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Noções de identificação - material completo (PC-SP)

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7.0 NOÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO (7/8 questões)
7.1 - Lei Federal n.º 12.037/2009 (Identificação Criminal do Civilmente Identificado);
LEI Nº 12.037, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009.
	Constituição Federal, art. 5º, inciso LVIII
	Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.
O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no  exercício  do  cargo  de  PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º  O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.
Art. 2º  A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único.  Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.
Art. 3º  Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único.  As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Art. 4º  Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Art. 5º  A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
Art. 5o-A.  Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 1o  As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 2o  Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 3o  As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 6º  É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Art. 7º  No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.
Art. 7o-A.  A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 7o-B.  A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 8º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º  Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000.
Comentários:
A Lei 12.037/09 regulamenta a identificação criminal do civilmente identificado, seguindo comando da Constituição da República (artigo 5º, inciso LVIII), revogando a antiga lei Lei nº 10.054/00.
Essa regulamentação infralegal decorre, consoante afirmado acima, do próprio texto constitucional quando aduz que “o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei” . 
Isso posto, sendo necessária a identificação criminal, a autoridade policial, segundo o artigo 4º da Lei, “tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.”
A) O que é civilmente identificado? 
Serão civilmente identificados quem possua determinados documentos, quais sejam: carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira profissional, passaporte, carteira de identificação funcional, ou qualquer outro documento público que permita a identificação do indiciado, incluindo-se dentre eles os de identificação militar.
Desse modo, estando de posse desses documentos, ninguém será, em geral, constrangido a sujar as mãos ou a tirar fotos na Delegacia de Polícia – processo datiloscópico e o fotográfico.
B) O que é identificação criminal?
É o ato pelo qual um indiciado, preso em flagrante ou um investigado tem suas impressões digitais coletadas em formulário próprio (chama-se Ficha Datiloscópica quando ainda está em branco; e Individual Datiloscópica depois de conter dados), além da fotografia de seu rosto de frente e de perfil. Em tal Ficha, se coletam as impressões digitais roladas e batidas dos 10 dedos, escreve-se informações relativas ao número da fotografia e aos dados onomásticos (nome, data de nascimento etc) do identificado. 
Impressão digital rolada, rolando-se o dedo, visa à maior quantidade de informação sobre a impressão, área do dedo.
Impressão digital batida é aquela em que se junta os dedos indicador, médio, anular e mínimo e “bate-se” na Ficha, para se verificar se não houve troca na posição dos dedos durante a coleta da rolada.
“Art. 5 A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.”
C) Quais são as hipóteses que permitem o civilmente identificado ser identificado criminalmente?
Existem exceções, mesmo quando a pessoa apresentar alguns dos documentos supramencionados. Essas exceções ocorrem quando, mesmo após a análise dos documentos, a autoridade policial ficar com alguma dúvida em relação à identidade da pessoa e, com isso, será realizada a identificação criminal.
“Art. 3 Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV– a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, do Ministério Público ou da defesa; V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.“
As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ainda que consideradas insuficientes para identificar. Pois a Lei exige, para resguardar o identificador e os demais envolvidos na identificação.
D) Pode haver constrangimento do identificado? 
Sim, a autoridade policial deve tentar providenciar meios para que o identificado não seja constrangido, conforme o Art. 4: “Art. 4 Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.” 
E) Pode ser mencionada a identificação criminal?
Ademais, com o escopo de preservar a identificação do indiciado da mídia sensacionalista, de populares exaltados, ou de qualquer outro prejuízo (perda de emprego), enquanto não houver o trânsito em julgado de sentença condenatória, será proibido “mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal”. Logo, esses dados, estarão disponíveis normalmente à Polícia, ao Poder Legislativo, ao Ministério Público e, naturalmente, à Defesa (advogado ou Defensoria Pública).
F) O identificado pode requerer que seja retirada do processo ou inquérito sua identificação fotográfica?
