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5 1--estrutura-produtiva-economica-e-regionalizacao-do-espaco-em-multiplas-escalas-exercicios

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1 
 
 
Conteúdo EDITAL PM 2020 
GEOGRAFIA 
 
 
2. Estrutura produtiva, economia e regionalização do espaço em múltiplas escalas (Paraná, Brasil, 
Mundo). 
 
 
2.5. Espacialidade do setor terciário: comércio, sistema financeiro. 
 
2.6. Redes de transporte, energia e telecomunicações. 
 
2.7. Processos de urbanização, produção, planejamento e estruturação do espaço urbano e 
metropolitano. 
 
2.8. As relações rurais-urbanas, novas ruralidades e problemáticas socioambientais no campo e na 
cidade. 
 
2.9. Evolução da estrutura fundiária, estrangeirização de terras, reforma agrária e movimentos sociais 
no campo. 
 
2.10. Agronegócio: dinâmica produtiva, econômica e regional. 
 
2.11. Povos e comunidades tradicionais e conflitos por terra e território no Brasil. 
 
2.12. Produção e comercialização de alimentos, segurança, soberania alimentar e agroecologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2.5. Espacialidade do setor terciário: comércio, sistema financeiro. 
 
 Com o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão do processo de 
globalização, o setor terciário é o que atualmente mais cresce no mundo. 
 O setor primário é composto pela agropecuária e extrativismo, o secundário é formado pela 
atuação das indústrias e o setor terciário pelo comércio e serviços. 
 O advento da chamada Economia de Mercado propiciou que países desenvolvidos e alguns 
emergentes empregassem mais de 70% de seus trabalhadores no setor terciário. Além disso, quase 
tudo passa por essa área, em um processo denominado por terciarização econômica. 
 A concentração de mão de obra na área de comércio e principalmente de serviços deve-se a 
inúmeros fatores. Dentre eles, podemos citar: o crescimento da complexidade da economia, a 
dependência maior dos trabalhadores em serviços (como creches, escolas, assistências etc.) em função 
do menor tempo disponível e especialização das empresas em serviços muito específicos. 
 No entanto, dentre todos os fatores responsáveis pelo crescimento do setor terciário, destaca-
se: 
• a mecanização do campo e a atividade industrial (setores primário e secundário). 
 Essas áreas passaram a empregar em uma quantidade intensamente menor e em um 
nível de qualificação bem mais exigente, transportando a maior parte da massa de assalariados 
para o comércio e os serviços. 
 Com isso, o crescimento desse setor vem se tornando tão intenso que ocorre aquilo que os 
economistas intitulam por hipertrofia do setor terciário, que nada mais é do que o crescimento 
desordenado e não sustentável da área de serviços e comércios. 
 A principal consequência desse fenômeno é o crescimento da atividade informal, também 
chamada de “economia subterrânea”, a exemplo dos camelôs e vendedores ambulantes. 
 Um exemplo são as empresas de confecção de roupas. Antes, elas contratavam os seus 
costureiros tal qual qualquer empresa do setor secundário, como uma fábrica. 
 Atualmente, no entanto, a tendência são as chamadas facções, em que o trabalhador produz em 
casa ou monta a sua própria equipe, que vende as suas produções a preços baixos para as grandes 
empresas. Com isso, não há pagamento de direitos trabalhistas e nem o respeito pelas leis do trabalho 
(como a jornada máxima de 40 horas semanais), uma vez que a exigência passa a ser em torno do que 
se produz. 
 Por definição, esse setor é tido como aquele que produz os chamados bens “intangíveis” ou 
imateriais (os serviços), bem como o destino final dos bens produzidos pelos setores primário e 
secundário (o comércio). 
 Como exemplos de serviços intangíveis oferecidos no contexto da sociedade, podemos citar: a 
atividade bancária, as administrações públicas e privadas, o trabalho dos professores e dos 
advogados, os vendedores, as empresas de seguro, entre inúmeros outros exemplos. 
 Já o comércio, por sua vez, constitui-se como uma das mais importantes atividades, sendo ele 
um dos cernes principais da economia atual. 
 Ele manifesta-se em nível global, regional e local, envolvendo pequenas trocas e até complexas 
transações entre multinacionais. O setor do comércio também acaba por incluir uma grande 
quantidade de trabalhadores informalizados, ou seja, que não são burocraticamente registrados e que 
não contribuem com impostos. Esse tipo de ocorrência é bastante comum em países subdesenvolvidos 
e emergentes, como o Brasil, e ilustra a categoria dos camelôs, dos vendedores ambulantes, entre 
outros. 
 Atualmente, está em curso no Brasil e também em todo o mundo o processo de terciarização 
da economia, que nada mais é do que o crescimento da oferta proporcional de empregos no setor 
terciário em relação aos demais setores da economia. 
 Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 80% dos empregos encontram-se nos serviços e no 
comércio, com índices semelhantes nos países do bloco europeu. 
 No caso da economia brasileira, é possível notar essa evolução: na década de 1950, cerca de 
26% dos trabalhadores eram desse setor, número que se elevou para 39% na década de 1970 e para 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/economia-mercado.htm
3 
 
mais de 60% nos últimos anos, muito embora a sua participação no PIB tenha mantido-se em torno 
dos 50%. 
 O processo de terciarização da economia deve-se a alguns fatores principais, tais como: 
• a) inclusão da mulher no mercado de trabalho, elevando a demanda de escolas, creches, 
asilos, serviços de enfermagem, entre outros; 
• b) especialização das empresas, que destinam ações de limpeza, segurança e demais 
trabalhos para outras companhias; 
• c) aumento dos incrementos tecnológicos na sociedade, o que eleva a demanda por 
serviços relacionados com os meios eletrônicos; 
• d) elevação no número de empregos oferecidos nas áreas de recursos humanos, 
gerência, supervisão, administração e afins; 
• e) aumento da substituição do homem pela máquina nos setores primário e secundário. 
 Com os avanços tecnológicos propiciados pelas sucessivas revoluções industriais, esse setor 
intensificou-se em todas as escalas e em todas as localidades do mundo. 
 Mas a definição “comércio e serviços” para designar o setor terciário da economia é muito 
abrangente. 
Dessa forma, podemos segmentá-lo em várias práticas: 
a) Comércio; 
b) Turismo e lazer; 
c) Educação; 
d) Restaurantes; 
e) Hospitais; 
f) Bancos e consultoria; 
g) Transportes e serviços de entrega; 
f) Corretagem de imóveis; 
h) Consertos, manutenções e assistência técnica em geral; 
i) Atendimento (pessoal, telemarketing, call-centers); 
j) Serviços administrativos e jurídicos, entre outros; 
k) Marketing e publicidade. 
 
 Sistema financeiro 
 Salvo algumas exceções, a tendência atual do sistema capitalista globalizado é a concentração 
de mão de obra no setor terciário nos países desenvolvidos, um avanço dessa característica nos países 
emergentes e um menor desempenho em países subdesenvolvidos, que são predominantemente 
agrários. 
 Em termos gerais, o sistema financeiro tem como finalidade primordial transferir os recursos 
em poder dos poupadores (investidores) para o setor produtivo ou para o setor de consumo. É 
constituído basicamente pelos mercados (onde vários agentes realizam essa transferência mediante 
operações de compra, venda ou troca de ativos financeiros), por instituições financeiras e pelos 
órgãos reguladores do sistema. 
 Segundo Franklin Allen e Douglas Gale em Comparing Financial Systems, "sistemas financeiros 
são cruciais para a alocação de recursos em uma economia moderna. Eles canalizam as poupanças das 
famílias para o setor produtivo e alocam fundos de investimento entre as firmas." 
O sistema financeiro engloba o mercado financeiro que pode ser dividido em quatro grandes 
mercados: 
• Mercado de capitais 
• Mercado de crédito 
• Mercado de câmbio 
• Mercado monetário 
 Sistema financeiro global é o quadro mundial de acordos jurídicos, instituições e agentes 
econômicos formais e informais que, em conjunto, facilitam os fluxos internacionais de capital 
financeiro para finsde investimento e financiamento do comércio. Desde sua criação no final do 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poupan%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Investidor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%B5es_financeiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_capitais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mbio_de_moeda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_monet%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_econ%C3%B3mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_econ%C3%B3mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_financeiro
4 
 
século XIX, durante a primeira onda moderna de globalização econômica, sua evolução é marcada pelo 
estabelecimento de bancos centrais, tratados multilaterais e organizações intergovernamentais 
visando melhorar a transparência, a regulamentação e a eficácia dos mercados internacionais. Karl 
Marx previu a globalização do sistema financeiro já no século XIX no Manifesto Comunista, sendo o 
primeiro a narrar a globalização no aspecto contemporâneo do termo. 
 O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um conjunto de instituições, 
financeiras ou não, voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. 
 O Banco Central do Brasil propõe uma subdivisão do Sistema Financeiro Nacional em 3 níveis, 
órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores financeiros. 
 Quanto à organização, o sistema é formado por: 
• órgãos normativos, como o Conselho Monetário Nacional (CMN); 
• órgãos supervisores, como o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM); 
• e os chamados operadores, entre os quais se incluem bancos, administradoras de 
consórcios, bolsas de valores, seguradoras, entidades fechadas de previdência 
complementar etc. 
De acordo com o art. 192 da Constituição Federal: 
"O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o 
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da 
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as 
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que 
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas 
instituições que o integram." 
 
