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FERRAMENTAS PARA IMPLANTAÇÃO DA ACREDITAÇÃO Professoras: Esp. Jovelina Guimarães Borges Morante Esp. Adriana Queiroz Palmieri Ferreira DIREÇÃO NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MORANTE, Jovelina Guimarães Borges; FERREIRA, Adriana Queiroz Palmieri. Acreditação Hospitalar I. Jovelina Guimarães Borges Morante; Adriana Queiroz Palmieri Ferreira. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 43 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Acreditação 2. Hospitalar 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 353.6 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Diretoria de Design Educacional Débora Leite Diretoria de Pós-graduação e Graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Head de Pós-graduação e Extensão Fellipe de Assis Zaremba Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Marcus Machado / Rossana Costa Giani Editoração Flávia Thaís Pedroso Ilustração Marta Kakitani Qualidade Textual Silvia Caroline Gonçalves Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 01 02 03 04 sumário 06| PROCESSO DE ACREDITAÇÃO 12| DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 18| FERRAMENTAS PARA IMPLANTAÇÃO DA ACREDITAÇÃO 27| MÉTODOS DE AVALIAÇÃO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Demonstrar as metodologias de acreditação coexistentes no Brasil e os fatores de maior relevância para o sucesso da acreditação. • Explicar sobre os requisitos e procedimentos envolvidos no processo voluntário e solicitar a implantação dos diferentes métodos de acreditação. • Explicar o funcionamento e aplicabilidade das ferramentas da qualidade para implantação da acreditação. • Explicar como os avaliadores de instituições acreditadoras verificam os quesitos de qualidade nos serviços de saúde. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Processo de Acreditação • Diagnóstico Organizacional • Ferramentas para Implantação da Acreditação • Métodos de Avaliação FERRAMENTAS PARA IMPLANTAÇÃO DA ACREDITAÇÃO INTRODUÇÃO introdução Caro(a) aluno(a), a metodologia de acreditação hospitalar no Brasil não é compulsória, mas sim iniciativa voluntária das instituições que demonstram maturidade na gestão de seus serviços de saúde. Aprenderemos como dar o “start” no processo de acreditação, nas diferentes metodologias coexistentes no Brasil, e quais os fatores mais relevantes nesse processo. Afinal, um hospital é uma empresa, logo, não se faz sem pessoas. Vamos observar como o fator humano influencia a implantação de práticas adequadas aos padrões de qualidade e que envolvimento da alta gestão na consolidação da acreditação é fundamental. Sim, os profissionais de saúde de uma organização hospitalar são os agentes de mudança para um novo cenário, um novo contexto. Aprenderemos, porém, que o processo de mudança precisa ser gerenciado para diminuir a taxa de resistência dos colaboradores em relação à metodologia de acreditação. É preciso motivá-los, é preciso ouvi-los. E, no contexto de uma cultura justa, é essencial que os colaboradores participem das decisões e tenham a liberdade para criar soluções. Após elencados os quesitos de não conformidades em meu hospital, o que fazer? Veremos a importância do planejamento para o alcance de metas e a aplicabilidade de ferramentas da qualidade para otimizar processos, identificar falhas e promover inovação. Nos transportaremos ao olhar do avaliador e compreenderemos quais os requisitos de maior impacto nas visitas de avaliação e como é verificado o gerenciamento do risco, além de observarmos o nível de importância em acompanhar o paciente em toda a sua cadeia de cuidados. Ao final de nossos estudos, estaremos capacitados e prontos para assumirmos o nosso papel nesta jornada de evolução constante, rumo ao aprimoramento dos serviços assistenciais de saúde. Bons estudos! Pós-Universo 6 PROCESSO DE ACREDITAÇÃO Pós-Universo 7 Caro(a) aluno(a), no Brasil, a acreditação não é imposta por políticas públicas, mas implanta-se nos serviços por ação voluntária da alta gestão, que escolhe uma instituição acreditadora e solicita oficialmente uma avaliação do seu sistema de gestão da qualidade. A avaliação externa confrontará os resultados do hospital com os padrões correspondentes à metodologia escolhida para certificar a organização como um todo. Cada metodologia possui um escopo, foco e objetivo que devem ser alcançados pelo hospital para que este obtenha um certificado de qualidade. No Brasil, coexistem vários modelos de acreditação além do Sistema Brasileiro de Acreditação, que adota a metodologia da ONA. As metodologias disponíveis são da Joint Comission International, NIAHO, Accreditation Canada e HIMSS. A metodologia da Organização Nacional de Acreditação é a mais difundida no Brasil. Além de buscar melhorias na assistência e segurança do paciente, a acreditação também aprimora a qualidade da gestão hospitalar. Não esqueçamos do atual cenário econômico, em que o fator de qualidade, que é um índice de reajuste definido pela Agência Nacional de Saúde, influencia os repasses das operadoras de planos de saúde aos hospitais credenciados. Os fatores citados anteriormente influenciam os gestores na tomada de decisão a favor de uma metodologia de Acreditação, que tenha impacto positivo na visão crítica da sociedade. O reflexo almejado é o de um hospital com excelência que busca incessantemente otimizar seus serviços assistenciais. A escolha pela metodologia precisa levar em consideração a realidade local da instituição, para que a implantação tenha o máximo de êxito. Após definição de qual método de Acreditação utilizar, o gestor entra em contato com as instituições acreditadoras e solicita uma avaliação externa. Essa primeira avaliação não possui o caráter de certificação, e sim de diagnóstico da situação organizacional em que se encontra o hospital ou serviço de saúde. Uma equipe de avaliadores da IAC é designada para visitar o hospital e avaliar seu status. A avaliação é in loco e transversal, o que significa dizer que a abordagem sistêmica permite analisar os processos de trabalho e as relações com os resultados (ONA, 2014). Permite o exercício da reflexão sobre os cuidados, resultados, falhas e demais aspectos que envolvem a prática profissional, e incita o profissional a discutir para encontrar soluções para os problemas da instituição. Pós-Universo 8 O sucesso de uma organização hospitalar em obter a acreditação repousa no gerenciamento da mudança, no investimento em educação, na disseminação assertiva de informações e, principalmente, no envolvimento total e determinado da alta gestão. A gestão intermediária e todo corpo de profissionais de um hospital precisam, na mesma medida, de envolvimento com a meta de gestão da qualidade. Afinal, uma empresa não se faz sem pessoas. São as pessoas que tornam uma empresa o que ela de fato se propõe a ser, com todas as falhas e acertos que o processo implica. A acreditação é mais do que avaliar os níveis de qualidade