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Projeto Bubalino

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
CAMPUS DOIS VIZINHOS 
DISCIPLINA DE BUBALINOCULTURA 
 
 
 
 
 
 
KETRIN KUBIAK 
LAÍS DA SILVA 
MAÍRA COSTA 
 
 
 
ESTUDO DE MERCADO 
 
 
 
 
PROJETO BUBALINOCULTURA 
 
 
 
 
 
 
DOIS VIZINHOS 
2020 
1 INTRODUÇÃO 
Os búfalos (Bubalus bubalis) são animais de origem asiática introduzidos no 
Brasil ao final do século XlX, instalados inicialmente na região Norte, na Ilha de Marajó 
– Pará, onde depois se expandiu por outras regiões do país (Coelho et al., 2019). 
Segundo o MAPA (2018), o rebanho de bubalinos no Brasil foi estimado de 
cerca de 1,35 milhões de cabeças, onde o estado do Pará possui 38% do rebanho 
nacional (514.308 cabeças), seguido pelo Amapá que possui 21% do rebanho (286.477 
cabeças). A Associação Brasileira de Criadores de Búfalos reconhece quatro raças no 
Brasil, que são as raças Mediterrânea, Murrah, Jafarabadi e Carabao, (A.B.C.B., 2020). 
A criação de búfalos, no Brasil, é favorecida e pode ser viabilizada mais 
facilmente em áreas nas quais a criação de bovinos seria mais difícil, como regiões 
alagadas a exemplo do que acontece nas famosas criações da Ilha de Marajó, refugio 
inicial deste tipo de criação no nosso país. Além disso, é conhecida a grande capacidade 
dos búfalos engordarem com forragens grosseiras e converter pastagens nativas em 
ótimo ganho de peso. Isso é muito útil em um país com as características como as do 
Brasil, no qual encontramos gigantescas áreas de pastagens naturais, ideais para a 
criação de búfalos. (Rocha, 2007). 
O búfalo é considerado um animal de dupla aptidão, isto é, se mostra adequado 
tanto para a produção de leite como de carne. Entretanto, devido à sua força e 
resistência, é utilizado também como animal de tração, em especial em terrenos 
pantanosos ou inundados, como acontece em países da Ásia, Índia e no Norte do Brasil, 
podendo ser classificado como um animal de tripla aptidão. (Oliveira, 2005). 
O leite de búfala aponta características que o difere dos outros tipos de leites. 
Apresentando valores de proteínas, lipídeos, sólidos totais, resíduo mineral fixo e 
lactose os quais inferem sua notável importância nutricional. Outra característica 
marcante do leite de búfala é a ausência do β-caroteno em sua composição, o que lhe 
confere a cor branca e um sabor mais adocicado. A composição e produtividade do leite 
de búfala varia de acordo com diversos fatores como estádio de lactação, idade, raça, 
manejo, sanidade, condições climáticas e tipo de alimentação (Hühn et al., 1984; 
Macedo et al., 2001). Desta forma, a criação de búfalos ou bubalinocultura tornou-se 
uma alternativa viável e altamente rentável para pecuaristas de todo o Brasil. 
Com a crescente tendência de consumo de carnes menos gordurosas, com 
baixos teores de colesterol e com alto valor proteico, o consumo de carne de búfalo está 
crescendo substancialmente e tornando esta atividade pecuária cada vez mais atrativa 
para investidores do setor rural brasileiro. Quando comparada a carne de bovinos, os 
bubalinos apresentam 40% menos de colesterol, 55% menos calorias, 12 vezes menos 
gorduras 10% a mais de minerais e 11% a mais de proteínas, em 100 gramas de carne 
cozida, logo é muito mais indicada para saúde humana (Marques, 1998). 
Nota-se que no Brasil a bubalinocultura ainda enfrenta grandes desafios, 
principalmente no que diz respeito ao equilíbrio e organização de sua cadeia produtiva. 
Mesmo que o búfalo apresente índices satisfatórios com relação à produtividade e 
adaptabilidades as variadas condições edafoclimáticas e de ambiente, há ainda a 
ausência de tecnificação do setor produtivo da Bubalinocultura, o que se torna um 
entrave para o desenvolvimento da atividade como um todo (Coelho et al., 2019). Desta 
forma, as redes sociais possibilitam a interação entre empresa (produtor, comércio) e 
clientes, através das necessidades, desejos e as expectativas dos clientes, promovendo 
oportunidades e criando novas estratégias para se destacar entre as demais, através do 
marketing digital (Maia et al., 2018). 
O Instagram é uma é uma rede social muito interessante devido mesclar 
análises quantitativa e qualitativa, a partir de estudos de suas ferramentas como por 
exemplo: curtir e comentar em seus posts, podendo verificar sua popularidade mediante 
análise quantitativa (Maia et al., 2018). Portanto, o estudo teve como objetivo a 
elaboração de um projeto com finalidade de divulgação da bubalinocultura e seus 
produtos por meio virtual (Instagram), buscando passar informações e curiosidades da 
espécie para os seguidores da página e influenciar o consumo da espécie. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente estudo possui caráter exploratório, realizado através do perfil de 
Instagram denominado @bufaloempratica, com finalidade da divulgação da 
bubalinocultura atual, com ênfase no manejo e produção, inovações, curiosidades e 
gastronomia. Desta forma, foi avaliado o conteúdo dos posts no perfil desde a data da 
primeira publicação até a data do dia 28 de setembro de 2020. Sendo a primeira 
publicação em 19 de agosto de 2020. 
 Com o objetivo de mostrar aos seguidores da página do Instagram postagens 
mais interativas e instigar o consumo da carne, leite e derivados de bubalinos, realizou-
se uma visita técnica a um produtor da espécie bubalina. A propriedade com nome de 
Estância 15 fica localizada em Juara - Mato Grosso. E por fim, estruturou-se um 
processo de exploração do material teórico para as postagens e também identificações 
de carências dos resultados obtidos com as publicações. Conforme a (Tabela 1) pode-se 
verificar as categorias de conteúdo analisados. 
 
