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O Telencéfalo (Do grego Telos, fim, extremidade e Enkephalos, encéfalo, cérebro) é formado pelos dois hemisférios cerebrais e pela lâmina terminal que delimita anteriormente o III Ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais possuem os Ventrículos Laterais que se conectam com o III Ventrículo pelo Forame de Monro. Os hemisférios estão conectados pelo Corpo Caloso, uma estrutura com fibras interhemisféricas cruzando. Cada hemisfério tem 3 polos – Polo Frontal, Polo Temporal e Polo Occipital – e 3 faces – Face Dorsolateral (convexa/lateral), Face Medial (plana/medial) e Face Inferior (base do cérebro). Eles repousam na fossa anterior e média da base do crânio e acima do Cerebelo, separados pela Tenda do Cerebelo (prega de duramáter). O Telencéfalo possui muitos giros (áreas delimitadas por sulcos e fissuras), sulcos e fissuras (sulcos mais profundos) formados durante a embriogênese a fim de aumentar a superfície sem aumentar o volume cerebral. Temos a Fissura Longitudinal Mediana separando os dois hemisférios cerebrais sagitalmente. Sulcos Inicia na base cerebral e separa o Lobo Frontal do Temporal○ Ramo Anterior - curto e no lobo frontal▪ Ramo Ascendente - curto e no lobo frontal▪ Ramo Posterior - longo e no lobo parietal > separa o lobo temporal dos lobos frontal e parietal ▪ Na face dorsolateral (convexa), o sulco emite 3 ramos ○ Sulco lateral• Sulco profundo > separa o lobo Frontal do lobo Parietal > se dirige em direção ao ramo Posterior do Sulco Central > não se fundem ○ Giro Pré-Central (anterior – área motora) ▪ Giro Pós-Central (posterior – área somestésica)▪ Possui dois giros paralelos: ○ Sulco central• Nem todos os sulcos existem de forma igual em todos os indivíduos, alguns tem variação anatômica mas tem outros mais fixos. Os sulcos mais importantes são o Sulco Lateral (de Sylvius) e o Sulco Central (de Rolando). Esses sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais (5), que tem seu nome derivado do osso do crânio relacionado: Lobo Frontal, Lobo Temporal, Lobo Parietal, Lobo Occipital e Lobo Insular. Face dorsolateral e os lobos cerebrais A face Dorsolateral é a face que vemos do cérebro quando retiramos a metade da abóbada craniana. Ela é convexa e possui os 5 lobos cerebrais. Lobo frontal Sulco Pré-Central → Paralelo e anterior ao sulco Central; partido em 2• Sulco Frontal Superior → Perpendicular ao sulco Pré-Central, bem superior • Sulco Frontal Inferior → Perpendicular ao sulco Pré-Central, inferior ao sulco Frontal Superior • O lobo Frontal está acima do sulco Lateral e anterior ao sulco Central. Possui 3 sulcos principais: Giro pré-central direito comanda os músculos estriados esqueléticos do lado oposto ○ Giro Pré-Central é vertical (“como um arco”) > está entre o sulco central e o sulco pré-central e concentra a área motora (motricidade, possui o homúnculo motor) > contém neurônios motores > área motora somática primária (M1) > NEURÔNIOS MOTORES SUPERIORES > realizam sinapse com os neurônios motores inferiores (coluna anterior da medula espinal) por meio do trato corticoespinhal • Giro Frontal Superior está acima do sulco frontal superior• Giro Frontal Médio está entre o sulco frontal superior e o sulco frontal inferior • Subdividido pelos ramos Anterior e Ascendente do Sulco Lateral, sendo chamado de PARTE ORBITAL (abaixo do ramo anterior), PARTE TRIANGULAR (entre o ramo anterior e o ascendente) e PARTE OPERCULAR (entre o ramo ascendente e o sulco pré-central) ○ Esse giro Frontal Inferior (do hemisfério esquerdo) é chamado de GIRO DE BROCA > área da linguagem ○ No lado direito, está envolvido com o ritmo e entonação da fala○ Giro Frontal Inferior está abaixo do sulco frontal inferior• Apresenta quatro giros na face dorsolateral: Giro Frontal Superior, Giro Frontal Médio, Giro Frontal Inferior e Giro Pré-Central > os giros Frontais são “horizontais”. Lobo temporal Sulco Temporal Superior → Desde o polo temporal até o lobo Parietal, dirigindo-se posterior e paralelo ao ramo Posterior do sulco Lateral. ○ Sulco Temporal Inferior → Paralelo e inferior ao sulco Temporal Superior, tendo partes descontínuas. ○ Entre o ramo Posterior do sulco Lateral e o sulco Temporal Superior temos o Giro Temporal Superior • Relacionado com funções visuais secundárias, como o reconhecimento facial (identificação de pessoas) ○ Entre o sulco Temporal Superior e o Temporal Inferior temos o Giro Temporal Médio • Possui 2 sulcos principais: Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Telencéfalo Página 1 de Telencéfalo temos o Giro Temporal Superior Relacionado com funções visuais secundárias, como o reconhecimento facial (identificação de pessoas) ○ Entre o sulco Temporal Superior e o Temporal Inferior temos o Giro Temporal Médio • Relacionado com funções visuais secundárias, como a identificação de objetos e formas complexas ○ Abaixo do sulco Temporal Inferior temos o Giro Temporal Inferior (limitado inferiormente pelo sulco Occipito-Temporal) • Ao afastarmos os lábios do Sulco Lateral, vemos parte do Giro Temporal Superior e internamente outros sulcos e giros (giros temporais transversos), sendo o mais importante o Giro Temporal Transverso Anterior pois aqui que está a área primária da audição (A1) - “área de Heschl” • Lobo Parietal Sulco Pós-Central → Paralelo ao sulco Central; dividido em 2 segmentos que podem estar um pouco afastados • Lóbulo parietal superior > funções interpretativas sensitivas (gnosia) ▪ Giro supramarginal > ao redor da extremidade do ramo posterior do sulco lateral > comunica-se anteriormente com o giro pós central e posteriormente com o giro temporal superior □ Giro angular > ao redor da extremidade do sulco temporal superior □ Ambos possuem conexões com o lobo temporal > principalmente coma área de Heschl > formam a área do cérebro responsável pela compreensão da linguagem > ÁREA DE WERNICK □ Ambos mantém conexões com o giro frontal inferior□ Lóbulo parietal inferior > esquema corporal (percepção do corpo no espaço) > possui dois giros ▪ Separa a região em:○ Sulco Intraparietal → Bem variável, mas geralmente é perpendicular ao sulco Pós-Central, podendo se unir a ele. Continua posteriormente e termina no lobo Occipital • O giro pós-central direito recebe os estímulos sensitivos provenientes do lado oposto do corpo (com exceção da cabeça que possui representação sensitiva bilateral) ○ Entre o sulco Central e o Pós-Central temos o Giro Pós-Central > área somestésica (área sensitiva cortical que possui um mapa