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Identificação de bactérias gram positivas - Streptococcus (fatores de virulência, patologias, classificação, testes de identificação, beta hemolíticas, alfa hemolíticas) - Bacteriologia Clínica

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25 
 
 
 
• Compreendem os cocos gram-positivos, 
catalase negativos. 
• São nutricionalmente exigentes, crescem 
bem em Agar Sangue e caldo nutriente 
contendo glicose. 
• Anaeróbios facultativos, porém crescem 
melhor em atmosfera enriquecida com CO2 
ou anaerobiose. 
• São encontrados nos mais diversos 
ambientes. 
• Metabolismo fermentativo, principalmente 
da molécula da glicose. 
 
PATOLOGIAS 
• Faringite 
• Escarlatina (pele cheia de manchas 
vermelhas, aparenta aspecto granuloso). 
• Erisipela 
• Meningites 
• Pneumonia 
• Endocardite 
• Cáries 
 
 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
 Em Streptococcus, podemos destacar a 
proteína M, que está presente na superfície da 
parede celular da bactéria. Essa proteína atua como 
fator anti-fagocitico, impedindo o processo de 
opsonização (reconhecimento pelo sistema 
complemento), facilitando a aderência da bactéria 
as células humanas. 
 
identificação de bactérias gram positivas 
STREPTOCOCCUS. 
 
26 
 
• A Estreptolisina S 
 Não imunogênica, ou 
seja, não é reconhecida 
como antígeno estranho 
pelo sistema imune. 
 Lisa eritrócitos, 
neutrófilos e plaquetas. 
• Estreptolisina O 
 Diagnóstico de Febre 
reumática  exames: 
ASLO ou LÁTEX. 
 Imunogênica, 
desencadeia a formação 
de anticorpos. 
 Lisa eritrócitos, 
neutrófilos e plaquetas. 
 
• Cápsula de ácido hialurônico 
 Identificada em Streptococcus pyogenes 
 Importante no processo de disseminação 
da Streptococcus pyogenes - grande 
quantidade de ácido hialurônico no tecido 
conjuntivo, possibilitando que a bactéria 
consiga se esconder do sistema imune 
(porque ela possui o ácido hialurônico). 
• Estreptoquinase (Fibrinolisina). 
 Dissolve a fibrina. 
A bactéria presente no tecido humano, 
começa a produzi enzimas coagulase, formando um 
coágulo entorno delas para que possam se 
reproduzir (meio que uma proteção). 
Posteriormente, após a sua reprodução, a bactéria 
libera a Estreptoquinase para que ocorra a 
destruição desse coágulo e elas sejam liberadas 
para infectar outras células. 
CLASSIFICAÇÃO 
 Streptococcus pyogenes 
 Streptococcus agalactiae 
 Streptococcus pneumoniae 
A classificação dos Streptococcus pode ser 
baseada por hemólise no Ágar sangue ou 
classificação baseada em constituição (sorológico). 
• Grupos sorológicos de Lancefield: 
o A B C D E F G  Área médica 
Grupo 
(hemólise) 
Polissacarídeo 
grupo-específico 
Espécie 
A (β-hemólise) ramnose-N-
acetilglicosamina 
S. pyogenes 
B (β-hemólise) ramnose- 
glicosamina e 
galactose 
S. agalactiae 
C (β-hemólise) ramnose-N-
acetilgalactosamina 
S. equi, S. 
equisimilis, S. 
zooepidemicu
s, S. 
dygalactiae 
D (α-hemólise, 
NH) 
ácido teicoíco 
glicerol com D-
alanina e glicose 
S. bovis 
F (β (α) - 
hemólise, NH) 
glicopiranosil-N-
acetilgalactosamina 
S. milleri 
- Viridans (α-
hemólise, NH) 
Não possui 
polissacarídeo 
grupo-específico 
S. mutans, S. 
sanuis, S. 
salivarius, S. 
mitis 
- (α-hemólise) Não possui 
polissacarídeo 
grupo-específico 
S. 
pneuomoniae 
Febre reumática 
A febre reumática é uma infecção associada 
a Streptococcus pyogenes, afetando várias 
partes do corpo como articulações, coração, 
sistema nervoso e pele. 
Pode ser diagnosticada com a presença de 
uma toxina liberada pela bactéria 
(Estreptolisina E e Estreptolisina O). 
 
27 
 
 
Cultura: Isolamento e Identificação 
Material clínico 
 
Ágar sangue Gram: CGP 
 
Colônia (hemólise) 
 
Catalase negativa 
 
 Identificação 
CULTURA 
 Ao analisar as placas, deve-se atentar à 
possíveis hemólises (zonas claras) ao redor das 
colônias. 
Com relação aos fatores de virulência das 
Streptococcus, podemos observar a presença de 
Estreptolisinas. Estas podem lisar eritrócitos 
(causando a hemólise), no entanto, o grau de 
hemólise depende dos níveis de expressão desses 
fatores de virulência da bactéria. 
• As bactérias Beta-hemolíticas apresentam 
alto nível de expressão de hemolisina. A 
morte das hemácias será identificada pela 
presença de halos em torno da colônia 
bacteriana. 
 S. pyogenes, S. agalactiae. 
 