Tabela 1. Descrição das categorias de conteúdos analisados. 
Quantidade de posts Número de publicações no perfil desde a primeira até a data 
do dia 28 de setembro. 
Curtidas Quantidade de curtidas nas publicações 
Comentários Quantidade de comentários nas publicações 
Público Conhecimento do público de alcance. Ex: país, cidade, 
idade, sexo. 
Informações Postagens com objetivo de despertar curiosidades sobre o 
assunto abordado. Ex: Receitas gastronômicas. 
Publicidade Postagens com a finalidade de atrair seguidores e 
intensificar o alcance sobre a divulgação da 
bubalinocultura. 
Interações Publicações de interação com o público. Ex: caixas de 
perguntas, enquete, perguntas de sim ou não, direct. 
Fonte: Adaptado de Alencar et al. (2015); Maia et al. (2018). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os dados do perfil até a data de 28 de setembro de 2020 são de cerca de 108 
seguidores, como mostra a (Figura 1). O perfil segue um número total de 148 pessoas. 
E desde que a conta foi criada, foram feitas 17 publicações, com total de 361 curtidas 
com a média de 21 e de comentários 3. 
 
 
Figura 1. Perfil da página @bufaloempratica no Instagram. Fonte: Autores, 2020. 
 
Segundo as informações do aplicativo (Figura 2), os seguidos são em grande 
parte do Brasil, porém, com público ativo também em Portugal, Paraguai, Colômbia e 
Venezuela. Dos estados brasileiros, os seguidores com maior interação pertencem ao 
Estado do Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Com faixa etária entre 13 a mais de 65 
anos, o qual demonstra uma participação de média de 24 anos. Entre os seguidores, 51 
% são do sexo feminino e 49% sexo masculino. 
 
 
Figura 2. Descrição de: A: países, B: estados, C: faixa etária e D: gênero do público ativo da página 
@bufaloempratica. Fonte: Autores, 2020. 
 
Conforme os resultados observados através das publicações, verificou-se que 
ainda há uma carência de conhecimento a bubalinocultura, percebendo uma 
oportunidade em difundir os conteúdos ao público, principalmente pela temática não ser 
corriqueiramente visualizada em plataformas sociais. Assim, ocorreram muitos 
questionamentos por parte de seguidores ativos quanto às raças existentes no país, seu 
uso, doenças, comercialização, alimentaçãoentre outras. 
As publicações de posts específicos de raças proporcionaram uma maior 
interação com o público, disponibilizando características específicas de cada raça 
presente no Brasil como Murrah, Jafarabadi, Carabao e Mediterrâneo. As raças 
Jafarabadi e Carabao (Figura 3), foi a qual ocorreu maior interesse dos seguidores, 
principalmente por perguntas pelo direct e reposts em outras páginas com a mesma 
temática. 
 