somestésico, o Homúnculo Sensorial – Área sensitiva somática primária (S1)) • Possui dois sulcos principais: Lobo occipital Na face dorsolateral não tem sulcos e giros revelantes para nomear. É limitado superiormente pelo sulco Parietoccipital, que separa o lobo Occipital do Parietal. Possui a Incisura Pré-Occipital, que é inferior e separa do Lobo Temporal. Podemos ver também o Sulco Occipital Transverso (acima da incisura, horizontal), o Sulco Semilunar (meio oblíquo, posterior a incisura) e o Sulco Calcarino (horizontal, bem no polo occpital). Ínsula Ao afastarmos os lábios do sulco Lateral e retirar parte do lobo Frontal e Parietal podemos ver uma fossa onde está a Ínsula, um outro lobo cerebral. Ela está escondida porque durante a embriogênese seu crescimento é mais lento. Possui alguns sulcos e giros, como o sulco Circular da ínsula, sulco Central da ínsula e os Giros Curtos (anteriores) e Giros Longos da Ínsula (posteriores). O córtex da insula está localizado lateralmente à cápsula extrema (substância branca do cérebro). Está relacionada com funções emocionais antigas filogeneticamente (fobias), sensoriais e motoras viscerais, vestibulares, movimentos somáticos e fala (apraxia). Face medial e lobos cerebrais Para vermos a face medial precisamos de um corte sagital mediano, expondo o Diencéfalo e estruturas Interhemisféricas, como o corpocaloso, o fórnix e o septo pelúcido. (Imagem logo acima) Corpo caloso É uma comissura inter-hemisférica com fibras mielinizadas que vão de um centro branco medular para o outro do lado oposto (Principal feixe de associação inter-hemisférica). Podemos identificar o Tronco do Corpo Caloso, sendo a parte superior da curva; o Esplênio, sendo a porção dilatada posterior; uma parte com uma curva bem acentuada ventralmente, o Joelho; e o Rostro, que é a parte afinalada anterior e que termina na Comissura Anterior (outra comissura inter-hemisférica). A lâmina terminal abaixo da CA também é uma estrutura interhemisférica. Fórnice Vai desde o esplênio do Corpo Caloso até a Comissura Anterior, inferiormente. Não pode ser visto por completo no corpo sagital mediano, é bem complexo. O fórnice é uma estrutura PAR, simétricas e bem afastadas posteriormente mas que vão se unindo anteriormente como os ventrículos laterais. É dividido em corpo, colunas e pernas do fórnix. As colunas terminam nos Corpos Mamilares (Hipotálamo); as pernas passam pelo corno inferior do Ventrículo Lateral e se ligam ao Hipocampo. Ele integra parte do sistema límbico – “circuito de Papez”. Septo Pelúcido Septo Pelúcido (do latim septum – cerca, e pellucidus – transparente) são duas membranas ligadas Lobo frontal e lobo parietal Sulco do Corpo Caloso → Vai desde o rostro do Corpo Caloso, contorna acima o tronco do corpo caloso, o esplênio e termina no lobo Temporal, junto com o sulco do Hipocampo • O Sulco Paracentral sai antes do sulco Marginal e também vai em direção à margem superior ○ Na porção anterior do lóbulo Paracentral temos a área motora relacionada com a perna e pé, enquanto na porção posterior desse lóbulo temos a área sensitiva também relacionada com a ▪ Entre o sulco Paracentral e o ramo Marginal temos o lóbulo Paracentral > contém o giro pós-central e pré-central ○ Sulco do Cíngulo → Paralelo ao sulco do Corpo Caloso só que mais superior, sendo separados pelo Giro do Cíngulo. Na extremidade posterior se divide em ramos Paracentral (o mais anterior, divide o lóbulo Paracentral do Giro Frontal Medial), Marginal (se curva em direção à margem superior do hemisfério cerebral - Separa o pré-cúneo do lóbulo paracentral) e ramo Subparietal (continua inferiormente no trajeto normal do giro do Cíngulo) • Possuem sulcos que fazem parte dos dois lobos, o sulco do Corpo Caloso e o sulco do Cíngulo. Página 2 de Telencéfalo Septo Pelúcido Septo Pelúcido (do latim septum – cerca, e pellucidus – transparente) são duas membranas ligadas ao tronco e joelho do Corpo Caloso superiormente e inferiormente ao Fórnice. Possui uma cavidade virtual e é responsável por separar os Ventrículos Laterais. Na porção anterior do lóbulo Paracentral temos a área motora relacionada com a perna e pé, enquanto na porção posterior desse lóbulo temos a área sensitiva também relacionada com a perna e o pé ▪ Entre o sulco Paracentral e o ramo Marginal temos o lóbulo Paracentral > contém o giro pós-central e pré-central ○ Localiza-se o centro do prazer humano e quando lesada pode causar a raiva septal > conexões com o hipotálamo e formação reticular ○ Na região posterior, próximo ao esplênio do corpo caloso, o Giro do Cíngulo torna-se estreito formando o istmo do giro do cíngulo, que se comunica com o giro parahipocampal ○ O Giro do Cíngulo (do latim cingula – cintura) tem uma parte anterior abaixo do rostro do Corpo Caloso chamada Área Septal • Lobo Occipital Sulco Calcarino (do latim calcarinus > em forma de esporão) → Inicia-se abaixo do esplênio do Corpo Caloso e vai até o polo occipital. Nos lábios desse sulco temos a área visual primária V1 (ou área estriada – tem uma estria branca no córtex) • Cúneo > giro de forma triangular, em forma de cunha > associado diretamente à função visual primária (V1) ○ Sulco Parietoccipital → Muito profundo, separa o lobo Occipital do lobo Parietal; se une ao sulco Calcarino próximo ao esplênio, formando um ângulo agudo. Posteriormente ao sulco parietoccipital está o cúneo e, anteriormente o pré-cúneo • Abaixo do sulco Calcarino temos o Giro Occipito-Temporal Medial, que se continua com o Giro Para-Hipocampal do lobo Temporal • Possui dois sulcos nessa face medial, sendo o sulco Calcarino e o ParietoOccipital. Conseguimos ver esses sulcos na visão dorsolateral também, mas muito pouco > visão medial é melhor para identificar os sulcos e giros do Lobo Occipital. Ramo paracentral Ramo marginal Ramo subparietal Face inferior e lobos cerebrais A face inferior (base) do hemisfério cerebral possui duas partes: parte anterior (Lobo Frontal e repousa na Fossa Anterior do crânio) e parte posterior (Lobo Temporal e respousa na fossa média e Tenda do Cerebelo). Lobo Temporal O giro fusiforme está relacionado com a função visual secundária (V2, reconhecimento de cor, face, números e palavras) ○ Sulco OccipitoTemporal → É o mais lateral, com o Giro Temporal Inferior na borda lateral. Medialmente a ele, temos o Giro OccipitoTemporal Lateral (giro fusiforme) • Giro occipitoTemporal medial > função visual primária (V1)○ Sulco Colateral → Vai desde o Polo Occipital até abaixo do Giro Para-hipocampal. A borda medial é feita pelo Giro