em uma organização ou serviço de saúde. Com ela, nasce uma política desenvolvimentista na cadeia organizacional que transmuta uma instituição a outro patamar, conquistando um espaço não só de excelência, comotambém de compromisso, visando bons resultados em saúde, mas sem esquecer dos custos e investimentos. Ela precisa ser encarada como um caminho sem retorno, de proatividade e determinação, que leva uma instituição de saúde a se tornar um porto seguro para pacientes e colaboradores. Aqui, prezado(a) aluno(a), faz-se mais do que imprescindível o entendimento do que é Acreditação por todos os colaboradores da instituição. Viana et al. (2011) realizaram um estudo sobre o processo de acreditação hospitalar e encontraram resultados que demonstram o nível de conhecimento e entendimento sobre a metodologia de Acreditação. Vejamos, a seguir, alguns excertos das respostas dadas pelos entrevistados – as quais compõem o trabalho de Viana et al. (2011) – sobre o entendimento e compreensão do processo de Acreditação: [...] Oh, acreditação é, a meu ver, é, um sistema de qualidade que ele vai trazer padronização dos procedimentos, pelas instruções normativas que regem os hospitais. Olha, eu vejo é, é, é, uma ideia que eu vejo da acreditação é como a ISO. [...] Sobre a posição da instituição em relação à Acreditação, foi possível perceber que pensam ser uma obrigação imposta pelo estado e que a alta gestão de certa forma o impõe. [...] Temos um grupo gestor, aquele que recebe todas as metas e tenta multiplicar todas as informações ou solicitações que vem através do estado, a gente vê com muitos benefícios. Só que essa consciência, em minha opinião, não está para todos os funcionários. [...] Pós-Universo 9 Percebem a falta de direcionamento como aspecto dificultador da Acreditação. [...] E no princípio, desde que a gente começou, é, o que dificultou foi, é, a falta de um direcionamento, de alguém que pudesse nos ajudar, nós sentimos que a gente precisava fazer, mas não sabia como fazer. Mas eu acho que isso foi o mais difícil! [...] E também, assimilam como aspecto facilitador a participação e incentivo da direção do hospital em buscar, consolidar e manter a Acreditação. [...] Então eu acho que é, é, o que facilita é quando você tem um apoio da diretoria. Então a diretoria quer a acreditação, é, abraçou a causa, então isso é muito importante. É, pessoas que estão comprometidas, então a gente tem várias, uma equipe muito boa de coordenadores, um pessoal envolvido, que tá, que quer também, que abraçou a causa. [...] Os colaboradores entendem que a participação de todos, a multidisciplinaridade, é vital para busca da excelência nos cuidados. [...] Isso, a gente tem uma equipe interdisciplinar aqui dentro muito bem fundamentada. Sempre foi assim, trabalhando em grupo. Então isso é, é, foi interessante! Não tem, nunca houve uma busca individualizada, do tipo, cada um recebe seu direcionamento e cada um se vira, não! [...] Compreendem e adotam métodos e ferramentas para a gestão da qualidade. [...] O hospital hoje trabalha com o 5S, a gente tem, é, é, um processo, um projeto de, de incentivo dessas auditorias internas, a gente premia setores. A gente colocou o KAIZEN, junto aos indicadores, por quê? Porque nós temos indicadores e, e, aquelas informações nos possibilitam é, é, inserir metas. [...] Não assimilam adequadamente o conceito da pesquisa de satisfação do cliente, e não sabem empregar os dados para criação de indicadores. [...] Nós temos também que alguns setores definem fazer. Vamos ver como está meu setor? Então elas fazem um questionário, às vezes com acompanhante, com o próprio paciente, né, às vezes pra ver como está a satisfação do funcionário, com o trabalhador. Não é uma coisa da instituição! [...] Pós-Universo 10 Quanto mais transparente e coerente for a comunicação da alta gestão de um hospital prestes a iniciar um processo de acreditação, mais colaboradores se sentirão motivados e envolvidos com as mudanças. Um estudo sobre aceitação e resistência ao processo de acreditação sob a perspectiva dos profissionais que atuam em instituições hospitalares, de Bonfim et al (2013), trouxe conclusões e considerações interessantes a respeito da gestão dos recursos humanos no contexto de implantação da acreditação hospitalar. 1. A pesquisa identificou que o envolvimento da alta gestão na apresentação do projeto e o esclarecimento dos objetivos são condicionantes para o êxito da sua efetiva implantação. 2. Que o fato dos colaboradores perceberem que o processo de implantação envolve MUDANÇA, é um indicador de adesão ou recusa aos processos de reorganização. 3. A formação de equipes com autonomia para elaboração do planejamento, sugestões, coparticipação nas ações e decisões, promove ADESÃO dos colaboradores aos projetos de mudanças nas instituições. 4. Fatores críticos na visão dos colaboradores durante a fase de implantação da Acreditação: 4.1. Falta de transparência na divulgação dos benefícios; 4.2. Inabilidade de gestores para ouvir as considerações dos colaboradores líderes e operacionais quanto à efetividade de mudanças propostas; 4.3. Interferência da gerência com abuso de autoridade e imposição de execução de tarefas; 4.4. Inabilidade dos gestores em estimular a formação de times. BONFIM et al. (2013) recomendam que a alta gestão dos hospitais elabore um planejamento para eliminar ações inadequadas que poderiam ser indicadores de resistência, e o envolvimento em todas as etapas do processo que foi identificado pelos participantes da pesquisa como indicador de aceitação nos processos de mudança na organização. Pós-Universo 11 Peter Senge (2008) considera que a interpretação das regras e métodos da gestão organizacional promove a compreensão sistêmica da organização, por meio da visão compartilhada, conduzindo os indivíduos a prepararem ambientes nos quais aumentam a capacidade de criar os resultados que realmente desejam, cultivando novas formas de pensar, e agindo de forma coletiva. Senge (2008) definiu cinco disciplinas essenciais para promover o aprendizado de uma organização. São designadas como: domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada, aprendizagem em equipe e pensamento sistêmico. Cada disciplina expressa um conjunto de teoria e técnica, que deve ser estudado e dominado para atingir o aprendizado organizacional: • Domínio Pessoal: o indivíduo vê a vida de forma criativa, e não reativa, buscando o aprendizado de forma contínua. • Modelos Mentais: são ativos, são generalizações e premissas simples que moldam nossas ações. • Visão Compartilhada: é uma força no coração das pessoas de impressionante poder. Pode ser inspirada por uma ideia. Os objetivos comuns nascem sempre dos objetivos pessoais. É desta maneira que usam sua energia alavancando seu comprometimento. • Aprendizagem em Equipe: é o alinhamento e desenvolvimento da capacidade da equipe de criar os resultados que seus membros realmente desejam. • O Pensamento Sistêmico: é a disciplina mais importante, pois