 Quais são os principais grupos de agentes nas transações financeiras? 
 Saber como funciona o sistema financeiro implica conhecer os dois principais grupos que se 
inter-relacionam nesse ambiente. 
 De modo geral, na economia existem os chamados agentes superavitários — aqueles que 
possuem recursos de sobra — e os agentes deficitários — os que necessitam de dinheiro. 
 Para suprir as demandas desses grupos, surgiu o sistema financeiro, que tem como principal 
função a intermediação de recursos. 
 Tal papel é exercido, em grande parte, pelos bancos. Essas instituições captam recursos junto 
às pessoas que possuem dinheiro de sobra e emprestam para aquelas que necessitam de determinada 
quantia. 
 Ao fazer esse “meio de campo”, os bancos ainda arcam com os riscos das operações, como a 
possibilidade de inadimplência pelos tomadores de empréstimos. 
 Ao intermediar as transações, as instituições bancárias conciliam os interesses de quem quer 
aplicar dinheiro e de quem precisa de recursos. Assim, as pessoas não precisam enfrentar sozinhas os 
riscos das operações. 
 
 
2.6. Redes de transporte, energia e telecomunicações 
 
Globalização de Mercadorias e Capitais 
 Os processos de globalização surgem de forma diretamente ligada às transportadoras. 
 Esse processo de globalização de mercadorias proporciona a ligação de diversas nações, 
fazendo com que as informações, confortos, novidades do mercado possam ser compartilhado e 
percebido por todos. 
 A globalização hoje atinge etapas de interações avançadas entre os países, o que nas crises 
cíclicas do sistema cada vez mais atinge nações mais industrializadas. E vale também citar que os 
países considerados emergentes começam a participar de forma mais ativa nos sistemas 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o_econ%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bancos_centrais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Multilateralismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es_intergovernamentais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transpar%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_Comunista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Financeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_monet%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Central_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%93rg%C3%A3o_normativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Operador_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1988
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cooperativa_de_cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_complementar
https://blog.paranabanco.com.br/7-motivos-para-investir-no-parana-banco/
5 
 
econômicos e financeiros de mercado, fazendo assim com que o mundo aos poucos comece a se 
tornar apenas um bloco econômico. 
 A globalização consolidou uma grande cadeia de avanços nos meios de transporte e 
comunicação, principalmente após a Terceira Revolução Industrial. Assim, além de aperfeiçoar os 
instrumentos existentes (como as redes de telefonia), novas ferramentas foram desenvolvidas no 
sentido de promover uma maior integração entre as diferentes partes do mundo, com destaque para a 
internet. 
 
Meios de transportes: 
Eixo Ferroviário: Cronologia 
As estradas de ferro surgiram no Brasil a partir do século XIX devido a necessidade de 
proporcionar a infraestrutura à exportação de produtos agrícolas, especialmente o café. 
(1854 - 1940) ciclo do café, favoreceu a expansão ferroviária especialmente no estado de SP 
(período denominado “Era das Ferrovias”). 
Nesse período houve uma intensa utilização desse meio de transporte para cargas e passageiros. 
 (1940 - 1960) pouca ampliação e decadência da malha ferroviária devido à construção de 
rodovias. 
1957 - Ferrovias Federais interligadas formando a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) 
(privatizada em 1999). 
Foi fundamental no processo de desenvolvimento econômico do país, porém perdeu destaque 
para o rodoviário devido à chegada das multinacionais automobilísticas nas décadas de 1950 e 1960. 
A partir dessa data a malha ferroviária perdeu a atenção pelo governo e aos poucos foi se 
deteriorando. 
(1960 -1995) Período de maior decadência devido à preferência dada ao transporte rodoviário. 
Sucateamento e desativação de Ramais. 
A partir da década de 1970 novas ferrovias modernas surgiram com relevante importância para 
a integração do território nacional, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte (Projeto Grande 
Carajás). 
1985 - Estrada de ferro Carajás: construída pela companhia Vale do Rio Doce (CVRD) para 
escoar minério de ferro da Serra do Carajás, até os Portos de Itaqui e Ponta Madeira no Maranhão 
(892 km), (transporta passageiros 1500 p/dia, maior do Brasil). 
Ferronorte (em construção): conexão entre Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), Santarém (PA) e as 
ferrovias paulistas, atingindo os portos da região Sudeste e as hidrovias da bacia Amazônica (Rio 
madeira, Tapajós e Amazonas). 
Ferrovia Norte - Sul: ligando Açailândia (MA), Anápolis (GO) e Estrela do Oeste (SP), tendo 
conexão com a Estrada de Ferro Carajás (PA/MA) (trecho Anápolis – Estrada d’oeste ainda em 
construção). 
(1995 – hoje) privatização das ferrovias estatais, com o objetivo de incrementar atravésdo 
sistema de concessão temporária. 
Temos 31.000 km de ferrovias. 
Seus traçados ligavam áreas produtoras aos portos de exportação. 
Estão concentradas no Sudeste. 
Transporte Ferroviário no Brasil 
 
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/globalizacao.html
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.html
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/internet-mudando-a-vida-das-pessoas.html
6 
 
Principais Ferrovias de Cargas no Brasil. 
Ferrovia Nova Transnordestina (em construção), ligará Porto do Pecém (CE) a Porto de Suape 
(PE) 1728 km. 
Ferrovia Norte-Sul (em processo de construção), liga o Pará a São Paulo, possui um trecho de 
1200 km finalizando de um total de 4115 km. 
Estrada de Ferro Vitória Minas, liga Vitória - ES a Belo Horizonte – MG (664 km). 
Ferrovia Pantanal: (em construção), ligará MS ao interior de SP – 734 km. 
Ferroeste: de Cascavel a Guarapuava – Porto de Paranaguá (ALL). 
 
Mapa Ferrovia Norte - Sul 
 
Principais Ferrovias de Transporte de Passageiros: 
Estrada de ferro Carajás, ligando São Luis (MA) a Parauapebas (PA) 1500 passageiros p/dia a 
maior do Brasil em operação. 
Estrada de ferro Vitória Minas. 
Características Atuais do Transporte Ferroviário Brasileiro 
Promove a integração econômica entre as regiões brasileiras. 
Prioridade no transporte de cargas e não de passageiros. 
Ferrovias especializadas no transporte de minérios, Grãos e Combustíveis, para as regiões mais 
industrializadas e para os Portos de exportação. 
Transporte de passageiros em algumas regiões metropolitanas (trens suburbanos e metrôs); 
Atualmente temos 34 linhas de ferrovias que transformaram-se em ferrovias turísticas no Brasil 
e encontram-se em operação. 
Maior concentração ocorre no Centro-Sul do país. 
Integração com outros meios de transporte (intermodal) e pouca integração entre as Ferrovias 
devido à falta de ramais de ligação e diferença de bitolas, 4 tipos. 
Traçados sinuosos, percursos longos lentos e antieconômicos (relevo predominante, planalto). 
Malha antiga considerada ultrapassada e mal conservada. 
Vantagens: Grande capacidade de carga; Adequado para grandes distâncias; Elevada eficiência 
energética; Baixo custo de transporte; Baixo custo de manutenção; Possui maior segurança em relação 
ao modal rodoviário visto que ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos; Pouco poluente. 
Desvantagens: Alto custo de implantação; Transporte lento devido às suas operações de carga e 
descarga; Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha; Necessidade de transbordo de carga, 
integração modal. 
7 
 
 
 Eixo Rodoviário: Cronologia 
(1926 - 1930) Governo de Washington Luiz, Lema “Governar é abrir Estradas”. 
Início das construções, de rodovias no país. 
(1956 – 1960) Governo de Juscelino Kubistchek, as rodovias passaram a ter prioridade na 
construção. 
Foram construídas algumas rodovias de integração: 
BR 116 – ligando as regiões Nordeste, Sudeste e Sul. 
Belém – Brasília; BR – 010. 
Cuiabá - Santarém; BR – 163. 
1970 (Governo Militar de Garrastazu Médici, construção da Transamazônica, cuja extensão 
inicial era de mais de 4000 km ligando Porto Cabedelo – PB a Lábrea – AM). Atualmente somente 2,5 
mil KM abertos com condições precárias em muitos trechos. 
Ocorre uma maior concentração de rodovias no sul e sudeste e menor densidade no Norte, 
Centro-Oeste e Nordeste. 
O transporte rodoviário entrou em crise na década de 1980, devido à degradação das rodovias, 
má conservação e saturação das rodovias quanto ao escoamento de veículos. 
A partir 1995 teve o início das privatizações, concessões por prazo determinado em troca de 
cobrança de pedágio. 
Estima-se que mais de 60% das cargas sejam transportadas pela via rodoviária. O Brasil tem a 
quarta maior rede de estradas e rodovias do mundo, em quase 1,8 milhões de quilômetros de 
extensão. A frota de caminhões e ônibus é estimada em cerca de 40 milhões de veículos. 
Plano Nacional de Rodovias 
Adoção de nomenclaturas e abreviaturas de rodovias (1973). 
Rodovias federais siglas BR. 
Rodovias Estaduais siglas do Estado. 
Foram Classificadas em 5: 
Rodovias Radiais: iniciam em Brasília (DF) prefixo 000. EX: BR – 010, de Brasília (DF) a Belém 
(PA). 
Rodovias Longitudinais: cortam no Sentido Norte-Sul, prefixo 100, Ex: BR – 116 de Fortaleza 
(CE) a Jaguarão (RS). 
Rodovias Transversais: cortam no sentido Leste-Oeste, prefixo 200, Ex: BR 277 de Paranaguá a 
Foz do Iguaçu (PR). 
Rodovias Diagonais: atravessa o país no Sentido Nordeste – Sudoeste e Noroeste – Sudeste, 
prefixo 300, Ex: BR 376 de Dourados a Garuva (SC). 
Rodovias de ligação: Ligam duas outras e têm o prefixo 400, Ex: BR 470 Navegantes a Camaquã 
(RS). 
 