Occipito Temporal Medial. Esse sulco separa áreas antigas (mediais) e áreas recentes (laterais) do córtex • A parte anterior do Giro Para-Hipocampal é muito importante para a memória, sendo lesada na doença de Alzheimer ▪ Giro para-hipocampal > continuação anterior do giro Occipito Temporal Medial. O primeiro se liga posteriormente ao Giro do Cíngulo pelo istmo do giro do cíngulo. Assim, as estruturas Giro Para-Hipocampal, úncus, Istmo do Giro do Cíngulo e Giro do Cíngulo são conhecidas como “Lobo Límbico” por fazerem parte do SISTEMA LÍMBICO ○ Sulco do Hipocampo → O mais medial. Vai desde a parte inferior ao esplênio do Corpo Caloso (contínuo com o sulco do Corpo Caloso) até o Polo Temporal. Separa o Giro Para-Hipocampal (abaixo) do Úncus (porção dilatada ventralmente do giro parahipocampal – relacionado com o olfato) • Possui 3 sulcos principais na face inferior: Lobo Frontal O bulbo olfatório é uma dilatação ovoide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o trato olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe os filamentos que constituem o nervo olfatório. Estes atravessam os pequenos orifícios que existem na lâmina crivosa do osso etmoide e que geralmente se rompem quando o encéfalo é retirado, sendo, pois, dificilmente encontrados nas peças anatômicas usuais. Posteriormente, o trato olfatório se bifurca, formando as estrias olfatórias lateral e medial, as quais delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Atrás do trígono olfatório e adiante do trato óptico • Possui apenas um sulco importante, o sulco Olfatório. É um sulco profundo e longitudinal. Medialmente a ele temos o Giro Reto, que se continua com o Giro Frontal Superior. O restante da face inferior do lobo Frontal possui sulcos e giros irregulares chamados sulcos e giros Orbitários (ou Orbitais). Em geral, todas essas estruturas da face inferior do lobo frontal se relacionam com o olfato (rinencéfalo). O sulco Olfatório serve também para o alojamento do Nervo Olfatório (I) e de seu bulbo. Página 3 de Telencéfalo os filamentos que constituem o nervo olfatório. Estes atravessam os pequenos orifícios que existem na lâmina crivosa do osso etmoide e que geralmente se rompem quando o encéfalo é retirado, sendo, pois, dificilmente encontrados nas peças anatômicas usuais. Posteriormente, o trato olfatório se bifurca, formando as estrias olfatórias lateral e medial, as quais delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Atrás do trígono olfatório e adiante do trato óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para a passagem de vasos, a substância perfurada anterior Ventrículos laterais O corno Anterior e Posterior temo Corpo Caloso formando o Teto○ A parede medial é vertical e formada pelo Septo Pelúcido > separa os dois ventrículos laterais do corno anterior ▪ O assoalho e a parede lateral são formados pela Cabeça do Núcleo Caudado (núcleo da base), que fica proeminente na cavidade ventricular ▪ O teto e limite anterior são formados pelo Corpo Caloso ▪ Corno anterior > adiante do forame intraventricular○ Estende-se dentro do lobo parietal do nível do forame interventricular para trás, até o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos inferior e posterior, na região denominada trígono colateral ▪ O teto da parte central é formado pelo corpo caloso, e a parede medial pelo septo pelúcido ▪ O assoalho, inclinado, une-se ao teto no ângulo lateral, e apresenta as seguintes formações: fórnix. plexo corioide, parte lateral da face dorsal do tálamo, estria terminal e núcleo caudado ▪ Parte central - Corpo ○ Estende-se para dentro do lobo occipital e termina posteriormente em ponta, depois de descrever uma curva de concavidade medial. Suas paredes. em quase toda a extensão, são formadas por fibras do corpo caloso ▪ Na parte medial do como posterior descrevem-se duas elevações: o bulbo do corno posterior, formado pela porção occipital da radiação do corpo caloso, e o calcar avis, situado abaixo do bulbo e formado por uma prega da parede determinada pelo sulco calcarino ▪ Corno Posterior○ Curva-se inferiormente e a seguir anteriormente, em direção ao polo temporal, a partir do trígono colateral ▪ O teto é formado pela substância branca do hemisfério e apresenta. ao longo de sua margem medial, a cauda do núcleo caudado e a estria terminal, estruturas que acompanham a curva descrita pelo corno inferior do ventrículo ▪ Na extremidade da cauda do núcleo caudado, observa-se discreta eminência arredondada, às vezes pouco nítida, formada pelo corpo amigdaloide ou amígdala cerebral. que faz saliência na parte terminal do teto do como inferior do ventrículo ▪ O hipocampo é uma elevação curva e muito pronunciada que se dispõe acima do giro para-hipocampal e é constituído de um tipo de córtex muito antigo (arquicórtex) □ Ao longo da margem da fimbria há uma fita estreita e denteada, de substância cinzenta, o giro denteado Ele se liga às pernas do fórnix por um feixe de fibras nervosas que constituem a fimbria do hipocampo situada ao longo de sua borda medial □ O hipocampo se liga lateralmente ao giro para-hipocampal através de uma porção de córtex denominada subiculum > função relacionada à memória □ Próximo ao assoalho do corno inferior também temos a Eminência Colateral (formada pelo sulco Colateral) e o Hipocampo ▪ Corno inferior ○ Os ventrículos laterais possuem uma parte central e 3 cornos correspondentes aos 3 polos (polo frontal, temporal e occipital → Corno Anterior, Corno Inferior e Corno Posterior) • Os Ventrículos Laterais são revestidos internamente por epêndima e possui líquor (líquido cerebroespinhal – LCR). Temos dois ventrículos laterais, direito e esquerdo, que estão escondidos na massa cerebral. Se comunicam com o III Ventrículo apenas pelo Forame de Monro (Forame Interventricular), sem se comunicar entre si. O plexo corioide da parte central dos ventrículos laterais continua com o do III ventrículo através do forame interventricular e, acompanhando o trajeto curvo do fórnix, atinge o como inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos corioides. Página 4 de Telencéfalo Centro Branco Medular do Cérebro É a parte de substância branca do cérebro, abaixo do córtex cerebral e onde estão os núcleos da base. No geral, temos dois tipos de fibras mielínicas: as fibras de Associação e as fibras de Projeção. Fibras de Projeção É um feixe de fibras que separam o Tálamo do G. Pálido (posteriormente) e o Núcleo Caudado do Putâmen (anteriormente) ○ A parte anterior separa a cabeça do Núcleo Caudado do Putâmen▪ O Joelho é uma parte de curva, tem um ângulo agudo▪ A parte posterior separa o Tálamo da porção medial do G. Pálido▪ Abaixo da base do cérebro é chamada de pedúnculos cerebrais, quando está no nível dos núcleos da base e tálamo é chamada de cápsula interna, e acima dos núcleos é chamada de Coroa Radiada. Temos 3 partes: ○ As radiações são todas as fibras que saem do tálamo e vão para o córtex cerebral▪ Joelho: Trato Corticonuclear□ Braço Anterior: fibras que vão para o lobo frontal□ Braço Posterior: Trato Corticoespinhal + Radiações Talâmicas (sensibilidade somática) □ Tais fibras diferentes tem posições fixas dentro da cápsula interna, assim, se lesarmos uma parte saberemos mais ou menos quais fibras foram lesadas: ▪ Contém as fibras que entram e saem do Telencéfalo, como as fibras sensitivas (Radiações Talâmicas) e fibras motoras (Corticopontino, Corticonuclear, Corticoespinhal, Corticorreticulares) ○ Lesões da cápsula interna ocorre geralmente no braço posterior (AVC), causando hemiplegia e perda de sensibilidade contralaterais ○ Cápsula Interna• Fórnice (une corpo mamilar com córtex hipocampal) > circuito de papez• As fibras de Projeção ligam o córtex cerebral aos centros subcorticais > levam e trazem informações do córtex cerebral para o Tálamo, Tronco Encefálico e Medula Fibras de associação São classificadas em curtas ou longas○ As curtas associam áreas próximas do córtex, como dois giros separados por 1 sulco > passam pelo fundo do sulco > fibras arqueadas ou fibras de U ○ Fascículo do Cíngulo (percorre o giro do cíngulo e une lobo frontal com o temporal) □ Importante na linguagem pois une a área de broca com a área de Wernicke da linguagem Fascículo Longitudinal Superior (Fascículo Arqueado – une os lobos frontal, parietal e occipital) □ Fascículo Longitudinal Inferior (une lobo occipital e temporal)□ Fascículo Unciforme (forma o sulco lateral, une o lobo frontal ao temporal)□ Geralmente ligam várias áreas do mesmo hemisfério.▪ As longas são chamadas de fascículos, pois contém maiores quantidades de fibras ○ Fibras de associação intra-hemisféricas• Comissura do Fórnix: unem os dois Hipocampos▪ Comissura Anterior: une bulbos e tratos olfatórios (porção olfatória) e une lobos ▪ São chamadas também de fibras comissurais, pois cruzam o plano mediano unindo as mesmas regiões dos dois hemisférios (simétrico). Elas se juntam para formar a Comissura do Fórnix, Comissura Anterior e Corpo Caloso ○ Fibras de associação inter-hemisféricas• As fibras de Associação unem áreas cerebrais dos dois hemisférios. Quando essas fibras de associação cruzam o plano mediano para unir áreas correspondentes dos dois lados chamamos de fibras inter-hemisféricas. Quando não cruzam o plano mediano e conectam pontos do mesmo hemisfério são chamadas fibras de associação intra-hemisféricas. Página 5 de Telencéfalo Comissura do Fórnix: unem os dois Hipocampos▪ Comissura Anterior: une bulbos e tratos olfatórios (porção olfatória) e une lobos temporais (porção não-olfatória) ▪ Corpo Caloso: maior feixe de fibras do sistema nervoso. Une todo o restante das áreas corticais simétricas do telencéfalo. Permite a transferência de informação de um hemisfério para outro, fazendo com que ajam juntos ▪ São chamadas também de fibras comissurais, pois cruzam o plano mediano unindo as mesmas regiões dos dois hemisférios (simétrico). Elas se juntam para formar a Comissura do Fórnix, Comissura Anterior e Corpo Caloso ○ Córtex cerebral Células granulares (células estreladas), possuem dendritos que se ramificam próximo ao corpo celular, e um axônio que pode estabelecer conexões com células das camadas vizinhas > principal interneurônio cortical > estabelecem conexão com os demais neurônios do córtex > maioria das fibras que chegam ao córtex estabelece sinapse com as células granulares > principais células receptoras do córtex cerebral. O número de células granulares aumentou progressivamente durante a filogênese, possibilitando a existênciade circuitos corticais mais complexos. As células granulares existem em todas as camadas, mas predominam nas camadas granular interna e externa ○ Células piramidais > forma piramidal do corpo celular > podem ser pequenas, médias, grandes ou gigantes > células piramidais gigantes são denominadas células de Betz > área motora situada no giro pré-central. As células piramidais possuem dois tipos de dendritos, apicais e basais. Dendrito apical > dirige-se às camadas mais superficiais. Dendritos basais > muito mais curtos > distribuem-se próximo ao corpo celular. O axônio das células piramidais tem direção descendente e, em geral, ganha a substância branca como fibra eferente do córtex > fibras que constituem o trato corticoespinhal. As células piramidais existem em todas as camadas, predominando, entretanto, nas camadas piramidal externa e interna > camadas predominantemente efetuadoras ○ Células fusiformes - possuem um axônio descendente, que penetra no centro branco medular, sendo, pois, células efetuadoras. Predominam na VI camada, ou camada de células fusiformes ○ A camada molecular, situada na superficie do córtex, é rica em fibras de direção horizontal e contém poucos neurônios. Nas demais camadas predomina o tipo de neurônio que lhes dá o nome. Além desses, existem ainda as células horizontais de Cajal e a célula de Martinotti. São três os principais neurônios do córtex: • O córtex cerebral é uma fina camada superficial de subst. Cinzenta ao redor do centro medular do cérebro. Recebe muitas fibras aferentes que são interpretadas, bem como manda eferências motoras. Possui neurônios, células neurogliais (glia) e fibras (axônios). Possui 6 camadas, da superfície para o centro medular: camada molecular, camada granular externa, camada piramidal externa, camada granular interna, camada piramidal interna (ganglionar) e camada de células fusiformes (multiforme). As fibras aferentes oriundas dos núcleos talâmicos inespecíficos também se distribuem a todo o córtex, sobre o qual exercem ação ativadora, como parte do sistema ativador reticular ascendente (SARA) • As radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos do tálamo terminam na camada IV, granular interna > muito desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex. • As fibras de projeção rentes do córtex estabelecem conexões com centros subcorticais, originam-se em sua grande maioria na camada V, piramidal interna, e são axônios das células piramidais aí localizadas > muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex • As fibras que saem ou que