Figura 3. A: publicação da raça Jafarabadi. B: publicação da raça Carabao. Fonte: Autores, 2020. 
 
Através da visita técnica ao produtor da espécie bubalina (Figura 4), aproximou 
a realidade da produção aos seguidores e a desmistificação de muitos questionamentos, 
principalmente a docilidade do animal. A propriedade possui um rebanho de nove 
búfalas leiteiras e aproximadamente 12 búfalos destinados para a produção de carne. O 
rebanho da propriedade possui as raças Jafarabadi e Murrah, onde já houve o 
cruzamento entre as espécies. 
 
 
Figura 4. Rebanho de búfalos na propriedade. Fonte: Autores, 2020. 
Segundo o produtor, as búfalas da propriedade tem uma produtividade total 
média de 20 litros de leite por dia (Figura 5), sendo este leite com total destino para a 
produção de queijo, que é feita na propriedade pela esposa do produtor e com 
comercialização dos queijos nos mercados locais de Juara-MT. A procura de comércio 
local de queijo de búfala foi o recomendados ao público ativo quando o questionamento 
era “onde encontrar”, além disto, também se recomendou pedidos de pizzas delivery que 
contenham o queijo de búfala invés do de leite de vaca, com um viés de proporcionar 
uma degustação por influência digital. 
 
 
Figura 5. Búfalas destinadas para a produção de leite na propriedade. Fonte: Autores, 2020. 
 
No Brasil, embora os búfalos sejam criados para a produção de carne, a 
atividade leiteira tem apresentado excelentes resultados, sendo considerada uma 
alternativa para a melhoria socioeconômica do setor pecuário, através da transformação 
e comercialização dos seus derivados (Camarão et al., 1997; Marques, 1998), como é o 
caso da propriedade Estância 15. O leite de búfala apresenta rendimento industrial na 
elaboração de laticínios 40% superior ao do leite de vaca bovina, possuindo ainda 33% 
menos colesterol, 48% a mais de proteína, 59% de cálcio e 47% de fósforo (Nascimento 
& Moura Carvalho, 1993; Marques, 1998). 
Por conter teor de gordura maior, são necessários apenas 14 litros de leite de 
búfala para produzir 1 kg de manteiga, enquanto, usando-se o leite de vaca bovina, são 
utilizados mais de 20 litros. Por outro lado, com apenas 5,0 litros de leite de búfala 
pode-se obter 1 kg de queijo Mozarela de alta qualidade (Nascimento & Moura 
Carvalho, 1993; Marques, 1998).Uma característica marcante do leite de búfala é a sua 
coloração totalmente branca, devido à presença de vitamina A e ausência de pigmentos 
carotenoides. Dessa forma, a manteiga e o queijo produzidos com esse leite são 
totalmente brancos. Outro ponto a ser ressaltado é que o leite é mais doce ao paladar 
(Hühn et al., 1991). O constituinte do leite de búfalas com maior valor econômico é a 
gordura, responsável pelo sabor característico e textura diferenciada do leite e seus 
derivados. Além de apresentar níveis satisfatórios de ácidos graxos, e em proporções 
satisfatórias de saturados e poli saturados, essenciais ao organismo humano (Magalhães, 
2005). 
De modo geral, observou-se através da visita técnica e das interações que ainda 
ocorre a falta de tradição dos criadores brasileiros em explorar adequadamente as 
espécies produtoras de leite. Porém, esses animais nos revelam ótima adaptação em 
nosso país e uma promissora habilidade em produzir leite. Além disto, o leite bubalino 
tem na composição apenas a beta-caseína A2, podendo ser consumido por pessoas que 
tenham sensibilidade ao Beta Caseomorfina A7 (BCM-7), substância produzida durante 
a digestão da beta-caseína A1. Em pessoas com sensibilidade a essa molécula, o 
consumo do leite A1 pode causar desconfortos abdominais diversos, sintomas que 
podem ser confundidos com a intolerância a lactose (Gafforelli, 2019), esta questão foi 
levantada pelos seguidores (principalmente mães) após a publicação sobre o assunto, 
para obter mais informações e confirmação efetiva desta informação, sendo ela 
satisfatória e promovendo por influencia o consumo do leite. 
Com relação aos búfalos destinados para a produção de carne da propriedade 
não são castrados (Figura 6), mantendo sempre o número de 12 búfalos na propriedade, 
com a carne também destinada para os mercados locais. 
 
