Distúrbios de Crescimento e de Diferenciação celular- hipotrofia e hipertrofia

Prévia do material em texto

Distúrbios de Crescimento e de Diferenciação celular
Porcessos que sofrem influencia de agentes internos e externos.
Multiplicação celular: Responsavel pela formação de conjunto de celulas que compoem o individuo.
Diferenciação celular: Especialização morfologica e funcinonal que permite o desenvolvimentodo organismo como um todo.
Tanto a proliferação celular (multiplicação / crescimento celular) quanto a Diferenciação celular (especialização morfológica e funcional) são processos importantes para os seres vivos multicelulares para a formação, desenvolvimento e sobrevivência.
Em condições saudáveis (normais), a proliferação celular (multiplicação celular) ocorre para: formar novas células embrionárias a partir do zigoto, formar novas células adultas (já especializadas) para possibilitar o crescimento do tecido / órgão, para repor células mortas (finalizando o reparo de lesão) Já a especialização (diferenciação) celular serve para geneticamente ativar uma função para cada grupo específicas.
Exemplos de agentes externos que podem alterar a velocidade de proliferação celular: (multiplicação) e/ou diferenciação (especilização) celular são: agentes infecciosos (vírus e bactérias) , radiação de Raiox X ou radiação solar.
Exemplos de agentes internos que afetam multiplicação e/ou especialização celular: são alterações genéticas. Hormônios em concentrações diferentes da quantidade necessária (máxima ou mínima) afetam a velocidade de ocorrência de mitoses e de especialização. 
 Muitos são os fatores (internos e externos ao organismo) que atuam sobre os mecanismos de proliferação e diferenciação celulares, potencialmente afetando a homeostasia do sistema. Tentativa de adaptação de células, tecidos e órgãos para restabelecimento homeostase. Adaptação podem implicar em distúrbios de proliferação e/ou diferenciação celulares, além de alguns distúrbios concernentes ao crescimento (volume) celular.
Alteração da taxa de divisão celular está significa a ALTERAÇÃO DA VELOCIDADE em que as células daquele tecido tecido/órgão se multiplicam.
Origem das alterações
Alterações do Desenvolvimento = Congênitas Alterações do Crescimento = Adquiridas Alterações da Diferenciação Celular = Congênitas e/ou Adquiridas
Alteração da diferenciação celular- é quando uma célula deveria desempenhar determinada função porém passa a se especializar geneticamente para desempenhar uma função diferente.
Os distúrbios (alteações) relacionadas ao aumento ou a redução do volume (tamanho) da célula, causando alteração no volume do órgão aonde as células com TAMANHO alterado.
Lembrando que as células podem ser submetidas a 2 ou mais fatores causais simultaneamente.
Classificação nomenclatura
Alteração do volume celular: Hipertrofia (aumento) e hipotrofia (atrofia). Alteração da taxa de divisão celular: Hiperplasia, hipoplasia e aplasia ( interrompe desenvolvimento). Alteração de diferenciação celular: Metaplasia. Alteração do crescimento e diferenciação celular: Displasia e neoplasia.
Alteração do volume celular
HIPERTROFIA: Aumento do volume celular.
Caracteristica: Alta taxa de estímulos para síntese de seus constituintes básicos e Aumento das funções celulares.
HIPOTROFIA: Diminuição do volume celular.
Causas: Eventuais agressões que diminuem a nutrição da célula.
Caracteristica: Diminuição de metabolismo e Diminuição da capacidade de manutenção e integração estrutural e funcional.
HIPERTROFIA CELULAR 
É uma estratégia das células e órgãos para se adaptarem a uma maior exigência funcional, seja esta fisiológica ou patológica.
Hipertrofia fisiológica: fenômeno programado, Ex: Hipertrofia da musculatura uterina observada durante a gestação.
Hipertrofia patológica: pode decorrer de uma série de estímulos aos quais células e órgãos tentam se adaptar. Ex: Hipertrofia da parede cardíaca em resposta à sobrecarga imposta por obstáculo ao fluxo sanguíneo.