entram no córtex cerebral podem ser de associação ou de projeção. As fibras de projeção aferentes podem ter origem talâmica ou extratalâmica, mas o maior contingente é de origem talâmica. As fibras extratalâmicas são dos sistemas modulatórios de projeção difusa, podem ser monoaminérgicas ou colinérgicas e se distribuem a todo o córtex. Página 6 de Telencéfalo As radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos do tálamo terminam na camada IV, granular interna > muito desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex. • As fibras de projeção rentes do córtex estabelecem conexões com centros subcorticais, originam-se em sua grande maioria na camada V, piramidal interna, e são axônios das células piramidais aí localizadas > muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex • Em síntese, a camada IV é a camada receptora de projeção, e a camada V, efetuadora de projeção • As demais camadas corticais são predominantemente de associação e seus axônios ligam-se a outras áreas do córtex, passando pelo centro branco medular • Áreas de Broadmann Áreas 3, 1 e 2 - Córtex somatosensitivo primário (S1)• Área 4 - Córtex motor primário (M1) > motricidade e força muscular contralateral. Lesões causam: hemiparesia, hemiplegia • Área 5 - Córtex somatosensorial associativo (S2)• Cabe lembrar que também participam do planejamento motor o cerebelo, cujo núcleo denteado também é ativado antes de M1, e a alça esqueletomotora estriato-tálamo-cortical Escolha dos grupos musculares a serem contraídos em função da trajetória, da velocidade e da distância a ser percorrida pelo ato motor de estender o braço para apanhar o objeto > informações passadas à área M1 > executa o planejamento motor feito pelas áreas pré-motora ou motora suplementar □ Etapa de planejamento > a cargo das áreas motoras secundárias, e uma etapa de execução pela área M1 ▪ Cabe à area pré-frontal decidir, depois de avaliar todas as implicações do gesto, como este deve ser feito e passar esta "decisão" para as áreas pré-motora ou motora suplementar, o que é coerente com o fato de que ela é ativada antes das áreas pré-motora ou motora suplementar ▪ Em uma lesão, a capacidade de fazer o gesto não está comprometida porque a área motora primária está intacta. Entretanto, as áreas responsáveis pelo planejamento motor estão comprometidas. Em outras palavras, a área motora primária está pronta para fazer o gesto, mas não sabe como fazê-lo ▪ As duas áreas motoras secundárias nunca são ativadas conjuntamente▪ A área motora suplementar é ativada quando o gesto decorre de "decisão" do próprio córtex pré-frontal, como no gesto de apanhar o objeto, que pode ou não ser feito ▪ Quando o gesto decorre de uma influência externa, como, por exemplo, o comando de alguém para que o gesto seja feito, a ativação será do córtex pré- frontal ▪ Planejamento motor - quando se faz um gesto, por exemplo, estender o braço para apanhar um objeto, há ativação de uma das áreas de associação secundárias (pré- motora ou motora suplementar), indicando aumento de atividade metabólica dos neurônios nessas áreas. Após um ou dois segundos, a atividade cessa e passa a ser ativada a área motora primária, principal origem do trato corticoespinhal. Simultaneamente, ocorre o movimento. ○ Neurônio espelho é um tipo de neurônio que é ativado, não só quando um indivíduo faz um ato motor específico como estender a mão para pegar um objeto, mas também quando ele vê outro indivíduo fazendo a mesma coisa. Distribuição somatotópica semelhante à observada na área motora primária. Os neurônios- espelhos têm ação moduladora da excitabilidade dos neurônios responsáveis pelo ato motor observado, facilitando sua execução. Eles estão na base da aprendizagem motora por imitação. Assim, um determinado movimento de ginástica é aprendido muito mais rapidamente quando se observa alguém fazendo do que com uma descrição ou figura de livro. Os neurônios-espelhos têm papel importante na aprendizagem motora de crianças pequenas que imitam os responsáveis ○ Área 6 -Córtex pré-motor e Córtex motor suplementar (M2) > planejamento dos movimentos dos membros e oculares. Lesões causam: apraxia (dificuldade de realizar o movimento), agrafia sem alexia, ataxia, espasticidade, posturas disotônicas • Área 7 - Córtex somatosensorial de associação (S2)• Área 8 - Campos oculares frontais - Movimentos sacádicos oculares. Responsável pelo desvio voluntário do olhar para o lado oposto. Lesão causa: desvio dos olhos para o lado da lesão (estrabismo). Se o desvio for contrário à hemiplegia, a lesão é do lobo frontal (área 8) por AVC da A. cerebral média. Se for para o lado da hemiplegia, lesão da ponte por AVC pontino • Área 17 - Córtex visual primário(V1)• Área 18 - Córtex visual secundário(V2)• Área 19 - Córtex associativo da visão (V3,V4,V5)• Área 36 - Córtex Parahippocampal (Localizado no giro Parahipocampal)• Área 39 - Giro angular > considerado parte da área de Wernicke• Área 40 - Giro Supramarginal > Parte da área de Wernicke• Áreas 41 e 42 -Córtex primário e de associação auditivo (A1 e A2)• Área 44 - Parte Opercular - parte da área de Broca > pronunciamento espontâneo de nomes, programação motora da fala, atividade motora relacionada à fala. Lesão causa afasia (distúrbio de linguagem), disfasia, mantendo a compreensão do que se fala • Área 45 – Parte Triangular – parte da Área de Broca > palavra, planificaçãodo movimento, fala através de sentenças • O córtex pode ser dividido em áreas citoarquiteturais, sendo a divisão mais comum a de Brodmann, que foi dividida ainda conforme a função dessas áreas. Temos 52 áreas com citoarquitetura e função comuns nomeadas por números. Áreas mais importantes: Vamos tomar um vinhozinho? VAMO DE VINHO○ Decisão: área pré-frontal > MUITO COMPLEXA > MUITAS VARIÁVEIS > ele gosta mais de vinho ou cerveja? Vinho é mais caro que cerveja. Mas o dono da festa que vai pagar. Ah já está bêbado de vinho mesmo, não é bom misturar • Trato corticoespinhal > músculos distais dos membros ○ Trato retículo-espinhal > músculos proximais ○ Informações do cerebrocerebelo > via dento-talâmica-cortical > e informações dos núcleos da base > alça motora > decisão é passada para a área motora suplementar > plano motor elaborado com a sequência dos músculos envolvidos, necessários ao movimento, o grau de contração de cada um > EXECUÇÃO • Via córtico-retículo-espinhal > músculos do braço e antebraço se deslocam em direção à garrafa de vinho > trato corticoespinhal > garrafa agarrada pelos dedos • Um indivíduo sentado em uma