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BIOTEC Professora: Raquel Bagattini Curso: Ciências Biológicas - Bacharelado Período: 7º Semestre ü Aula Teórica: Engenharia genética. 2- Bibliotecas de DNA (Bancos de DNA genômicos e de cDNA); - projeto genoma; 3- Métodos de análise dos ácidos nucleicos: - Sequenciamento de DNA, - Reação de polimerização em cadeia (PCR) e PCR em tempo real - Microarray - Interferência de RNA (RNAi) 2 - Biblioteca de DNA Após a incorporação de um fragmento de DNA no vector, esse fragmento pode ser clonado, constituindo uma colecção de clones. A essa colecção dá-se o nome de biblioteca de DNA. Os tipos de biblioteca de DNA possíveis dependem do vector de clonagem escolhido e, também, da fonte de DNA. • BIBLIOTECA cDNA Uma biblioteca de cDNA é uma coleção de clones de DNA complementar derivados de toda a população de mensageiros da célula ou tecido de interesse. A construção de bibliotecas de cDNA passa pelas seguintes etapas, a extração do RNAm total da célula de interesse, a síntese in vitro de cDNA a partir do RNAm pela transcriptase reversa e conversão das moléculas de cadeia simples de cDNA em cadeia dupla pela polimerase, a introdução dos cDNA recombinantes nos vectores e estes nas células hospedeiras e a identificação dos clones de interesse através de um processo de triagem dos clones recombinantes. Se o gene em estudo se encontra ativo num determinado tecido (de origem animal ou não), faria mais sentido preparar uma biblioteca de cDNA. Por ser sintetizado a partir de mRNA, o cDNA não possui sequências reguladoras de transição nem a 3’ nem a 5’ , e não apresenta íntrons. Desta forma, surge o cDNA (DNA complementar) que é constituído apenas pela parte codificante, uma vez que o mRNA só contém os exons. Uma biblioteca de cDNA será sempre menor que uma biblioteca genômica uma vez que a biblioteca de cDNA baseia-se em regiões transcritas do genoma. • BIBLIOTECA GENÔMICA Uma biblioteca genômica é uma coleção de a toda a sequência de DNA de uma determinada espécie de organismo, obtidos a partir da ação de endonucleases de restrição, ligados aos vetores apropriados e clonados após terem sido inseridos em um hospedeiro. Estão presentes nessa biblioteca as regiões codificantes (Éxons), e também as regiões não codificantes (Íntrons). Portanto, quando se almeja estudar um ponto não codificante, porém importante para a regulação da transcrição, utiliza-se este tipo de biblioteca. As etapas necessárias para a construção de uma biblioteca genômica são, o isolamento de DNA, deixar o DNA isolada através de enzimas de restrição produzindo fragmentos de tamanho compatível com o vector de clonagem, a ligação desses fragmentos ao vector, usando o bacteriófago λ que se comporta como um vírus da E. coli e a introdução do DNA recombinante nas células hospedeiras de E. coli. • PROJETO GENOMA HUMANO O projeto Genoma Humano começou como uma iniciativa do setor público, tendo a liderança de James Watson, na época chefe dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). O genoma traz codificado no DNA dos seus 46 cromossomos as instruções que irão afetar, não apenas sua estrutura, seu tamanho, sua cor e outros atributos físicos, como também sua inteligência, sua suscetibilidade a doenças, seu tempo de vida e até alguns aspectos de seu comportamento. O padrão genético do ser humano contém aproximadamente 3 bilhões de pares de bases químicas. Decifrar o código genético é compreender as dezenas de milhares de genes que compõem o DNA humano, tarefa que necessita de muitos pesquisadores empenhados, auxiliados por máquinas de última geração – o que implica, também, recursos financeiros. A grande meta do Projeto Genoma Humano é compreender esses mecanismos, inclusive o de doenças, para que se possa aplicar tecnologia para alterar certas instruções com vistas a garantir uma melhoria na qualidade de vida do organismo. O Projeto Genoma Humano é um empreendimento internacional, iniciado formalmente em 1990 e projetado para durar 15 anos, com o objetivo de identificar e fazer o mapeamento dos genes existentes no DNA das células do corpo humano, determinar as sequências dos 3 bilhões de bases químicas que compõem o DNA humano e armazenar essas informações em bancos de dados acessíveis. Para o mapeamento, são feitos diagramas descritivos de cada cromossomo humano, dividindo-os em fragmentos menores, ordenando em suas respectivas posições nos cromossomos. O passo seguinte é determinar a sequência das bases de cada um dos fragmentos ordenados, a fim de descobrir todos os genes na sequência do DNA e desenvolver meios de usar esta informação para estudo da biologia e da medicina. Um mapa genômico descreve, ainda, a ordem dos marcadores e o espaçamento entre eles, em cada cromossomo. As informações detalhadas sobre o DNA e o mapeamento genético dos organismos devem revolucionar as explorações biológicas que serão feitas em seguida, podendo causar muitas surpresas!
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