A capacidade de hipertrofia difere de acordo com o tipo celular. Células lesionadas não são capazes de hipertrofiar, pois há a necessidade de as organelas celulares estarem funcionalmente íntegras para que as reações necessárias à sobrevivência celular se deem sem prejuízos.
Independentemente do local, a ocorrência de aumento do volume (e das funções) nas células hipertrofiadas depende de alguns aspectos: Integridade da inervação, Maior fluxo sanguíneo regional para ampliar aporte de nutrientes e de O2 para suplantar a demanda celular aumentada.
Hipertrofia altera o volume e o peso de dado órgão ou tecido (já que as células estão maiores e mais pesadas), e não há mudanças na arquitetura da estrutura.
Atenção: Hipertrofia usualmente está associada a ocorrência de hiperplasia (proliferação celular aumentada com manutenção da diferenciação normal)
Existe limite para a hipertrofia celular. Alcançado este limite, a célula tende a se dividir ou, mais precisamente, liberar estímulos às células-tronco (CT) do tecido em questão para que estas se multipliquem e se diferenciem para o tipo celular que está sob intenso estímulo. Potencial regenerativo dos tecidos depende do potencial replicativo de suas células.
Classificação das células sob o ponto de vista replicativo: Células lábeis são capazes de se replicar, células estáveis replicam-se apenas sob necessidade, células perenes não se replicam.
HIPOTROFIA CELULAR (ou ATROFIA CELULAR)
A hipotrofia é um processo de adaptação às agressões considerado reversível. (Ex: Situação de desuso de alguma musculatura esquelética de indivíduo acamado).
Principal mecanismo subjacente à hipotrofia: diminuição dos componentes celulares estruturais devido a maior degradação proteica e digestão de componentes internos orquestrada pela própria célula
Principais responsáveis pelo efeito hipotrófico: Ação de enzimas lisossomais, Ativação da via ubiquitina-proteossomo (causa principal): ubiquitinação das proteínas a serem degradadas com monômeros de uma pequena proteína chamada ubiquitina; após a ubiquitinação, as proteínas são reconhecidas e carreadas ao proteossomo, onde ocorrerá a proteólise. 
ATENÇÃO: As consequências da hipotrofia podem não ser tão inofensivas em alguns casos
 A depender do órgão acometido e de sua relevância para o organismo, a hipotrofia pode acarretar uma série de complicações. Ex: Hipotrofia renal por obstrução da artéria que irriga o órgão pode trazer prejuízos ao indivíduo no que diz reseito à eficiência de filtração do sangue e eliminação de produtos tóxicos. 
Alterações da Proliferação Celular
HIPERPLASIA: Aumento da proliferação celular (mantendo-se a diferenciação normal).
HIPOPLASIA: Diminuição da taxa de proliferação celular.
Hipoplasia
A diminuição da taxa de divisão celular (hipoplasia: do grego hypo = pouco; plasis = formação) resulta em diminuição do volume e do peso do órgão ou tecido afetado, embora se conserve a arquitetura regional básica.
Hipoplasia pode ser fisiológica ou patológica, a diminuição do ritmo de renovação celular,aumento da taxa de destruição das células ou a ocorrência de ambos os fenômenos concomitantemente.
Exemplo de hipoplasia fisiológica: a involução do timo a partir da puberdade. Já dentre os casos de
 Exemplo de hipoplasia patológica: hipoplasias de medula óssea, sejam provocadas por agentes tóxicos, sejam resultado de uma infecção. 
As células de um tecido/órgão podem também ser acometidas por ALTERAÇÕES de PROLIGERAÇÃO CELULAR (multiplicando-se em velocidade maior ou menor do que a velocidade de multiplicação celular (por mitose)
Em relação a alteração patológica da velocidade de proliferação celular , existem condições patológicas de aceleração de velocidade e de mitoses (hiperplasia)e redução da velocidade das mitoses (hipoplasia)
Nas doenças humanas, observa-se casos com hiperplasia ou hipoplasia celular que não estão associadas a hipertrofia ou hipotrofia celular.