mesa de jantar está indeciso entre tomar vinho ou cerveja. Classificação filogenética do córtex Arquicórtex > localizado no hipocampo• Paleocórtex > úncus e parte do giro para-hipocampal > sulco rinal separa o paleocórtex, situado mediaimente, do neocórtex, situado lateralmente • Todo o resto do córtex classifica- se como neocórtex• Do ponto de vista filogenético, pode-se dividir o córtex cerebral em: Arqui e paleocórtex ocupam as áreas corticais antigas do cérebro, enquanto o neocórtex ocupa as áreas filogeneticamente mais recentes. Classificação funcional do Córtex Lesões > paralisias ou alterações na sensibilidade○ Áreas sensitivas▪ Está na parte posterior do Giro Pré-Central, no Lobo Frontal. □ Corresponde à área 4 de Brodmann□ É considerada primária pois tem o menor limiar para desencadear movimentos quando é estimulada eletricamente (um estímulo pequeno já causa alguma contração muscular) □ Epilepsias nessa área 4 causam estimulação constante, causando contração involuntária de grupos musculares □ Há uma somatotopia de cada área do corpo nessa giro, semelhante à somatotopia da sensibilidade somestésica (“Homúnculo Motor”) □ O tamanho da mão, por exemplo, é proporcional à delicadeza de movimentos (movimentos finos) e à frequência de uso □ Aferências: recebe fibras do Tálamo (este recebe fibras dos Núcleos da Base e do Cerebelo e repassa para a M1), da área somestésica e das áreas motoras secundárias (Pré-Motora e Suplementar) □ Eferências: Trato Corticoespinhal e Corticonuclear (musculatura distal dos membros) □ Áreas motoras▪ Podem ser divididas em: ○ Nas áreas sensitivas e motoras do neocórtex existe isocórtex heterotípico do tipo granular ou agranular ○ Áreas de projeção > recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade > ÁREAS PRIMÁRIAS • Nas áreas de associação no neocórtex, existe isocórtex homotípico, pois, não sendo elas nem sensitivas nem motoras, não há grande predomínio de células granulares ou piramidais, o que permite fácil individualização das seis camadas corticais ○ Áreas de associação > demais áreas > relacionadas ao processamento mais complexo de informações > ÁREAS SECUNDÁRIAS OU TERCIÁRIAS > ocupam um espaço muito maior que as áreas de projeção (aumento durante a filogênese) • Do ponto de vista funcional , as áreas corticais podem ser classificadas em dois grandes grupos: Página 7 de Telencéfalo Nas áreas de associação no neocórtex, existe isocórtex homotípico, pois, não sendo elas nem sensitivas nem motoras, não há grande predomínio de células granulares ou piramidais, o que permite fácil individualização das seis camadas corticais ○ Lesão: Paresia de grupos musculares extensos (diminuição da força), ou seja, o paciente não consegue elevar o braço ou perna (atinge a base dos membros, porção proximal) Aferências: recebe fibras do Cerebelo através do Tálamo e das áreas de associação corticais Eferências: Via Córtico-Retículo-Espinhal se origina dessa área e controla os músculos proximais dos membros, auxiliando na postura e criando uma base para que os movimentos finos possam ocorrer (por isso auxilia a M1). Também manda eferências diretas para a M1 Área Pré-Motora: Lobo Frontal, corresponde à área 6 de Brodmann. Precisa de estímulos elétricos maiores para gerar algum movimento e envolve áreas mais extensas, como movimentação de todo o tronco. A função principal é o planejamento motor □ Área Motora Suplementar: está na face medial do Giro Frontal Superior (giro frontal medial) e corresponde a área 6 de Brodmann. Tem conexões com o Corpo Estriado (via Tálamo), com a M1 e com a área Pré-Frontal. A função principal também é o planejamento motor, sequências complexas de movimentos □ As áreas de associação motoras, localizadas rostralmente à área motora primária, estão envolvidas com a programação de movimentos que são transmitidos para a área primária para execução ▪ Áreas secundárias são unimodais > relacionadas indiretamente com determinada modalidade sensorial ou com a motricidade > aferências de uma área de associação unimodal se fazem predominantemente com a área primária de mesma função ○ muito maior que as áreas de projeção (aumento durante a filogênese) Está na área não-motora do lobo Frontal > conexões com as outras áreas corticais, núcleos talâmicos (dorsomedial), amigdala, hipocampo, núcleos da base, cerebelo e TE > coordenar as funções neurais (comportamento intelingente humano) ▪ Lesões que destruam a área Pré-Frontal preservam as funções cognitivas, mas causa perda da personalidade e perda da memória operacional (“curto prazo”) ▪ Lobotomia Pré-Frontal: interrupção da conexão da área Pré-Frontal com o núcleo Dorsomedial do Tálamo, que causa um estado de “tamponamento psíquico”, ou seja, o indivíduo fica inerte, não reage nem à tristeza nem à alegria. Foi usada antigamente para tratar pacientes psiquiátricos (depressão, ansiedade e esquizofrenia). O paciente ficava sem essas doenças, mas também ficava inerte na vida, sem reação a nada. Eles também perdem a capacidade de decidir o comportamento mais adequado para a situação, urinando e masturbando-se em público ▪ Área pré-frontal○ Também está relacionado com a avaliação das consequências das ações e com o planejamento inteligente de ações para contornar um problema futuro. Essa área dorsolateral também é responsável pela nossa memória operacional (“memória de curto prazo”) ▪ Área Pré-Frontal Dorsolateral: Está na parte anterior e dorsolateral do lobo Frontal > conexões com o Corpo Estriado (Putâmen) pelo circuito cortico- estriado-talâmico-cortical > importante para as funções executivas do planejamento das estratégias comportamentais mais adequadas à situação ○ Esse circuito tem como função o processamento das emoções, supressão dos comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção da atenção. ▪ Lesões aqui causam as mesmas coisas que a lobotomia pré-frontal, bem como déficit graves de atenção ▪ Área Pré-Frontal Orbitofrontal: está ao lado os giros orbitários, na parte inferior do lobo Frontal. Tem conexões com o Núcleo Caudado, que manda eferências para o G. Pálido e depois para o Núcleo Dorsomedial do Tálamo que devolve para a área pré-frontal orbitofrontal (circuito cortico-caudado-talâmico-cortical). ○ Entre as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica, integrando as informações vindas dessas áreas □ Está no lobo Parietal Inferior > Giro Supramarginal (área 40) e Giro Angular (área 39) ▪ Reúne todas as informações possíveis sobre o objeto e cria uma imagem dele. Também participa do planejamento