A Lei traz uma novidade, permitindo ao indiciado, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente sua identificação civil, e somente se não houver oferecimento da denúncia, rejeição da denúncia, arquivamento definitivo do inquérito ou absolvição do réu passada em julgado, conforme determina o art. 7.
A Individual Datiloscópica continua lá. O que deve sair é a foto do sujeito. 
Por fim, pela simples leitura comparativa das duas Leis, antiga e nova, constata-se que o procedimento de identificação criminal foi aperfeiçoado e, por outro ângulo, a redação da Lei foi significativamente melhorada.
7.2 - Lei Federal n.º 9.454/1997 (Número Único de Registro de Identidade Civil);
LEI Nº 9.454, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
	
	Institui o número único de Registro de Identidade Civil e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  É instituído o número único de Registro de Identidade Civil, pelo qual cada cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, será identificado em suas relações com a sociedade e com os organismos governamentais e privados.  
Art. 2o  É instituído o Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, destinado a conter o número único de Registro de Identidade Civil, acompanhado dos dados de identificação de cada cidadão.  
Art. 3º O Poder Executivo definirá a entidade que centralizará as atividades de implementação, coordenação e controle do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, que se constituirá em órgão central do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil.
§ 1o  Fica a União autorizada a firmar convênio com os Estados e o Distrito Federal para a implementação do número único de registro de identificação civil.  
§ 2o  Os Estados e o Distrito Federal,  signatários do convênio, participarão do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil e ficarão responsáveis pela operacionalização e atualização, nos respectivos territórios, do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, em regime de compartilhamento com o órgão central, a quem caberá disciplinar a forma de compartilhamento a que se refere este parágrafo. 
Art. 4º Será incluída, na proposta orçamentária do órgão central do sistema, a provisão de meios necessários, acompanhada do cronograma de implementação e manutenção do sistema.
Art. 5º O Poder Executivo providenciará, no prazo de cento e oitenta dias, a regulamentação desta Lei e, no prazo de trezentos e sessenta dias, o início de sua implementação.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
Comentários:
O Registro Geral, RG, é expedido pelas Secretarias de Segurança Públicas dos Estados e do Distrito Federal. Ou seja, cada brasileiro nato ou naturalizado pode ter um RG em cada Estado ou DF.
Além de que para piorar, os bancos de dados de impressões digitais constantes nos RG´s não são interligados. 
Para evitar essa estória de 27 RG´ s, individuais datiloscópicas perdidas e impressões digitais mal coletadas, foi idealizado o RIC – Registro de Identicação Civil.
O Registro de Identidade Civil - RIC surgiu com a Lei nº 9.454 de 07 de abril de 1997, tendo como objetivo central a institucionalização de um novo documento de identidade civil. Em 13 de outubro de 2009 foi sancionada a Lei nº 12.058 – art. 16 que alterou os arts. 1º e 2º e os §§ 1º e 2º do art. 3º da Lei nº 9.454.
Após 13 anos, a Lei foi regulamentada através do Decreto nº 7.166 de 05 de maio de 2010, que criou o Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil – SINRIC e o Comitê Gestor, tendo como órgão central o Ministério da Justiça. O decreto também estabeleceu diretrizes e critérios para implantação, manutenção e controle do RIC, bem como regulamentou sua operacionalização.
A) O que é o RIC? 
O RIC é um número pelo qual cada brasileiro, nato ou naturalizado, será identificado em suas relações com a sociedade e com os órgãos públicos ou privados, e terá como base as impressões digitais.
Isso evita que o cidadão seja confundido com outra pessoa ou que alguém se passe por outro para cometer crimes, contrair dívidas ou cometer abusos. Por isso, o RIC será um importante mecanismo para facilitar a inclusão social e ampliar a segurança para os processos de abertura de contas, concessão de créditos e redução de fraudes e prejuízos. O RIC já será emitido com certificação digital. A combinação das impressões digitais com a certificação digital tornará o processo de identificação pessoal mais seguro. Isso possibilita, por exemplo, maior segurança nas redes de comunicação, redução de fraudes e crimes na internet, entre outras vantagens. 