sem pensamento sistêmico as demais não têm o mesmo efeito. Em uma organização de aprendizagem, os membros consideram a organização um sistema no qual o trabalho de cada pessoa afeta o trabalho de todas”. Vimos que a acreditação é um processo que envolve todos da instituição, desde a alta gestão até o técnico de enfermagem. Para conseguir a acreditação o hospital ou unidade de saúde precisa passar por um período de adequação, pois provavelmente falta alguns fatores que uma empresa acreditada precisa ter. O importante é que quando uma empresa vira uma empresa acreditada até sua cultura organizacional muda. Pós-Universo 12 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL Pós-Universo 13 A ONA, por meio da Norma 03 – Avaliação de Diagnóstico Organizacional – regula o processo de avaliação da situação organizacional de uma organização de saúde que solicita o processo de acreditação. A norma estabelece que o Diagnóstico Organizacional é a atividade de avaliação das organizações, serviços e programas da saúde, sem fins de certificação, por meio da aplicação da metodologiado Sistema Brasileiro de Acreditação e do Manual Brasileiro de Acreditação específico. É atividade facultativa e independe da avaliação de certificação. Desenvolvido por avaliadores qualificados que compõem a equipe da Instituição Acreditadora Credenciada – IAC, que define o tempo de visita conforme a organização. Não obriga a organização avaliada a dar continuidade do processo de acreditação com a IAC (ONA, 2014, p. 4). Para uma organização prestadora de serviço de saúde ou o serviço odontológico que pretenda solicitar uma avaliação de diagnóstico organizacional, usado na metodologia de Acreditação da ONA, é preciso cumprir alguns requisitos. São eles: a. A organização, serviço ou programa da saúde manifesta interesse pelo processo de diagnóstico organizacional junto às Instituições Acreditadoras Credenciadas de sua preferência. b. A Instituição Acreditadora Credenciada coleta as informações necessárias da organização, serviço ou programa da saúde para formular a proposta. c. A Instituição Acreditadora Credenciada encaminha a proposta à organização, serviço ou programa da saúde. d. A organização, serviço ou programa da saúde analisa as propostas recebidas e seleciona uma Instituição Acreditadora Credenciada. e. É estabelecido um contrato de prestação de serviços entre a IAC e a organização. f. A Instituição Acreditadora Credenciada realiza a solicitação de pré-inscrição da organização, serviço ou programa da saúde junto à ONA, no sistema ONA Integrare. Esta solicitação expirará após 15 dias corridos, caso não haja a efetivação da inscrição pelo cliente. g. A organização, serviço ou programa da saúde a ser avaliado realiza a inscrição ou a atualização da inscrição junto à ONA, no Sistema ONA Integrare, a partir de solicitação recebida por e-mail. Pós-Universo 14 h. A ONA procede a análise da inscrição da organização, serviço ou programa da saúde, verificando seu CNPJ e CNES, e a adequação do tipo de Norma definida para a condução da avaliação. Esta análise deverá ocorrer em até 02 dias úteis subsequentes à inscrição feita pelo cliente. Este prazo considera os dias e horários de funcionamento da ONA. i. A Instituição Acreditadora Credenciada realiza o agendamento da visita via sistema ONA Integrare. j. A IAC deve anexar junto ao agendamento da visita, o contrato firmado com o cliente (contrato IAC - Cliente) no ONA Integrare. É responsabilidade da Instituição Acreditadora Credenciada garantir que o contrato anexado esteja completo, correto e devidamente assinado, antes da efetivação do agendamento da visita. k. O número de avaliadores e de dias de avaliação deverá constar no contrato inserido no sistema ONA Integrare. A determinação do tempo e equipe de avaliação deverá ser estabelecida pela IAC, de acordo com o perfil e complexidade da organização a ser avaliada. A ONA não preconiza números mínimos e não fará a validação deste agendamento. l. A Instituição Acreditadora deverá apresentar previamente a equipe de avaliadores e o avaliador líder à organização, serviço ou programa da saúde cliente, para conhecimento, verificação de possíveis conflitos de interesse e validação. m. É permitido à IAC o agendamento retroativo da visita em até 60 dias para que haja a emissão da declaração de visita pela ONA. n. A emissão da declaração de Diagnóstico Organizacional será realizada desde que haja sinalização dessa necessidade pela IAC no momento do agendamento da visita. o. Havendo solicitação de emissão de declaração de diagnóstico organizacional será emitida uma taxa administrativa, com valor definido pela ONA. Pós-Universo 15 p. O avaliador líder apresenta e disponibiliza o planejamento da visita para a organização, serviço ou programa da saúde até 02 dias corridos antes do primeiro dia da visita para adequação e validação. q. O plano deve incluir: os dados do cliente; a metodologia de avaliação; a data de início e fim da avaliação; o avaliador líder e os avaliadores indicados para a visita; outras pessoas que acompanharão a visita (se existir); área/unidade/ processo que será avaliado com data, horário e avaliador(es) responsável(is) pela visita. r. Cabe à organização, serviço ou programa da saúde cliente: • Comunicar as equipes envolvidas, os objetivos e propósitos da avaliação de diagnóstico organizacional. • Apontar os profissionais responsáveis para acompanhar a equipe de avaliadores. • Prover o acesso às instalações e documentos conforme solicitação dos avaliadores. • Cooperar com os avaliadores para permitir que os objetivos do processo sejam atingidos. • Disponibilizar sala exclusiva e reservada, com acesso à internet, para uso da equipe de avaliadores. • Disponibilizar outros recursos necessários ao processo de avaliação, conforme solicitação da equipe de avaliadores. A Joint Comission International, que aqui no Brasil é conveniada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação procede de uma forma um pouco diferente para o pontapé inicial com as organizações desejosas de acreditação. Para iniciar o processo, a instituição de saúde faz contato com Assessoria de Relações Institucionais do CBA, por e-mail ou telefone, ambos disponíveis no site. A partir desse contato, a instituição é convidada a preencher um Formulário de Perfil Institucional, a partir do qual o projeto será elaborado, com posterior apresentação de proposta para análise. O projeto será discutido com a instituição para definirem o conjunto de etapas e atividades para a implantação do programa de acreditação. Pós-Universo 16 O IQG, instituição acreditadora parceira exclusiva da HSO (Health Standards Organization – antiga Accreditation Canada International) disponibiliza às instituições brasileiras o acesso a padrões internacionais de excelência e inovação. A Accreditation Canada é reconhecida mundialmente, com 50 anos de experiência em acreditação no Canadá e no mundo. É detentora da inovadora metodologia de acreditação internacional – o