motor, atenção seletiva, percepção espacial, percepção do eu no espaço e do próprio corpo ▪ Lesões: se bilateral, a pessoa perde a capacidade de se sentir no espaço,não consegue alcançar objetos ao lado (desorientação espacial generalizada). As consequências mais comuns de lesão dessa área é a Síndrome da Negligência, que acomete lesão do Lobo Perietal Inferior Direito > perda de reconhecimento da parte esquerda do próprio corpo e de todo o resto (espaço, objetos, outras pessoas) > paciente só veste sua metade direita, só lava e faz a barba na metade direita, só desenha a metade direita, só escreve ▪ Área parietal superior○ As áreas terciárias são supramodais > não se ocupam diretamente com as modalidades motora ou sensitiva das funções cerebrais > envolvidas com atividades psíquicas superiores > mantêm conexões com várias áreas unimodais ou com outras áreas supramodais, ligam informações sensoriais ao planejamento motor e são o substrato anatômico das funções corticais superiores, como: pensamento, memória, processos simbólicos, tomada de decisões, percepção e ação direcionadas a um objetivo, o planejamento de ações futuras > ÁREA PRÉ-FRONTAL > corresponde às partes não motoras do lobo frontal • Áreas corticais e suas Funções Estão nos lobos Parietal, Temporal e Occipital. As mais importantes são as áreas visuais, pois estão em todos esses lobos, principalmente no occipital. Possuem áreas de projeção (primárias) e de associação (secundárias), relacionadas com a sensação do estímulo e com a identificação dele. Temos as áreas sensitivas relacionadas com a sensibilidade somática (geral, do corpo) e sensibilidade especial (gustação, audição, olfato e visão). Estímulo elétrico direto: sensações difusas de formigamento ou dormência. Existe uma somatotopia (“Homúnculo Sensitivo”) ○ Lesões: AVC’s da A. Cerebral Média ou A. Cerebral Anterior causam perda da sensibilidade discriminativa do lado contralateral à lesão. Incapaz de distinguir a intensidade do estímulo, a localização no corpo e a estereognosia. A capacidade de sentir a temperatura, dor e tato protopático não é perdida pois já fica consciente em nível Talâmico ○ Área Somestésica Primária (S1): está no Giro Pós-Central do Lobo Parietal, corresponde as áreas 1, 2 e 3 de Brodmann. Recebe radiações talâmicas dos núcleos Ventral Posterolateral e Ventral Posteromedial com informações de temperatura, pressão, tato, dor e propriocepção consciente contralaterais • Lesão: Agnosia tátil, ou seja, incapacidade de reconhecer objetos pelo tato, apesar de senti-lo. Não consegue associar o estímulo tátil com o objeto da memória ○ Área Somestésica Secundária (S2): Está posterior à S1, no lóbulo Parietal Superior, e corresponde as áreas 5 e parte da 7 de Brodmann • Área sensitiva somática Estímulo elétrico direto: alucinações visuais com círculos brilhantes, sem definição. Tem uma retinotopia > áreas superiores da retina correspondem as áreas inferiores do lábio do sulco calcarino (sempre o contrário) ○ Lesão: lesão bilateral no lábio do sulco calcarino causa cegueira completa nos dois olhos. Dependendo do local da lesão no sulco temos áreas contrárias perdidas da retina ○ Área Visual Primária (V1): Está nos lábios do Sulco Calcarino, no Lobo Occipital, e corresponde à área 17 de Brodmann (córtex estriado). Recebe o trato Genículo- Calcarino com fibras vindo do Corpo Geniculado Lateral, relacionadas com a visão • Via Dorsal: Percepção de movimento, de velocidade e representação espacial dos objetos. Determina se o objeto em questão está parado ou não ▪ Via Ventral: Percepção de cores, reconhecimento de objetos e de faces. Determina o que o objeto é, compara com o da memória ▪ Essas áreas são conectadas por duas vias corticais que saem de V1 e unem todas essas outras áreas: via dorsal (vai para a parte porterior do Lobo Parietal) e via ventral (une as áreas do lobo Temporal) ○ Áreas Visuais Secundárias (V2, V3, V4 e V5): são extensas, fazendo parte do lobo occipital, quase todo o lobo temporal e parte do parietal. Correspondem às áreas 18, 19, 20, 21 e 37 de Brodmann (giros temporais medial e inferior + giro occipito temporal medial) • Área de Sensibilidade especial - VISÃO Página 8 de Telencéfalo consequências mais comuns de lesão dessa área é a Síndrome da Negligência, que acomete lesão do Lobo Perietal Inferior Direito > perda de reconhecimento da parte esquerda do próprio corpo e de todo o resto (espaço, objetos, outras pessoas) > paciente só veste sua metade direita, só lava e faz a barba na metade direita, só desenha a metade direita, só escreve na metade direita do papel, só come a metade direita do prato etc Está envolvido com a empatia, conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros, sensação de nojo na presença de fezes, vômitos, carniça etc, percepções de emoções (Sistema Límbico) ▪ Em psicopatas, essa parte anterior do córtex da Ínsula pode estar danificada, não permitindo que o indivíduo sinta empatia com o sofrimento alheio e nem sinta emoções ▪ Córtex insular anterior○ Estão no córtex do Hipocampo (giro Denteado), giro Para-Hipocampal, Giro do Cíngulo, Córtex Insular Anterior e área Pré-Frontal Orbitofrontal ▪ Essas áreas fazem parte do Sistema Límbico, associadas à memória e emoções ▪ O Circuito de Papez corresponde a área límbicas relacionadas com as emoções ▪ Áreas límbicas○ Agnosias são, pois, quadros clínicos nos quais há perda da capacidade de reconhecer objetos por lesões das áreas corticais secundárias, apesar das vias sensoriais e as áreas corticais primárias estarem normais. • A área primária é responsável pela sensação, e a secundária, pela interpretação desta sensação. Se a área de associação somestésica for lesada, ocorrerá uma agnosia tátil, ou seja, ele não conseguirá reconhecer a bola pelo tato, embora possa fazê-lo pela visão. Distinguem-se agnosias visuais auditivas e somestésicas, estas últimas geralmente táteis. Áreas relacionadas com a linguagem Área anterior > ÁREA DE BROCA (parte opercular e triangular do giro frontal inferior) > área 44 e 45 de Broadmann > na maioria dos indivíduos está presente apenas no lado esquerdo > expressão de linguagem > programa a atividade motora relacionada com a fala e organiza os músculos que serão contraídos para produzir som • Área posterior > ÁREA DE WERNICKE > entre os lobos temporal e parietal > área 22 de Broadmann > percepção de linguagem > organiza o que vai ser falado, o significado e contexto • Temos a área anterior da linguagem e a área posterior da linguagem. Toda essa via da linguagem é