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Avaliação Neuropsicológica

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1
Avaliação Neuropsicológica
Estágio em Avaliação Psicológica
Professora: Letícia Ventura
Alunos: Ezequiel Lopes, Hanna Kemel, Laíne Domingues, Luiza Lima, Tessi Mari Steindorff
e Vanessa Mariano
22
O que é a Avaliação Neuropsicológica?
2
No primeiro momento é interessante compreender que uma avaliação, de forma geral busca:
• Descrever o funcionamento atual do sujeito, identificando suas forças e dificuldades, sua
autonomia, suas capacidades, suas possibilidades de adaptação social, pessoal e profissional,
buscando minimizar sofrimentos físicos e psicológicos;
• Identificar necessidades terapêuticas, avaliar necessidades de intervenções e possíveis
resultados de intervenções realizadas;
• Ajudar a realizar um diagnóstico diferencial de dificuldades emocionais, cognitivas e
comportamentais;
• Acompanhar a evolução de um tratamento e identificar outras questões que necessitam de
atenção;
• Realizar uma devolutiva de forma competente e empática sobre o resultado do processo.
33
Avaliação Psicológica x Avaliação Neuropsicológica
• A Avaliação Psicológica (AP) é um processo de 
conhecimento sobre o funcionamento 
psicológico do indivíduo, através de demandas e 
questões especificas, afim de orientar ações e 
decisões futuras. 
• Enquanto a Avaliação Neuropsicológica (AN)
constitui o campo específico da neuropsicologia, 
que busca identificar e avaliar aspectos 
comportamentais, emocionais e cognitivos do 
indivíduo, relacionando-os com o funcionamento 
normativo ou deficitário do Sistema Nervoso 
Central (SNC) e possibilitando o obtenção de 
diagnósticos, compreensão da natureza ou 
etiologia de sintomas, impacto de sequelas, 
prognósticos, evolução de casos e servir como 
base para iniciar reabilitações.
• A Neuropsicologia é a ciência que 
estuda as relações entre o cérebro, o 
comportamento e os processos 
mentais. Assim, a Avaliação 
Neuropsicológica se propõe, através de 
testes, tarefas e observações, a analisar 
o funcionamento da parte neurológica.
• Pode ser realizada em crianças, 
adolescentes, adultos e pessoas idosas 
e deve ser adequada com a faixa 
etária do avaliando, pois o indivíduo 
pode chegar ao consultório através de 
solicitação escolar, por médicos ou 
outros profissionais, dependendo de 
cada situação e solicitação relativa à 
avaliação. 
44
Pode ser solicitada em diversos contextos:
• Solicitação da escola, quando a 
criança/adolescente apresenta dificuldades 
na aprendizagem ou de comportamento;
• Em um indivíduo com diagnóstico de algum 
Transtorno do Neurodesenvolvimento, afim de 
conceber suas capacidades e limitações e 
quais as melhores formas de intervenções 
para proporcionar um desenvolvimento mais 
funcional;
• Após alguma intervenção, com o objetivo de 
conceber possíveis evoluções do caso;
• Quando o indivíduo sofre um acidente ou 
desenvolve alguma doença 
neurodegenerativa, que pode vir a 
comprometer parte do funcionamento 
neurológico, etc.
É um exame bastante complexo que
avalia fatores como:
• Memória (curto prazo, longo prazo, 
operacional);
• Atenção (dividida, alternada, 
dividida, sustentada);
• Linguagem (fala, escrita, 
organização de pensamentos, 
compreensão do outro);
• Velocidade de processamento 
(tempo que a pessoa demora para 
realizar uma tarefa mental);
• Práxias (capacidade de realizar 
movimentos/estímulos físicos para 
determinado fim);
• Gnosias (capacidade de 
reconhecer objetos/informações 
através dos sentidos – visão, audição, 
etc);
• Humor;
• Comportamento.
5
Como é feita uma Avaliação Neuropsicológica?
66
• Alguns dos sintomas que podem 
indicar a necessidade de uma 
avaliação neuropsicológica são a 
falta de memória, dificuldade de 
atenção e disfunções motoras. 
• Uma avaliação neuropsicológica 
conta com a aplicação de testes 
padronizados de acordo com a faixa 
etária e o perfil do sujeito.
• São analisados a capacidade de 
raciocínio, atenção, linguagem, 
processamento da informação, 
aprendizagem e habilidades motoras, 
além disso, alguns exames também 
possibilitam avaliar como os traços 
psicológicos do indivíduo interferem 
nas funções prejudicadas.
• O profissional sempre deve considerar o 
histórico clínico do paciente, suas habilidades 
cognitivas e sociais e a sua personalidade. 
Assim, é elaborado o programa mais 
adequado para cada caso.
