda auditiva relacionada à idade é uma diminuição na capacidade auditiva que acontece quando os anos vão avançando. Na maioria dos casos, a perda auditiva afeta a ambas as orelhas. Pode começar tão cedo quanto os trinta ou quarenta anos de uma pessoa e piorar gradualmente ao longo dos anos seguintes.
· A perda auditiva relacionada à idade afeta primeiramente a capacidade de ouvir sons de alta frequência, como a fala. As pessoas afetadas acham cada vez mais complicado de entender o que outras pessoas estão dizendo, especialmente quando há barulho de fundo
· Perda auditiva induzida por ruídos (PAIR)
· A PAIR pode ser causada por uma exposição única a um som intenso de 'impulso', como uma explosão, ou pela exposição contínua a sons altos durante muito tempo, como o som do maquinário de uma fábrica. O som é medido em unidades chamadas decibéis. Sons de menos de 75 decibéis, mesmo após longa exposição, provavelmente não causarão perda auditiva. No entanto, a exposição repetida ou prolongada a sons iguais ou superiores a 85 decibéis pode acarretar perda de audição.
· Essa condição pode ser imediata ou levar anos para ser notada; permanente ou temporária; afetar um ouvido ou ambos. A exposição ao barulho prejudicial pode acontecer em qualquer idade, incluindo crianças, adolescentes, adultos e pessoas mais velhas.
· Foi feito um estudo em um grupo de trabalhadores de metalúrgica na cidade de São Paulo
· Nele foi concluído que 21% era sugestiva de PAIR, 72% eram normais e 7% sugestivas de outras doenças auditivas
· Perda auditiva causada por infecções.
· A infecção no ouvido médio pode causar a formação de fluido, obstruindo o movimento do tímpano e os minúsculos ossos ligados a ele.
· Causando uma perda auditiva condutiva
· Normalmente a perda auditiva causada por uma infecção no ouvido geralmente é temporária e desaparece após o tratamento.
· Perda auditiva causada por alterações na tireoide.
· Tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo foram relacionados à perda auditiva. Alguns artigos relatam esse assunto e vem sendo feito um estudo grande em diversos locais, mas sabe-se que as seguintes condições de tireoide afetam a perda auditiva, o zumbido e o equilíbrio:
· Síndrome de Pendred: um distúrbio genético que causa perda auditiva precoce em crianças, também muitas vezes leva ao desenvolvimento de bócio (tireóide aumentada).
· Doença de Graves: uma das causas conhecidas de hipertiroidismo.
· Doença de Hashimoto, conhecida como causa comum de hipotireoidismo.
· Por outro lado, o tratamento com radiação para câncer de tireoide também pode causar perda auditiva.
· Perda auditiva relacionada a medicamentos.
· A perda auditiva está entre os efeitos colaterais menos comumente listados nos rótulos dos medicamentos.
· A perda auditiva potencialmente associada a esses medicamentos tende a se desenvolver rapidamente, com a gravidade variando desde o toque temporário até o comprometimento permanente.
· Aspirina – A perda auditiva temporária induzida por aspirina é normalmente associada com grandes doses, ou 8 a 12 comprimidos por dia.
· Anti-inflamatórios não esteroides (como o ibuprofeno e o naproxeno) - Eles têm sido associados a problemas auditivos.
· Perda auditiva causada por perfuração de tímpano.
· Um tímpano rompido - ou perfuração da membrana timpânica, como é medicamente conhecido - é um orifício ou rasgo no tecidofino que separa o canal auditivo do ouvido médio (tímpano). 
· Um tímpano rompido pode resultar em perda auditiva. 
· Um tímpano rompido também pode tornar o ouvido médio vulnerável a infecções ou lesões, o que também causa perda auditiva. 
· Um tímpano rompido geralmente cura dentro de algumas semanas sem tratamento. 
· Às vezes, no entanto, um tímpano rompido requer um procedimento ou reparo cirúrgico para cicatrizar.
· Surdez congênita.
· a surdez adquirida associada à idade ou à exposição ao ruído seja mais comum do que a surdez genética em cerca de duas ordens de magnitude, a surdez congênita ocorre em 1 em cada 1.000 a 2.000 nascimentos. A herança autossômica recessiva é a forma mais comum, representando mais de 75% de toda a surdez congênita. Anormalidades não hereditárias da orelha interna, como a malformação de Mondini, são responsáveis por aproximadamente 20% da surdez neurossensorial congênita.
· A Síndrome de Mondini caracteriza-se por malformação coclear com ausência da espiral apical, alargamento do aqueduto coclear, vestibular e dos canais semicirculares. Pode estar associada à meningite bacteriana de repetição e surdez neurossensorial em vários graus. Representa 30% das malformações da orelha interna.