Figura 6. Macho destinado para o cruzamento com as búfalas leiteiras. Fonte: Autores, 2020. 
 
Neste sentido, no Brasil sendo a produção bubalina com dupla aptidão, para 
carne e leite, foi uma dúvida frequente dos seguidores, onde houve questionamentos 
durante as publicações, se as fotos e informações eram referentes a búfalos para corte ou 
búfalas para a produção leiteira, principalmente após a visita técnica realizada e 
publicada no feed e story. 
 Este fato foi visto de forma positiva, principalmente por perguntas quantitativas 
de produção e comparação frequente com bovinos. Conforme a Embrapa (2019), o 
rendimento de carcaça dos bubalinos é semelhante ao dos bovinos (47,7%), e a média 
anual obtida por búfala para produção leiteira é de cinco litros por dia, para uma 
ordenha diária, e em oito litros diários para duas ordenhas. Contudo, apesar de sua 
produção ser inferior à produção bovina, que é em média 15 litros por dia, o leite de 
búfala é melhor remunerada pela indústria podendo chegar ao dobro do preço do leite de 
vaca e também seus derivados possuem um maior valor agregado. 
Durante a visita também ocorreu à possibilidade de presenciar búfalos “albinos” 
(Figura 7). Em bubalinos existem poucas informações sobre a ocorrência de albinismo, 
sendo descrito o albinismo parcial (Cockrill 1974), cujos animais afetados são 
denominados albinóides e podem apresentar as mucosas, focinho, olhos e cascos 
pigmentados ou serem malhados. Barbosa et al. (2005) citam a ocorrência de albinismo 
ocular e despigmentação da íris em búfalos no Pará. Casos de albinismo em búfalos são 
descritos, também, na China e na Turquia (Coban & Yildz 2005). 
 
 
Figura 7. Búfalos albinos na propriedade. Fonte: Autores, 2020. 
 
Os bubalinos com albinismo óculo-cutâneo apresentam pelos e extrato córneo 
dos chifres e cascos brancos e a pele e as mucosas rosadas. Os olhos apresentam a íris 
cinza pálido e a pupila deixa transparecer uma cor escura. A acuidade visual é reduzida, 
mas os animais afetados não chegam a esbarrar em obstáculos. Manifestam sinais de 
fotofobia mantendo os olhos semi-fechados, principalmente, quando expostos à luz 
solar (Damé et al., 2012). 
Os seguidores apresentaram dúvidas, levantando questionamentos no período 
das publicações, através do chat, caixas de perguntas e publicações de fotos, sobre a 
influencia do clima para produção dos Bubalinos, ocorrendo perguntas frequentes se 
bubalinos e bovinos apresentam a mesma adaptação climática. A interação dos 
seguidores nos mostrou o interesse do público por saber mais sobre a produção do 
animal e sua adaptação climática, além de sempre apresentar questionamentos em 
comparação com bovinos. 
O bubalino é mais sensível que o bovino à irradiação solar direta e ambientes 
com altas temperaturas. Isto ocorre devido a diversos fatores, como: cor negra da pele, 
levando a uma grande absorção de calor quando os animais são expostos aos raios 
solares, nas horas mais quentes do dia; menor número de glândulas sudoríparas, 
dificultando a perda de calor por transpiração e camada da epiderme da pele grossa, 
reduzindo a perda de calor por condução e irradiação (Souza Júnior, et al., 2008; Porto 
et al., 2018; ) 
Apesar disso, os bubalinos podem ser criados nas mais diversas condiçõesclimáticas, muitas vezes, apresentando-se como uma opção para o aproveitamento de 
áreas da propriedade às quais os bovinos não se adaptam. O búfalo é adaptado aos 
climas quentes e úmidos dos trópicos e sub-trópicos. Está adaptabilidade é atribuída à 
natureza semiaquática, procurando água e mantendo o corpo submerso, a fim de reduzir 
o efeito do calor. Entretanto, temperaturas ambientes acima de 30°C são consideradas 
prejudiciais para a produção de búfalas leiteiras (Damasceno et al., 2010), pois 
influenciam a temperatura corpórea e, consequentemente, o metabolismo animal. 
A comercialização de carne e leite e seus derivados foi surpreendentemente 
positiva pelo público, visto que ocorreu muitos pedidos de localização para compra e 
muitos seriam o seu primeiro contato seja ele com derivados (queijo) ou mesmo a carne. 
Desta forma, pode-se sugerir que as publicações influenciaram a comercialização e 
instigaram a curiosidade sobre bubalinos principalmente através das receitas 
gastronômicas publicadas no feed e story (Figura 8). 
 