• Testes e procedimentos padronizados 
ajudarão a analisar detalhadamente a 
relação entre o comportamento do indivíduo 
e o funcionamento de seu cérebro, ajudando 
no diagnóstico, na compreensão da extensão 
das perdas funcionais, para que sejam 
estabelecidos certos tipos de intervenção 
específicas e adequadas. Sua atuação, 
portanto, é voltada para a avaliação e 
reabilitação de pessoas que apresentem 
alguma alteração cognitiva e/ou 
comportamental, associada às diversas 
patologias que afetam o sistema nervoso 
central. Aplica-se em crianças, adultos e 
idosos.
7
O exame acontece ao longo de 5 a 7 sessões no total. Geralmente, a 
avaliação neuropsicológica contempla as seguintes etapas:
• Entrevista Inicial – visa colher a história clínica da pessoa e ouvir os relatos da família relativa às 
mudanças que têm observado no seu familiar recentemente, sendo importante obter o 
histórico familiar do paciente relacionado a queixa apresentada.
• Aplicação de testes – os psicólogos dispõem de um conjunto de instrumentos para estudar as 
funções cognitivas como memória, atenção, raciocínio lógico, fluência verbal, velocidade do 
fluxo de pensamento, entre outras, que podem ir desde o uso de testes 
neuropsicológicos, baterias de inteligência a diferentes escalas de avaliação de sintomas 
cognitivos e comportamentais.
• Devolução do laudo – 15 dias após a última aplicação dos testes selecionados (a antecipação 
da entrega do laudo pode ser solicitada diretamente ao profissional e será avaliada a 
viabilidade pelo mesmo), gera-se um laudo da avaliação neuropsicológica. Essa consulta final 
destina-se a explicar à pessoa e à sua família o significado dos resultados da avaliação e a sua 
implicação no dia-a-dia. O objetivo é descrever o perfil cognitivo e emocional da pessoa e 
fornecer-lhe estratégias para ultrapassar as limitações que possam existir.
88
• A avaliação neuropsicológica não exige
preparação especial, apenas é necessário que a
pessoa a ser avaliada ou o seu familiar consiga
comunicar seu histórico clínico e pessoal e
responder às perguntas do psicólogo.
• É importante informar previamente ao profissional se
houver qualquer intercorrência, como insônia na
noite anterior, nervosismo associado a fatores
externos, que possam influenciar no padrão de
resposta testado, informações clínicas relevantes,
como relatórios e encaminhamentos médicos ou
escolares, exames de imagem, medicações.
• Para o momento da avaliação, é importante ter
dormido bem na noite anterior e não estar em
jejum ou com fome no momento, pois estes fatores
podem limitar a capacidade de pensamento.
Enfim, é aconselhável que a pessoa a ser avaliada
vá acompanhada de alguém com quem conviva
frequentemente na entrevista inicial, pois o
testemunho da mesma pode ser importante.
9
Aspectos Históricos da Neuropsicologia 
Os antigos egípcios já 
faziam referência a 
palavra cérebro, e tinham 
razoável noção sobre as 
relações entre cérebro e 
funções motoras. Na 
Grécia Antiga, Hipócrates 
já considerava o cérebro 
como órgão do 
pensamento e das 
sensações. 
No século XVI, Vesalius, em 
Louvain, estabeleceu a era 
moderna na observação e 
na pesquisa descritiva, 
estudando a anatomia de 
animais, concluiu que o 
cérebro humano era 
semelhante, apenas com 
diferentes proporções.
No século seguinte, Gall, importante 
pesquisador vienense, afirmou que as 
faculdades mentais estavam localizadas 
em órgão cerebrais e correlacionou-os 
com as proeminências do crânio, pois 
acreditava que estes órgãos estavam 
no córtex. Gall recebeu o apoio de 
Spurheim que cunhou o termo 
Frenologia.Sendo assim, o século XIX 
assistiu ao início da grande discussão 
sobre a localização cerebral.
10
• Flourens (1820) afirmou que as funções mentais não dependiam de partes particulares do 
cérebro, mas que este funcionava como um todo. Baseou seus estudos em pesquisas com 
animais e observou a recuperação de funções após lesões cerebrais. Na mesma época, as 
pesquisas de Bouillard (1825) demonstravam que as funções cerebrais eram localizadas e 
relatou a frequente associação de perda da fala com lesões no lobo frontal. Pouco tempo 
depois, Paul Broca (1861), baseado em estudos anatômicos de pacientes afásicos, afirmou "nós 
falamos com o hemisfério esquerdo", e localizou a fala na parte posterior do lobo frontal do 
hemisfério esquerdo.
• Carl Wernicke (1874) localizou a compreensão da palavra no giro temporal superior esquerdo. 
Acreditava que as atividades complexas eram aprendidas por meio de conexões entre as 
regiões funcionais, valorizando a idéia de fibras neurais conectando várias áreas cerebrais.