· Perda auditiva transitória
· esse tipo de perda auditiva ocorre são devido a situações que podem ser rapidamente corrigidas. O que causa perda auditiva temporária: exposição ao ruído alto, infecções de ouvido podem causar perda auditiva temporária em crianças e adultos, som alto, etc.
· Se a exposição ao ruído for pouco frequente, a audição pode recuperar. Mas, a exposição crônica ao ruído alto o suficiente para causar zumbido nos ouvidos pode levar à perda auditiva induzida por ruído permanente (PAIR).
5- Descrever as estruturas e os mecanismos responsáveis pela manutenção do equilíbrio.
Para o equilíbrio corporal estático ser mantido é necessário um conjunto de estruturas funcionalmente entrosadas: o sistema vestibular, os olhos e o sistema proprioceptivo. A manutenção do equilíbrio geral é realizada pelo sistema vestibular, esse sistema detecta as sensações de equilíbrio, sendo composto de um sistema de tubos ósseos e câmaras na porção petrosa do osso temporal chamado de labirinto ósseo e dentro dele um sistema de tubos membranosos e câmaras chamado de labirinto membranoso (ou membranáceo), que é a parte funcional do sistema vestibular
· O sistema vestibular detecta a posição e o movimento da cabeça no espaço pela integração das informações dos receptores periféricos localizados no ouvido interno. 
· As células sensórias do labirinto posterior transformam energia mecânica que resulta dos movimentos ciliares em sinal biológico. 
· Os canais semicirculares são responsáveis pela mensuração de acelerações angulares, causadas pela rotação da cabeça ou do corpo. Cada ducto tem um máximo de sensibilidade ao movimento angular. Um movimento voltado para a máxima excitação de um membro do par funcional, produz a máxima inibição do outro membro. Como os movimentos rotatórios da cabeça não ocorrem apenas nos planos exatos dos canais, mais de um par deve ser excitado concomitantemente pela maioria dos movimentos. 
· Com o movimento rotatório da cabeça, há movimento uniforme da endolinfa no sentido contrário, porém com velocidade igual ao do ducto semicircular. Na parada da cabeça, a endolinfa, por inércia, continua a deslocar-se no mesmo sentido até deter-se. Isso resulta em pressão na cúpula que se deflete e movimenta os cílios que nela penetram.
· Nos canais superiores e posteriores o cinocílio localiza-se na extremidade não utricular da ampola, e no canal lateral na extremidade utricular. Todo esse arranjo estrutural desempenha papel relevante na fisiologia vestibular, pois permite que a célula ciliada responda de maneira diferente conforme a direção de movimentação dos cílios. O movimento dos esteriocílios sobre cinocílio leva a despolarização da célula ciliada, com aumento da liberação de neurotransmissores e, portanto, aumento do estímulo da fibra aferente. Entretanto, a movimentação dos cinocílios sobre os esteriocílios leva a hiperpolarização da célula, com redução da liberação de neurotransmissores e menor estímulo nas fibras aferentes.
· O vestíbulo é responsável pela detecção de acelerações lineares, produzidas pela gravidade ou pelos movimentos do corpo e pelo equilibro estático do corpo no espaço
6- Apontar os métodos diagnósticos clínicos e complementares disponíveis para avaliação da acuidade auditiva e equilíbrio.
Testes relacionados a acuidade auditiva:
Audiometria:
· É um exame que tem como objetivo avaliar a capacidade do paciente para ouvir e interpretar sons.
· Através do exame detectam-se possíveis alterações auditivas e permite orientar o paciente sobre as medidas preventivas ou tratamentos mais adequados para cada caso.
· É solicitado quando há necessidade de avaliar a capacidade auditiva do paciente, principalmente se existir suspeita de perda auditiva ou quando ocorrem traumas, tímpano rompido, uso excessivo de medicamentos diversos, infecções e história hereditária de perda auditiva.
· O exame de audiometria é realizado por um fonoaudiólogo devidamente habilitado. Trata-se de um teste rápido, simples e indolor, no qual, o paciente é colocado dentro de uma cabine acústica livre de ruídos do ambiente.
· Resultado medido em decibéis:
· Até 25: Audição Normal
· 26 a 40: Perda de audição leve
· 41 a 50: Perda Auditiva Moderada
· 56 a 70: Perda Auditiva Moderadamente Severa
· 71 a 90: Perda Auditiva Severa
· + de 90: Perda Auditiva Profunda
· Existem dois tipos de exame de audiometria:
· Audiometria Tonal: avalia as respostas do paciente a sons, emitidos em diversas frequências, detectando assim o grau e o tipo de perda auditiva. É considerado um teste subjetivo porque depende da resposta do examinando aos estímulos auditivos fornecidos pelo examinador. Pode ser feito por via aérea comum ou por via óssea.