B) O que o Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil contém? 
É um banco de dados que conterá o número único de RIC e os dados de identificação da pessoa. 
C) Quem centralizará as atividades de implementação, coordenação e controle do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil? 
A União centralizará os dados e determinará o seu funcionamento, órgão central do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil definido pelo Poder Executivo. 
D) Qual o papel dos Estados e DF no funcionamento do RIC?
Enquanto o Poder Executivo Federal implementará, coordenará, controlará e disciplinará a forma de compartilhamento o Cadastro do RIC; os Estados e DF, em convênio com a União, ficarão responsáveis pela operacionalização e atualização, nos respectivos territórios, do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, em regime de compartilhamento com o órgão central.
7.3 - Lei Federal n.º 7.116/1983 (Expedição e Validade Nacional das Carteiras de Identidade);	
LEI Nº 7.116, DE 29 DE AGOSTO DE 1983.
	Regulamento
	Assegura validade nacional as Carteiras de Identidade regula sua expedição e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1º - A Carteira de Identidade emitida por órgãos de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios tem fé pública e validade em todo o território nacional.
Art 2º - Para a expedição da Carteira de Identidade de que trata esta Lei não será exigida do interessado a apresentação de qualquer outro documento, além da certidão de nascimento ou de casamento.
§ 1º - A requerente do sexo feminino apresentará obrigatoriamente a certidão de casamento, caso seu nome de solteira tenha sido alterado em conseqüência do matrimônio.
§ 2º - O brasileiro naturalizado apresentará o Certificadode Naturalização.
§ 3o  É gratuita a primeira emissão da Carteira de Identidade. (Incluído pela Lei nº 12.687, de 2012) 
Art 3º - A Carteira de Identidade conterá os seguintes elementos:
a) Armas da República e inscrição "República Federativa do Brasil";
b) nome da Unidade da Federação;
c) identificação do órgão expedidor;
d) registro geral no órgão emitente, local e data da expedição;
e) nome, filiação, local e data de nascimento do identificado, bem como, de forma resumida, a comarca, cartório, livro, folha e número do registro de nascimento;
f) fotografia, no formato 3 x 4 cm, assinatura e impressão digital do polegar direito do identificado;
g) assinatura do dirigente do órgão expedidor.
Art 4º - Desde que o interessado o solicite a Carteira de Identidade conterá, além dos elementos referidos no art. 3º desta Lei, os números de inscrição do titular no Programa de Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP e no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda.
§ 1º - O Poder Executivo Federal poderá aprovar a inclusão de outros dados opcionais na Carteira de Identidade.
§ 2º - A inclusão na Carteira de Identidade dos dados referidos neste artigo poderá ser parcial e dependerá exclusivamente da apresentação dos respectivos documentos com probatórios.
Art 5º - A Carteira de Identidade do português beneficiado pelo Estatuto da Igualdade será expedida consoante o disposto nesta Lei, devendo dela constar referência a sua nacionalidade e à Convenção promulgada pelo Decreto nº 70.391, de 12 de abril de 1972.
Art 6º - A Carteira de Identidade fará prova de todos os dados nela incluídos, dispensando a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou que nela tenham sido mencionados.
Art 7º - A expedição de segunda via da Carteira de Identidade será efetuada mediante simples solicitação do interessado, vedada qualquer outra exigência, além daquela prevista no art. 2º desta Lei.
Art 8º - A Carteira de Identidade de que trata esta Lei será expedida com base no processo de identificação datiloscópica.
Art 9º - A apresentação dos documentos a que se refere o art. 2º desta Lei poderá ser feita por cópia regularmente autenticada.