• O termo Neuropsicologia propriamente dito apareceu apenas no século XX, pelas palavras do 
Sir William Osler (1913), este utilizou o termo Neuropsychology numa exposição no Johns Hopkins 
Hospital.
• MacLean (1952) introduziu o termo sistema límbico e contribuiu para o estudo das 
especializações hemisféricas. Teuber (1955), Weiskrantz (1968) e Shallice (1979), através de suas 
pesquisas, mostraram a independência de tipos específicos de processamento da informação, 
evidenciando a dissociação das funções.
1111
• Alexander Luria (1966) elaborou a 
teoria dos Sistemas Funcionais, 
desenvolveu vários métodos de eliciar 
comportamentos e assim analisá-los 
qualitativamente. A contribuição de 
Luria veio a incrementar uma visão 
mais dinâmica do funcionamento 
cerebral, e colaborar na compreensão 
do funcionamento das áreas frontais.
• Dra. Elisabeth Warrington enfocou 
basicamente a análise das funções 
cognitivas relacionadas as disfunções 
cerebrais. 
• Os exames por imagem evoluíram 
significativamente, temos Tomografia 
Computadorizada (desde 1973), 
Ressonância Magnética (desde 1985) 
acessíveis para diagnóstico mais 
preciso de lesões cerebrais. 
• A Neuropsicologia, voltou seus 
interesses para as correlações com os 
exames de imagem, estudos 
aprofundados das funções corticais e 
determinação mais precisa do nível de 
função.
• Em São Paulo, o médico pediatra 
Antonio Branco Lefévre, considerado 
patrono e fundador da 
Neuropsicologia brasileira, defendeu 
em 1950 a tese intitulada "Contribuição 
para a psicopatologia da afasia em 
crianças“.
• No ano de 1975 criou, na Clínica 
Neurológica da Faculdade de 
Medicina da Universidade de São 
Paulo (USP).
• Beatriz Helena Lefévre, nos anos 1980, 
publicou o livro Neuropsicologia 
Infantil.
12
• Nessa mesma época, a psicóloga Cândida Helena Pires de Camargo introduziu a 
Neuropsicologia no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. 
• Em 1989 foi fundada em Buenos Aires a Sociedade Latinoamericana de Neuropsicologia, em 
1991, por ocasião do II Congresso Latino Americano de Neuropsicologia e do I Congresso 
Brasileiro de Neuropsicologia, foi organizada a Sociedade Brasileira de Neuropsicologia.
• Na atualidade, a formação em Neuropsicologia clínica ocorre basicamente por meio de cursos 
de pós-graduação lato sensu, ou seja, através de especializações reconhecidas pelo Ministério 
da Educação.
• No que se refere à pesquisa neuropsicológica, em consulta ao Diretório do Grupos de Pesquisa 
no Brasil, disponível na plataforma do CNPq, foram identificados 82 grupos de pesquisa que têm 
o termo Neuropsicologia enquanto palavra-chave que os define. Destes, 45 estão inscritos na 
área da psicologia, 26 na área de medicina e 11 em outras áreas, tais como fonoaudiologia, 
ciências biológicas e fisioterapia.
• A formação e atuação do profissional psicólogo nas práticas neuropsicológicas ganhou impulso 
adicional a partir do ano de 2004, quando o Conselho Federal de Psicologia (CFP), através da 
resolução 002/2004, reconheceu a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia para a 
finalidade de concessão e registro do título de especialista.
13
• O Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comportamento – IBNeC foi fundado em 
outubro de 2009 com o objetivo de fomentar as relações entre a psicologia e as 
neurociências, tanto na pesquisa básica como na área clínica.
• A história da Neuropsicologia demonstra a sua herança interdisciplinar que, 
presente em suas origens, é a principal partícipe de sua força crescente enquanto 
área de trabalho cooperativo. 
• Atualmente temos poucos testes neuropsicológicos traduzidos e publicados no 
Brasil. A elaboração de um material próprio para nossa realidade pode ser 
bastante útil para a compreensão dos problemas específicos da população 
brasileira.
1414
INSTRUMENTOS 
• A avaliação neuropsicológica envolve a utilização de diversos instrumentos, como entrevistas e 
anamneses, escalas e testes psicométricos, observações em contexto clínico e situações 
cotidianas, que possibilitem a investigação de aspectos do funcionamento cognitivo e 
socioafetivo individual.
• Utiliza testes organizados em baterias fixas ou flexíveis.
• As baterias fixas são aplicáveis em pesquisas, em protocolos específicos para investigação de 
uma população particular.
• As baterias flexíveis são mais apropriadas para a investigação clínica pois estão mais voltadas 
para as dificuldades específicas do paciente.