irrigada pela A. Cerebral Média○ Estímulo visual da leitura > áreas visuais > Giro Angular > transforma grafema em fonema (área de associação) > área de Wernicke (compreensão) > área de Broca (planejamento da fala) > córtex Pré-Central > envia fibras motoras > falamos • Afasia Motora: lesão na área de Broca (geralmente AVC isquêmico da A. Cerebral Média). Incapacidade de se expressar dizendo alguma coisa, a pessoa entende o que o outro fala ou escreve mas não consegue falar. Geralmente consegue falar poucas palavras demoradamente, com muito esforço. ○ Afasia Sensitiva: lesão na área de Wernicke. Incapacidade de perceber o que o outro fala ou escreve, não conseguindo produzir uma fala condizente com o que foi ouvido. Assim, o indivíduo pode falar coisas sem nexo, porque não entendeu o que o outro disse ○ Lesões: Afasias, ou seja, são distúrbios da linguagem causados por lesões nos córtex dessas áreas envolvidas com a linguagem (lado esquerdo) e não com as vias que permitem a fonação • A junção dessas duas áreas nos dá a capacidade de perceber, entender e responder (a leitura e escrita também depende dessas áreas) > ligadas pelo Fascículo Longitudinal Superior (fascículo arqueado) que passa informações da área de Wernicke para a de Broca. Via Dorsal: Percepção de movimento, de velocidade e representação espacial dos objetos. Determina se o objeto em questão está parado ou não ▪ Via Ventral: Percepção de cores, reconhecimento de objetos e de faces. Determina o que o objeto é, compara com o damemória ▪ Lesões: Agnosia visual, ou seja, incapacidade de reconhecer objetos ou aspectos deles, apesar de conseguir enxergá-los normalmente. Muito comum em lesões do lobo Temporal, que envolve a via ventral (“o homem que confundiu sua mulher com um chapéu” – Oliver Sacks). As lesões da via dorsal fazem com que o indivíduo não consiga ver os objetos em movimento, pensam que as águas de um rio, por ex., estão sempre paradas ▪ ventral (une as áreas do lobo Temporal) Estímulo elétrico direto: causam alucinações auditivas difusas, como zumbidos. Há uma representação tonotópica com base na frequência dos sons ○ Lesões: se bilateral, causam surdez completa (surdez central). Lesões unilaterais (em apenas um giro) causam déficts auditivos pequenos pois a via auditiva não se cruza totalmente, se mistura para não perder totalmente a audição ○ Área Auditiva Primária (A1): está no Giro Temporal Transverso Anterior (giro de Heschl), correspondente às áreas 41 e 42 de Brodmann. Recebe a radiação auditiva que veio do Corpo Geniculado Medial, envolvida com a via auditiva • Área Auditiva Secundária (A2): está no Giro Temporal Superior, ao lado da área auditiva primária e corresponde a área 22 de Brodmann. Está associada a informações auditivas especiais • Áreas de sensibilidade especial - AUDIÇÃO Área Vestibular: está no lobo Parietal, próxima da área somestésica da face. Recebe fibras de sensibilidade proprioceptiva inconsciente vindas do vestíbulo que informam sobre a posição e movimentação da cabeça • Áreas de sensibilidade especial - PROPRIOCEPÇÃO INCONSCIENTE Área Olfatória: está na parte anterior do Úncus e do Giro Para-Hipocampal (área entorrinal – Rinencéfalo). É verdade o boato de que se você sente cheiros muito estranhos e desagradáveis quando ninguém mais sente pode ter algum problema central: epilepsias locais no úncus pode causar essas alucinações olfatórias (crises uncinadas) • Áreas de sensibilidade especial - OLFATO Área Gustativa Primária (G1): está na parte posterior da Ínsula. É ativada apenas pela visão ou pensamento de alimento, então recebe fibras visuais e do córtex pré- frontal também. Também tem conexões com o olfato e sensibilidade somestésica da boca • Área Gustativa Secundária (G2): está na região orbitofrontal da área Pré-Frontal• Áreas de sensibilidade especial - GUSTAÇÃO Assimetrias das funções corticais Como a área da linguagem (Broca) está presente em 85% da população no lado esquerdo pois a maior parte é destra, teremos muitas dúvidas em qual lado está a área de Broca em canhotos, então precisamos ter mais atenção nesses casos (neurocirurgia). Podemos usar contrastes ou ressonância magnética funcional para saber em qual hemisfério está a área de Broca da pessoa (a área fica mais ativa quando o paciente fala, aumenta o fluxo sanguíneo) ○ Há uma relação entre a dominância cerebral (qual hemisfério é mais dominante no indivíduo) e o uso da mão (destro ou canhoto). Dentre os destros, mais de 90% tem o hemisfério esquerdo dominante • A maioria das funções utiliza os dois hemisférios de alguma forma. Mesmo na linguagem, enquanto na maioria dos indivíduos o esquerdo está relacionado mais ao significado das palavras, o direito está relacionado à prosódia, ou seja, entonação, gestos, expressões faciais associados à fala • Pacientes cuja comissura foi seccionada cirurgicamente para melhorar certos quadros de epilepsia > não têm nenhum distúrbio sensitivo ou motor evidente. Entretanto, são incapazes de descrever um objeto colocado em sua mão esquerda, embora possam fazê-lo quando o objeto é colocado na mão direita. Nesse caso, as impressões sensoriais do objeto chegam ao hemisfério esquerdo, onde estão as áreas da linguagem, o que permite a descrição do objeto. Já no caso em que o objeto é colocado na mão esquerda, os impulsos sensoriais chegam ao hemisfério direito, onde não existem áreas da linguagem. Como estão lesadas as fibras do corpo caloso, que, no indivíduo normal, transmitem as informações aos centros da linguagem do hemisfério esquerdo, o indivíduo, apesar de reconhecer o objeto, é incapaz de descrevê-lo ○ A assimetria funcional entre os dois hemisférios toma mais importante o papel do corpo caloso de transmitir informações entre eles • Os hemisférios não são simétricos, as funções atribuídas a um giro ou lobo podem ser diferentes entre o hemisfério direito e o esquerdo. O principal exemplo é a área da linguagem, que está presente apenas no lado esquerdo na maior parte da população. Assim, temos o hemisfério esquerdo com funções mais relacionadas com a linguagem e raciocínio matemático, enquanto o direito é dominante nas habilidades artísticas, na percepção espacial e no reconhecimento da fisionomia das pessoas. Ocorre uma especialização de cada hemisfério, mas não tem exclusividade funcional. Tal assimetria ocorre apenas nas áreas de associação, pois as áreas de projeção são idênticas (a área motora primária é idêntica nos dois hemisférios). Página 9 de Telencéfalo
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