8 
 
Vantagens e Desvantagens 
Transporte bem flexível em relação aos itinerários (permitindo acesso a muitas regiões) e ágil, 
embora não possua grande capacidade para o deslocamento de mercadorias e pessoas. 
O frete e a implementação desse tipo de transporte são mais baratos em relação aos outros, 
entretanto, ele possui alto custo de manutenção e de combustível. 
O transporte rodoviário possui grande impacto ambiental, e gera elevada poluição atmosférica e 
sonora causada pelos veículos automotores. 
O congestionamento de veículos, o elevado número de roubos e/ou assaltos de caminhões de 
carga, além da precariedade de muitas rodovias, geram diversos problemas dentro dessa modalidade 
de transporte, o que leva ao aumento do número de acidentes. 
Principais rodovias do Brasil e suas características, bem como os tipos de produtos que são 
transportados: 
 
BR-116 - considerada a principal rodovia do Brasil e também é a maior totalmente pavimentada 
do país. Ela corta o litoral brasileiro, do Nordeste ao Sul, iniciando-se em Fortaleza (CE) e finalizando 
em Jaguarão (RS) — fronteira com o Uruguai. 
Rodovia longitudinal possui uma extensão de, aproximadamente, 4.500 quilômetros, e corta 
10 estados: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa 
Catarina e Rio Grande do Sul. 
Nomes populares: 
Via Serrana: trecho entre as cidades de Jaguarão (RS) e Curitiba (PR). 
Régis Bittencourt: trecho entre Curitiba e São Paulo. 
Presidente Dutra: trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro. 
Rio-Teresópolis: trecho entre Rio de Janeiro, Teresópolis e Além Paraíba. 
Rio-Bahia: trecho que passa pelo território de Minas Gerais. 
Santos Dumont: trecho entre Fortaleza e Rio de Janeiro, no entroncamento com a BR-040. 
Principais produtos transportados: Soja, milho, feijão, aves e suínos. 
 
BR-101 - Corta o país de forma longitudinal, do Nordeste ao Sul, iniciando em Touros (RN) e 
finalizando em São José do Norte (RS). Possui uma extensão de 4.772,4 quilômetros. 
Construída pelo Exército Brasileiro, a rodovia mais extensa do Brasil passa por 12 estados: Rio 
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São 
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
Nomes populares: 
Rodovia Translitorânea. 
Rodovia Governador Mário Covas (nome oficial em toda a extensão). 
Rodovia Rio-Santos: trecho do Rio de Janeiro a Santos. 
Presidente Nilo Peçanha: no estado do Rio de Janeiro. 
Principais produtos transportados: Industrializados de origem animal, químicos, celulose, grãos, 
aves e suínos. 
 
BR-381 - Uma das principais rodovias do Brasil, possui uma extensão de, aproximadamente, 
1.200 quilômetros, iniciando em São Mateus (ES) — no entroncamento com a BR-101 — e 
finalizando em São Paulo (SP) — no entroncamento com a BR-116. 
Atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. 
Nomes populares: 
Rodovia Fernão Dias: trecho entre Contagem (MG) a São Paulo. 
Miguel Curry Carneiro: trecho entre São Mateus e Nova Venécia, no ES. 
ES-381: dentro do estado do Espírito Santo. 
Principais produtos transportados: Industrializados e produção siderúrgica. 
 
9 
 
BR-040 - Uma rodovia radial que se inicia em Brasília (DF) — no entroncamento com a BR-450 
—e finaliza no Rio de Janeiro (RJ), na Rodoviária Novo Rio. Possui 1.178,7 quilômetros de extensão 
e atravessa o Distrito Federal, além dos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 
Nomes populares: 
Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek: trecho entre Brasília (DF) e Petrópolis (RJ). 
Rodovia Washington Luís: trecho entre Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). 
BR-135: trecho de Sete Lagoas (MG). 
Principais produtos transportados: Derivados de parques siderúrgicos, carvão, eucalipto, móveis 
e industrializados. 
 
BR-364 - Possui cerca de 4.300 quilômetros de extensão, é uma rodovia diagonal que se inicia 
em Limeira (SP) — no km 153 da SP-330 — e vai até Rodrigues Alves (AC) — fronteira do Brasil com 
o Peru. Atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. 
Nomes populares: 
Rodovia Marechal Rondom. 
Rodovia Washington Luís (SP-310): em São Paulo, até o km 293. 
Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326): São Paulo até a divisa com o estado de Minas Gerais. 
Rodovia Chiquilito Erse: em Porto Velho (RO). 
Rodovia Governador Edmundo Pinto: trecho entre Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). 
Principais produtos transportados: Soja, milho, produtos de mineração e pecuária. 
 
 
Eixo Aquáticos: Fluvial e Lacustre (hidroviário): 
O transporte aquático, aquaviário ou hidroviário consiste na locomoção de mercadorias e de 
passageiros por barcos, navios ou balsas, via um corpo de água, tais como oceanos, mares, lagos, rios 
ou canais. O transporte aquático engloba tanto o transporte marítimo, utilizando, como via de 
comunicação, os mares abertos, como o transporte fluvial, usando os lagos e rios. Como o transporte 
marítimo representa a grande maioria do transporte aquático, muitas vezes é usada esta denominação 
como sinônimo. Esse tipo de transporte é utilizado para cargas como cereais, combustíveis etc. 
Este modo de transporte cobre o essencial das matérias-primas (petróleo e derivados, carvão, minério 
de ferro, cereais, bauxita, alumínio e fosfatos, entre outros). Paralelamente a estes transportes a 
granel, o transporte aquático também cobre o transporte de produtos previamente acondicionados 
em sacas, caixotes ou outro tipo de embalagens, conhecidos como carga geral. 
Hidrovias: são bastante utilizadas em países desenvolvidos para transporte de cargas em longas 
distâncias, pois é o meio de transporte mais barato que rodovias e ferrovias. 
Hidrovias no Brasil 
 A construção de hidrovias é um processo de grande impacto ambiental que custa caro envolve 
obras de engenharia de grande vulto como, o aprofundamento do leito e correção do curso dos rios, 
canais de ligação, construção de eclusas, etc. 
No Brasil foram idealizadas em 1980, mas iniciaram suas construções somente em 1990. 
Destaca-se a Bacia Amazônica tanto no deslocamento de cargas quanto de passageiros. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Navio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balsa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_fluvial
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Bauxita
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_a_granel
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10 
 
Principais Hidrovias 
Hidrovia Araguaia – Tocantins: 1900 km na época das cheias no rio Tocantins em 1100 km no 
Araguaia. 
Principal hidrovia do corredor Centro – Norte. Faz o escoamento de produção de grãos do MT, 
GO, PA e TO. 
Hidrovia do São Francisco: é a mais econômica ligação do Centro-Oeste com o Nordeste 1371 
km de Pirapora – MG a Juazeiro - BA / Petrolina – PE, (Piranhas – AL até a foz, 238 km). 
Possui sistema integrado ao Rodoferroviário, de Juazeiro – BA / Petrolina – PE, segue por 
ferrovia até o Porto de Aratu – BA. Escoa a safra agrícola do oeste da BA (Barreiras e Luiz Eduardo 
Magalhães. 
Hidrovia da Madeira: de Porto Velho – RO (Rio Madeira) a Itacoatiara - AM (Rio Amazonas). 
Um dos Principais afluentes do Amazonas faz o escoamento das safras do Centro-Oeste (soja, milho, 
contêineres e açúcar). 
Hidrovia Negro – Amazonas: trecho navegável de 720 km. 
Hidrovia Solimões - Amazonas: hidrovia supranacional atende o Brasil, Colômbia, Peru, 
Equador e a Bolívia. Mais importante hidrovia do Arco Norte, principal via de transporte da região 
norte do Brasil. 
 Transporta passageiros e todo o transporte de cargas direcionados aos centros regionais Belém 
Manaus. 
 Possui dois ramos: de Tabatinga até Manaus com 1600 km e de Manaus até Belém com 1650 
km. 
 Realiza o transporte da produção da Zona Franca de Manaus. 
Hidrovia Paraguai – Paraná: de Cáceres - MT a Nueva Palmira – UR, 1270 km no Brasil e num 
total de 4122 km. Transporta soja, trigo, minérios (maciço de Urucum), combustíveis e madeira. 
Hidrovia Tietê – Paraná: possui sistema de eclusas nas represas. 2400 km (1600 no rio Paraná 
e 800 km no Rio Tietê). 
Transporte de Grãos do MT, MS, GO, PR, SP e parte de RO, TO e MG. Possuem 1250 km, 450 km 
no Rio Tietê e 800 km no Rio Paraná – hidrovia de integração do MERCOSUL. 
Segunda hidrovia em quantidade de cargas perdendo somente para a bacia Amazônica. 
 Hidrovia Taquari – Guaíba – Lagoa dos Patos: Possui terminais Intermodais para transbordo 
da carga, ligando os portos de Porto Alegre e Pelotas (RS) (lacustre). 
Principais cargas transportadas: carvão mineral do Vale do Jacuí e fertilizantes e adubos. 
Marítimo: 
Usado para deslocamento de cargas intercontinentais. 
Navegação de cabotagem (entre portos Brasileiros) foi o único meio de transporte para cargas e 
passageiros entre o Sul, Sudeste e Nordeste até a metade do Século XX. 
Principais portos e suas especialidades: 
Tubarão e Vitória (ES), Itaqui e Porto da Madeira (MA) Itaguaí (RJ): minérios de ferro e produtos 
agrícolas. 
Barbacena (PA): alumínio. 
Santos (SP): produtos manufaturados e café. 
São Sebastião (SP): petróleo. 
Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC): produtos agrícolas e manufaturados. 
Macau (RN): Sal. 
Recife (PE): Açúcar. 
Manaus (AM), Itajaí e Imbituba (SC): manufaturados. 
Rio Grande (RS): carne, grãos, trigo e manufaturados. 
Aratu (BA): petróleo e manufaturados. 
Vantagens e desvantagens apresentadas no Transporte Marítimo no Brasil: 
Vantagens: Permite deslocar cargas de maior tamanho. 
Permite transportar maior quantidade de cargas com menores custos associados em 
comparação com o transporte aéreo ou terrestre para deslocações intercontinentais. 
11 
 