Art 10 - O Poder Executivo Federal aprovará o modelo da Carteira de Identidade e expedirá as normas complementares que se fizerem necessárias ao cumprimento desta Lei.
Art 11 - As Carteiras de Identidade emitidas anteriormente à vigência desta Lei continuarão válidas em todo o território nacional.
Art 12 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art 13 - Revogam-se as disposições em contrário.
Comentários:
A) Quem emite as Carteiras de Identidade? 
É emitida por órgãos de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e tem fé pública e validade em todo o território nacional. Normalmente é emitida pelas Secretarias de Segurança Pública respectivas.
B) Qual documento é necessário para expedição da Carteira de Identidade? 
Para a emissão só é necessária a apresentação da Certidão de Nascimento ou de Casamento. Se vocês repararem o RG de vocês, vão notar algumas informações interessantes no campo DOC ORIGEM. Lá, de maneira abreviada, encontramos em que cartório foi feito o RG, qual documento deu origem (certidão de nascimento CN, certidão de casamento CC), em qual livro, folhas e número a certidão está registra no cartório. 
C) Quem deve apresentar certidão de casamento para expedição da Carteira de Identidade? 
Toda mulher quando casa tem a oportunidade de mudar seu nome, estando essa alteração registrada na Certidão de Casamento. Assim, se a moça casa e muda de nome, ela deve apresentar a Certidão de Casamento para poder tirar a Carteira de Identidade.
D) O que é Certificado de Naturalização? 
Documento expedido pelo país que concede a qualidade de Nacional a um estrangeiro que a solicita, preenchidos os demais requisitos. Ele deverá ser apresentado pelo estrangeiro naturalizado quando solicitar a expedição de Carteira de Identidade.
E) Quais são os elementos obrigatórios da Carteira de Identidade? 
1. Armas da República e inscrição "República Federativa do Brasil"; 2. nome da Unidade da Federação; 3. identificação do órgão expedidor; 4. registro geral no órgão emitente, local e data da expedição; 5. dados do sujeito: nome, filiação, local e data de nascimento do identificado, bem como, de forma resumida, a comarca, cartório, livro, folha e número do registro de nascimento; 6. fotografia, no formato 3 x 4 cm, assinatura e impressão digital do polegar direito do identificado; 7. assinatura do dirigente do órgão expedidor.
F) Quais são os elementos acessórios da Carteira de Identidade? 
Pode conter: 1. PIS ou PASEP 2. CPF 3. Outros dados aprovados para inclusão pelo Poder Executivo Federal.
G) Qual o único estrangeiro que pode ter Carteira de Identidade Brasileira? 
Devido ao Estatuto da Igualdade, a Carteira de Identidade do português beneficiado por esse diploma deverá fazer referência à sua nacionalidade e à Convenção promulgada pelo Decreto nº 70.391, de 12 de abril de 1972. Assim, somente os portugueses amparados pelo Estatuto da Igualdade poderão ter Carteira de Identidade brasileira.
H) Pode ser exigido outro documento que tenha suas informações constantes na Carteira de Identidade?
As informações constantes na Carteira de Identidade dispensam a apresentação do documento que as originou. Isso quer dizer que se lá consta o número do PIS ou PASEP ou CPF ou outra informação, não se pode exigir o documento que deu origem a essa informação. A Lei expressa isso quando diz isso no Art. 6: “A Carteira de Identidade fará prova de todos os dados nela incluídos, dispensando a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou que nela tenham sido mencionados”.
I) Qual a base da identificação na Carteira de Identidade? 
A base da identificação na Carteira de Identidade, isto é, o elemento que vincula o documento de identificação à pessoa, é a impressão digital ou, em outras palavras, a identificação datiloscópica. O Art. 8 preceitua: “A Carteira de Identidade de que trata esta Lei será expedida com base no processo de identificação datiloscópica.”
7.4 - Características morfológicas de identificação: gênero, raça, idade, estatura, malformações, sinais profissionais, sinais individuais, tatuagens;
Características morfológicas são todas as características que derivam da formação do indivíduo. 