Qmentum International. Da mesma forma que as outras metodologias, a solicitação é voluntária e um formulário de preenchimento com as informações da instituição é enviado para o IQG, que retorna posteriormente com proposta e fluxo para implantação do processo. As outras metodologias de acreditação disponíveis terão fluxo de solicitação semelhante às anteriores. Após esse passo, as organizações hospitalares criam comissões para conduzir e monitorar as ações de adequação da gestão do Hospital. Algumas instituições convidam gestores de instituições já acreditadas no nível em que pretendem obter, para palestras motivacionais e expositivas sobre suas experiências com o processo de acreditação, pontos positivos, etapas entre outros. O intuito é mobilizar e envolver as equipes multidisciplinares. Em alguns hospitais, o relatório de diagnóstico situacional indica a necessidade de criação de Sistema de Gestão da Qualidade e alguns optam por capacitar seus colaboradores com os cursos que as Instituições Acreditadoras fornecem. Um sistema de gestão da qualidade minimamente precisa definir sua política, missão, visão e valores. Esse é o primeiro passo para mobilizar suas equipes a reagirem de forma produtiva e positiva às adequações sugeridas pelo diagnóstico. O segundo é a criação de comissão de acreditação com o estabelecimento de Matriz de Responsabilidades, com os responsáveis, suas atividades e funções, frequência de reuniões e presença de demais colaboradores necessários ao processo de implantação. O terceiro passo é adquirir as normas orientadoras da metodologia elencada, ou mesmo os manuais que trazem os padrões e requisitos para adequação dos serviços. É preciso investimento em educação e capacitação das equipes para que compreendam os conceitos envolvidos na acreditação, e possam produzir os resultados necessários. Algumas instituições contratam empresas consultoras para o desenvolvimentomais amplo das equipes. Planejar é preciso! Pós-Universo 17 Todo profissional, assim como toda empresa, precisa saber o que fazer, quando fazer e como fazer, para atingir os resultados almejados. As chances de êxito na obtenção do selo de acreditação diminuem vertiginosamente na ausência de planejamento. Muitas organizações já possuem Missão, Visão, Valores e Objetivos determinados: umas atingindo suas metas, outras ainda confusas em como acessá-las. Para as que ainda não possuem esses parâmetros, como diretriz e política de gestão, é possível moldá-las a partir de planejamento estratégico, tático e operacional. No estratégico, a empresa desenha sua visão de longo prazo (aproximadamente 6 anos); nele está embutido cumprimento do plano de futuro que é responsável pela sobrevivência da empresa. No planejamento tático, constrói-se a visão de curto prazo (1 a 2 anos), correspondendo ao período em que o plano estratégico se setorializa e o foco é mais específico, com distribuição de tarefas para sua consolidação. No operacional, a visão também é de curto prazo, e se manifesta na execução das ações dos planos cujas decisões são técnicas e tem abrangência político-social. Estratégico Organização como um todo. Tático Aborda cada unidade separadamente. Operacional Aborda cada operação separadamente. Figura 1 - Tipos de Planejamentos Fonte: a autora. Pós-Universo 18 FERRAMENTAS PARA IMPLANTAÇÃO DA ACREDITAÇÃO Pós-Universo 19 Imagine que você é gestor de um hospital, decidiu por uma metodologia de acreditação, e o processo de acreditação já se iniciou. Sua instituição possui um diagnóstico situacional, sistema de gestão da qualidade e comissão para implantação da acreditação. A matriz de responsabilidades já definiu os responsáveis e suas funções, como a frequência das reuniões. Certo, e agora? A partir desse momento, você representa a alta gestão deste hospital, e precisa mobilizar sua equipe para atingir o tão sonhado resultado que proporcionará à sua instituição a certificação de acreditação. Você já sabe o nível de certificação que sua instituição se propõe a atingir? O que almejam é factível com a realidade local? Seus colaboradores conhecem a Missão, Visão, Valores e Objetivos de sua instituição? Eles sabem o que fazer a partir de agora? Se tudo está sob controle e você teve respostas positivas para as perguntas acima, parabéns, sua instituição está a um passo de obter o tão sonhado título de “acreditado”. Do contrário, você tem bastante trabalho a fazer, começando por definir o Planejamento Estratégico de sua instituição, definindo sua Missão, Visão, Valores e Objetivos. A Missão é o principal motivo de uma organização existir, deve ser clara e objetiva, de preferência deve estar exposta na recepção, em conjunto com a visão e os valores. Na Visão, temos o propósito da empresa e seu direcionamento. Deve ter um prazo estipulado para ser atingida, por volta de 5 a 6 anos, no qual aplicam-se ações para atingir as metas. Onde queremos estar daqui a 5 anos? Os Valores são as ações e práticas difundidas em toda instituição pelos colaboradores e alta gestão, que refletem como são tratados e valorizados. A conduta de gestão aplicada aos colaboradores fará com que reflitam aos pacientes, que são os recebedores do cuidado a ser fornecido. Os valores morais e éticos devem ser inseridos no cotidiano de todos que compõem a organização, tanto no trato com os pacientes com em suas atividades rotineiras. E, por fim, os Objetivos são norteadores no caminho para se atingir as metas. Podem ser vistos como alvos ou etapas de uma meta. Podem ser definidos e classificados conforme os prazos curto, médio ou longo. As Metas podem ser entendidas como o resultado a ser atingido e são vinculadas a um objetivo, para que se tornem realidade. É importante que sejam atingíveis para evitar a desmotivação das equipes. Por exemplo: Objetivo: elevar o faturamento. Meta: fixar um teto mínimo a ser alcançado. Pós-Universo 20 Após a determinação das diretrizes de seu hospital, sua equipe está envolvida em promover mudanças, porque entende com clareza o que a alta gestão espera obter com a implantação da acreditação. Então, a seguir, é preciso traçar estratégias para alcançar as metas a que seu hospital se propôs e, para isso, você e sua equipe precisarão usar ferramentas que auxiliam a avaliação de processos e implementação de melhorias nos serviços assistenciais. Usadas para desenvolver, implantar, monitorar e melhorar a qualidade nas organizações, as técnicas e ferramentas da qualidade representam instrumentos necessários para que os sistemas de gestão da qualidade obtenham máxima eficiência e eficácia. São ferramentas da qualidade usadas para implementação da acreditação: • Brainstorming (Projeto e Plano); • Definindo Escopo (Lista de Verificação); • Fluxograma; • Gráfico de Pareto; • Estratificação; • 5W2H; • 5 Porquês; • DMAIC; • Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa); • Gráfico de Tendências; • Medir e Compreender; • Sustentar e Compartilhar (PDSA). O diagnóstico organizacional fornece à instituição os pontos fortes e fracos, e as não conformidades que precisam ser modificadas. É nesse contexto que as ferramentas da qualidade são acionadas. As ferramentas mais utilizadas nas instituições acreditadas são procedimento operacional padrão, fluxograma, 5W2H, diagrama de causa e efeito e brainstorming (RODRIGUES; LAGE, 2015). Pós-Universo 21 POP Procedimento Operacional Padrão é um documento que descreve de forma detalhada e sequencial como uma atividade deve ser exercida ou realizada. É designada como procedimento técnico, sendo uniforme para toda a instituição. Pode sofrer alterações e suas edições devem ser registradas. Veja um exemplo de sumário: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA O DESCARTE DE LIXOS E MATERIAIS PERFUROCORTANTES Cód. Versão: 01 Páginas: 02 Anexo: Elaborado por: Fabiana Trento de O. Ângelo Farmacêutica Responsável Anexo: Herli Terezinha da Silva Farmacêutica Data de Elaboração: 01/11/2010 Data de Revisão: 01/11/2011 1- OBJETIVO Padronizar o descarte de lixo comum, materiais biológico e não biológico e perfurocortantes. 