Desvantagens: 
Morosidade na carga e descarga. 
Deficiência de armazenamento. 
Portos mal equipados. 
Burocracia na liberação de cargas. 
Taxas portuárias elevadas. 
Pouca flexibilidade da carga. 
Baixa velocidade de transporte. 
Distância dos portos aos centros de produção. 
 
Eixo Aeroviário: 
Meio destinado em sua maior parte a passageiros. 
Meio de transporte caro, não acessível a toda a população, vem aumentando a sua utilização nos 
últimos anos. 
Meio de transporte com manutenção cara. 
Recentemente o governo federal colocou em concessão alguns aeroportos para melhorar a sua 
eficiência nas operações. 
As linhas aéreas cobrem todo o mundo, mas de forma irregular encontrando-se uma maior 
densidade nos países desenvolvidos, e países recentemente industrializados. 
 
Vantagens: 
É o mais rápido para transportar passageiros a pequenas, médias e grandes distâncias. 
Grande liberdade demovimentos. 
É dos mais seguros e cômodos. 
É o mais adequado para o transporte de mercadorias de elevado valor (diamantes, instrumentos 
de óptica, produtos farmacêuticos, etc.) e de mercadorias perecíveis (frutas, flores, etc.) 
Desvantagens 
Elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de carbono. 
Poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos. 
Forte consumidor de espaço, devido à construção das infraestruturas. 
Elevado consumo de combustível. 
É muito dispendioso. 
Algumas áreas estão congestionadas, devido à densidade do tráfego, gerando problemas de 
segurança. 
Muita dependência das condições atmosféricas (nevoeiro, ventos fortes…). 
Reduzida capacidade de carga (em relação a transportes marítimo e ferroviário). 
Transporte aéreo no Brasil 
A Aviação Brasileira cresceu muito nos últimos anos, com o surgimento de novas companhias 
aéreas e a modernização das demais, foi possível aumentar o número de assentos disponíveis na 
malha aérea e popularizar o transporte aéreo no Brasil. 
Ocorreu nos últimos anos a privatização de aeroportos o que proporcionou alguns 
investimentos no setor, colaborando assim para a melhoria e o aumento da utilização desse tipo de 
transporte no Brasil. 
 Com as melhorias ocorridas no setor, muitas empresas aéreas se instalaram aqui no Brasil, 
aumentando assim a concorrência, o número de rotas e com isso proporcionando a diminuição das 
tarifas e passagens o que facilitou o acesso a esse meio de transporte à mais pessoas. 
Grandes companhias internacionais também operam no Brasil: American Airlines, Continental, 
United Airlines, Delta, Lufthansa, Iberia, Japan Airlines, South African Airways, British Airways, Air 
France, Air Canada, Copa Airlines, TAP Portugal, Turkish Airlines, Korean Air, Emirates e outras mais. 
 
Organismos Nacionais: O transporte aéreo no Brasil é administrado pelo Ministério da Defesa 
(Comando da Aeronáutica) que tem como objetivos oferecer apoio, controle e desenvolvimento da 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_a%C3%A9reas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_desenvolvidos
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_Airlines
https://pt.wikipedia.org/wiki/TAP_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Turkish_Airlines
https://pt.wikipedia.org/wiki/Korean_Air
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emirates_Airlines
12 
 
aviação civil. É formado pelo COMAR (Comando Aéreo Regional), COMARA (Comissão de Aeroportos 
da Região Amazônica), DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), ANAC e DIRENG 
(Diretoria de Engenharia). Além disso, a administração também foi dada a INFRAERO, a partir da 
década de 70. 
ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil): agência reguladora criada em 2005 por meio da lei 
nº 11.182. Essa autarquia possui liberdade financeira e administrativa. Ela trabalha realizando a 
regulação técnica e econômica, garantindo a segurança do passageiro e o cumprimento das regras 
exigidas pelo Governo Federal. Além disso, eles atuam e podem realizar intervenções econômicas para 
que elas não afetem ou prejudiquem o mercado. 
 
ENERGIA 
 O trabalho exige a utilização de energia, que é qualquer força que gera trabalho. No início dos 
tempos, o ser humano usava a energia muscular, a própria e a dos animais. 
 Atualmente, as principais fontes energéticas são: 
• a gerada pelo petróleo; 
• a mecânica (proveniente do aproveitamento dos ventos – energia eólica –, águas e do 
vapor); 
• a elétrica (produzida pelas usinas de hidrelétricas, termelétricas ou atômicas); 
• a energia térmica, proporcionada pelos raios solares e pela queima de combustíveis 
como lenha, carvão vegetal e carvão mineral. 
 As fontes de energia são classificadas como renováveis ou não renováveis. 
 As fontes de energia renováveis incluem a eólica, a solar e a geotérmica. Muitas delas se 
renovam naturalmente. 
 As fontes de energia não renováveis são de origem mineral ou fóssil e podem levar milhões de 
anos para serem formadas. Alguns exemplos de fontes de energia não renováveis são o petróleo, o 
carvão mineral e o gás natural. 
 Os recursos energéticos estão distribuídos de forma desigual pelo mundo. O perfil energético 
de cada país depende de seus recursos naturais, de suas características geográficas, dos custos de 
obtenção das diferentes fontes de energia e de outros fatores. 
 O assunto de quais fontes de energia um país deve utilizar é bastante polêmico, pois tais 
decisões têm impactos ambientais e econômicos. Para conter a poluição, por exemplo, é necessário 
que sejam produzidas energias limpas, também chamadas de energias verdes. 
 O uso de fontes de energia renováveis e não poluentes reduz as emissões do dióxido de 
carbono (CO2) e de outros gases causadores do efeito estufa. 
 As nações que assinaram o Protocolo de Kyoto se comprometeram a tomar medidas para 
reduzir suas emissões do dióxido de carbono (CO2). 
 
 Energia Elétrica: A técnica de geração de energia elétrica se baseia em eixos giratórios 
que produzem energia mecânica, que, em uma fase posterior, transforma-se em eletricidade. 
Conforme a maneira de fazer girar esse eixo, a eletricidade é produzida em usinas hidrelétricas, 
usinas termelétricas ou usinas nucleares. 
 
 Hidreletricidade: Rios bem abastecidos de água e que tenham quedas-d’água ou um 
curso em desnível podem produzir eletricidade. Em casos de cursos em desnível, a água é armazenada 
em represas, criando uma queda artificial. 
 O funcionamento do sistema ocorre da seguinte forma: a energia gerada pela represa ou pela 
queda-d’água faz girar o eixo de uma turbina. Isso gera energia mecânica, que é transformada em 
eletricidade. 
 Hidroelétricas são uma fonte de energia barata – o custo de Kw/h é baixo –, facilmente 
renovável e não poluente. A construção de represas auxilia no controle de enchentes, melhora as 
condições de abastecimento de água e ajuda na instalação de projetos de agricultura irrigada. 
http://www.anac.gov.br/
13 
 
 Contudo, essa fonte de energia também apresenta desvantagens: depende de condições 
naturais favoráveis, como, por exemplo, rios que não congelem durante o inverno. 
 As hidroelétricas só podem ser construídas em regiões em que o rigor climático não afete a 
regularidade dos fluxos de águas fluviais que abastecem a usina geradora de energia. Isso porque a 
usina exige a manutenção de um dado fluxo de água nas barragens. 
 É importante notar que os custos de construção de hidroelétricas são mais elevados do que os 
de termoelétricas. 
 As hidroelétricas causam impactos ambientais e sociais: mudam a paisagem e o curso d’água e 
o volume de água nos rios, deslocam populações e inundam grandes áreas, impactando negativamente 
os solos, a fauna e flora e as cadeias alimentares. 
 Os países de grandes extensões territoriais e hidrografia rica são os maiores produtores de 
energia hidrelétrica, como o Canadá, o Brasil, aChina, os Estados Unidos e a Rússia. 
 