 
Figura 8. Receitas gastronômicas com ênfase em bubalinos publicadas no perfil. Fonte: Autores, 2020. 
 
A carne de búfalo consegue preencher as exigências do mercado consumidor 
atual, que procura uma alimentação saudável, e ao mesmo tempo, saborosa, de boa 
aparência e muito suculenta, sendo, portanto, mais indicada para a saúde humana 
(Pontes et al., 2018). Outra característica que chama a atenção para o consumo da carne 
bubalina é a presença de ômega-3 e ômega-6, que servem como proteção contra doenças 
do coração (Lira et al., 2005).Conforme resultados, de Pontes et al. (2018), a pequena 
disponibilidade do produto no mercado e o baixo nível de informação referente aos seus 
benefícios têm limitado o crescimento da demanda, onde verifica-se que é necessário 
melhorar o sistema de comercialização e divulgação das qualidades organolépticas da 
carne e dos produtos de origem bubalina. 
Contudo, os bubalinocultores encontram dificuldades na comercialização, dentro 
dos seguintes aspectos: difícil comercialização da carne bubalina, frente ao comércio da 
região, preço menor em comparação ao bovino, preferência dos matadouros pelo abate 
de bovinos, falta de uma campanha de divulgação e de informação sobre a carne. Além 
disto, a comercialização principalmente a carne na qual, ocorre a falta de identificação 
da carne de búfalo, que geralmente não é comercializada com rótulo de carne bubalina e 
sim comercializada junto aos de bovinos (Embrapa, 2019). 
Neste sentido, a divulgação e utilização de legislações específicas de qualidade 
da carne bubalina torna-se uma possível solução para incentivar a produção, venda e 
consumo (Silva & Junior, 2014). Algumas redes de supermercados já comercializam a 
carne de búfalo em suas prateleiras, porém o que leva a um fator limitante é a falta do 
fornecimento contínuo e quantidade da oferta da carne. Favorecendo a desvalorização 
do produto pelo consumidor, por desconhecer as características organolépticas e 
nutricionais da carne bubalina. Com relação aos derivados do leite de búfala, a 
mozzarella de búfala ainda é considerada um produto de nicho de mercado no país 
(Alvez et al., 2010), sendo ela a mais visível, lembrada e consumida pelos menos uma 
vez pelos seguidores da página. 
Portanto, através deste estudo pode-se perceber a influência de mídias digitais 
sobre o consumo e divulgação da espécie bubalina, sendo ela positiva e uma opção 
completamente viável por meio dos produtores e pelo comercio da carne, leite e 
derivados de búfalos. Sugerindo, que um marketing efetivo e periódico possa 
proporcionar maior aceite e consumo do produto. 
 
CONCLUSÃO 
 
A carne bubalina possui elevada qualidade nutricional, sendo benéfica para a 
alimentação dos consumidores. Podendo concluir que é necessário que ocorra um 
marketing e uma padronização para que o consumidor tenha um produto diferenciado e 
com qualidade de forma continuada. Sendo a influência e instigação por mídia social 
muito apropriada para a divulgação da espécie bubalino promovendo seu consumo e 
aceitação pelo público. 
 
 
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https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/47767622/teor-de-gordura-da-carne-de-bufalo-e-quase-50-inferior-ao-da-bovina#:~:text=De%20acordo%20com%20os%20dados,mais%20de%20500%20mil%20cabe%C3%A7as.&text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20o%20leite%20de%20b%C3%BAfala%20tamb%C3%A9m%20rende%20mais%20no%20processamento
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