2- RESPONSABILIDADES Farmacêuticos e auxiliares de farmácia que receberam o treinamento. 3- MATERIAIS Caixa de descarte (descartex®) Recipiente para lixo seco Recipiente para lixo orgânico Saco plástico de cor azul para lixo seco Saco plástico de cor preta para lixo orgânico Saco plástico de cor branca (lixo Hospitalar) para lixos contaminados como: luvas, máscaras, seringas. 4- DEFINIÇÕES Segundo as legislações sanitárias e ambientais, os objetos perfurocortantes incluem lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, vidrarias, lancetas e outros assemelhados, contaminados ou não por agentes químicos ou biológicos. Cabe ao pro�ssional a segregação (separação), identi�cação e pré-tratamento de todos os resíduos gerados. 1. Após utilizar o material perfurocortante descartar imediatamente na caixa de descarte (descartex®) que devem estar localizadas o mais próximo possí- vel do local de uso: 2. Não quebrar, entortar ou recapear agulhas ou qualquer material perfurocor- tante após o uso 3. Não é permitido retirar manualmente a agulha da seringa. Caso seja indis- pensável, a sua retirada só é permitida utilizando-se procedimento mecânico; 4. No caso das seringas de vidro, é necessário descartar a seringa juntamente com a agulha; 5. Os recipientes devem ser preenchidos somente até dois terços de sua capacidade. 5- PROCEDIMENTOS Figura 2 - Exemplo de sumário Fonte: a autora. Pós-Universo 22 1. Objetivo 2. Campo de aplicação 3. Definições 4. Siglas 5. Condições gerais 6. Condições específicas 7. Responsabilidades 8. Referências Bibliográficas Os POPs, devem ser disponibilizados em todos os setores e ao alcance dos colaboradores. É um quesito de avaliação muito analisadopor avaliadores de acreditação. É imprescindível que a equipe conheça o POP e saiba onde ele se localiza. Fluxograma Existem muitos tipos de gráficos, mas o de processamento para análise administrativa é o fluxograma. Caracterizado por um gráfico universal que representa o fluxo ou a sequência normal de qualquer trabalho, produto ou documento. As ações de um determinado processo poderão ser expostos em um fluxograma, pois essa representação geométrica facilita a visualização do todo, e de como os processos interagem entre si. Também pode ser usado para otimizar tempos e movimentos do processo. Possui algumas vantagens: • Entendimento facilitado em relação a outros métodos descritivos; • Facilidade em localizar as deficiências; • Fácil aplicabilidade, encaixa-se em sistemas simples e complexos; • Propicia rápido entendimento de modificações introduzidas. Pós-Universo 23 Roteiro para elaboração: 1. Comunicação 2. Coleta de dados 3. Fluxogramação 4. Análise do fluxograma 5. Relatório da análise 6. Apresentação do trabalho FLUXOGRAMA DO ACOLHIMENTO Chegada Emergência Ficha de Atendimento Urgência UrgênciaMaior Sala de Atendimento Médico Urgente - 30 min Acolhimento (Consulta de Enfermagem) HOSPITAL GERAL DE IPIAÚ Avaliação e Classi�cação de Risco Agendamento em UBS, PSF ou esperar atendimento médico - 240min Sala de atendimento Médico 120 min Sala de atendimento Médico Muito Urgente 10 min Não Não Não Sim Sim Atendimento Médico Imediato Tempo Zero Sim SAMU Figura 3 – Fluxograma do Acolhimento Fonte: Opinião de Ipiaú (2013, on-line). Os gráficos de processamento devem retratar a realidade, e não como o chefe diz ou pensa que são feitas, nem como está escrito nos POPs. A elaboração exige um levantamento dos passos que envolvem o trabalho, do colaborador ao paciente, inserindo inclusive formulários e demais documentos. Pós-Universo 24 Plano de Ação 5W2H É assim denominado por conter as iniciais de 5 pronomes interrogativos com a letra W (What, Why, Where, Who, When) e dois com a letra H (How, How much), conforme a cultura inglesa. É um plano muito útil para evitar eventuais enganos ou esquecimentos no cumprimento das ações desejadas. Deve ser revisado quinzenalmente ou semanalmente, conforme a complexidade das ações ou metas a serem atingidas. Cada setor deve fazer o seu plano de ação, considerando suas necessidades e o gestor deve ter em mãos todos os planos de todos os setores para gerenciá-los. É conveniente atualizá-los a cada três dias, com posterior envio de cópia para a chefia imediata e diretoria. O responsável do setor de qualidade tem a função de revisar e atualizar a versão final dos planos. O QUE (What) PORQUE (Why) COMO (How) ONDE (Where) QUEM (Who) QUANDO (When) Geralmente no in�nitivo Geralmente no gerúndio Prazos Factíveis 1 Pessoa Descrição da ação a ser implantada para eliminação de uma determinada causa Razão do desenvolvi- mento da ação Local de desenvolvi- mento da ação Responsável pela execução da ação Prazo para a execução da ação Procedimento para desenvolvimento da ação Figura 4 - Detalhamento dos 5W2H Fonte: Pessoa (2010, on-line). Pós-Universo 25 Diagrama de Causa e Efeito Representa a relação entre o efeito e todas as possibilidades que podem contribuir com ele. O efeito é listado do lado direito do gráfico e os agentes contribuidores são listados à esquerda. Também conhecido como “espinha de peixe”, facilita a visualização dos fatores que causam o problema e seu efeito. Ele é desenhado para ilustrar causas que afetam um processo. Para cada efeito existem muitas categorias de causas, que devem ser agrupadas em seis grandes grupos, os 6Ms. • Máquina: equipamentos e sistemas usados para realizar o trabalho. • Método: como o processo analisado é realizado. • Mão de obra: a falta de qualificação da mão de obra pode ser a causa de muitos problemas. • Matéria-prima: insumos para a realização do processo. • Meio ambiente: características estruturais do ambiente e a relação entre os colaboradores. • Medida: como o resultado é medido. As causas também podem ser classificadas conforme os 4Ps: Políticas, Procedimentos, Pessoal e Planta. As ferramentas que apoiam o diagrama de causa e efeito são brainstorming e 5W2H. Grupo de causas Método Máquina Medida Efeito Meio ambiente