• São ainda comumente utilizados os instrumentos de avaliação neuropsicológica breve e os 
testes de rastreio, em geral aplicados em ambientes ambulatoriais e hospitalares, visto que 
propiciam um resultado indicativo de alterações e possíveis áreas de investigação; contudo, 
não permitem uma avaliação mais detalhada.
15
• Segundo Haase et al. (2012), na 
Avaliação Neuropsicologica, os 
processos interpretativos vão se pautar 
no modelo neurocognitivo e de 
correlação estrutura-função, ou seja, os 
resultados são interpretados a partir do 
desempenho das funções cognitivas, 
executivas e do comportamento, com 
base também no conhecimento 
acerca do funcionamento do sistema 
nervoso central.
• Através da posse de informações, após 
a entrevista inicial, que lhe permitem 
formular hipóteses sobre o caso, o 
profissional efetuará a escolha das 
baterias e instrumentos que serão 
utilizados ao longo da etapa avaliativa. 
• Os instrumentos neuropsicológicos 
podem ser classificados como testes e 
exercícios.
• Os testes formais são métodos 
estruturados aplicados com instruções 
especificas e normas derivadas de 
uma população representativa.
• Os “exercícios” neuropsicológicos são 
métodos de exploração da cognição 
e do comportamento, abordando 
diversas etapas necessárias para 
desempenhar cada função.
1616
Alguns testes utilizados na avaliação 
neuropsicológica e as potencialidades de 
cada teste ou bateria como instrumento 
de ajuda na investigação 
neuropsicológica
Atenção
• TAVIS-IV: utilizado em avaliações do 
desenvolvimento, clínica e no contexto 
escolar a fim de investigar os processos 
atencionais visuais ao longo dos anos do 
desenvolvimento da infância até a 
adolescência.
• Atenção Concentrada – AC: O teste é 
composto por símbolos. O sujeito deve 
localizar, entre todos os símbolos da folha, os 
3 apresentados como modelos. A correção 
é realizada pelo total de acertos, pela 
avaliação quantitativa e qualitativa. Existem 
estudos de precisão, validade e tabelas em 
percentis para o público-alvo de acordo 
com sua escolaridade e idade.
16
17
Inteligência Memória
• Stanford-Binet: Adaptado das escalas 
originais de Binet-Simon, baseia-se 
maciçamente no desempenho verbal 
e cobre desde os 2 anos até a idade 
adulta (23 anos), fornecendo uma 
idade mental e um quociente de 
inteligência (QI).
• Escalas Wechsler de inteligência: 
Subdivididas pela faixa de idade, essas 
escalas consistem em uma série de 
perguntase respostas padronizadas 
que medem o potencial do indivíduo 
em áreas intelectuais diferentes, como 
o nível de informação sobre assuntos 
gerais, a interação com o meio 
ambiente e a capacidade de 
solucionar problemas cotidianos.
São utilizados instrumentos que avaliam a capacidade 
de aprendizado de funções de memória, como, por 
exemplo:
• O Teste de Aprendizado Auditivo Verbal de Rey (Rey 
Auditory Verbal Learning Test - RAVLT) e Teste de 
Aprendizado Visual de Desenhos de Rey (Rey Visual 
Design Learning Test - RVDLT):
• Os testes que envolvem aprendizado são mais 
sensíveis para detectar prejuízos de memória do que 
testes apresentados somente uma vez. No teste de 
Aprendizado Auditivo Verbal de Rey, lê-se a lista de 
palavras para o examinando, pausadamente, cinco 
vezes consecutivas. Após cada uma das vezes em que 
são apresentadas as 15 palavras, o sujeito deve fazer a 
evocação do material, sem precisar seguir a mesma 
ordem de apresentação.
• WRAML (do inglês Wide Range Assessment of Memory
and Learning _ Short Form): é um instrumento 
psicométrico destinado a avaliar a capacidade de 
aprender e memorizar ativamente vários tipos de 
informação em pacientes na faixa etária de 5 a 17 
anos (memória visual, aprendizado verbal, memória 
para histórias).
18
• Torre de Hanói: Base de madeira com três hastes verticais do mesmo tamanho, onde são 
colocados discos de tamanhos diferentes, dispostos do maior para o menor. Avalia as 
funções executivas, terminologia associada aos lobos frontais, responsáveis pela formulação 
de um objetivo, pela antecipação, pelo planejamento, pela monitoração e por um 
desempenho efetivo.
• O Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (Wisconsin Card Sorting Test – WCST): é um 
teste que avalia as funções executivas, baseado na estimulação da flexibilidade de 
pensamento do sujeito, para gerar estratégias para solução de problemas com base no 
feedback do examinador, desenvolvido para avaliação da habilidade de raciocínio e da 
capacidade de adaptação das estratégias cognitivas em resposta a mudanças no 
ambiente. 