 Termeletricidade: A fonte primária da termeletricidade é o calor. 
 A termeletricidade é gerada da seguinte forma: a pressão do vapor de água obtido por meio do 
petróleo, da queima do carvão mineral ou do gás natural faz girar a turbina da usina. 
 Essa fonte de energia apresenta diversas vantagens: não depende da existência de rios e de 
topografia, o que permite que termelétricas sejam construídas em qualquer localização. Elas podem 
ser construídas em locais de consumo, economizando no custo das linhas de transmissão. Além disso, 
o gás natural, que pode ser usado como matéria-prima para gerar eletricidade, polui menos que os 
combustíveis derivados de petróleo e de carvão. 
 As vantagens dessa fonte de energia é que, além de não ser uma fonte limpa, utiliza carvão e 
derivados do petróleo, que não são renováveis. Além disso, causa danos ao ambiente: poluição do ar e 
aquecimentos das águas. Os custos da termeletricidade estão associados aos de combustíveis fósseis. 
 
 Energia Nuclear: é gerada da seguinte forma: a turbina de uma usina atômica é 
movida pelo vapor de água obtido pela fissão de átomos de urânio em um reator. A energia advém da 
divisão do núcleo do urânio em núcleos de menor massa – processo conhecido como fissão nuclear. 
Nesse processo, utiliza-se uma mistura de diferentes átomos de urânio, de forma a proporcionar uma 
concentração de apenas 4% de material físsil. Em bombas atômicas, são utilizadas concentrações 
acima de 20% de urânio físsil. 
 As vantagens da energia nuclear são que o urânio utilizado é um combustível de baixo custo e 
que não há utilização de combustíveis fosseis. A energia nuclear permite a produção de energia 
elétrica em áreas carentes de rios e de petróleo ou carvão mineral. Após realizado o investimento 
inicial para gerar energia nuclear, sua produção se torna mais barata que a de usinas termelétricas. 
Essa fonte de energia oferece alta rentabilidade de produção e comercialização. 
 Usinas nucleares ocupam áreas relativamente pequenas. Elas podem ser instaladas em 
proximidade a centros consumidores e não dependem de fatores climáticos, como vento e chuva, para 
funcionar. Ao gerar energia, elas têm pouco impacto sobre o meio ambiente: não resulta em aumento 
do efeito estufa. Contudo, apresenta o problema do lixo nuclear. 
• Desvantagens da energia nuclear: 
 Há uma constante discussão sobre a sustentabilidade desse tipo de energia. Raramente ocorre 
o vazamento de lixo tóxico e de acidentes que espalhem radiação ao longo de grandes superfícies, 
prejudicando o ambiente e contaminando a água, o ar e os alimentos. Contudo, quando tais 
vazamentos ocorrem, resultam em consequências gravíssimas. O contato com elementos radioativos 
causa doenças mortais. Acidentes nucleares podem atingir proporções catastróficas, causando danos 
que podem perdurar durante séculos. 
 Um dos problemas da energia nuclear é a dificuldade de acesso às matérias-primas necessárias 
para produzi-la. Algumas reservas de urânio situam-se em regiões geopoliticamente instáveis. 
 Outro problema é que a usina nuclear produz lixo radioativo. Até o presente, não foi 
encontrada uma solução adequada para eliminar esse tipo de lixo. 
14 
 
 Em março de 2011, um tsunami no Japão causou um incêndio na Usina Nuclear de Fukushima. 
A radiação proveniente da explosão da usina causou mais de 1600 mortes indiretas. Tal acidente 
voltou a levantar sérias dúvidas a respeito do uso da energia nuclear. 
 É importante ressaltar que como o reator nuclear e a bomba nuclear seguem o mesmo 
princípio, o fato de certos países se interessar em desenvolver energia nuclear causa preocupação. 
Desejos geopolíticos da obtenção de uma bomba atômica agravam conflitos regionais. 
 Atualmente, muitos países economicamente desenvolvidos utilizam energia nuclear. Entre eles 
estão a França, a Alemanha, a Suécia, a Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos. 
• Tratado de Não Proliferação Nuclear 
 O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares entrou em vigor em 1970. Atualmente, 
há 190 países que aderiram a ele. Ao assinar tal tratado, esses países se comprometeram a seguir 
certas regras: não podem desenvolver ou adquirir armas nucelares, mas podem fazer pesquisas 
nucleares e até mesmo produzir energia nuclear, contanto que seja para fins pacíficos. Contanto, 
mesmo as pesquisas nucleares precisam ser monitoradas por inspetores da Agência Internacional de 
Energia Atômica (AIEA) – órgão das Nações Unidas sediada em Viena, Áustria. 
 O Brasil é um dos 190 países que assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. 
 O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares de certa forma dividiu o mundo em dois: os 
países que possuem armas nucleares e os que não as possuem. O Tratado reconhece cinco países 
como sendo “Estados com armas nucleares” (EAN). Esses países são os Estados Unidos, a Rússia, o 
Reino Unido, a França e a China. Desde que o Tratado entrou em vigor, três países que não o 
assinaram, realizaram testes nucleares: Índia, Paquistão e Coreia do Norte. 
 Em 2005, o Conselho de Governadores da AIEA classificou o Irã como um país que não agia em 
conformidade com o TNP. O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs sanções contra o Irã 
devido à recusa do governo iraniano de suspender o enriquecimento de urânio não declarado. 
 
 Outras Formas de Obtenção de Energia Elétrica 
 Energia solar: captação da luz do Sol para gerar calor 
 O sol é imprescindível para a vida na terra. Os raios de sol emitem energia que pode ser 
convertida em energia elétrica (heliotérmica ou fotovoltaica) ou em energia térmica para o 
aquecimento de água e outros líquidos. 
 Os raios solares também são usados de forma indireta. Para reduzir o consumo de energia 
elétrica e aquecimento, empregam-se técnicas de arquitetura para utilizar a luz e o calor do sol em 
edifícios e construções. 
 A energia solar é uma das formas de geração de energia mais promissoras. Seu uso tem 
crescido significativamente. Contudo, sua participação na matriz energética mundial é, atualmente, 
pouco expressiva. 
 As principais vantagens desse tipo de energia são que é limpa e renovável e que não consome 
nenhum combustível. 
 Suas desvantagens são que necessitam de condições naturais favoráveis. A energia solar 
depende da latitude, estações do ano e condições atmosféricas. Quando a insolação diminui, também 
diminui a capacidade de geração de energia. Além disso, apesar do custo dessa forma de energia ter 
caído drasticamente, ainda é uma opção cara. 
 A Alemanha é a maior produtora de energia solar. Outros grandes produtores desse tipo de 
energia são o Japão, os Estados Unidos e a Espanha. 
 
 Energia eólica: a utilização dos ventos para produzir energia mecânica e gerar 
eletricidade. 
 As vantagens desse tipo de energia é que é renovável, há grande disponibilidade e tem pouco 
impacto ambiental, pois não utiliza água ou combustíveis fósseis. Além disso, não depende do preço de 
obtenção de suprimentos. 
15 
 
 A desvantagem desse tipo de energia é a necessidade de condições naturais favoráveis, ligadas 
à velocidade e ao regime dos ventos de determinada região. O custo da energia eólica, embora em 
declínio, ainda é alto em comparação às outras fontes de energia. 
 A energia eólica é uma das fontes de energia que mais cresce no mundo, especialmente em 
países com avançado desenvolvimento tecnológico. Os maiores produtores desse tipo de energia são a 
Alemanha, os Estados Unidos e a Espanha. 
 Os ventos no Brasil possibilitam a utilização da energia eólica no país. A utilização de usinas 
eólicas e hidrelétricas ajuda a preservar a água dos reservatórios em épocas de poucas chuvas. 
 
 Energia geotérmica: captação do calor advindo do interior da Terra. 
 As camadas internas da Terra são quentes. A energia geotérmica visa a explorar o calor e o 
vapor que são emitidos pela água que existe nelas. 
 As vantagens desse tipo de energia é que é renovável, abundante, naturale limpa. A emissão de 
gases causadores do efeito estufa é praticamente nula. 
 As desvantagens da energia geotérmica é que seus custos são mais altos que os de outras fontes 
de energia renovável. 
 Os principais produtores desse tipo de energia são: Itália, Islândia, México, Portugal, Japão e 
Alemanha. 
 
 Biocombustível: apresentam diversas vantagens ambientais, entre elas, a redução de 
emissões de gás carbônico (CO2) e de geração de partículas poluentes. 
 A alta do preço do petróleo, sua quantidade finita e seus impactos ambientais geram 
preocupação. Por essa razão, intensificou-se a busca por alternativas para a substituição do petróleo 
por biocombustíveis. 
 Alguns tipos de combustível são o biodiesel, o etanol e o hidrogênio. O biodiesel e etanol são 
produzidos a partir de fontes renováveis, como a biomassa e os produtos agrícolas. 
 
 O etanol é um álcool. O Brasil foi o pioneiro na produção do etanol a partir da cana-de-
açúcar. O etanol é uma fonte importante de energia para o país. 
 O Brasil investe em inovações tecnológicas para aumentar tanto a produtividade quanto a 
sustentabilidade da cadeia produtiva de etanol. Um exemplo disso é o etanol de segunda geração, que 
é obtido do bagaço da cana-de-açúcar e que é aproveitado para gerar energia elétrica. Parte dessa 
energia gerada é utilizada para mover as usinas e o restante é comercializado. 
 A cana-de-açúcar é uma matéria-prima mais eficiente que o milho para produzir etanol. O 
motivo disso é que a produtividade do canavial é maior que a do milharal, superando-a em mais do 
dobro de litros de álcool produzido por hectare. 
 
 Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis que pode ser 
produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais. No Brasil há dezenas de espécies 
vegetais que podem ser utilizadas como fontes de biodiesel, caso do girassol, amendoim, soja, dendê 
(palma) e babaçu. 
 O biodiesel pode substituir, parcial ou totalmente, o óleo diesel de petróleo em motores ciclo 
diesel automotivos - de automóveis, caminhões, tratores, etc. - ou estacionários - geradores de 
eletricidade e calor etc. O biodiesel é usado puro ou misturado ao diesel. A mistura de 5% de biodiesel 
ao diesel de petróleo é chamada de B5. O biodiesel puro é chamado de B100. 
 Atualmente, o processo mais utilizado para a produção de biodiesel é a transesterificação. Este 
processo consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com o álcool comum 
(o etanol) ou o metanol. Esta reação química é estimulada por um catalisador, da qual também se 
extrai a ração proteica vegetal e a glicerina, produto muito utilizado na indústria química e na 
produção de alimentos industrializados. Os custos da produção do biodiesel podem ser minimizados 
através da venda dos produtos que são gerados durante a transesterificação. 
16 
 
 O biodiesel é conhecido desde o início do século passado. Segundo registros históricos, o Dr. 
Rudolf Diesel desenvolveu o motor diesel em 1895, e levou sua invenção à Paris em 1900, usando óleo 
de amendoim como combustível. Ele afirmou que "o motor diesel pode ser alimentado com óleos 
vegetais e ajudará consideravelmente o desenvolvimento da agricultura dos países que o usarão". 
 São várias as vantagens do biodiesel, pois reduz a importação de petróleo e a poluição 
ambiental. Ao mesmo tempo, gera empregos promovendo a inclusão social. Além disso o biodiesel 
ajuda a baixar o custo de energia elétrica para comunidades isoladas, que sofrem com o elevado custo 
do diesel. Há ainda uma importante vantagem estratégica para países importadores de petróleo: o 
biodiesel reduziria a dependência das importações do produto, chamada de "petrodependência". A 
cada ameaça de guerra, principalmente no Oriente Médio, ou crise internacional, o preço do barril de 
petróleo dispara. Inevitavelmente, isto resulta no aumento de preço da gasolina, do diesel e de outros 
derivados de petróleo. 
 A introdução do biodiesel aumentará a participação de fontes limpas e renováveis, somando-se 
à hidroeletricidade e ao álcool. No caso específico do Brasil, o biodiesel pode se tornar uma 
importante fonte de divisas para o país. Como o álcool, é uma fonte de energia renovável que o Brasil 
pode oferecer ao mundo. 
 
 Hidrogênio Combustível: A busca por uma fonte de energia que não produza 
compostos tóxicos leva grandes companhias a investirem maciçamente no estudo de como tornar 
viável o uso do hidrogênio combustível. 
 As empresas investem em pesquisas para o desenvolvimento da tecnologia de células a 
combustível de hidrogênio. O intuito é que essas células movidas a hidrogênio forneçam eletricidade 
para mover um veículo. 
 
 Biomassa é todo recurso renovável que advém de matéria orgânica, seja ela animal ou 
vegetal, que possa ser utilizada na produção de energia. 
 Biomassa é uma fonte de energia renovável e pode ter como fonte de abastecimento áreas de 
reflorestamento e de plantio de cana-de-açúcar. 
 A cana-de-açúcar produz energia pela biomassa com o álcool combustível e com a queima da 
palha e do bagaço. 
 
 O biogás, como o gás natural, é um combustível gasoso com um elevado conteúdo 
energético. É uma das fontes de produção de energia mais benéficas ao meio ambiente. 
 Obtém-se o biogás da biomassa contida em dejetos – urbanos, industriais e agropecuários – e 
em esgotos. Com o passar do tempo, essa biomassa se transforma naturalmente de estado sólido para 
gasoso por meio da ação de micro-organismos que decompõem a matéria orgânica. Nesse processo, o 
biogás é lançado à atmosfera e agrava o aquecimento global, pois é composto por metano (CH4), 
dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2), hidrogênio (H2), oxigênio (O2) e gás sulfídrico (H2S). O 
conceito da produção do biogás é de acelerar esse processo e direcionar esse gás para produzir 
energia, ou seja, usar a decomposição do lixo como fonte energética. Esse processo também é 
benéfico, pois reduz o volume dos dejetos em estado sólido. 
 Cerca de 50% do lixo é constituído por restos de alimentos. Madeira e couro representam 3%. 
Tanto os restos de alimentos como a madeira e o couro podem ser colocados no biodigestor para 
produzir biogás e fertilizantes. Esse processo ajuda a despoluir o meio ambiente, a eliminar o mau 
cheiro proveniente dos lixões e, ao mesmo tempo, a evitar a propagação de doenças, já que os lixões 
são um poço de micro-organismos nocivos à saúde. 
 Sua aplicação reduz os gases que causam o efeito estufa. Ao mesmo tempo, combate a poluição 
tanto do solo como dos lenços freáticos. 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL (COMUNICAÇÕES) 
 Criado pelo geógrafo Milton Santos, corresponde à evolução dos processos de produção e 
reprodução do meio geográfico. Para compreender o seu conceito, é necessário entender a evolução 
das transformações do espaço, que vão desde o meio natural, passando pelo meio técnico, até 
chegar ao período atual, em que há uma maior inserção das ciências e do meio informacional sobre 
as formas com que as produções espaciais ocorrem. 
 Portanto, as três etapas mencionadas (meio natural, meio técnico e meio técnico-científico-
informacional) formam uma periodização do meio geográfico, conforme a sua apropriação pelas 
atividades humanas. Assim, estabelece-se uma melhor noção das relações entre natureza e sociedade 
ao longo do tempo. 
O meio natural: 
- Corresponde ao período em que o emprego das técnicas esteve diretamente vinculado à 
dependência sobre a natureza, da qual o homem fazia uso sem propiciar grandiosas 
transformações. Assim, as ações de interferência sobre o meio eram, sobretudo, locais, e a 
participação das atividades antrópicas, bem como as suas transformações, era limitada pela 
harmonização e preservação da própria natureza. 
- Como exemplos do conceito de meio natural temos as técnicas de pousio, rotação de culturas e 
agriculta itinerante, em que o uso do solo limitava-se à sua preservação paramanter um equilíbrio 
entre uso e preservação da natureza. 
O meio técnico: 
- Representa a emergência do espaço mecanizado, com a introdução de objetos e sistemas que 
provocaram a inserção das tecnologias no meio produtivo. 
- Podemos citar como exemplo mais determinante a I Revolução Industrial, mesmo que antes 
disso já houvesse algumas técnicas em que a atuação mecânica existisse e agisse sobre o meio 
geográfico. 
- Nesse período, ocorreu uma crescente forma de substituição ou de sobreposição dos 
objetos técnicos sobre os objetos culturais e naturais, mesmo que essa substituição não tenha se 
manifestado de forma igualitária, justa e homogênea nas diferentes regiões e territórios. Nesse 
momento, a Divisão Internacional do Trabalho intensificou-se, bem como a dependência das 
atividades humanas sobre o uso de maquinários e instrumentos. 
 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/divisao-internacional-trabalho-dit.htm
18 
 
O meio técnico-científico-informacional: 
- Representa a atual etapa na qual se encontra o sistema capitalista de produção e transformação 
do espaço geográfico, estando relacionado, sobretudo, à Terceira Revolução Industrial, que, não por 
acaso, passou a ser reconhecida como Revolução Científica Informacional, cuja impactação 
manifestou-se de forma mais intensa a partir dos anos 1970. 
- Nesse momento ocorreu uma união entre técnica e ciência, guiadas pelo funcionamento do 
mercado, que, graças aos avanços tecnológicos, expande-se e consolida o processo de Globalização. 
- Um exemplo de como as técnicas e as ciências estão constantemente se interagindo e 
propiciando a expansão do capital pode ser visto na recente ação promovida pelo Facebook em levar o 
acesso à internet a comunidades afastadas por meio do uso dos drones, veículos aéreos não tripulados. 
- Portanto, além de serem técnicos, os objetos também carregam em si a informação e trabalham 
a partir dela, o que justifica o nome do atual período de transformação do meio geográfico. Podemos, 
então, dizer que o processo de globalização só se manifesta em seu atual estágio graças aos avanços 
propiciados pelo meio técnico-científico-informacional. 
 
 
2.7. Processos de urbanização, produção, planejamento e estruturação do espaço urbano e 
metropolitano. 
 
 Espaço geográfico é o meio utilizado e transformado pelas atividades humanas. Em termos gerais, 
ele se difere do espaço natural, em função do fato de o último não sofrer diretamente as 
consequências das práticas econômicas, sociais, culturais e cotidianas presentes nas sociedades e 
envolvendo tanto o meio rural quanto o meio urbano. 
O espaço público: é considerado como aquele que seja de uso comum e posse de todos. 
Entendendo-se a cidade como local de encontros e relações, o espaço público apresenta, em seu 
ambiente, papel determinante. É nele que se desenvolvem atividades coletivas, com convívio e 
trocas entre os grupos diversos que compõem a heterogênea sociedade urbana. A existência do espaço 
público, portanto, está relacionada diretamente com a formação de uma cultura agregadora e 
compartilhada entre os cidadãos. 
 