As características morfológicas de identificação são aquelas que podem determinar a identidade de uma pessoa. 
A identidade, por outro lado, é o conjunto de atributos que individualiza alguém. Individualizar alguém é dizer quem ele é. Ou seja, vamos usar os aspectos morfológicos da pessoa (exterior) para dizer quem ela é. Percebam que esses conceitos de identidade, individualização e identificação são cíclicos. Um depende do outro. 
No código penal brasileiro, temos outra definição de identidade: “O conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa”. Quando pretendemos identificar alguém, usamos como referência as características que essa pessoa exibe.
Na realidade, são 5 os requisitos que se deseja que um método de identificação apresente: 
Unicidade ou individualidade: característica tem que ser única do indivíduo, não pode estar presente em outro; Imutabilidade: característica deve se manter constante ao longo dos anos e não pode variar; 
Perenidade: característica deve resistir à ação do tempo; 
Viabilidade ou praticabilidade: possibilidade de se aferir a característica rotineiramente; 
Classificabilidade: trata-se de uma característica do processo de identificação ligada ao arquivamento e recuperação da informação com rapidez.
		
CONCEITOS DE IDENTIFICAÇÃO MORFOLÓGICA:
Gênero: é o sexo da pessoa. 
O gênero da pessoa pode ser masculino ou feminino, mas existem maneiras de determinar o sexo da pessoa: 
Gênero (sexo) cromossomial: determinação através dos cromossomos XX, XY.
Gênero (sexo) gonadal: determinação pela avaliação das gônadas, se existem testículos ou ovários. 
Gênero (sexo)cromatínico: determinação pela presença do corpúsculo de Barr (pedaços de material genético).
Gênero (sexo) da genitália interna: presença de ductos de Wolff (no homem viram os canais deferentes) ou ductos de Müller (na mulher viram fimbrias, trompas, útero e terço proximal da vagina).
Gênero (sexo) comportamental (psíquicos): sexo que o indivíduo acredita ter.
Gênero (sexo) Médico legal: verificado por perícia médica em indivíduos de genitália dúbia ou sexo duvidoso.
Raça: é uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e certas características morfológicas são usadas como parâmetros.
As características morfológicas mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, forma da face e do cranial, ancestralidade e genética. 
Atual: branco, negro, pardo, indígena e amarelo.
Idade: é o número de anos a se contar desde o nascimento do indivíduo. Vários são os aspectos físicos que podem indicar uma idade para fins de estimativa: aparência, rugas na pele, presença de pelos pubianos, arco senil na região do globo ocular, dentição, radiografia dos ossos com solduras ou pontos de ossificação, estatura, formato de coluna, ausência de cabelos, coloração grisalha de cabelos. Uma coisa que chama bem a atenção é quando você conversa com uma mulher que fez plásticas as mãos e o pescoço não enganam.
Estatura: é o tamanho da pessoa. Com o tempo as pessoas vão aumentando. Chega-se a uma idade, próxima ao fim da adolescência, que a estatura para de aumentar e começa a se estabilizar. Quando a 3ª idade se aproxima devido a perda de cálcio nos ossos e nova conformação da coluna, a estatura vai diminuindo. 
Malformações: são defeitos morfológicos devido à má formação do corpo humano.
Sinais profissionais: são os reflexos que a atividade laboral, imprime no corpo do trabalhador. Normalmente são relacionadas a deformações no corpo da pessoa, consequência direta da prática de certa atividade por muito tempo.
Sinais individuais: são os sinais que só aquele indivíduo possui, tais como as cicatrizes.
Tatuagens: são desenhos gravados na pele com a utilização de substâncias corantes.
7.5 - Identidade policial e judiciária;
Por uma questão didática, os métodos de identificação são classificados ou divididos em dois grandes grupos: Identificação judiciária ou policial, quando não depende de conhecimentos médicos para a identificação; e Identificação médico-legal, que se divide em psíquica, funcional e física, quando o conhecimento médico é absolutamente necessário. 