Mão-de-obra Material Figura 5 - Diagrama de causa e efeito Fonte: a autora. Pós-Universo 26 Brainstorming É um método de geração coletiva de novas ideias, a partir de livre associação a uma palavra-chave, por um grupo de colaboradores comprometidos com o processo estudado. A premissa desse método é a de que um grupo de pessoas gera mais ideias do que se estiverem isolados. Em uma reunião de brainstorming, é conveniente integrar representantes de diferentes setores, e dar-lhes total liberdade de emitir suas sugestões e percepções. As ideias devem ser registradas em papéis adesivos coloridos ou quadro branco, para posterior análise. Após avaliadas as concepções e ideias, confrontá-las aos participantes para nutrir uma matriz de avaliação, no sentido de evitar erros no julgamento das ideias mais aceitas pelo grupo. Cada participante atribui uma nota e após a somatória de todas, o score final define as mais importantes em escala de prioridade. Escala de Avalição Ótimo Muito bom Bom Regular Ruim 1 2 3 4 5 Matriz de avaliação Critérios Critério 1 Critério 2 Critério 3 Critério 4 Etc. Ideia 1 Ideia 2 Ideia 3 Ideia 4 Etc. Figura 6 - Matriz de Avaliação Fonte: Brasão (2011, on-line). Não é de se estranhar que as empresas acreditadas utilizem essas ferramentas, pois todas as empresas privadas de outros ramos que prezam pela excelência as utilizam; são ferramentas de alta gestão. Pós-Universo 27 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Pós-Universo 28 Aguilar e Ander-Egg (1994), ao refletirem sobre os objetivos da avaliação, fizeram alguns questionamentos: • Para que avaliar um programa, projeto, intervenção ou processo? • O que se quer conseguir com isso? • Quais os objetivos ou fins da avaliação? Para eles, a avaliação é uma apresentação de provas objetivas, sistemáticas e completas do grau de resultados atingidos ao fim de um do programa, e do grau em que gerou outras consequências imprevistas que, uma vez conhecidas, tornam-se de interesse para a organização responsável pelo programa. A avaliação, no contexto da acreditação, é um processo analítico que, em face de um conjunto de atividades, registra, compila, mede, processa e analisa informações que revelam o curso ou desenvolvimento das atividades programadas. Funciona como um exame contínuo e periódico, requerido por uma unidade administrativa, no caso em particular, uma organização hospitalar. A ONA adota que a tarefa de avaliação de um processo obriga-se a ser realizada na presença de avaliadores e profissionais ou responsáveis do serviço de saúde. O trabalho realizado dessa forma constrói de forma harmônica o entendimento dos pontos que devem ser melhorados. A nova geração de avaliadores torna a avaliação mais inclusiva e participativa, projetando-a como um processo de negociação entre os atores envolvidos. Os métodos que os avaliadores adotam para executar uma avaliação são: • Observação. • Verificação de documentos, dados gerenciais, e indicadores. • Entrevista com gestor, colaborador e paciente. • Avaliação de prontuário. • Avaliação da linha de cuidados. Pós-Universo 29 Observação Durante o exercício da avaliação, o avaliador sempre fica atento ao ambiente, aos processos e pessoas (pacientes e profissionais). A observação no processo de avaliação submete os fatos aos dados observáveis. É o confrontar do que a organização “diz que faz” com o que “realmente faz”. Verificação Verificar significa conferir se algo é tido como verdadeiro. É um ato intencional que investiga a verdade dos fatos e configura-se pela observação, obtenção,análise e síntese dos dados do local em questão. Não está restrita à verificação de documentos, dados gerenciais e indicadores. É continuamente posta em prática durante a avaliação por meio de checagens. Entrevista com o Gestor Muito relevante no processo de avaliação, dá visibilidade às ações praticadas pelo agente no cargo que ocupa. É um momento em que o gestor é chamado a demonstrar como é definida a visão da organização e como os processos devem ser orientados, como também as informações de como a instituição aloca recursos. Geralmente, o avaliador questiona o gestor sobre como faz para atingir objetivos e manter seus processos integrados. Como avaliar o cumprimento das metas, as condições de trabalho, se encoraja o crescimento profissional de suas equipes, e ainda como faz para assegurar a melhoria contínua dos serviços. Entrevista com o Colaborador Fornece ao avaliador o quão distante está o planejamento institucional da sua aplicação na base operacional. Alguns questionamentos costumam ser feitos para expor essas informações. Perguntas sobre treinamento e desenvolvimento promovidos pela instituição, conhecimento sobre protocolos de segurança, como se dá a comunicação institucional, analisa os conhecimentos que colaborador possui sobre processos e resultados e ainda sobre gestão do risco. Pós-Universo 30 Entrevista com o Paciente Abordar o paciente no status de internado fornece ao avaliador a compreensão sobre como ele percebe a prestação de serviços da instituição, se eles são chamados a participar de seu cuidado, e estimulam os pacientes a responder sobre o conceito de segurança. O paciente ou acompanhante deve ser informado sobre o que se trata a entrevista, tendo o direito de se abster ao processo. Faz-se necessária a presença de um observador da instituição caso o paciente aceite participar da entrevista. Alguns itens são obrigatórios à entrevista, como a educação do paciente, o papel dele na promoção da segurança, se sabe seus direitos e deveres, se percebe riscos durante o período de internação, entre outros. Avaliação do Prontuário O Conselho Federal de Medicina define o prontuário como documento único, constituído de informações, sinais e imagens geradas, com base em fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, com caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. No contexto da avaliação, é considerado critério de avaliação da qualidade da prestação do serviço de saúde. É um ponto que revela informações sobre o processo de trabalho. O que o avaliador busca no prontuário é a admissão do paciente, planejamento da assistência, implementação da assistência e resultados esperado, comunicação com o paciente, comunicação entre a equipe multidisciplinar, continuidade do cuidado nas transições e planejamento de alta. Linhas de Cuidados Para avaliar as linhas de cuidados, os avaliadores costumam usar a metodologia Tracer, que é um processo de avaliação in loco dos sistemas de uma instituição. O avaliador acompanha o paciente individualmente na sequência de cuidados que o mesmo recebe da instituição. Às vezes, faz-se necessária visitas em múltiplas unidades de cuidado para rastrear o cuidado completo fornecido ao paciente. O avaliador foca em pacientes que receberam vários serviços ou serviços complexos e pacientes incluídos nos principais grupos de diagnóstico do hospital. Pós-Universo 31 O processo de avaliação é visto com certa angústia por colaboradores, que findam por temer que o processo, no fim das contas, tenha o papel de fiscalizar suas condutas. Na verdade, temem possíveis desfechos negativos resultantes da avaliação. Os gestores devem assegurar as equipes que o processo de avaliação não tem a função de fiscalização, mas sim de levantamento de dados que serão usados para o próprio fortalecimento das práticas referenciadas como de qualidade dentro da instituição. A forma como uma instituição realiza a gestão de riscos também é avaliada no processo de acreditação. No mínimo, os seguintes parâmetros são verificados: 1. Núcleo de Segurança do Paciente constituído com equipe multiprofissional, de preferência. 