Cidade 
Uma cidade ou urbe é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades 
urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto 
legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas. 
A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de habitantes até a dezena de milhão 
de habitantes. 
As cidades são as áreas mais densamente povoadas do mundo. 
O termo "cidade" é geralmente utilizado para designar uma dada entidade político-
administrativa urbanizada. Em muitos casos, porém, a palavra "cidade" é também usada para 
descrever uma área de urbanização contígua (que pode abranger diversas entidades administrativas). 
Fatores atrativos entende-se o crescimento das cidades a partir dos supostos benefícios que 
elas oferecem, principalmente aqueles relativos ao crescimento industrial, em que boa parte da 
população do campo é atraída pela oferta de mão de obra, e às possibilidades de crescimento e 
emancipação sociais. 
Fatores repulsivos entende-se o crescimento das cidades em função da saída dos trabalhadores 
do campo, em face da mecanização da produção agrícola ou da concentração fundiária. A urbanização 
causada por fatores repulsivos costuma ser mais acelerada e revela uma maior quantidade de 
problemas sociais, sendo característica dos países subdesenvolvidos. Entre as cidades, podemos citar 
os casos de São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do México, entre outras. 
 
Rede Urbana: pode ser definida como a interligação entre as cidades que se estabelece a partir dos 
fluxos de pessoas, mercadorias, capitais e informações. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm
19 
 
As redes urbanas são o resultado das transformações da sociedade na ocupação do território e 
do processo de crescimento demográfico 
Dependendo da variação da oferta de serviços, negócios, mercadorias, infraestruturas e 
potencial econômico, as cidades de uma rede urbana constituem-se em uma espécie de hierarquia 
(ordem de importância) na qual uma cidade é mais ou menos atrativa dependendo do papel que ela 
exerce. 
Classificação das cidades brasileiras, estabelecendo alguns critérios como: Alcances de área; 
Influência econômica; Política; Cultural; e de serviços. 
Compreender as dinâmicas e processos de uma rede urbana é importante para a gestão 
governamental, social e econômica e para a elaboração de políticas públicas. 
 
Hierarquia Urbana 
São 5570 municípios 
A hierarquia das cidades ou centros urbanos é determinada pela ordem de importância e grau 
de influência que exercem em uma determinada região do território. 
No nível mais alto da hierarquia urbana estarão as maiores e mais desenvolvidas cidades de um 
país. 
Esse desenvolvimento é representado pela oferta de serviços - públicos e privados, pela 
evolução das atividades econômicas, e pela infraestrutura de transportes e comunicação. 
A configuração de uma rede urbana é o que determina a hierarquia entre as cidades e quanto 
mais crescem as trocas entre elas, mais elas sobem nessa hierarquia. Isso significa que a importância 
das cidades se dá pelo número de conexões que elas fazem com outras. 
 
Urbanização 
A formação de uma rede urbana é resultado do processo de urbanização de um país. 
A urbanização ocorre a partir do momento em que a população do meio urbano cresce mais que 
a população do meio rural. 
À medida que crescem as cidades, aumenta a demanda por serviços como saúde, educação, 
transporte e energia. 
Neste caso a estrutura de cada região urbanizada é fruto tanto o capital público quanto o capital 
privado serão investidos a fim de suprir essas demandas das cidades. 
Os locais que recebem mais investimentos contam com melhor oferta de serviços e melhor 
infraestrutura que tendem a atrair e reter mais as populações. 
 
 
 
Rede urbana brasileira 
No Brasil, a urbanização começa a se intensificar a partir da década de 1930. Com o 
desenvolvimento da indústria e a mecanização do campo, boa parte da população rural foi obrigada a 
migrar para as cidades em busca de emprego - esse fenômeno é chamado de êxodo rural. 
20 
 
Ao longo das décadas seguintes, as dinâmicas econômicas e políticas no território brasileiro 
foram determinando a ocupação espacial e o desenvolvimento das cidades. 
Os centros urbanos que tiveram atividades econômicas mais prósperas se desenvolveram mais 
rápido e o acúmulo de capital nessas regiões permitiu que estas se tornassem mais ricas. 
Como a urbanização do Brasil aconteceu de maneira acelerada e não planejada, muitos 
desequilíbrios regionais foram se reproduzindo e se intensificando ao longo das décadas. 
Hoje, o país configura-se com uma rede urbana que concentra no Sudesteas cidades mais 
desenvolvidas e economicamente influentes. 
Outras regiões como Norte e Nordeste apresentam condições mais precárias de oferta de bens e 
serviços e infraestrutura. 
 
Hierarquia Urbana Brasileira 
A metodologia do IBGE para classificar os centros urbanos de acordo com a pesquisa "Rede de 
influência das cidades", publicada em 2007, divide a cidades da seguinte maneira: 
Metrópoles 
As metrópoles são os 12 maiores centros urbanos do país, exercem forte influência entre si e em 
suas regiões. As metrópoles estão divididas em três hierarquias. 
Grande metrópole nacional: São Paulo 
Metrópole nacional: Rio de Janeiro e Brasília 
Metrópole: Belém, Fortaleza, Manaus, Salvador, Recife, Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte e Porto 
Alegre. 
Capital regional 
São cidades com área de influência regional. 
São o destino da população de outras cidades da região para diversas atividades. 
Nessa classificação temos 70 centros urbanos, divididos em três níveis de hierarquia (capital 
regional A, B e C). 
Centro sub-regional 
São cidades com área de atuação mais reduzida e atividades de gestão menos complexas. 
Seus relacionamentos externos, em geral, acontecem apenas com as metrópoles nacionais. 
Temos nessa classificação 169 centros, divididos em duas subcategorias (centro sub-regional A e 
B). 
Centro de zona 
Cidades com funções de gestão elementares. 
Tem sua atuação apenas na sua área e de pequeno porte. 
Nessa categoria existem 556 cidades, subdivididas em dois níveis (centro de zona A e B). 
Centro local 
Cidades que têm influência apenas dentro dos seus limites e que prestam serviços apenas aos 
seus habitantes. Correspondem às 4473 cidades restantes. 
 
Fonte: Rede Urbana - Brasil – 2007- Fonte_Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC. São Paulo, 2003 
21 
 
 
Rede urbana e a divisão espacial do trabalho 
A rede urbana reflete a divisão espacial do trabalho, isto é, a divisão entre funções que 
diferentes cidades desempenham em uma determinada região do território. 
Cidades mais influentes e em posições mais elevadas na hierarquia urbana costumam ser 
polos tecnológicos e importantes centros financeiros. 
Cidades mais periféricas, costumam desempenhar atividades mais primárias, como a 
agricultura ou pecuária. 
Essa configuração é o resultado do processo histórico de construção das cidades, por isso, 
para compreendê-la é preciso considerar os aspectos políticos, econômicos e sociais ao longo de sua 
formação. 
De maneira resumida, podemos concluir que a divisão espacial do trabalho retrata como as 
atividades econômicas estão distribuídas no espaço. 
 
Processo de evolução das cidades 
Conurbação 
É um termo usado para designar um fenômeno urbano que acontece a partir da união de duas ou 
mais cidades/municípios, constituindo uma única malha urbana, como se fosse somente uma única 
cidade. 
 Um exemplo clássico de conurbação é aquele que aconteceu entre a cidade de São Paulo e os 
municípios vizinhos (Santo André, São Caetano, São Bernardo, Diadema e Guarulhos). Neste caso, a 
cidade de São Paulo cresceu tanto que acabou “encostando” nos municípios vizinhos, formando um 
aglomerado urbano conhecido como Grande São Paulo. 
 A conurbação pode apresentar efeitos negativos caso não ocorra um eficiente planejamento 
urbano, pois os problemas de uma cidade podem ser transferidos para as vizinhas. 
 
Mancha urbana 
Quando duas ou mais metrópoles ficam ligadas fisicamente por meio de cidades menores 
(conurbação de várias cidades). 
 
Periurbanização ou Suburbanização 
 Consiste no processo de expansão urbana para além dos subúrbios de uma cidade, 
caracterizando-se pelo desenvolvimento de atividades e estruturas urbanas misturadas com 
atividades rurais. 
 Áreas periurbanas – São áreas localizadas em territórios próximos dos aglomerados urbanos 
onde o espaço rural é ocupado por atividades e funções urbanas e industriais. 
• A periubanização resulta do processo de expansão urbana que vai ocupando áreas rurais com 
atividades e funções relacionadas com a residência, o comércio, a indústria e os serviços; 
• Os espaços periurbanos podem ser considerados espaços multifuncionais sujeitos a grandes e 
rápidas transformações 
• A periurbanização/suburbanização alterou a fisionomia característica das paisagens (deixaram 
de ser totalmente campo mas não são caracteristicamente cidade); 
Consequências da periurbanização: 
• A ocupação do solo não urbanizado, um recurso escasso e de alto valor; 
• A fragmentação e degradação dos espaços naturais; 
• A redução da biodiversidade; 
• A descaracterização da paisagem rural; 
• A impermeabilização de solos; e 
• A forte dependência do automóvel. 
Região Metropolitana 
22 
 
“é uma região estabelecida por legislação estadual e constituída por agrupamentos de 
municípios limítrofes (que fazem fronteiras), com o objetivo de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”. 
 
Desmetropolização 
Maior crescimento das cidades médias e pequenas com relação a capital. 
Com função de centros sub-regionais na hierarquia urbana. 
Procurados por empresas atrás de incentivos fiscais. 
Em fuga dos problemas das metrópoles. 
 