A identidade policial ou judiciária envolve os seguintes métodos de identificação, podendo ser usados em conjunto, alguns já estão em desuso, outros, estão em pleno desenvolvimento:
Nome ou Onomástico: (dados alfanuméricos); 
Ferrete (marcação com ferro quente em criminosos e escravos); 
Assinalamento sucinto (resumo de descrição); 
Antropometria (baseado nas medidas de partes do corpo - Bertilonagem); 
Bertilonagem;
Fotografia simples; 
Fotografia sinalética (foto de frente e de perfil); 
Assinalamento descritivo (descrição mais detalhada, produzindo “Retrato Falado”); 
Dactiloscopia/Papiloscopia (impressões digitais) ;
Poroscopia (forma e posição das impressões dos poros da pele); 
AFIS (Automated Fingerprint Identification System – computador que compara impressões digitais).
7.5.1 - Bertiolagem;	
Em 1879, Alphonse Bertillon, um pesquisador francês, desenvolveu o primeiro laboratório de identificação criminal com base nas dimensões do corpo humano, criando a Antropometria, também chamada de Sistema Bertillon, ou Bertiolagem. Como ele tinha muito interesse em antropologia, resolveu dar uma organizada no sistema de identificação de criminosos de Paris, que estava uma zona, tentando vários métodos de identificação, que permitisse identificar precisamente cada um dos criminosos presos da cidade. Ele tirou medidas de certas regiões do corpo, entre elas a largura do crânio, o comprimento dos pés, tamanhos de dedos etc. Além disso, associou essas medidas às características como cor de cabelo e olhos e fotografias de frente e perfil. Dividindo cada uma das medidas em pequenos, médios e grandes grupos, Bertillon conseguiu uma maneira eficiente de arquivamento e consulta das informações, de modo que criou inicialmente 243 distintas categorias. Posteriormente, associando cores de olhos e cabelos, chegou a 1701 grupos. Toda vez que um criminoso era preso, ele era medido, descrito e fotografado. Suas informações eram registradas em cartões, que eram posteriormente arquivados e possibilitavam consulta posterior. Para termos uma ideia, num arquivo com 5000 registros, por exemplo, cada uma das categorias primárias traria apenas cerca de 20 registros, permitindo uma consulta não muito difícil para comparar com novos suspeitos. Se houvesse identificação daquele preso, ele passaria a ser considerado reincidente e essa nova prisão ficaria registrada em sua ficha. Bertillon enviou uma carta explicando seu sistema para a Prefeitura de Paris, que, acreditando que era piada, ignorou suas pesquisas. Em 1881, o Prefeito se aposentou e o novo Prefeito empossado concordou em aplicar o sistema Bertillon oficialmente, que se espalhou pela França, Europa e resto do mundo. A padronização trazida pelo sistema Bertillon no mundo civilizado significou que pela primeira vez na história qualquer pessoa uma vez identificada e devidamente classificada poderia ser novamente identificada no futuro.
O sucesso do sistema Bertillon é baseado em 3 princípios básicos: 
- A fixidez do esqueleto humano a partir dos 20 anos de idade; 
- A variabilidade das dimensões dos esqueletos de uma pessoa para outra; 
- A facilidade e precisão na aferição de medidas e características. 
O sistema (antropométrico) de Bertillon consistia em 3 tipos de assinalamento: 
I - Assinalamento descritivo ou retrato falado: referia-se à descrição do identificado, considerando as notações cromáticas, as notações morfológicas e os traços complementares.