2. Ações de melhoria nos processos de cuidado de forma continuada. 3. Como é difundida a cultura de segurança. 4. Integração de processos de gestão de riscos. 5. Fluxo consolidado de notificações de eventos. 6. Metodologia para classificação e gestão dos dados. 7. Análise de eventos com dano grave e óbito. Para avaliar o status do processo evolutivo da gestão de riscos de uma instituição, os seguintes itens são verificados: 1. Como ocorre a priorização de análise e tratamento dos eventos. 2. Padronização de ferramentas de análise. 3. Disseminação da cultura de segurança. 4. Fluxo de comunicação imediata de eventos com dano grave e óbito. 5. Avaliação de risco proativa – mapeamento dos riscos. Pós-Universo 32 E para mensurar a maturidade de uma instituição na gestão do risco, os avaliadores verificam: 1. Avaliação da confiabilidade dos processos internos. 2. Padronização de ferramentas de análise. 3. Amplia as investigações envolvendo paciente/família. 4. Fluxo de comunicação imediata de eventos com dano grave/óbito. 5. Integração da gestão de risco nos processos internos. Após elencados os tópicos para resolução de não conformidades, provenientes do processo de avaliação, a comissão de acreditação hospitalar deve estabelecer em que direção o sistema organizacional deve ser conduzido para adequação aos padrões de qualidade. Alástico e Toledo (2013) propuseram um roteiro para implantação da acreditação em hospitais brasileiros. O roteiro proposto no estudo foi aplicado apenas em um hospital, mas a experiência foi bem-sucedida em planejar a adequação da gestão do hospital aos requisitos de acreditação. Também sugere que as equipes de implantação da acreditação realizem auditorias internas para envolver e conscientizar os colaboradores a assumirem o papel que lhes cabe na construção de práticas mais qualificadas. O roteiro de Alástico e Toledo (2013) apresenta 5 macrofases e 16 etapas: Quadro 1 - Etapas do Roteiro para Implantação da Acreditação em hospitais Fases do Roteiro de implantação Etapas do Roteiro de implantação Tarefas da Etapa Descrição da Tarefa Macrofase I Etapa 1 Conscientizar e Mobilizar os pro- fissionais do hospital quanto à implantação dos requisitos de Acreditação. A Alta Administração deve iniciar o processo de conscientização e mobilização dos profissionais do hospital para o processo de im- plantação da Acreditação a ser realizado. Para tal, pode-se reali- zar palestras, reuniões, visitas aos setores; trazer profissionais de hos- pitais Acreditados para que estes realizem palestras aos profissionais; etc. A etapa 1 busca evidenciar a participação da Alta Administração no processo de implantação. Pós-Universo 33 Fases do Roteiro de implantação Etapas do Roteiro de implantação Tarefas da Etapa Descrição da Tarefa Macrofase I Etapa 2 Formar e Capacitar Comitê de condução da Adequação da gestão aos requisitos de Acreditação. Um comitê para conduzir a implan- tação dos requisitos de Acreditação deve ser formado, contendo membros da Alta Administração e chefes de setores. Etapa 3 Capacitar e Educar os profissionais do hospital quanto aos conceitos, valores, requisitos e diretrizes da Acreditação. O Comitê deve promover a ca- pacitação e a educação dos profissionais do hospital nos con- ceitos, requisitos e diretrizes da Acreditação, por meio de pales- tras, vídeos explicativos, palestras com profissionais de hospitais Acreditados. Etapa 4 Buscar a Motivação e o Envolvimento dos profissionais do hospital para com o processo de implantação da Acreditação. Deve-se envolver e motivar os pro- fissionaisdo hospital no processo de implantação da Acreditação por meio de cartazes, mensagens de incentivos em cada setor, premia- ções, reuniões de brainstorming e participação nas reuniões sobre as ações futuras e em andamento do processo. Etapa 5 Iniciar a Adequação da Gestão aos requisitos de Acreditação da ONA. Refere-se ao início das ações de Adequação da gestão aos requi- sitos de Acreditação. Macrofase II Etapa 6 Identificar o número de atendi- mentos mensais prestados por tipo de doença, conforme CID-10. O Hospital deve, inicialmente, medir o número de atendimentos classificando-os segundo o tipo de doença expresso pelo código CID-10. Etapa 7 Determinar Perfil Epidemiológico do Hospital. Distribuir os tipos de doença medidos na Etapa 6 em percen- tuais e focalizar os tipos mais frequentes. Etapa 8 Determinar macrofluxos e mi- crofluxos dos atendimentos mais frequentes. Identificar, em registros e mapas, o fluxo seguido pelos atendimentos mais frequentes e o relacionamen- to entre todos os processos do Hospital. Pós-Universo 34 Fases do Roteiro de implantação Etapas do Roteiro de implantação Tarefas da Etapa Descrição da Tarefa Macrofase II Etapa 9 Identificar os processos críticos do Hospital. Identificar, entre os processos ma- peados, aqueles que são críticos. Etapa 10 Documentar procedimentos ope- racionais (protocolos) para os processos críticos. Elaborar procedimentos operacio- nais (protocolos) associados aos processos críticos. Macrofase III Etapa 11 Identificar os riscos inerentes aos processos críticos. Identificar os riscos (ambientais, assistenciais, profissionais, clínicos, etc.), documentando-os. Etapa 12 Documentar os riscos críticos: registros de notificação, protoco- los preventivos e dispositivos de gestão à vista. Identificar os riscos mais críti- cos aos processos mapeados, documentando-os para monito- ramento e melhoria. Etapa 13 Compor Comissão de Gerenciamento (Riscos e Qualidade). Estruturar uma comissão para monitoramento e operacionali- zação das práticas de Gestão da Qualidade e de Risco. Macrofase IV Etapa 14 Implantar indicadores aos pro- cessos críticos, riscos, clientes, financeiros e de aprendizado. As atividades da Gestão recém-im- plantada devem ser monitoradas por meio de indicadores e seu de- sempenho deve ser analisado e melhorado (Gestão por Evidências). Etapa 15 Monitorar e Melhorar o desem- penho dos processos críticos e de seus indicadores por meio de capacitação, análise crítica e in- vestimentos em sensibilização, recursos humanos e infraestrutura. Realizar, periodicamente, o moni- toramento dos indicadores para avaliação do desempenho das prá- ticas de gestão implementadas nas etapas anteriores desta sistemá- tica. Melhorar continuamente as atividades. Comunicar aos profissionais o