A Desmetropolização do Brasil 
Atualmente, encontra-se em curso no Brasil o processo de desmetropolização, que é a 
diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades menores, sobretudo as cidades 
médias. Esse fenômeno está acompanhado da desconcentração industrial, em que as grandes 
empresas e fábricas – antes concentradas nos grandes centros urbanos – passam a se deslocar para 
cidades menores em busca, principalmente, de menores impostos (ou até a isenção de boa parte 
deles). Mas vale lembrar que esse processo é lento e gradual, de modo que é errôneo dizer que as 
grandes cidades não são mais industrializadas. 
Mas isso não significa que as grandes cidades estejam diminuindo o seu tamanho populacional, 
mas apenas recebendo menos migrantes e crescendo demograficamente em uma velocidade muito 
menor. 
No lugar das grandes fábricas, as principais metrópoles passam a se especializar em serviços do 
setor terciário e em abrigar centros administrativos e tecnológicos. Portanto, em vez de perder a 
importância, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro vêm se transformando em verdadeiros centros 
de poder, modernizando-se em uma velocidade maior do que o restante do país. 
 
Megacidades 
O conceito de megacidade foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 
fazer referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população superior a dez milhões de 
habitantes. Portanto, o grupo de megacidades envolve as maiores áreas urbanas habitadas do 
planeta. A maioria delas é constituída por municípios de países emergentes e subdesenvolvidos, 
embora a maior seja Tóquio, capital do Japão. 
Cidades com mais de 10 milhões de hab (São Paulo 12 milhões, com sua RM 21 milhões) (Rio de 
Janeiro com sua RM 19 milhões). 
 
Cidades Globais: Cidades que são sedes de importantes empresas com grande tecnologia, 
conectadas aos fluxos do espaço mundial. (Bolsa de Valores). 
São classificadas em 3: 
Alfa: Principais centros econômicos: Ex. Nova York (EUA), Londres (Inglaterra), Paris (França) e 
Tóquio (Japão) 
Beta: Média importância: Ex. Madrid (Espanha), São Paulo (Brasil), Sidney (Austrália). 
Gama: Alcance limitado: Ex. Roma (Itália), Rio de Janeiro (Brasil), Pequim (China). 
 
Metrópole: Conjunto de cidades conturbadas ligadas pela expansão da periferia da malha 
urbana, nas quais se observa um município núcleo. (alto grau de influência e importância). 
Principal cidade do país ou Estado tem alto grau de influência sobre as demais, social, econômica 
e cultural. 
 
Megalópole: União entre duas ou mais metrópoles, com integração de fluxo de pessoas, capitais, 
informações, mercadorias e serviços. 
Desta forma temos 3 categorias de Metrópoles: 
23 
 
Grande Metrópole Nacional (megalópole): exercem grande influência, por sedistinguir em 
bens, serviços, movimentos culturais, movimentos políticos e outros. Ex: Rio de Janeiro e São Paulo 
(junção funcional) 
Metrópole Nacional: exercem influência desde os centros locais até as metrópoles regionais. 
Ex: Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Curitiba, Recife e Porto Alegre. 
Metrópole Regional: exercem influência sobre as cidades de seu estado a ela dependentes, 
compondo uma densa rede urbana, onde se concentram as principais atividades, empregos e capitais 
de uma determinada região. Ex. Belém, Goiânia e Campinas são denominadas metrópoles regionais. 
Capital Regional ou centro regional: exerce influência sobre as cidades menores de sua região 
e não ultrapassa os limites estaduais. Ex: São Luís, Maceió, Natal, Teresina, João Pessoa, São José dos 
Campos, Ribeirão Preto, Cuiabá, Aracaju, Londrina, Santos, Florianópolis e Vitória. 
Capital regional é um nível da hierarquia urbana do Brasil definido pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) na publicação de 2007 Regiões de Influência das Cidades (REGIC). 
Segundo o estudo, elas polarizam uma parcela da região onde se encontram, influenciam inúmeras 
pequenas e médias cidades, bem como as áreas rurais ao seu redor. Estre as capitais regionais ainda 
há uma distinção, separando-as em três categorias: A, B e C (da mais influente para a menos). 
Centro Sub-Regional I: Cidade média subordinada à capital exerce influência nas cidades 
menores próximas. Ex: Sorocaba, Joinville, São José do Rio Preto, Caxias do Sul, Pelotas, Jundiaí, 
Maringá, Ilhéus, Itabuna, Volta Redonda, Barra Mansa, Caruaru, Blumenau, Limeira, Cascavel, 
Petrolina, Juazeiro do Norte, Crato, Araraquara e São Carlos. 
Centro sub-regional II é aplicado para designar os municípios de Ipatinga, Araçatuba, Criciúma, 
Itajaí, Cabo Frio, Moji-Guaçu, Moji-Mirim, Guaratinguetá, Aparecida e Itabira. 
 
 
Regiões Metropolitanas e RIDEs 
 
Região Metropolitana 
É uma área formada por um núcleo urbano densamente povoado e por suas áreas vizinhas menos 
povoadas. 
Está área urbana é composta por: indústrias, infraestruturas e habitações. 
As áreas metropolitanas geralmente são oficializadas por legislações locais e compreendem 
várias jurisdições e subdivisões diferentes, como municípios, bairros, distritos, cidades, condados e até 
mesmo estados (esse último caso recebe a denominação RIDE no Brasil). 
Conforme as instituições sociais, econômicas e políticas mudaram, as áreas metropolitanas se 
tornaram regiões econômicas e políticas fundamentais. 
As regiões metropolitanas incluem uma ou mais áreas urbanas, bem como cidades-satélites e 
áreas rurais que estão sócio-economicamente conectadas ao urbano núcleo central, geralmente 
medido por padrões migrações pendulares. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B3pole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Densidade_populacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jurisdi%C3%A7%C3%B5es
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bairro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Condado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_(subdivis%C3%A3o)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_integrada_de_desenvolvimento_econ%C3%B4mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidades-sat%C3%A9lites
https://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_pendular
24 
 
Ainda, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada 
formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, dando origem a uma conurbação, perdendo os 
limites físicos entre si, formando uma imensa metrópole, que na qual o centro está localizado na cidade 
central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana. 
Uma região metropolitana não precisa ser obrigatoriamente formada por uma única área 
contígua urbanizada, podendo designar uma região com duas ou mais áreas urbanizadas intercaladas 
com áreas rurais, ou seja, os limites entre as cidades ainda são visíveis, mas nesse caso são regiões 
metropolitanas menores que não possuem nem muitas vezes uma metrópole, mas uma cidade 
central. 
O que deixa claro a definição de áreas metropolitanas é quando as cidades que formam esse 
aglomerado urbano possuam um alto grau de integração entre si, em termos econômicos, políticos 
ou culturais. 
Uma região formada por diversas regiões metropolitanas localizadas próximas entre si são por 
vezes chamadas de megalópole, ou seja, a conurbação de duas ou mais metrópoles. 
Algumas regiões metropolitanas muito populosas ao redor do mundo, que chegam a abrigar 
mais de 30 milhões de habitantes. Ex. Tóquio, São Paulo, Nova Délhi, Cidade do México, Seul e Pequim. 
 A Constituição Federal de 1988, no Brasil, deixa a cargo dos estados a instituição de Regiões 
Metropolitanas. 
 
 
Mapa do Brasil com as divisões municipais e as regiões metropolitanas em destaque (em vermelho o 
núcleo da RM e em amarelo os outros membros da RM). 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conurba%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B3pole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADticos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Culturais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Megal%C3%B3pole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conurba%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B3pole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_regi%C3%B5es_metropolitanas_por_popula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_T%C3%B3quio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_D%C3%A9lhi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_da_Cidade_do_M%C3%A9xico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Seul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pequim
25 
 
RIDEs (Região integrada de Desenvolvimento Econômico) 
São áreas análogas às regiões metropolitanas brasileiras, porém, situadas em mais de uma 
unidade federativa. 
Privilegiam ações econômicas (enquanto as regiões metropolitanas as ações sociais e de 
mobilidade) e são criadas por legislação federal específica, que delimita os municípios integrantes e 
fixa as competências assumidas pelo colegiado dos mesmos. 
Recursos públicos destinados às RIDEs visam promover o seu desenvolvimento global: 
- sistema viário; 
- transporte; 
- serviços públicos comuns; 
- geração de empregos e capacitação profissional; 
- saneamento básico; 
- uso, parcelamento e ocupação do solo; 
- proteção ao meio-ambiente; 
- aproveitamento de recursos hídricos e minerais; 
- saúde e assistência social; 
- educação e cultura; 
- produção agropecuária e abastecimento alimentar; 
- habitação popular; 
- combate a causas de pobreza e fatores de marginalização; 
- serviços de telecomunicação; e 
- turismo e segurança pública. 
 
As RIDEs contam com um Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento 
(COARIDE) para coordenar e decidir sobre a execução de programas e projetos de interesse da Região 
Administrativa. 
Seus membros com representantes da: 
- União, 
- Estados e 
- municípios integrantes. 
A primeira RIDE estabelecida foi a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e 
Entorno, criada em 1998. 
Em 2002, foram instituídas duas novas RIDE: 
• A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro. 
• A Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina. 
Está em discussão no Congresso brasileiro o projeto de lei complementar 122 de 2009 sobre a 
criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Cariri-Araripe (RICA), reunindo localidades da 
região do Cariri-Araripe entre os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. 
Paralelamente, está em discussão a expansão da Região Metropolitana de Marabá que, através 
do projeto de lei complementar de número 469 de 2013 criará a Região Integrada de 
Desenvolvimento do Bico do Papagaio (RIBP), com sede em Marabá, entre os estados do Pará, 
Tocantins e Maranhão. 
Exemplo de RIDE

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