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– – – – “O ” www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago “Professores! Quem são os herdeiros colaterais”? Os colaterais são herdeiros facultativos – são os irmãos, os tios, os primos, enfim, todos aqueles que não estiverem em linha reta sucessória. Os colaterais somente herdarão se inexistirem herdeiros necessários, ou se estes renunciarem a herança ou forem dela excluídos por deserdação ou indignidade. E lembre-se do que acabamos de ver, na hipótese contrária, quando há herdeiros necessários, só é permitido ao testador dispor da metade de seus bens. Em ambos os casos, os colaterais poderão ser afastados da sucessão, bastando para isto que não sejam contemplados em testamento feito pelo autor da herança. Visto quem são os herdeiros necessários e colaterais, vamos voltar às disposições gerais da sucessão! O artigo 1790 traz a figura do(a) companheiro(a) na vigência da união estável e as condições nas quais ele participará da sucessão, isto ¹em regime de união estável e ²para o caso dos bens adquiridos onerosamente (ou seja, não se enquadram aqui os bens que tenha sido recebido, por exemplo, por herança). Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. Continuando o nosso estudo, vamos ver agora a herança e sua administração. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros. Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio. A herança é deferida aos herdeiros como um todo unitário, ou seja, é tratada como uma coisa só, uma universalidade, e regular-se-á de acordo com as normas relativas ao condomínio. Deste modo, somente ao final da partilha é que cada herdeiro receberá seu quinhão, ou seja, a parte que lhe caiba dos bens. Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados. “O que isto quer dizer”? Por exemplo, se houver uma dívida maior do que a herança, a parte que excedê-la não poderá ser cobrada. Por isso, também, a expressão de que o herdeiro responde por encargos até as forças da herança. Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública. § 1º. Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente. Deste modo, se o herdeiro cedeu seus direitos e, após esta cessão, obtiver mais vantagens em decorrência de substituição ou acréscimo, estas “novas vantagens” não estarão abrangidas pelo contrato de cessão. Art. 1.793. § 2º. É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente. O herdeiro poderá ceder seus direitos como um todo, mas não poderá ceder apenas algum bem singular como, por exemplo, um carro. Cabe ressaltar que esta cessão será ineficaz com relação à herança, mas não tornará ineficaz o negócio jurídico, que poderá produzir os seus efeitos se ao final da partilha o bem ficar no quinhão do cedente. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago A herança é um todo unitário, por isso não ser possível a sua aceitação ou a sua renúncia em parte, sob uma condição ou um termo. Não pode a pessoa, por exemplo, aceitar o ativo e renunciar às dívidas. O § 1º fala do herdeiro (sucessor a título universal) que poderá também ser chamado à sucessão na qualidade de legatário (que é o sucessor a título singular). Este parágrafo é uma exceção ao caput, pois a pessoa pode, se assim quiser, escolher entre a herança e o legado (mas ambos na sua totalidade). Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menosque se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada. Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira. Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subsequente. “Não entendi isto”? Vamos exemplificar para facilitar a sua compreensão. Se o autor da herança tiver deixado três filhos e um deles renunciar à herança, a sua parte será acrescida à parte dos dois filhos que a aceitaram e não aos netos (filhos deste que renunciou). Somente quando o renunciante for o único herdeiro de sua classe (no exemplo, se o renunciante fosse filho único) é que a herança será devolvida aos da classe subsequente e observada a ordem de vocação hereditária. Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. Porém cabe ressaltar que a renúncia, como qualquer outro negócio jurídico, está sujeita aos vícios de vontade, podendo, então, ser invalidada pelos vícios dos negócios jurídicos em geral. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. § 1º. A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. § 2º. Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. Agora vamos ver quem deverá ser excluído da sucessão: Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença. Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue- se em quatro anos, contados da abertura da sucessão. Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens. Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa- fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar- lhe perdas e danos. Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles. Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico. Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Agora vamos imaginar uma situação: Uma pessoa morre e não deixa disposições de última vontade (testamento), além disso, ela não possui herdeiros necessários. O que acontecerá com os bens desta pessoa? Nesta situação estaremos diante da possibilidade de sua vacância, ela está positivada no art. 1.819: Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. Quando o de cujus não deixou testamento, nem herdeiro notoriamente conhecido, a herança não terá quem a administre, ficando o patrimônio do de cujus sem qualquer proteção, sujeito, deste modo, a deteriorações ou apropriação de terceiros. Nestes casos, de acordo com o artigo 1.819, os bens serão arrecadados e ficarão sob a guarda e administração provisória de um curador até a entrega destes bens aos herdeiros que se habilitarem ou, então, até a declaração de sua vacância (situação que decorre do não aparecimento de herdeiros). Praticadas as diligências de arrecadação dos bens e terminado o inventário, que consistirá na arrecadação e identificação do patrimônio do autor da herança, passa-se a outra fase, caracterizada pela busca de herdeiros. Isso de acordo com o art. 1.820: Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante. No período que antecede a vacância a herança ainda é denominada jacente, sendo assegurado aos credores o direito de reivindicar o pagamento de dívidas reconhecidas (art. 1.821). Assim, admite-se a habilitação de dívidas vencidas e exigíveis, caso em que, com a concordância das partes (curador da herança jacente e Ministério Público) o juiz mandará que se faça a separação de dinheiro ou, em sua falta, de bens suficientes para o pagamento. Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança. Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal. Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão. Mesmo após os bens terem sido declarados vacantes, ainda há um prazo de cinco anos para que se apresentem herdeiros. Findo este prazo, sem que ninguém tenha se apresentado para requerer a herança, os bens, passarão ao domínio do Estado, do Distrito Federal ou da União (dependendo de onde estiverem localizados). Outra situação, na qual, mesmo existindo herdeiros, a herança será declarada vacante, é a descrita no art. 1.823: Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante. Em princípio, a herança não pode ser considerada jacente se os herdeiros são conhecidos, porém, se todos renunciarem ao direito (e não havendo outros herdeiros), desde logo se recolherá o acervo de bens ao Estado. Agora vamos passar ao estudo da ação de petição de herança. Esta ação será intentadapor herdeiro que foi preterido e que através desta ação buscará o reconhecimento judicial da sua qualidade de herdeiro, bem como a restituição do patrimônio deixado pelo autor da herança ou parte dele. Vamos ver os artigos referentes à petição de herança. Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua. Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários. Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se-lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222. Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados. Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-fé. Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu. Antes de comentarmos este artigo, cabe uma explicação a respeito dos legados. O legado é uma disposição testamentária de um bem singular como, por exemplo, um anel, um carro ou até de uma quantia em dinheiro, que o testador deixa para uma pessoa (que poderá ser um herdeiro legítimo ou não). O legado é diferente da herança. A herança é o conjunto de bens deixado pelo falecido, já o legado é um bem singular ou mesmo vários do conjunto da herança (Não se preocupe que voltaremos a este assunto mais adiante na aula). Assim, ao efetuar o pagamento de um legado, o herdeiro (real ou aparente) nada mais faz do que cumprir uma determinação do testador que, enquanto eficaz, faz sair do acervo hereditário um bem expressamente destinado ao legatário. Sobre ele, portanto, os herdeiros não têm qualquer direito. Pago o legado cumpre-se com a obrigação e não há opção de ressarcimentos. Entretanto, pode ocorrer uma situação em que o legado não seja devido1. Neste caso, o herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago o legado, não responde perante o verdadeiro sucessor pelo equivalente. A ação que o verdadeiro herdeiro poderá intentar será para reaver o que o herdeiro aparente indevidamente recebeu. O herdeiro aparente só será responsabilizado por seu ato se agiu de má-fé no cumprimento do legado. Acabamos o estudo da sucessão em geral, agora passaremos ao estudo da sucessão legítima. 1 Situação que ocorre no caso de o testamento ser nulo ou ter sido revogado pelo de cujus. c www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Sucessão Legítima. No começo da aula vimos que existem duas espécies de sucessão causa mortis: a sucessão legítima e a sucessão testamentária. Isto de acordo com o art. 1.786: Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. Como o próprio nome sugere, a sucessão legítima é aquela que decorre da lei, ela atinge os casos em que o testamento é inexistente, inválido ou já tenha perdido sua eficácia, atinge também os bens que não foram compreendidos no testamento. O herdeiro legítimo é aquela pessoa que é indicada por lei como sucessora na hipótese de sucessão legal. E são eles o objeto do primeiro artigo sobre sucessão legítima. Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. Ao cônjuge sobrevivente será reconhecido o direito sucessório se ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem de fato há mais de dois anos – salvo se comprovar que a convivência se tornara impossível sem culpa sua (art. 1830). Também será assegurado o direito de habitação no imóvel destinado a residência da família desde que seja o único daquela natureza a inventariar, esse direito permanece qualquer que seja o regime de bens (art. 1.831). Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. a www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – “A” “B” “B” de “B” de “A”) por estirpe – – 7 www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – – – – b www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago O testamento é um ato personalíssimo e revogável (art. 1.858), solene, unilateral e através do qual alguém dispõe do todo ou de parte de seu patrimônio para depois de seu falecimento. ➢ Capacidade Testamentaria Ativa e Capacidade Testamentária Passiva. Qualquer pessoa que não seja incapaz (e que esteja de posse de suas faculdades mentais) poderá testar – possui capacidade testamentária ativa. Se a incapacidade ocorrer depois de feito o testamento ele será válido, ao contrário, se uma pessoa incapaz fizer um testamento este não será válido quando ela adquirir a capacidade. E lembre-se de que, de acordo com o parágrafo único do art. 1.860, os maiores de dezesseis anos poderão testar. Já a capacidade testamentária passiva, em regra, todas as pessoas físicas ou jurídicas a possuem. Desde modo, não podem figurar no polo passivo do testamento animais, coisas inanimadas e tampouco entidades místicas. E ainda, de acordo com o art. 1.863: É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo. Assim, é proibido fazer um testamento em conjunto com outra pessoa, ou que seja simultâneo, recíproco ou correspectivo com o testamento de outra pessoa. E não podemos esquecer a proibição quanto ao fato de herança de pessoa viva ser objeto de um contrato. Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte. § 1º. A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento. § 2º. São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado. Como exemplo destas disposições testamentárias de caráter não patrimonial temos o reconhecimento de filhos, a nomeação de tutores ou curadores, etc. Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do seu registro. De acordo com o Código Civil de 2002 existem as formas ordinárias e as formas especiais de testamento. As formas ordinárias estão elencadas no art. 1.862: Art. 1.862. São testamentos ordinários: I - o público; II - o cerrado; III - o particular. ➢ Testamento Público. O testamento público será aquele elaborado por tabelião em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador. Seus requisitos estão elencados no art. 1.864: Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento público: I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos; II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial; III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião. Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma. Traz ainda o CC/2002, algumas regras especiais para que pessoas analfabetas ou com necessidades especiais também possam elaborar um testamento. Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentárias. Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento. ➢ Testamento Cerrado. Testamento cerrado é aquele em que o próprio testador, ou outra pessoa a seu mando, em língua nacional ou estrangeira, escreve o testamento. Possui formalidades específicas enumeradas pelo art. 1.868. Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado, será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal, observadas as seguintes formalidades: I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas; II - que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado; III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia, em seguida, ao testador e testemunhas; IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador. Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito mecanicamente, desde que seu subscritor numere e autentique, com a sua assinatura, todas as paginas. O testamento cerrado não poderá ser feito por quem não saiba ou não possa ler (art. 1.872). Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede. Depois de cumpridas as formalidades exigidas – aprovado e cerrado, será o testamento entregue ao testador e caberá ao tabelião registrar em seu livro de notas o dia, mês, ano e lugar em que o testamento foi aprovado e entregue. Quando o testador falecer o testamento será entregue ao juiz que o abrirá, registrará e ordenará que seja cumprido. Isto tudo se não encontrar nenhum vício externo queo torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago ➢ Testamento Particular. O testamento particular é aquele que será feito pelo próprio testador, a próprio punho ou por meios eletrônicos, em língua nacional ou estrangeira (desde que as testemunhas a entendam). Se for elaborado manualmente será lido e assinado por quem o escreveu perante três testemunhas que também o subscrevem. Se for elaborado por meio mecânico NÃO poderá conter rasuras ou espaços em branco e também será lido e assinado perante três testemunhas que também o subscreverão. Uma vez morto o testador seu testamento será publicado em juízo e pelo menos uma das testemunhas deverá afirmar sua autenticidade, e depois de ouvido o Ministério Público o juiz confirmará o testamento. Seguindo a ordem de assuntos do CC/2002 (antes de vermos os testamentos especiais) vamos ver o codicilo. ➢ Codicilo O codicilo é o ato de última vontade através do qual se dispõe sobre temas de pequeno valor. Vamos ver os artigos referentes ao tema. Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou joias, de pouco valor, de seu uso pessoal. Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro, valerão como codicilos, deixe ou não testamento o autor. Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros. Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou modificar. Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Os testamentos especiais3 estão previstos de forma absoluta, uma vez que não são admitidos outros pelo ordenamento jurídico. Pelo art. 1.886: Art. 1.886. São testamentos especiais: I - o marítimo; II - o aeronáutico; III - o militar. ➢ Testamento Marítimo e Aeronáutico. Feito por quem estiver em navio de guerra ou mercante ou aeronave militar ou comercial perante o comandante – ou no caso do aeronáutico por quem o comandante designar, na presença de duas testemunhas por forma que corresponda ao do testamento público ou particular. O registro do testamento marítimo será registrado no diário de bordo. Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias subsequentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro testamento. Art. 1.892. Não valerá o testamento marítimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária. ➢ Testamento Militar. É aquele feito por militares e outras pessoas que também estejam a serviço do exército em campanha dentro ou fora do país. Deverá ser redigito por autoridade militar e requer a presença de duas testemunhas. Este tipo de testamento também poderá ser feito por pessoas feridas e, neste caso, a pessoa dirá em voz alta suas disposições de última vontade na presença de duas testemunhas. Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único do artigo antecedente. 3 Testamentos especiais são aqueles feitos em determinadas situações de emergência e possuem um caráter provisório. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago O próximo assunto abordado pelo CC /2002 e o das disposições testamentárias. Art. 1.897. A nomeação de herdeiro, ou legatário, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para certo fim ou modo, ou por certo motivo. Art. 1.898. A designação do tempo em que deva começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas disposições fideicomissárias, ter-se-á por não escrita. Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador. Art. 1.900. É nula a disposição: I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro; II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar; III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro; IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado; V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.8024. Art. 1.901. Valerá a disposição: I - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado; II - em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia de que faleceu, ainda que fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado. Art. 1.902. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, ou dos de assistência pública, entender-se-á relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de sua morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente beneficiar os de outra localidade. 4 Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários: I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos; II - as testemunhas do testamento; III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos; IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa. Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as instituições particulares preferirão sempre às públicas. Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequívocos, se puder identificar a pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se. Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção disponível do testador. Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros coletivamente, a herança será dividida em tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados. Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e não absorverem toda a herança, o remanescente pertencerá aos herdeiroslegítimos, segundo a ordem da vocação hereditária. Art. 1.907. Se forem determinados os quinhões de uns e não os de outros herdeiros, distribuir-se-á por igual a estes últimos o que restar, depois de completas as porções hereditárias dos primeiros. Art. 1.908. Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e determinado objeto, dentre os da herança, tocará ele aos herdeiros legítimos. Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação. Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício. Art. 1.910. A ineficácia de uma disposição testamentária importa a das outras que, sem aquela, não teriam sido determinadas pelo testador. Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade. Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros. Seguindo com a aula! Chegamos agora ao legado. ➢ Legado (arts. 1.912 a 1.940). O legado recai sobre uma coisa certa e determinada. É uma disposição testamentária a título singular, através da qual o testador deixará a pessoa, pertencente ou não a sucessão legítima, um ou mais objetos individualizados (ou até mesmo uma soma em dinheiro). Os objetos do legado poderão ser coisas corpóreas ou incorpóreas, alimentos, renda, pensão periódica, etc. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago O legatário – pessoa que foi designada para receber o legado poderá renunciar de forma expressa ou tácita a este direito. Também poderá o legado caducar – perder sua validade, de acordo com o art. 1.939. Art. 1.939. Caducará o legado: I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía; II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador; III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento; IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815; V - se o legatário falecer antes do testador. Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas delas perecerem, subsistirá quanto às restantes; perecendo parte de uma, valerá, quanto ao seu remanescente, o legado. ➢ Do Direito de Acrescer (arts. 1.941 a 1.946). Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o direito do substituto. Este é o conceito dado pelo legislador sobre o direito de acrescer. Dele podemos extrair seus requisitos: a nomeação de mais de um herdeiro ou legatário, na mesma disposição testamentária, sem determinação ou individualização de quotas, para a mesma porção de bens. ➢ Das Substituições (arts. 1.947 a 1.960). Compreende-se dentre os direitos de testar não só a nomeação dos herdeiros e legatários, mas também eventuais substituições, que somente ocorrerão caso o herdeiro ou legatário não queiram ou não possam aceitar a herança, ou seja, caso venha a falecer o herdeiro testamentário antes da abertura da sucessão do testador (premoriência) ou ainda em caso de renúncia ou exclusão do beneficiário por indignidade. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Existem três espécies de substituição: a vulgar (ou ordinária); a fideicomissária; e a compendiosa. Substituição vulgar ou ordinária – ocorrerá quando o próprio testador5 designar uma ou mais pessoas para o lugar do herdeiro ou do legatário que não quiser ou não puder aceitar o benefício. Poderá ser: simples quando designar apenas um substituto; coletiva quando existir mais de um substituto; e recíproca quando o testador instituir vários herdeiros ou legatários e os declarar substitutos uns dos outros. Substituição fideicomissária – é uma forma de substituição indireta: Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário. Art. 1.952. A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não concebidos ao tempo da morte do testador. Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o fideicomissário, adquirirá este a propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em usufruto o direito do fiduciário. Substituição compendiosa – é uma forma de substituição que mistura as outras duas que vimos. Aqui o testador vai instituir um fideicomisso e também designará substitutos para o caso de não ser aceito. ➢ Da Deserdação (arts. 1.961 a 1.965). Na deserdação o testador por ato unilateral, exclui da sucessão herdeiro necessário, privando-o, desta forma, de sua legítima com expressa declaração de causa - Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento. Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.8146, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes: 5 Deste modo é uma substituição direta feita pelo próprio testador. 6Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago A revogação poderá ser total – quando o novo testamento retira a eficácia de todo o testamento anterior, ou parcial – quando o novo testamento retira a validade de apenas algumas cláusulas do testamento anterior. Também poderá ser feita de forma expressa – quando o testador declara de forma inequívoca sua intenção, ou de forma tácita – quando houver incompatibilidades entre as disposições de um e do outro testamento, ou quando o testador alienar a coisa legada, ou ainda quando o lacre do testamento cerrado for violado pelo testador ou por outra pessoa com seu consentimento. ➢ Do Rompimento do Testamento. Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador. Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários. Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte. ➢ Do Testamenteiro (arts. 1.976 a 1.990). O testamenteiro será aquela pessoa física, capaz e idônea que será nomeada pelo testador para que faça cumprir suas disposições de última vontade. Deverá ser citadono inventário e ouvido em todos os atos e termos do processo. O autor do testamento poderá nomear apenas um ou vários testamenteiros que poderão agir de forma sucessiva, conjunta ou solidária. Se o testamenteiro não for herdeiro ou legatário do de cujus lhe será devido um prêmio chamado de vintena, que será arbitrado pelo juiz e ficará entre 1% a 5% de acordo com a importância da herança e sua dificuldade de execução. Art. 1.987. Salvo disposição testamentária em contrário, o testamenteiro, que não seja herdeiro ou legatário, terá direito a um prêmio, que, se o testador não o houver fixado, será de um a cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre a herança líquida, conforme a importância dela e maior ou menor dificuldade na execução do testamento. Parágrafo único. O prêmio arbitrado será pago à conta da parte disponível, quando houver herdeiro necessário. Art. 1.988. O herdeiro ou o legatário nomeado testamenteiro poderá preferir o prêmio à herança ou ao legado. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago A ordem preferencial para a nomeação do inventariante é dada pelo Art. 616 do NCPC: Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente: I - o cônjuge ou companheiro supérstite; II - o herdeiro; III - o legatário; IV - o testamenteiro; V - o cessionário do herdeiro ou do legatário; VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; VII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse; IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite. ➢ Dos Sonegados (arts. 1.992 a 1.996). Chama-se de sonegados os bens que foram ocultados tanto pelo inventariante, quando omitir bens e valores, quanto pelo herdeiro, que deixar de incluir bens que estejam em seu poder e que deveriam ter sido inventariados ou levados à colação. A ação de sonegados poderá ser proposta pelos herdeiros legítimos, testamentários e credores, num prazo de dez anos no foro do inventário. A pena cominada possui caráter civil, e será a perda do bem sonegado, retornando este para a herança e partilhado entre os outros herdeiros. ➢ Do Pagamento das Dívidas Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube. § 1º Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o pagamento de dívidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigação, e houver impugnação, que não se funde na alegação de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para solução do débito, sobre os quais venha a recair oportunamente a execução. § 2º No caso previsto no parágrafo antecedente, o credor será obrigado a iniciar a ação de cobrança no prazo de trinta dias, sob pena de se tornar de nenhum efeito a providência indicada. Art. 1.998. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança; mas as de sufrágios por alma do falecido só obrigarão a herança quando ordenadas em testamento ou codicilo. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Art. 1.999. Sempre que houver ação regressiva de uns contra outros herdeiros, a parte do coerdeiro insolvente dividir-se-á em proporção entre os demais. Art. 2.000. Os legatários e credores da herança podem exigir que do patrimônio do falecido se discrimine o do herdeiro, e, em concurso com os credores deste, ser-lhes-ão preferidos no pagamento. Art. 2.001. Se o herdeiro for devedor ao espólio, sua dívida será partilhada igualmente entre todos, salvo se a maioria consentir que o débito seja imputado inteiramente no quinhão do devedor. ➢ Da Colação (arts. 2.002 a 2.012). Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação. Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível. A obrigatoriedade de igualar as legítimas decorre do princípio da intangibilidade. A colação é ato que tem por objetivo fazer retornar ao monte partível todas as doações feitas pelo de cujus em vida, para assim igualar a legítima dos descendentes. Por isso, a colação só tem lugar na sucessão legítima e não na testamentária. Então, o ato de retorno desses bens ao monte partível é chamado de colação ou conferência, e o seu descumprimento por parte dos descendentes que concorrem à sucessão do ascendente comum implicará a pena de sonegação. Devem ser trazidas à colação não só as doações diretas, mas qualquer liberalidade que tenha sido atribuída ao herdeiro. Art. 2.005. São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação. Parágrafo único. Presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário. Art. 2.010. Não virão à colação os gastos ordinários do ascendente com o descendente, enquanto menor, na sua educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas enfermidades, enxoval, assim como as despesas de casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em processo-crime. Art. 2.011. As doações remuneratórias de serviços feitos ao ascendente também não estão sujeitas a colação. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – ➢ www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago sobrepartilhas, sob a guarda e a administração do mesmo ou diverso inventariante, e consentimento da maioria dos herdeiros. No caso deste artigo será feita uma sobrepartilha, que nada mais é do que uma partilha adicional dos bens que não puderam integrar a primeira partilha. Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos. Art. 2.027. A partilha é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos. Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015. Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha. Considerações Finais. Chegamos ao final do nosso curso, mas devemos deixar bem claro que ficamos à sua disposição no fórum de dúvidas. Não deixe de nos contatar! ☺ Obviamente estamos torcendo pela sua aprovação, mas, caso ela não ocorra, sempre que você tiver alguma dúvida não hesite em nos enviar um e- mail. O primeiro passo você já deu. Agora basta não desistir! Bons estudos e que Deus o abençoe e proteja! Aline. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Resumo da Matéria. A palavra sucessão é empregada com o significado de uma pessoa suceder ou tomar o lugar de outra na titularidade de determinados bens. No direito das sucessões esta palavra é usada para designar a transmissão de patrimônio de uma pessoa que faleceu e que é o autor da herança para seus sucessores. Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as ¹pessoas nascidas ou ²já concebidas no momento da abertura da sucessão. Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; II - as pessoas jurídicas; III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação. Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz. § 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775. § 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que couber. § 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador. § 4º. Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos. Situação já abordada em provas de concurso: “João, viúvo, faleceu ontem deixando apenas dois filhos vivos. Antes de seu falecimento, João celebrou testamento público beneficiando em 50% de seus bens o seu neto, filho do seu primogênito, ainda não concebido. Considerando que seu filho mais velho continua vivo no momento da abertura da sucessão, mas o neto mencionado no testamento ainda não foi concebido, este neto poderá ser chamado para suceder, porém se decorridos dois anos após a abertura da sucessão, e não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.” www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Se Carlos falecer sem deixar bens particulares, Luciana terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho. 7. CESPE 2015/TRE-GO/Analista Judiciário-área judiciária. A respeito de aspectos diversos do direito civil brasileiro, cada item apresenta uma situação hipotética, seguida de assertiva a ser julgada. Márcia, casada com Tito e proprietária de grande fortuna, faleceu por causas naturais. Nessa situação, Tito poderá administrar a herança até que um inventariante seja nomeado pelo juiz. 8. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto (Adaptada). Julgue o item. A legislação civil não conferiu ao cônjuge sobrevivente, casado sob o regime de separação convencional, a condição de herdeiro necessário que concorre com os descendentes do cônjuge falecido. 9. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto (Adaptada). Caso sobrevenha descendente sucessível ao testador, o qual não era conhecido quando da elaboração do ato, não será possível o rompimento do testamento em todas as suas disposições, ainda que o referido descendente sobreviva ao testador. 10. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. A reabilitação, em testamento ou em outro ato autêntico, é ato personalíssimo do ofendido. 11. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. O ato infracional equiparado ao homicídio doloso praticado por menor de dezoito anos de idade contra ascendente não é causa de indignidade hábil à exclusão da herança. 12. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. Como os efeitos da sentença que decreta a indignidade são pessoais, o excluído terá direito ao usufruto e à administração dos bens que couberem a seus filhos. 13. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. O direito de demandar a exclusão do herdeiro extingue-se em quatro anos, contados a partir da data em que ocorrer o fato objeto da indignidade. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurswww.estrategiaconcursos.com.br 46 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago 14. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. Aceita-se a renúncia à herança em parte, sob condição ou a termo, devendo essa renúncia constar de instrumento público ou termo judicial. 15. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. A indignidade declarada por sentença e em ação própria alcança a pessoa do excluído e seus descendentes. 16. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. O direito de representação é possível na linha transversal, em favor dos sobrinhos do falecido, quando estes concorrem com irmãos do de cujus. 17. CESPE 2014/TJDFT/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. Ao beneficiado pela deserdação incumbe a prova da veracidade da causa alegada pelo testador, com observância do prazo, que começa a fluir da data da abertura da sucessão. 18. CESPE 2014/TJDFT/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. Se houver justa causa declarada no testamento, poderá o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, ainda que os bens a serem gravados integrem a legítima. 19. CESPE 2014/TJDFT/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. Na hipótese de o herdeiro mais próximo renunciar à herança, poderão seus filhos recebê-la por direito de representação. 20. CESPE 2014/TJDFT/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item. Permite-se a substituição fideicomissária em favor de pessoa já concebida ao tempo da morte do testador. 21. CESPE 2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e Registros. Acerca da partilha de bens na sucessão, julgue o item. As liberalidades e doações recebidas deverão ser colacionadas nos autos de inventário pelos herdeiros descendentes, ascendentes e pelos que renunciaram à herança ou foram dela excluídos por indignidade ou deserção. 22. CESPE 2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e Registros. Acerca da partilha de bens na sucessão, julgue o item. A partilha pode ser realizada de forma consensual, ou extrajudicial, quando houver acordo entre os herdeiros, www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago mediante escritura pública, por termos nos autos de inventário, em qualquer caso, de negócio jurídico plurilateral, sendo essencial a assinatura do instrumento por todos os interessados e do curador do interditado, se houver. 23. CESPE 2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e Registros. Acerca da partilha de bens na sucessão, julgue o item. Por ser livre a manifestação de vontade na sucessão legítima ou testamentária, os atos jurídicos de aceitação e renúncia de herança podem ser retratados até a apresentação das últimas declarações nos autos da ação de inventário. 24. CESPE 2013/MPE-RO/Promotor de Justiça. Acerca da sucessão, julgue o item. Somente será eficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre um bem específico da herança se houver, no acervo, mais de um bem de mesmo valor para cada herdeiro. 25. CESPE 2013/MPE-RO/Promotor de Justiça. Acerca da sucessão, julgue o item. A regra de que concubina do testador casado não pode ser beneficiada em testamento é afastada quando o bem deixado em herança não estiver englobado pelos cinquenta por cento dos bens particulares do testador. 26. CESPE 2013/MPE-RO/Promotor de Justiça. Acerca da sucessão, julgue o item. Embora a aceitação da herança não seja ato formal, ela deve ser expressa, já que os herdeiros devem suportar, até o total da herança, as dívidas do falecido. 27. CESPE 2013/MPE-RO/Promotor de Justiça. Acerca da sucessão, julgue o item. A abertura da sucessão ocorre no momento da morte do titular do patrimônio, sendo a propriedade dos bens transferida com a partilha. 28. CESPE 2013/MPE-RO/Promotor de Justiça. Acerca da sucessão, julgue o item. A doação pura e simples de bem hereditário feita por herdeiro aparente será inválida, ainda que o donatário tenha agido de boa-fé. 29. CESPE 2013/DPE-DF/Defensor Público. O espólio tem legitimidade para postular indenização pelos danos materiais e morais experimentados pelos herdeiros, inclusive sob a alegação de que os referidos danos teriam decorrido de erro médico de que fora vítima o falecido. 30. CESPE 2013/TJ-MA/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item: Configura-se o direito de representação quando a lei chama certos parentes do www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago falecido a suceder em todos os direitos em que ele sucederia se vivo fosse, sendo titulares desse direito os ascendentes e os descendentes. 31. CESPE 2013/TJ-MA/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item: É nulo, e não ineficaz, o legado de coisa certa que não pertença ao testador no momento da abertura da sucessão. 32. CESPE 2013/TJ-MA/Juiz. Acerca do direito das sucessões, julgue o item: Constituem hipóteses de deserdação de herdeiros e legatários a ofensa física, a injúria grave, as relações ilícitas com madrasta e(ou) padrasto. 33. CESPE 2013/TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO)/Analista Judiciário - Execução de Mandados. Julgue o item. A ofensa física é uma das causas que autorizam a deserdação, não sendo necessário que haja condenação criminal ou que a lesão corporal seja grave ou gravíssima. 34. CESPE 2013/TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO)/Analista Judiciário - Execução de Mandados. Julgue o item. Caso ocorra a premoriência do legatário, o legado deverá ser transmitido aos seus herdeiros. 35. CESPE 2013/TJ-PI/Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção. Com referência a sucessão, inventário e partilha, julgue o item. Os herdeiros serão responsáveis pelo pagamento das dívidas do falecido até o momento em que for realizada a partilha. 36. CESPE 2013/TJ-PI/Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção. Com referência a sucessão, inventário e partilha, julgue o item. Além do herdeiro que não aponta a existência de bens do acervo, poderá ser tido como sonegador o herdeiro que não apontar a existência de locação de bem arrolado no inventário. 37. CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca das sucessões, julgue o item. A sucessão abre-se no lugar da morte do falecido. 38. CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca das sucessões, julgue o item. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade, conforme seja legítima ou testamentária, e, havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago 39. CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca das sucessões, julgue o item. A companheira ou o companheiro, na sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos na vigência da união estável, concorre com descendentes só do autor da herança, tendo direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída a cada um deles. 40. CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca das sucessões, julgue o item. Legitimam-se a suceder apenas as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão, não havendo direitos sucessórios do nascituro. 41. CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca das sucessões, julgue o item. Aberta a sucessão pelo ajuizamento da ação de inventário, a herança transmite-se por sentença que homologa a partilha de bens aos herdeiros legítimos e testamentários. 42. CESPE 2012/TRE-RJ/Analista Judiciário - Área Judiciária. Como a capacidade testamentária é mensurada nomomento da redação do testamento, o testamento de pessoa idosa só é válido se redigido antes que ela atinja sessenta anos de idade. 43. CESPE 2011/TJ-ES/Comissário da Infância e da Juventude – Específicos. No que tange à capacidade para suceder, é correto afirmar que, com a abertura da sucessão, a herança se transmite imediatamente aos herdeiros, que passam a ser titulares de direitos adquiridos, aplicando-se a lei vigente à época da morte do autor da herança. 44. CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público. De acordo com o direito das sucessões, o indivíduo com mais de dezesseis anos de idade pode dispor de seus bens por ato de última vontade, desde que judicialmente autorizado, uma vez que não possui capacidade testamentária plena. 45. CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público. De acordo com o direito das sucessões, o testamento cerrado terá de ser aberto pelo tabelião, na presença de, pelo menos, três testemunhas. 46. CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público. De acordo com o direito das sucessões, a partilha, uma vez julgada, só será anulável pelos vícios e defeitos que invalidem, em geral, os negócios jurídicos e desde que observado o prazo decadencial de quatro anos. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs – – www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago 4. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz Substituto. Em relação ao direito das sucessões, julgue o item. Não goza da igualdade de condições com filho legítimo o filho adotado no ano de 1980, se a morte do autor da herança tiver ocorrido antes da vigência da Lei n.º 10.406/2012. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Gabarito errado. 5. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz Substituto. Em relação ao direito das sucessões, julgue o item. Tratando-se de sucessão colateral, o direito de representação estende-se ao sobrinho-neto do autor da herança. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. Gabarito errado. 6. CESPE 2015/DPE-PE/Defensor Público. Considerando que Luciana e Carlos sejam casados em regime de comunhão parcial de bens há dez anos e tenham um filho, julgue o seguinte item. Se Carlos falecer sem deixar bens particulares, Luciana terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho. Comentário: Neste caso, como Luciana e Carlos eram casados em regime de comunhão parcial de bens, Luciana será meeira em relação aos bens comuns e herdeira se existirem bens particulares. Gabarito errado. 7. CESPE 2015/TRE-GO/Analista Judiciário-área judiciária. A respeito de aspectos diversos do direito civil brasileiro, cada item apresenta uma situação hipotética, seguida de assertiva a ser julgada. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Márcia, casada com Tito e proprietária de grande fortuna, faleceu por causas naturais. Nessa situação, Tito poderá administrar a herança até que um inventariante seja nomeado pelo juiz. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente: I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão; Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a administração da herança será exercida pelo inventariante. Gabarito correto. 8. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto (Adaptada). Julgue os itens. A legislação civil não conferiu ao cônjuge sobrevivente, casado sob o regime de separação convencional, a condição de herdeiro necessário que concorre com os descendentes do cônjuge falecido. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; Gabarito errado. 9. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto (Adaptada). Julgue os itens. Caso sobrevenha descendente sucessível ao testador, o qual não era conhecido quando da elaboração do ato, não será possível o rompimento do testamento em todas as suas disposições, ainda que o referido descendente sobreviva ao testador. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador. www.concurseirosunid s.orgwww.concurseirosunidos.www.concurs www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 67 DIREITO CIVIL – TRF 1ª REGIÃO (AJAJ E OJAF) Teoria e Questões Aula 10 – Profa Aline Baptista Santiago Gabarito errado. 10. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. A reabilitação, em testamento ou em outro ato autêntico, é ato personalíssimo do ofendido. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico. Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária. Gabarito correto. 11. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz Substituto. No que se refere à exclusão da herança por indignidade, julgue o item. O ato infracional equiparado ao homicídio doloso praticado por menor de dezoito anos de idade contra ascendente não é causa de indignidade hábil à exclusão da herança. Comentário: De acordo com o Código Civil: Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem
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