Funções executivas 
1919
Linguagem
• Boston Naming Test: utiliza figuras de objetos para avaliar a capacidade de 
reconhecimento e nomeação. É empregado em crianças com dificuldades de 
compreensão ou produção de palavras ou material verbal escrito. Pode ser 
usado a partir dos 6 anos de idade. 
• Teste de Token: teste de compreensão da linguagem por meio da execução de 
comandos simples ditados pelo examinador, para uso em diferentes faixas 
etárias, na triagem de dificuldades cognitivas relacionadas à compreensão da 
linguagem.
20
As principais funções neuropsicológicas avaliadas:
• As funções investigadas na avaliação neuropsicológica incluem geralmente as seguintes áreas 
(mas não se limitam exclusivamente a estas):
• Inteligência Geral - implica na habilidade para raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar 
de maneira abstrata, e aprender da experiência.
• Linguagem - A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem seu 
caráter essencial de favorecer a adaptação do indivíduo ao ambiente. A observação de 
déficits (na linguagem) permite caracterizar o diagnóstico das síndromes: afasias, demências, 
alterações linguístico-cognitivas, síndromes de hemisfério direito e outros desvios.
• Memória - A memória comporta processos complexos pelos quais o indivíduo codifica, 
armazena e resgata informações. É uma das mais complexas funções neuropsicológicas, e 
alterações no seu funcionamento podem ter um impacto muito significativo no dia a dia do 
sujeito. 
21
De acordo com as queixas apresentadas, iremos escolher testes 
que avaliem cada tipo de memória específico: 
2222
• Atenção - A avaliação da atenção é obrigatória em qualquer exame neuropsicológico, 
devendo, inclusive, preceder a das demais funções. Deve-se sempre considerar o estado de 
consciência (em especial nos idosos e nos pacientes sob efeito de fármacos ou de drogas), a 
motivação, o cansaço, o humor (depressão) e a ansiedade em completar as tarefas. A 
presença de dor ou de déficits senso-perceptivos também deve ser considerada. Muitos 
autores consideram a Atenção dentro das Funções Executivas. A avaliação da atenção exige 
do examinador algumas cautelas.
• TDAH >> alguns transtornos primários de atenção, como o transtorno do déficit de atenção 
hiperatividade (TDAH), se caracterizam por variabilidade da resposta ao longo do tempo, 
exigindo não apenas testes mais longos como também divididos em blocos para análise 
comparativa.
• Funções Executivas - consistem em um conjunto de processos cognitivos que, de forma 
integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a metas, avaliar eficiência e a 
adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais 
eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, de médio e de longo prazo.
• Diversos processos cognitivos têm sido apontados como integrantes das funções executivas, tais 
como planejamento, controle inibitório, tomada de decisões, flexibilidade cognitiva, memória 
operacional, atenção, categorização, fluência e criatividade.
• A avaliação das funções executivas não deve ser reduzida à testagem neuropsicológica.
23
2424
• Praxia e Visuoconstrução - capacidade de realizar atos voluntários no plano prático. 
Uma gama grande de atividades depende dessas capacidades, desde o ato de se 
vestir, escovar os dentes, até a realização de tarefas mais complicadas como construir 
um modelo ou maquete tridimensional.
• A capacidade para desempenhar essas atividades requer algumas condições: 
percepção visual, raciocínio espacial, habilidade para formular planos ou metas, 
comportamento motor e capacidade de monitorar o próprio desempenho.
• Praxia refere-se à capacidade de executar movimentos ou gestos de maneira 
precisa, intencional, coordenada e organizada com vistas à obtenção de um fim ou 
resultado específico. Um sujeito com apraxia tem dificuldades para realizar 
movimentos sob comando verbal ou por imitação, mas, em alguns casos, pode vir a 
executar os mesmos movimentos de maneira adequada em situações nas quais isto é 
automático. Além disso, comumente, notam-se prejuízos na utilização e no manuseio 
de utensílios e ferramentas, podendo vir a apresentar hesitação, lentidão, falta de 
ordem e erros.
2525
• Matemática - aritmética é um sistema 
para a manipulação de 
representações simbólicas de 
quantidades de evolução recente, 
tendo se desenvolvido a partir de um 
sistema não simbólico, aproximativo 
para a representação de magnitudes, 
o qual está presente nos bebês e em 
animais. A aritmética é uma aquisição 
cultural possibilitada pela interação 
do sistema analógico, não simbólico e 
impreciso, de representação de 
magnitudes com os códigos verbais 
oral e escrito, permitindo a 
construção de representações exatas 
de quantidades e sua manipulação 
precisa através de algoritmos. 