Notações cromáticas: cores de cabelo, olhos, pele e barba/bigode 
Notações morfológicas: Fronte: altura, largura, inclinação, proeminência e particularidades; 
Nariz: dorso, base, dimensões e particularidades; 
Orelha: forma geral, orla, lóbulo, antítragos, separação e particularidades;
Lábios: altura do espaço naso-labial, proeminência, largura, espessura e particularidades;
Boca: dimensões e inclinação das comissuras; 
Mento: largura, proeminência e particularidades; 
Sobrancelhas: forma geral, implantação, comprimento, espessura e particularidades;
Pálpebras: aberturas horizontal e vertical;
Contorno geral: formato e particularidades;
Traços complementares: detalhes no rosto;
II - Assinalamento de marcas particulares: referia-se ao registro das marcas de cicatrizes, manchas da pele, tatuagens, aleijões, amputações etc. O registro era feito conforme a região do corpo, que era dividido em 6 áreas: Extremidade inferior esquerda; Extremidade superior direita; Parte anterior do rosto e do pescoço; Peito e ventre; Parte posterior do pescoço; e costas. Outras partes do corpo.
III - Assinalamento antropométrico: referia-se à tomada de medidas de onze partes do corpo: Diâmetro Antero-posterior da cabeça; Diâmetro transversal da cabeça; Comprimento da orelha direita; Diâmetro bi-zigomático; Comprimento do pé esquerdo; Comprimento do dedo médio esquerdo; Comprimento do dedo mínimo esquerdo; Comprimento do antebraço esquerdo; Envergadura dos braços; Estatura Largura do tronco; 
Apesar do entusiasmo inicial com o Sistema Antropométrico, alguns problemas começaram a surgir no método ao longo dos anos: Aplicava-se somente aos adultos de 20 a 65 anos; Dificuldade em aplicar-se o método às mulheres; As mesmas medidas apresentavam variedade nos resultados, mesmo se extraídas da mesma pessoa por dois peritos diferentes ou duas vezes pelo mesmo perito; Não havia correspondência direta dos termos para classificação nos vários países (cada país chamava uma característica com um nome diferente); Dois indivíduos diferentes poderiam apresentar valores antropométricos iguais.
7.5.2 -Retrato falado;	
O termo “Retrato Falado ” tem 2 significados distintos: um relacionado à Bertilonagem, outro relacionado à uma técnica de identificação. O termo “Retrato Falado”, enquanto ferramenta de identificação é um termo inadequado. Primeiramente, porque o “Retrato Falado” é feito por uma pessoa, o Papiloscopista. No entanto, somente as máquinas fotográficas fazem retratos. Assim, o termo mais adequado para o que hoje seria o “Retrato Falado” é “Representação Facial Humana”. Trata-se de uma representação, pois durante a entrevista de confecção, o entrevistado escolhe peças na tela de um computador, que serão unidas através de um programa de editoração de imagens e depois formará um rosto de uma pessoa. A Representação Facial Humana é uma ferramenta necessária para se reduzir o universo dos suspeitos. A RFH pode ser usada como meio subsidiário de prova. Entretanto, sua maior aplicação ocorre na investigação, pois procuramos uma pessoa parecida com aquela do desenho, constituindo assim, na falta de outros meios, a peça inicial do inquérito policial.
A confecção da RFH é considerada um processo científico, já que obedece a uma metodologia própria e atinge sempre o mesmo resultado. Não se trata na RFH de reproduzir uma identificação absoluta de uma pessoa, mas uma identificação parcial, que será semelhante à imagem que o entrevistado tem sobre uma pessoa. A semelhança do RFH com a imagem da pessoa representada depende de muitos fatores, tais como a memória de quem viu, quanto tempo e em que circunstâncias o rosto foi visto, quando houve o contato pessoal, estado emocional e atenção do entrevistado na hora do fato, o empenho e interesse do entrevistado em passar essas informações características para o Papiloscopista, a habilidade do Papiloscopista, o grau de desenvoltura do entrevistado etc.
A Representação Facial Humana pode ser feita através de um dos três métodos (método artístico, método técnico, método misto). 