 
• As bactérias Alfa-hemolíticas não produzem 
uma hemólise tão elevada, considera-se uma 
hemólise parcial. 
 S. pneumoniae, S. viridans 
 
 
 
 
 
 
 
• As bactérias Gama-hemolíticas apresentam 
ausência de hemólise, pois não produzem 
Estreptolisinas. 
 S. bovis (Grupo D enterococcus). 
PROVA DA CATALASE 
 Diferenciação entre cocos gram-positivos: 
Gêneros Staphylococcus e Streptococcus. 
 
 Não ocorreu a formação de bolhas, logo 
identificamos Streptococcus. 
 
 
 Observamos no meio de cultura Ágar 
sangue uma hemólise total, assim, confirmando a 
presença de Streptococcus spp. beta-hemolíticos. 
Em sequência, realizaremos testes para confirmar a 
espécie. 
TESTE DA BACITRACINA 
 O teste tem a finalidade de diferenciar S. 
pyogenes de outras cepas do grupo A ou de outras 
espécies com colônias beta-hemolíticas. No teste, 
 
28 
 
utiliza-se um disco de bacitracina em meio Ágar 
sangue para um melhor crescimento da bactéria. 
 Se a bactéria cresceu ao redor do disco, ela 
é resistente.  Identificamos S. agalactiae. 
 Se a bactéria não cresceu ao redor do disco, 
é sensível.  Identificamos S. pyogenes. 
 
TESTE DE CAMP 
 O teste visa a identificação de cepas de S. 
agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem o fator 
CAMP (Christie, Atkins e Munch – Petersen) que 
atua sinergicamente com a Beta-hemolisina 
produzida pelo Staphylococcus aureus em ágar 
sangue (Fator CAMP interage com a Beta-
hemolisina, favorecendo a atividade da mesma). 
 A S. agalactiae apresenta o fator CAMP (fator 
de virulência), permitindo que a bactéria se 
ligue com imunoglobulinas.  facilitando a 
disseminação da bactéria. 
PROCEDIMENTO 
• Utilizamos o meio de cultura Ágar sangue 
novamente e realizamos uma estria vertical 
com a bactéria Staphylococcus aureus. 
• Então pegamos uma colônia da amostra 
analisada e fazemos uma estria horizontal 
perto da estria da Staphylococcus aureus. 
• Caso o laboratório tenha uma amostra de 
Listeria monocytogeneses, podemos usar 
como controle positivo.  a Listeria 
monocytogeneses possui o fator CAMP. 
• Coloca a placa na estufa e espera-se um dia 
para analisar o resultado obtido. 
 Se ocorrer hemólise na área de contato 
da amostra analisada com a bactéria 
Staphylococcus aureus, indica que a 
amostra (bactéria) possui o fator CAMP. 
 
TESTE DE PYR 
 Este teste determina a atividade do PYR 
também pyrrolidonyl-aminopeptidase, uma enzima 
produzida pelo Streptococcus pyogenes e também 
pelo Enterococcus sp. 
 É uma reação de aglutinação que permite 
identificar se a atividade do PYR. 
 Caso aglutine, indica que a bactéria é 
Streptococcus pyogenes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
Observamos no meio de cultura Ágar 
sangue uma hemólise parcial, assim, confirmando 
a presença de Streptococcus spp. alfa-hemolíticos. 
Em sequência, realizaremos testes para confirmar a 
espécie. 
TESTE DA OPTOQUINA 
 Conseguimos diferenciar a bactéria 
Streptococcus pneumoniae de Streptococcus 
viridans ou outros grupos de Streptococcus. 
 Se a bactéria cresceu ao redor do disco, ela 
é resistente.  Identificamos S. viridans ou 
outros grupos de Streptococcus. 
 Se a bactéria não cresceu ao redor do disco, 
é sensível.  Identificamos S. pneumoniae. 
 
TESTE DA BILE SOLUBILIDADE 
 Neste caso, coloca-se uma gota de 
desoxicolato de sódio a 2%, incubando-se em 
seguida a 35ºC, durante 30 minutos, mantendo-se a 
placa de Petri voltada para cima. A lise do 
crescimento é característica de Streptococcus 
pneumoniae. 
 Se a bactéria cresceu ao redor do disco, ela 
é resistente.  Identificamos S. viridans. 
 Se a bactéria não cresceu ao redor do disco, 
ocorrendo a lise das mesmas, ela é sensível. 
 Identificamos S. pneumoniae. 
 
 
 
 
 
MÉTODOS PARAIDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE 
STREPTOCOCCUS

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