25
• Habilidade visuoconstrutiva (também 
referida como praxia construtiva) é a 
capacidade de realizar atividades 
formativas ou construtivas. Refere-se à 
habilidade de juntar ou manejar partes 
ou estímulos físicos organizadamente, de 
maneira que formem uma entidade 
única ou objeto. A condição básica para 
essas atividades são as funções 
visuoperceptivas. 
• Dentre as habilidades visuoperceptivas e 
visuoespaciais encontram-se as 
capacidades de: discriminação visual, 
diferenciação figura e fundo, síntese 
visual, reconhecimento de faces, 
percepção e associação de cores, 
localização de pontos no espaço, 
julgamento de direção e distância, 
orientação topográfica, percepção de 
profundidade e de distância.
2626
• Reconhecimento de Emoções - envolvem estruturas cerebrais e circuitos neurobiológicos 
diferentes. 
• As culturas podem diferir em regras sociais e costumes, no entanto, quando se trata de certas 
expressões faciais, a emoção é universalmente reconhecida. 
• A habilidadepara perceber e expressar emoções é mantida por um sistema de distribuição 
neural, formado pelo sistema límbico, principalmente pela amígdala, pelo hipotálamo e pelo 
sistema dopaminérgico, além de áreas como giro occipital inferior, giro fusiforme, gânglios da 
base, córtex parietal direito e o giro temporal inferior serem também identificadas como 
essenciais para esse processamento. 
• A habilidade social é algo complexo, que parece se desenvolver a partir de fatores presentes 
desde o nascimento. A capacidade de reconhecer faces e expressões emocionais tem valor 
adaptativo, sendo que a correta “leitura” das emoções no contexto social fornece pistas sobre 
as condições presentes e, assim, indica as direções que o comportamento de um indivíduo deve 
seguir, a fim de ser socialmente apropriado.
• Essa função pode se mostrar alterada quando avaliamos um quadro de esquizofrenia, transtornos 
do humor e quadros de retardo mental.
2727
• Teoria da Mente - seria o sistema 
responsável pela integração da 
percepção, do desejo, da intenção e das 
crenças do sujeito, que dá origem a uma 
construção teórica coerente. A partir dessa 
construção teórica, o sujeito é capaz de 
compreender o comportamento do outro 
dentro de um contexto de representações 
e, consequentemente, definir e direcionar 
o seu próprio comportamento.
• Está relacionada aos neurônios-espelho. 
Essa capacidade de “espelhar” 
inconscientemente uma ação motora de 
outra pessoa é denominada “ressonância 
empática”, que serve como base para 
compartilharmos os estados fisiológicos e 
emocionais de outras pessoas e pode ser 
considerado um componente crítico para 
a empatia.
• Habilidades Sociais - habilidades sociais são 
comportamentos que ocorrem dentro do 
contexto interpessoal, que têm como 
finalidade comunicar com precisão 
emoções, sentimentos, opiniões, atitudes, 
direitos e necessidades pessoais. Pressupõe-
se que pessoas hábeis socialmente 
apresentam relações pessoais e 
profissionais mais produtivas, satisfatórias e 
duradouras. 
• Em contrapartida, os déficits e 
comprometimentos dessas habilidades 
geralmente se associam a dificuldades e 
conflitos nas relações interpessoais, a uma 
pior qualidade de vida e a diversos tipos de 
transtornos psicológicos, tais como: timidez, 
isolamento social, delinquência juvenil, 
desajustamento escolar, suicídio e 
problemas conjugais.
2828
• Problemas no desenvolvimento dessas 
habilidades tendem a resultar em 
dificuldades comportamentais que podem 
se manifestar como problemas 
internalizantes ou externalizantes, que são 
bastante comuns nos diagnósticos 
psiquiátricos.
• Os problemas externalizantes são 
observados em transtornos que envolvem 
agressividade física e/ou verbal, 
impulsividade, agitação psicomotora, 
explosividade, comportamentos opositores 
ou desafiantes e condutas antissociais. Os 
problemas internalizantes são observados 
em transtornos como depressão, isolamento 
social, ansiedade e fobia social. 
• Esse dois subtipos de problemas podem 
ocorrer de forma combinada e privam o 
indivíduo de interações adaptativas com o 
ambiente.
2929
• Personalidade - em neuropsicologia, a resposta às tarefas cognitivas pode ser influenciada por 
questões como desajuste emocional ou pela expressão de traços de personalidade. Os principais 
motivos para inclusão do exame da personalidade (e de alterações emocionais) na avaliação 
neuropsicológica são:
• 1. Alterações comportamentais e distúrbios emocionais estão presentes em praticamente todas 
as formas de comprometimento cerebral, sejam elas provenientes das reações diretas das lesões 
cerebrais ou resultado das novas relações do indivíduo com o meio.
• 2. Características psicológicas podem mimetizar transtornos neurológicos e vice- versa.
• 3. O desempenho em testes neuropsicológicos pode ser prejudicado por alterações emocionais.