· Audiometria Vocal: avalia a capacidade de compreensão da fala humana. O paciente demonstrará sua percepção e compreensão da fala humana emitida pelo examinador.
Testes relacionados ao Diapasão:
1) Teste de Webber:
· Este teste é feito com um diapasão (o qual vibra entre 256 a 512 Hz normalmente) ao ser batido e é colocado ou no centro do crânio com uma distância igual entre as orelhas ou colocado junto do lábio superior.
· O paciente tem então de ver se nota alguma diferença de audição entre os ouvidos. Se o paciente disser que houve com mais intensidade na orelha afetada, então ele tem uma perda auditiva condutiva.
· Se ele em vez disso ouvir com mais intensidade na orelha em bom estado, então terá uma perda auditiva neuro-sensorial. Este teste tem uma falha. Se o paciente tiver uma perda de audição semelhante nos dois ouvidos, pode então acusar um falso negativo.
2) Teste de Rinne:
· O teste de Rinne é feito como complemento ao teste de Weber. Este também é feito com um diapasão, mas desta vez é colocado no mastoide (parte de trás da orelha) e é posto a vibrar.
· O médico então conta quantos segundos o paciente consegue ouvir o som. Quando ele deixar de o ouvir ele afasta da orelha um pouco e aí o paciente irá também informar quando deixar de ouvir o som.
· Como o som se propaga melhor pelo ar do que pelos ossos, o som irá demorar mais a desaparecer via aérea. Se por via aérea o som demorar mais que via óssea (com proporção aproximada de 2:1), então não existe perda auditiva. Se por via óssea for melhor que aérea, então o paciente tem perda auditiva condutiva. E por fim, se o paciente ouvir por tempo mais reduzido que o normal em ambas as vias, então o paciente tem perda auditiva neuro-sensorial.
3) Teste de Schwabach:
· O diapasão é colocado alternadamente na mastóide do paciente e do examinador, a audição deste é considerada normal. Se o paciente ouvir por mais tempo que o examinador, sugere perda auditiva condutiva e diz que o teste está prolongado. Se o paciente ouvir por menos tempo, sugere perda neurossensorial e diz que o teste está encurtado. E se opaciente ouvir por tempo igual, sugere audição normal.
4) Teste de Bing:
· Coloca-se o diapasão na mastóide do paciente e pressiona-se o trago, obliterando o conduto auditivo externo. Se o paciente tiver perda neuro-sensorial ou audição normal, sua audição deve piorar com o conduto auditivo externo obliterado. Se o paciente tiver perda condutiva, a obliteração não vai influir na audição. Podemos realizar o Bing audiométrico colocando o vibrador na mastóide, pressionando o trago a fim de ocluir o conduto auditivo externo, podendo ser realizado em uma ou mais frequências
5) Teste de Gellé:
· Colocar o diapasão na mastóide do paciente e promover aumento da pressão no conduto auditivo externo e, portanto, também na membrana timpânica. Esse aumento de pressão é feito através de uma pêra de borracha que oclui o CAE (conduto auditivo externo). Nas perdas condutivas não há alteração na audição com essa manobra. Nas perdas neuro-sensoriais ou em indivíduo sem queixa, a audição piora com o aumento de pressão no conduto auditivo externo.
Imitanciometria:
· É uma forma de medida objetiva da integridade e função dos mecanismos periféricos da audição.
· Compreende a timpanometria e o reflexo do estapédio.
· É sabido que a orelha externa transmite o som de um meio de baixa impedância para um meio de alta impedância e para tal se utiliza do fenômeno de alavanca dos ossículos e da relação área MT/área janela oval, a fim de aumentar a pressão do som que chega à janela oval. Para que essa função de orelha média seja possível, sua complacência deve estar preservada. Se houver aumento da impedância no conjunto tímpano-ossicular, a transmissão do som do CAE (conduto auditivo externo) para o labirinto vai estar prejudicado e, portanto, haverá perda auditiva.
Testes relacionados ao equilíbrio:
Teste de Romberg:
· Consiste em pedir que o paciente fique de pé, com os pés juntos e os braços ao lado do corpo, o examinador se posiciona ao lado do paciente com os braços ao redor do mesmo de modo a evitar quedas, e então pede ao paciente que feche os olhos. Se o nervo estiver lesado, ele cairá para o lado da lesão.