No método artístico, o desenhista procura reproduzir artisticamente o que está sendo descrito pelo entrevistado, sem se basear em métodos. As desvantagens desse método são que o entrevistado desconhece a técnica e usa termos próprios para descrever o rosto que viu, esbarrando em dificuldades de comunicação; a necessidade de um desenhista altamente talentoso e especializado e os toques pessoais e subjetivos de cada desenhista. 
No método técnico, o r osto é formado com o uso de equipamentos técnicos, que são na verdade “Kits” de montagem de peças ou programas de computadores. Tais “kits” e programas apresentam uma séria de peças, pedaços de rosto humano, catalogados conforme as características descritas pelo entrevistado. Após o uso desses “kits” e dos prog ramas de computador, passa-se à elaboração final da Representação Faci al Humana, em que o especialista finalmente mescla as partes, constituindo um rosto. A grande vantagem desse método é qu e o entrevistado vê um monte de variações de peças de rosto e escolhe dentre as apresentadas quais as mais compatíveis com a imagem que ele tem na sua memória. A maior desvantagem, por outro lado, é que o número de imagens de peças de rosto é limitado, não abrangendo todas as variações possíveis. 
No método misto, temos a aplicação dos dois métodos anteriormente descritos. Primeiramente usa-se o método técnico para a escolha das peças, depois disso, os ajustes são feitos no desenho, tais como a aplicação de técnicas de luz e sombra para aumentar ou diminuir a profundidade, a aplicação de cicatrize e outros sinais individuais e a correção nas dimensões e formas do rosto. Tradicionalmente, a desvantagem desse método é que ainda precisamos de um profissional especializado. A grande verdade, é que eu não vejo desvantagem nenhuma nesse método, porque em toda atividade que vamos trabalhar devemos ter alguém especializado.
7.5.3 - Fotografia sinalética;
	
Quando se pretende identificar uma pessoa através da imagem de seu rosto, devemos efetuar a comparação dos traços fisionômicos aparentes (o que nós vemos) com imagens de rostos registradas como padrões para confronto, conforme o método de Bertillon. Nesse sentido, a Fotografia Sinalética permite o estudo das variáveis quantitativas relativas às medidas da face. É como se as fotos dos rostos fossem parametrizadas, isto é, tiveram algumas dimensões medidas para permitirem comparação, tais como o diâmetro longitudinal do crânio, diâmetro transversal e diâmetro bizigomático, altura da orelha direita, além da anotação de características cromáticas e morfológicas, como a cor da íris esquerda, cicatrizes e outra deformidades apresentadas.
A informática proporcionou um extraordinário reforço na identificação humana através da Biometria, que é o uso de características biológicas em mecanismos de identificação tais como a íris, a retina, além de outras formas absolutamente individuais. A não ser nos gêmeos idênticos e nos sósias, a face humana é indiscutivelmente uma característica física única em cada pessoa. 
Enquanto as pessoas possuem naturalmente a habilidade de identificar e reconhecer rostos, os computadores estão sendo aperfeiçoados cada vez mais para serem capazes de processar milhões de imagens por segundo para um sistema de reconhecimento facial. 
Quando você se olha no espelho, você pode ver que seu rosto possui certas marcas distinguíveis individuais. Estas são os "Pea ks" (picos) e os "Valleys" (vales) que criam as diferentes características faciais. O sistema define estes picos e vales como "nodal points" (“pontos característicos”), que serão tomados como referência pelos computadores para poder comparar um rosto com outro.
A Fotografia Sinalética, tal como proposta por Bertillon, é a fotografia de frente e de perfil, que permite a visualização das características mais significativas do rosto humano. Hoje em dia ela ainda é utilizada associada com outras formas de identificação. Sempre que possível, batemos a foto englobando também a região dos ombros, de modo que seja possível ter uma noção da compleição da pessoa (porte físico).
7.6 -O processo de identificação: os princípios da identificação;

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