• 4. A identificação de alterações emocionais e relacionadas à personalidade podem ser alvo de 
terapias específicas (por exemplo, psicoterapia e farmacoterapia), sendo que a melhora nos 
quadros relacionados a esses fatores pode também exercer impacto positivo sobre a melhora 
neuropsicológica global.
• 5. O exame da personalidade complementa a avaliação cognitiva, motora e sensorial na 
determinação de competências e prejuízos para lidar com questões laborais, familiares, 
autocuidado, etc.
3030
• A literatura recente vem mostrando de forma 
inequívoca que os processos biológicos 
(genes, estruturas cerebrais e neuroquímica) 
desempenham um papel importante na 
determinação da personalidade, além da 
convivência social. Se os processos biológicos 
determinam a personalidade, as mudanças 
estruturais como as que ocorrem a partir de 
lesões cerebrais também produzem 
alterações na personalidade.
• No caso apresentado (TDAH), vamos 
escolher de acordo com o quadro 
apresentado quais as funções que precisam 
ser medidas, mas frequentemente serão 
escolhidos instrumentos com foco nas 
funções executivas e atenção.
31
ENTREVISTA CLÍNICA, OBSERVAÇÃO COMPORTAMENTAL E 
ESCALAS DE AVALIAÇÃO
• O processo de avaliação inicia com uma entrevista clínica onde o histórico do 
paciente é investigado (escolaridade, ocupação, antecedentes familiares e história da 
doença atual) e esses parâmetros são utilizados na análise de resultados e na 
interpretação do impacto cognitivo das doenças neurológicas.
• As habilidades de entrevista clínica são necessárias para estabelecer o contato e 
avaliar a demanda do paciente e do profissional que solicitou a avaliação. 
• O profissional deve fazer uma avaliação do sujeito em amplo espectro (social, familiar, 
físico, na história de vida). A análise do prejuízo funcional passa também pela 
avaliação de comorbidades associadas ao TDAH.
3232
Entrevista com os pais e com a 
criança/adolescente
• Investigação de sintomas como onde, 
quando, e com que frequência eles 
ocorrem. 
• Os pais costumam trazer um relato 
mais confiável de sintomas como 
agressividade, impulsividade, 
desatenção, oposição e 
hiperatividade do que crianças e 
adolescentes em avaliação.
É importante que a entrevista com os pais compreenda 
várias áreas: 
• a) preocupações e queixas principais dos pais 
(duração, freqüência, início, oscilações, repercussões 
dos sintomas); 
• b) dados demográficos sobre a criança e a família 
(idade, data de nascimento, parto, escola onde 
estuda a criança, nome de professores e 
coordenadores); 
• c) desenvolvimento (motor, intelectual, acadêmico, 
emocional, social e da linguagem); 
• d) história familiar pregressa (possíveis transtornos 
mentais na família, dificuldades conjugais, 
dificuldades econômicas ou profissionais, estressores 
psicossociais incidentes sobre a família); 
• e) história escolar (pode ser revisada série por série, 
buscando verificar desempenho acadêmico e social); 
• f) tratamentos anteriores ou suspeitas diagnósticas.
3333
Entrevista com a criança
• Passar algum tempo com a criança 
também é importante no processo de 
avaliação. 
• No caso de crianças pré-escolares, a 
entrevista pode se resumir a um breve 
contato amistoso, onde se observará o 
comportamento, a aparência e 
características gerais. 
• Uma entrevista que envolva brincadeiras 
também pode ser realizada com crianças 
pequenas. 
• Para crianças mais velhas e adolescentes é 
possível enfocar a percepção e 
sentimentos do sujeito frente ao problema: 
se esse está ciente do mesmo ou se teria 
uma outra explicação para suas 
dificuldades. É igualmente importante 
investigar a forma como o sujeito se 
relaciona com pais e professores.
• Deve se levar em conta que o 
comportamento de crianças e adolescentes 
no consultório ou no ambiente onde está se 
realizando a avaliação é, com frequência, 
muito diferente do ambiente com o qual 
estão familiarizados.
• A ausência de sintomas no consultório não 
exclui o diagnóstico, pois as crianças com 
TDAH são capazes de controlar os sintomas 
com esforçovoluntário ou em situações de 
grande interesse.
• Situações peculiares, como aquelas onde 
existe alguma novidade para a criança, 
algo de alto valor de interesse, intimidação 
ou em que esteja a sós com um adulto, 
podem fazer com que as crianças 
“mascarem” os sintomas, fato possivelmente 
responsável pelo diagnóstico de inúmeros 
falsos negativos.
3434
Entrevista realizada na escola
• A coleta de informações na escola é fundamental para se firmar o diagnóstico. Tendo em vista 
os critérios do DSM-IV que apontam a necessidade dos sintomas estarem presentes em mais de 
um ambiente, a escola, como local onde a criança/adolescente passa boa parte de seu dia, é 
fonte rica de informação. 
