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Traumatologia Forense Prof. Mauricio Pavone Disciplina – Radiologia Forense Traumatologia Forense Conceito A Traumatologia Forense estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas pelos agentes lesivos. A traumatologia forense é ramo que estuda as lesões presentes no corpo da vítima, causadas por energias das mais variadas ordens, a análise desses traumas pode apurar a forma com que se deu a morte da vítima, quando essa não possa por outro meio ser esclarecida. Traumatologia Forense Conceito Trauma é o resultado da ação vulnerante que possui energia capaz de produzir a lesão. CAUSAM DANOS ENERGIA VULNERANTE Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 1. de ordem mecânica; As energias de ordem mecânica são aquelas que, atuando sobre um corpo, são capazes de modificar o seu estado de repouso ou movimento. Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 1. de ordem mecânica; Somente Pressão; Pressão e Deslizamento ; Choque, acompanhado ou não de deslizamento • Ação/atuação: agem por contato e diretamente sobre a superfície atingida, atuando por: Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 1. de ordem mecânica; Quando estes modos de ação se associam, a lesão passa a ser chamada de mista (composta): Instrumentos Ação Composta pérfuro-cortantes pérfuro-cortundentes corto-contundentes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Atuam por pressão sobre um determinado ponto e penetram a superfície, geralmente afastando as fibras dos tecidos atingidos Perfurantes ou Punctórios Instrumentos ou agentes finos, alongados, pontiagudos (punctórios) de diâmetro transversal (secção) extremamente reduzido em relação ao seu comprimento, produzindo lesões punctórias ou punctiformes. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Perfurantes ou Punctórios • Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete, garfo, espeto (de churrasco), seta, florete, furador de gelo e outros. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Perfurantes ou Punctórios FERIDA PUNTIFORME Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Perfurantes ou Punctórios Características – 1. Orifício de entrada Diminuto, circular ou fusiforme Pouco sangramento externo Recoberto por uma crostícula sero-hemática - A lesão pode ocasionar importantes lesões internas - perfurações de órgãos, vísceras ou hemorragias Seguem a elasticidade e contratilidade da pele (Leis de Filhós e Langer) (Leis de Filhós e Langer) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Perfurantes ou Punctórios Características – 2. Trajetória 1. Retilínea 2. Predomina a profundidade (comprimento) sobre o diâmetro 3. Termina em fundo cego (fundo de saco – lesão penetrante 4. Pode ser transfixante com orifício de saída semelhante ao de entrada Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Perfurantes ou Punctórios Características – 2. Trajetória Retilínea Predomina a profundidade (comprimento) sobre o diâmetro Termina em fundo cego (fundo de saco – lesão penetrante Pode ser transfixante com orifício de saída semelhante ao de entrada Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Exemplos são as lâminas de barbear, as navalhas e o bisturi. Os instrumentos cortantes agem por meio de pressão e deslizamento, de forma linear ou oblíqua, sobre a pele ou tecido dos órgãos. Foto disponível em : https://estudandopericia.wordpress.com/2016/12/20/lesoes-causadas- por-instrumentos-cortantes// Cortantes http://www.malthus.com.br/ Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Características 1. Regularidade e nitidez de suas margens e bordas; 2. Hemorragia quase sempre abundante; 3. Predomínio do comprimento sobre a profundidade; 4. Afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas lesões post-mortem) Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 1.Na parte anterior do pescoço: Esgorjamento 2. Na parte posterior do pescoço: secção quase total do pescoço denomina-se: Degolamento 3. Quando há a separação total da cabeça do restante do corpo denomina-se: Decapitação 4. Evisceração (haraquiri); 5. Lesões de defesa Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 1.Na parte anterior do pescoço: Esgorjamento Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 2. Na parte posterior do pescoço: secção quase total do pescoço denomina-se: Degolamento Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 3. Quando há a separação total da cabeça do restante do corpo denomina-se: Decapitação Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 4. Evisceração (haraquiri); Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Simples Instrumentos FERIDAS ESPECIAIS 5. Lesões de defesa Cortantes Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes Os instrumentos contundentes são todos aqueles que agem pela ação de uma superfície. Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos desde que atuem por pressão, explosão, torção, distensão, descompressão, arrastamento ou outro meio. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes Exemplo: as mãos, um tijolo, um automóvel, jato de ar, a superfície de água de uma piscina. Os instrumentos contundentes produzem lesões contusas, geralmente encontradas nos acidentes de automóvel, nos desabamentos, lutas corporais e outros. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes O choque de superfícies pode se dar de forma : Ativa (quando o instrumento é projetado contra a vítima) ou Passiva (quando a vítima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda) ou Mista (ambos em movimentação) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes Devido à elasticidade da pele, esta se conserva íntegra e a lesão se produz em nível profundo. São várias: 1. Escoriação: quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele; 2. Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sangüíneo infiltrando os tecidos; 3. Bossas e hematomas: quando o derrame sangüíneo não encontra condições de se difundir e forma coleções localizadas. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes 1. Escoriação: quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele; Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes 2. Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sangüíneo infiltrando os tecidos; As equimoses superficiais apresentam uma sucessão de cores denominada de espectro equimótico, cuja evolução obedece o quadro ao lado: Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes 3. Bossas: quando o derrame sangüíneo não encontra condições de se difundir e forma coleções localizadas. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes 3. Hematomas: É semelhante à equimose, porém, trata-se de um rompimento de um vaso maior, portanto, o sangramento é mais violento a ponto de descolar a pele, formando uma verdadeira bolsa de sangue. Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas variações de cores da equimose, só que processo será mais demorado. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação SimplesInstrumentos Contundentes OUTRAS LESÕES LUXAÇÃO: é o afastamento repentino e duradouro de uma das extremidades. FRATURA: é a solução de continuidade, parcial ou total dos ossos submetidos à ação de instrumentos contundentes (as fraturas cranianas são geralmente radiadas). ROMPIMENTO DE ÓRGÃOS: decorrente de fratura Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação Mista Instrumentos Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Cortantes São aqueles geralmente dotados de ao menos uma ponta e pelo menos uma lâmina ou gume. Inicialmente o instrumento pérfuro-cortante age afastando as fibras e facilitando a penetração, para depois seccioná-las. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Cortantes Foto disponível em : http://www.malthus.com.br/ As lesões produzidas pelos instrumentos pérfuro-cortantes denominam-se pérfuro-incisas, e tem como característica, geralmente serem mais profundos que largos. http://www.malthus.com.br/ Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Cortantes Características: – Lesão em botoeira (casa de botão) – Lesões biconvexas (punhal) – Na forma do agente EXEMPLOS 1. de um só gume: faca, canivete, espada, baioneta, hastes da tesoura; 2. de dois gumes: punhal, faca vazada; 3. de três ou mais gumes: triangulares, lima. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Corto-Contundentes São aqueles que atuam por pressão exercida sobre uma linha. As lesões produzidas pelos instrumentos cortocontundentes são denominadas corto- contusas. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Corto-Contundentes Sua gravidade depende do ângulo de incidência, da superfície atingida e pela força de impacto. São lesões sempre profundas, com bordas e formas irregulares, com destruição de tecidos, inclusive com fraturas Exemplos: foice, facão, machado, enxada e rodas de trem. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes São aqueles que agem inicialmente por pressão em uma superfície e posteriormente perfuram a região atingida. As lesões produzidas pelos instrumentos pérfuro- contundentes são denominadas pérfuro-contusas e são as lesões típicas dos projéteis de arma de fogo, não obstante não sejam eles os únicos agentes capazes de produzir este tipo de ferimento. Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes O projétil é o mais típico agente pérfurocontundente • É composto de chumbo e revestido ou não por outros metais; • Possuem formas variáveis: cilíndricas ou ogivais; • As munições podem ter carga simples ou única (revólver) ou múltiplas (cartucheiras) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes CRITÉRIOS DE ESTUDO DA LESÃO São consideradas: 1. pela distância de disparo do alvo 2. pelas características de seus orifícios: 2.1. de entrada 2.2. de saída 3. pela sua trajetória (ou trajetos) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes Lesões que causam – perfuração e – ruptura dos tecidos Características do ferimento – bordas irregulares – predomínio da profundidade – caráter penetrante ou transfixante) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes Ao atingir o corpo, o projétil provoca – rompimento na pele, formando um orifício em forma tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de enxugo) – arrancamento da epiderme (orla de contusão) • Ao se formar o túnel de entrada – pequenos vasos se rompem formando equimoses em torno do ferimento (orla equimótica) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes • ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e se rompe devido à diferença de elasticidade de derme e epiderme • ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos • ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou às faces do projétil, limpando-os dos resíduos da pólvora ORIFÍCIO DE ENTRADA – ORLAS (SEMPRE PRESENTES) Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes ORLAS E ZONAS DE CONTORNO Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes ORLA DE CONTUSÃO E ENXUGO - ANEL DE FISH Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes ORIFÍCIOS DE ENTRADA Podem ser – circulares (90°) – ovais ou arredondados (ângulo diverso de 90°) ou – tangencial, de acordo com o ângulo de incidência Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes ORIFÍCIOS DE ENTRADA Podem ser – circulares (90°) – ovais ou arredondados (ângulo diverso de 90°) ou – tangencial, de acordo com o ângulo de incidência Traumatologia Forense 1. de ordem mecânica; Ação MistaInstrumentos Pérfuro-Contundentes IMAGEM TIRO ENCOSTADO Traumatologia Forense ORIFÍCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO a) forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann) b) sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento c) diâmetro do ferimento maior que o projétil (explosão dos gases) d) halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi) e) impressão (pressão) do cano da arma (sinal de Werkgaertner) f) quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída Traumatologia Forense Modalidade de Disparo Distância Fonte: https://garagemdodireito.jusbrasil.com.br/artigos/612528129/a-balistica-forense-e-sua- importante-relacao-com-o-ordenamento-juridico Balística Forense Traumatologia Forense TIRO ENCOSTADO Traumatologia Forense ORIFÍCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO Sinal do Funil de Bonnet (define entrada e saída de projéteis em crânio) Traumatologia Forense ORIFÍCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO Sinal de Benassi - halo fuliginosoCâmara de mina de Hofmann Traumatologia Forense ORIFÍCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO Câmara de mina de Hofmann Traumatologia Forense ORIFÍCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO Sinal de Pupe Werkgaetner Marca da alça de mira Traumatologia Forense TIRO A CURTA DISTÂNCIA Traumatologia Forense ORIFÍCIO DE ENTRADA – TIRO A CURTA DISTÂNCIA a) cone de dispersão do tiro b) forma arredondada ou circular c) orla de escoriação ou contusão d) orla equimótica e) orla de enxugo f) zona de tatuagem g) zona de esfumaçamento (removível) h) zona de queimadura (chamuscamento) Traumatologia Forense ORIFÍCIO DE ENTRADA – TIRO A CURTA DISTÂNCIA Zona de Esfumaçamento É produzida pelo depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício de entrada. Traumatologia Forense ORIFÍCIO DE ENTRADA – TIRO A CURTA DISTÂNCIA Chamuscamento A ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo. Traumatologia Forense ORIFÍCIO DE ENTRADA – TIRO A CURTA DISTÂNCIA Zona de Tatuagem É resultante da impregnação de partículas de pólvora incombusta que alcançam o corpo. Traumatologia Forense TIRO A DISTÂNCIA Traumatologia Forense ORIFÍCIO DE ENTRADA – TIRO A DISTÂNCIA a) forma arredondada b) diâmetro menor que o do projétil c) com orla de escoriação d) com orla equimótica Traumatologia Forense Lesões Pérfurocontusas Orifício de Entrada x Orifício de Saída Exceções podem ocorrer: • tiro encostado • ricochete, o projétil perde sua propulsão (“bala perdida”) • dois ou mais projéteis sucessivos atingem o mesmo ponto na pele Traumatologia Forense TRAJETO/TRAJETÓRIA Trajetória: é o caminho percorrido pelo projétil fora do corpo (da arma até a superfície atingida) – por ser • trajeto simples: resultante de projétil único • trajeto múltiplo: resultante de projéteis múltiplos Trajeto: é o caminho percorrido pelo projétil dentro do corpo da vítima – pode ser • transfixante • não transfixante (projétil retido) Traumatologia Forense FERIMENTOS POR PROJÉTEIS MÚLTIPLOS Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense Energias de Ordem Física São energias capazes de modificar o estado físico dos corpos causando lesões ou mesmo a morte. As mais comuns são: som. temperatura; pressão; eletricidade; radioatividade; luz; Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Lesões causadas pelo calor Frio Temperatura As lesões produzidas pelo frio, geladuras, têm aspecto pálido e anserino (relativo ou semelhante a pato ou ganso), frequentemente evoluindo para isquemia e necrose ou gangrena. Geladuras: 1º Grau – eritema; 2º Grau – flictenas; e 3º Grau – necrose ou gangrena. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Frio Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente O calor quente pode atuar sobre o corpo humano de forma : Difusa a fonte de calor não incide diretamente sobre a área atingida, mas sim tornando o meio ambiente incompatível com os fenômenos biológicos. (produz os quadros conhecidos como de insolação e a intermação. Direta PRODUZ QUEIMADURAS Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Insolação A desidratação e a queimadura da pele são os sintomas mais freqüentes da insolação, especialmente em crianças e idosos. Quando alguém fica muito tempo sob o sol, a pele queima, suas células são destruídas e o líquido que fica entre essas células é eliminado. O suor e a respiração mais intensa facilitam a perda de água. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Insolação Outros sintomas da insolação são dor de cabeça, tontura, vertigem, falta de ar, aumento da temperatura do corpo, mal-estar e vômitos, sem contar o envelhecimento precoce e o aumento em 25 vezes da chance de a pessoa desenvolver tumores de pele, no caso de haver queimadura. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Intermação Radiação: Troca global de energia térmica radiante (ar). Não requer contato molecular. Condução: Transferência direta por contato com líquido, sólido ou gás. A água absorve milhares de vezes mais calor. Requer contato molecular. Mecanismos de termorregulação contra o superaquecimento: Convecção: Permuta de ar ou líquido adjacente já aquecido. Transpiração/Evaporação: Mecanismo mais eficiente. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras Quanto à profundidade, segundo Hoffmann, as queimaduras classificam-se em: (A gravidade das queimaduras, em relação à sobrevivência da vítima, é avaliada em função de sua extensão e intensidade). Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras Quanto à profundidade, segundo Hoffmann, as queimaduras classificam-se em: 1º Grau - queimaduras leves, simples formação de eritemas; 2º Grau - formação de flictenas nas áreas eritematosas; 3º Grau - atingem a derme e os tecidos adjacentes dando origem à formação de escaras; e 4º Grau - carbonização. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras 1º Grau - apenas a epiderme é afetada; - vermelho vivo, devido a simples congestão da pele.; Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras 2º Grau – – caracterizado pela formação de vesículas, que suspendem a epiderme; – são constituídas de líquido amarelo-claro, transparente – no cadáver em seus lugar se vêem placas apergaminhadas. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras 3º Grau –formam manchas de cor castanha, ou cinza-amarelada, indicativas da morte da derme; –deixam cicatrizes proeminentes; –no cadáver, apergaminham-se. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura Lesões causadas pelo calor Quente Queimaduras 4º Grau - carbonização. –se particularizam pela carbonização do plano ósseo; –pode ser total ou parcial; –ocorre redução do volume do cadáver Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Temperatura DE QUARTO GRAU • freqüentemente está associada ao crime • acidentes de trabalho, de trânsito, aéreo DO PRIMEIRO AO TERCEIRO GRAUS • acidentes do trabalho e domésticos • suicídio • crime Causas das queimaduras Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Pressão Os principais fenômenos resultantes das alterações de pressão são: Diminuição da pressão: Mal das montanhas ou dos aviadores Aumento da pressão: Doenças dos caixões ou mal dos escafandristas; e Barotraumas (é uma manifestação patológica ligada à variações de pressão no interior do corpo). Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Pressão Barotrauma Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Eletricidade Eletricidade natural ou cósmica: fulminação – morte; e fulguração – lesões corporais. Eletricidade artificial ou industrial: eletroplessão – acidental (morte ou lesões); e eletrocussão – execução de um condenado. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Eletricidade Sinal de Lichtenberg. As lesões produzidas pela fulguração ou fulminação, tomam aspecto arboriforme, denominadas de sinal de Lichtenberg, decorrentes de fenômenos vasomotores, que podem desaparecer com o tempo em caso de sobrevivência. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Eletricidade Sinal de Lichtenberg. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Eletricidade Marca elétrica de Jellinek A eletricidade artificial produz, no local de entrada, uma lesão que com freqüência assume a forma do condutor elétrico que originou a descarga. É uma lesão de bordas elevadas e coloração amarelo esbranquiçada e indolor, que recebe a denominação de marca elétrica de Jellinek. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Radioatividade Alguns dos efeitos sobre o organismo são: alterações genéticas; vários tipos de câncer; alteração das células do sangue produzindo hemorragias acentuadas em vários pontos do organismo. alterações da espermatogênese; Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Luz Dependendo da intensidade, também pode ocasionar lesões no corpo humano, particularmente relacionadas com alterações ou até mesmo perda da visão por dano irreversível no nervo ótico. A luz tem forte influência sobre o psiquismo humano, razão pela qual a polícia utilizou, durante longo período, o chamado terceiro grau, técnica de interrogatório onde o interrogando é colocado debaixo de um holofote que lhe ofusca a visão Traumatologia Forense Energias de Ordem Física As ondas sonoras, ou ondas de pressão, nada mais são que a propagação de um distúrbio mecânico através de um meio elástico como o ar. Som Valores Comparativos Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Som Segundo o anexo n.º 1 da NR-15, os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente (assim considerados os que não sejam de impacto), são: Adaptado da NR.15 Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Químicas Compreendem: cáusticos ou corrosivos: coagulantes – desidratação; e liquefacientes – dissolução dos minerais. venenos ou tóxicos - substâncias de qualquer natureza que, uma vez introduzidas no organismo e por ele assimiladas e metabolizadas, podem levar a danos da saúde física ou psíquica inclusive a morte. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Químicas Cáusticos ou corrosivos: são substâncias químicas que provocam profunda desorganização dos tecidos vivos, quer por desidratação (coagulantes) quer por efeito de dissolução dos minerais (liquefacientes). São exemplos de cáusticos a soda, o ácido clorídrico e o ácido sulfúrico, ou vitríolo, de onde deriva a denominação vitriolagem, que indica as lesões produzidas por essas substâncias. Traumatologia Forense Energias de Ordem Física Químicas Veneno ou tóxico: Definir veneno ou tóxico é uma tarefa bastante difícil, já que na dependência da dose até mesmo os alimentos ou a própria água podem provocar danos à saúde. Pode-se conceituar venenos ou tóxicos, entretanto, como substâncias de qualquer natureza que, uma vez introduzidas no organismo e por ele assimiladas e metabolizadas, podem levar a danos da saúde física ou psíquica inclusive a morte. Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense Energias de ordem físico-químicas Asfixiologia Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense Energias de ordem bioquímica A energias de ordem bioquímica são aquelas que se manifestam de modo combinado, havendo fatores orgânicos e químicos. Traumatologia Forense Energias de ordem bioquímica Inanição Traumatologia Forense CLASSIFICAÇÕES DAS ENERGIAS VULNERANTES 5. de ordem bioquímica; 1. de ordem mecânica; 2. de ordem física; 3. de ordem química; 4. de ordem físico-química 6. de ordem biodinâmica; e 7. de ordem mista. Fonte: Vanrell,2003 Traumatologia Forense Energias de Ordem Mista Dentro do conceito de energias de ordem mista podemos agrupar todas aquelas situações em que para a produção da lesão concorrem causas variadas. Adaptado: Vanrell,2003
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