Teste de alcance funcional:
· O teste de alcance funcional foi criado por Duncan com o objetivo de identificar as alterações dinâmicas do controle postural
· O teste é iniciado com a fixação da fita métrica à parede, paralela ao chão, e posicionada na altura do acrômio do voluntário. O indivíduo, descalço, é posicionado com os pés confortáveis e paralelos entre si, perpendicularmente em relação à parede e próximo ao início da fita métrica. Com punhos em posição neutra, cotovelos estendidos e ombro com flexão de 90º, o voluntário é instruído a realizar a inclinação para frente sem tocar na fita e, em seguida, deve-se verificar o deslocamento sobre ela. O resultado é obtido após três tentativas, é calculada a média entre a diferença da posição inicial e final registrada na fita. Deslocamento inferior a 15 cm indicam fragilidade do paciente e risco de quedas
Teste da cadeira rotatória:
· O teste da cadeira rotatória é utilizado para determinar se os seus sintomas são decorrentes de desordens da orelha interna ou do cérebro. Os movimentos dos olhos são gravados com pequenos eletrodos
Posturografia dinâmica computadorizada (PDC):
· Este teste avalia o quão bem você está utilizando os seus sistemas visual, vestibular e proprioceptivo para se manter equilibrado. O teste de organização sensorial (TOS) mensura oscilação corporal em seis condições diferentes que devem ser completadas por três vezes. Você será testado com os olhos abertos, olhos fechados, com a plataforma se movimentando ou parada e em outras diversas combinações.
Potencial evocado miogênico vestibular:
· O objetivo deste teste é determinar se o sáculo (um dos órgãos da orelha interna) e o nervo vestibular estão trabalhando normalmente. O sáculo é sensibilizado pelo som e esta resposta pode ser mensurada através da análise da atividade elétrica em um músculo localizado no seu pescoço, o esternocleidomastoideo. Pequenos eletrodos são colocados no pescoço. “Clicks” altos e repetitivos são dados em cada orelha e a resposta do músculo a esses sons é analisada. Devido a este teste ser baseado nos sons, o paciente deverá ter a audição intacta para poder realizá-lo. Pacientes com outras desordens do sistema vestibular como neurite vestibular, neurinomas do acústico, perda vestibular bilateral devido ao uso de medicamentos (ototoxidade), doença de Ménière, ou síndrome da deiscência do canal superior, podem ter respostas abaixo do normal ou até mesmo abolidas. Este teste auxilia o seu médico a determinar se uma das partes da orelha (o sáculo) não está funcionando adequadamente.
Eletronistagmografia ou Videoeletronistagmografia:
· Eletronistagmografia (ENG) ou Videonistagmografia (VNG) avaliam a orelha interna. Ambos avaliam os movimentos dos olhos durante uma série de testes realizados na claridade e no escuro. Durante o teste de ENG, pequenos eletrodos são colocados na face, na região próxima dos olhos, para gravar os movimentos oculares. Já durante o teste de VNG os movimentos oculares são gravados por uma câmera que se encontra dentro dos óculos de avaliação (googles) utilizados no momento da avaliação. Eletronistagmografia e a VNG avaliam os movimentos oculares durante diferentes tarefas como perseguir um alvo (teste de perseguição), durante movimentos rápidos dos olhos (teste de calibração), durante movimentos posicionais da cabeça (teste posicional) ou em resposta a ar quente e ar frio (ou água quente e água fria) colocada dentro do canal auditivo (teste calórico). Se não houver nenhuma resposta ao ar/água quente ou fria, água gelada pode ser utilizada para induzir uma resposta. O teste calórico ajuda a determinar se existem diferenças entre as duas orelhas internas (direita e esquerda). Durante este teste você pode sentir tontura. Serão realizadas algumas perguntas (contas de matemática, nomes de cidade, alfabeto) com o objetivo de não o deixar focar-se na sua resposta ao teste.
7- Discutir o impacto psicossocial das perdas auditivas.
· Visualizei um estudo feito pelo Instituto Universitário de Lisboa, sobre viver com a perda auditiva e o impacto psicossocial
· Nele fala que há um grande impacto na parte psicossocial das pessoas evidenciadas nos estudos, como diminuição de práticas e diminuição de afazeres, causando um grande abate psicossocial na pessoa, como foram evidenciados idosos, foi levado em conta a relação da importância do apoio para essas pessoas que encontram em quadros de perda auditiva.
8- Identificar aspectos epidemiológicos e legais de doenças ocupacionais
· Hoje, as lesões por esforços repetitivos e as perdas auditivas ocupacionais são as dominantes. Duas doenças com estreitas relações com o trabalho, asma e transtornos mentais, de acordo com as tendências observadas, deverão assumir gradativamente maior relevância na nosologia ocupacional nas próximas décadas. A globalização da economia exige novas abordagens na área de saúde do trabalhador, tanto com relação à vigilância quanto nos aspectos da atenção médica.
· A adoção de tecnologias de ponta, sem dúvida, reduziu a exposição a alguns fatores de riscos ocupacionais em determinados ramos de atividade, mas gerou outros riscos.

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