• A coleta de informações (atuais e passadas) junto à escola, como anotações, resultados em 
testes, testes de desempenho e observações do comportamento, configura uma forma muito 
rica de obtermos uma noção geral do funcionamento da criança (Phelan, 2005). A maioria das 
crianças com TDAH apresenta problemas com desempenho e comportamento na escola. 
Nesse sentido, detalhes devem ser investigados junto a coordenadores e professores, visando 
esclarecer esse funcionamento e investigar possíveis comorbidades (Calegaro, 2002).
• Ainda que seja uma fonte excelente de informações, a entrevista junto aos professores nem 
sempre é viável, sendo mais comum o contato telefônico (Calegaro, 2002). Uma alternativa 
apontada por alguns autores (Calegaro, 2002; Martins, Tramontina & Rohde, 2002; Benczik, 2000; 
Phelan, 2005) é enviar à escola escalas objetivas para avaliação de desatenção, 
hiperatividade e impulsividade que possam ser preenchidas de forma simples e fácil pelos 
professores.
3535
• A percepção do professor sobre a capacidade da criança/adolescente em seguir as 
regras e respeitar a autoridade na sala de aula auxilia o entendimento do clínico 
sobre como a criança está lidando com suas dificuldades (Benczik, 2000). Martins, 
Tramontina e Rohde (2002) mencionam estudos que alertam para a possibilidade de 
os professores maximizarem os sintomas apresentados pelas crianças com TDAH, 
principalmente quando existe comorbidade com um transtorno disruptivo do 
comportamento. Ainda assim, a escola é uma fonte muito valiosa de informação, 
tanto no processo diagnóstico como na avaliação do tratamento. Quando em 
tratamento, a evolução do paciente é percebida pelos professores de forma tão 
eficiente quanto pelos pais (Biederman et al., 2004), fato que reforça a importância de 
um contato contínuo com ambos.
3636
O uso de escalas
• Além das entrevistas, o uso de escalas e 
questionários para pais e professores é 
procedimento indispensável especialmente 
na literatura internacional, principalmente 
por terem mostrado sensibilidade e 
confiabilidade para uso profissional.
• Esses instrumentos podem fornecer dados 
sistematizados, que permitem uma visão 
mais objetiva, com dados quantitativos dos 
sintomas. Ainda que possam ser muito úteis, 
existem algumas limitações e cuidados que 
devem ser levados em conta ao se utilizar 
esses instrumentos, como, por exemplo, a 
possibilidade da escala apontar como 
significativos comportamentos que não 
ocorrem com muita frequência, ou não 
abarcar de forma completa a real condição 
do quadro.
• Algumas escalas muito usadas para 
professores são: Child Behavior Checklist 
(CBCL), a Escala Conners (validada no 
Brasil por Barbosa, 1997), a SNAP-IV e a 
Escala de TDAH (Benczik, 2000). Junto aos 
pais são utilizadas comumente a versão 
para pais do CBCL, a Escala Conners
(Barbosa, 1998) e, para verificar 
comorbidades, o K-SADS-E (Schedule for 
Affective Disorders and Schizophrenia for 
School-Age Children – Epidemiological
Version).
• Escalas utilizadas para pacientes: DIVA 
(Entrevista para o diagnóstico de TDAH 
em adultos), ASRS-18.
37
REFERÊNCIAS
Avaliação neuropsicológica [recurso eletrônico] / Leandro F.Malloy-Diniz ... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 
2010.
Avaliação Neuropsicológica. Canal Clinica da Mente. Psicóloga Rachel Dias. Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=EJNmimvGHYY
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. Disponível em: https://tdah.org.br/diagnostico-adultos/. Acesso em 21 de 
junho de 2020.
GRAEFF, Rodrigo Linck e VAZ, Cícero E. Avaliação e diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
(TDAH). Psicol. USP [online]. 2008, vol.19, n.3, pp. 341-361. ISSN 1678-5177.
HAZIN, Izabel et al. Neuropsicologia no Brasil: passado, presente e futuro. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 18, n. spe, p. 
1137-1154, dez. 2018. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812018000400007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 17 jun. 2020.
MADER, Maria Joana. Avaliação neuropsicológica: aspectos históricos e situação atual. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 16, n. 3, p. 
12-18, 1996. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931996000300003&lng=en&nrm=iso>. 
Acesso em 13 jun. 2020.
Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Mattos, P., Abreu. N. Avaliação Neuropsicológica. Artmed, mar. 2018.
https://support.office.com/pt-br/article/editar-uma-apresenta%c3%a7%c3%a3o-ff353d37-742a-4aa8-8bdd-6b1f488127a2?omkt=pt-BR&ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR
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