an- damento das ações de Adequação da Gestão do hospital aos requisi- tos de Acreditação. No decorrer do processo de Adequação, as ações de implan- tação devem ser, continuamente, comunicadas pelo Comitê aos pro- fissionais. Isso pode ocorrer por meio de reuniões, boletins informa- tivos, notícias em jornais internos, palestras, etc. A Alta Administração deve participar de tais reuniões e palestras, evidenciando seu envol- vimento no processo. Pós-Universo 35 Fases do Roteiro de implantação Etapas do Roteiro de implantação Tarefas da Etapa Descrição da Tarefa Macrofase V Etapa 16 Realizar Auditoria Interna em cada setor do Hospital como preparação à Auditoria Oficial e providenciar os eventuais ajustes necessários. Realizar, em cada setor do Hospital, uma Auditoria Interna, checando e repassando o cumprimento de cada requisito avaliado em uma Auditoria Oficial de Acreditação. Etapa 17 Agendar a Auditoria Oficial de Acreditação e tomar as providên- cias necessárias A Alta Administração do Hospital deve contatar uma Agência Acreditadora, realizando o agen- damento da Auditoria Oficial de Acreditação, acompanhando os resultados e providenciando os ajustes. Fonte: Alástico e Toledo (2013, p. 828-829). Tudo que envolve planejamento e execução precisa ser avaliado, até mesmo para comprovar que o que foi pensado foi efetivamente concluído. Com a acreditação não é diferente, por ser um processo bem rigoroso e que busca excelência avaliar se torna essencial e foi isso que estudamos nesse momento. Espero que tenham gostado e aproveitado esses conteúdos. atividades de estudo 1. A ONA, por meio da Norma 03 – Avaliação de Diagnóstico Organizacional –, regula o processo de avaliação da situação organizacional de uma organização de saúde que solicita o processo de acreditação. A norma estabelece que o Diagnóstico Organizacional é a atividade de avaliação das organizações, serviços e programas da saúde, sem fins de certificação, por meio da aplicação da metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação e do Manual Brasileiro de Acreditação específico. Com base na aula sobre Diagnóstico Organizacional, julgue as sentenças com V para verdadeiro e F para falso. )( A avaliação de Diagnóstico Organizacional é uma atividade obrigatória e pré- requisito para avaliação de certificação. )( Um hospital precisa manifestar interesse por uma metodologia de acreditação para iniciar o processo. )( Na metodologia da ONA, após inscrição do hospital junto a IAC, acontece o agendamento da visita de avaliação. )( A Instituição Acreditadora da ONA deverá apresentar previamente a equipe de avaliadores e o avaliador líder à organização, serviço ou programa da saúde cliente, para conhecimento, verificação de possíveis conflitos de interesse e validação. )( Não é obrigação do hospital designar responsáveis para acompanhar os avaliadores da metodologia ONA, porque o intuito da visita é abordar todos os colaboradores. Assinale a alternativa correta: a) F, V, V, V, F. b) V, V, F, F, F. c) F, F, F, V, V. d) V, V, V, V, V. e) F, V, F, V, F. atividades de estudo 2. Usadas para desenvolver, implantar, monitorar e melhorar a qualidade nas organizações, as técnicas e ferramentas da qualidade representam instrumentos necessários para que os sistemas de gestão da qualidade obtenham máxima eficiência e eficácia. Com base na aula sobre Ferramentas para Implantação da Acreditação, julgue as sentenças com V para verdadeiro e F para falso. )( As ferramentas mais utilizadas nas instituições acreditadas são procedimento operacional padrão, fluxograma, 5W2H, diagrama de causa e efeito e brainstorming. )( O diagrama de causa e efeito representa a relação entre o efeito e todas as possibilidades que podem contribuir com ele. )( O diagrama de causa e efeito não é útil para verificar as causas que influenciam processos. )( Em uma reunião de brainstorming, é conveniente integrar representantes de diferentes setores, mas elencar apenas duas pessoas para gerar as ideias. )( O fluxograma não deve ser usado para otimizar tempos e movimentos do processo. Assinale a alternativa correta: a) F, F, V, V, F. b) V, F, V, F, F. c) V, V, F, F, F. d) F, V, F, F, F. e) V, F, F, V, V. atividades de estudo 3. A avaliação, no contexto da acreditação é um processo analítico que em face de um conjunto de atividades, registra, compila, mede, processa e analisa informações que revelam o curso ou desenvolvimento das atividades programadas. Sobre a aula de métodos de avaliação, julgue as sentenças com V para verdadeiro e F para falso. )( A avaliação funciona como um exame contínuo e periódico, requerido por uma unidade administrativa, no caso em particular, uma organização hospitalar. )( A ONA adota que a tarefa de avaliação de um processo não vincula a presença de avaliadores e profissionais ou responsáveis do serviço de saúde. )( A nova geração de avaliadores adota um perfil de autoridade durante a avaliação que não permite a participação e inclusão de opiniões dos responsáveis e colaboradores.)( Um dos métodos de avaliação adotados por avaliadores é a verificação de documentos, dados gerenciais e indicadores. )( O Procedimento Operacional Padrão não precisa ser revisado para não perder a sua originalidade. Assinale a alternativa correta: a) F, F, V, F, V. b) V, F, F, F, F. c) F, V, F, V, F. d) V, F, F, V, F. e) V, V, V, V, V. resumo Prezado(a) aluno(a), vimos que o processo de acreditação implica muitas mudanças e, para tal, as instituições precisam ter de forma bem definida sua Missão, Visão, Valor e Objetivos, construtores da política de gestão da qualidade nos cuidados prestados. Aprendemos que a alta gestão precisa se envolver em todos níveis do processo de implantação da acreditação, motivando as equipes a se tornarem um “time” que, em vez de resistir, passe a aderir às mudanças e até mesmo iniciá-las. Afinal, uma empresa não se faz sem pessoas e não atinge suas metas se não houver como defini-las. Planejamento é tudo quando se deseja obter êxito na implantação da acreditação. Absorvemos como proceder para solicitar às instituições acreditadoras a implantação da acreditação nos hospitais. Vimos os requisitos indispensáveis de elegibilidade que define os critérios de inclusão e exclusão à certificação. Foi possível aprender sobre o impacto que diagnóstico organizacional causa nas equipes operacionais de um hospital, e a necessidade da criação de uma comissão responsável pelas iniciativas de consolidar as adequações aos itens de não conformidade do relatório de avaliação. Vimos que essa comissão deve ser integrante do setor de qualidade da instituição. Após os estudos dos métodos de avaliação, foi possível conhecer os itens mais relevantes no processo de avaliação assumindo a ótica do avaliador. Como as perguntas são feitas, quais os pacientes ideais para a entrevista de avaliação, o que é avaliado na conduta do gestor que dá indícios dos valores da instituição. E, por último, conhecemos uma abordagem interessante sobre a adoção de roteiro para implantação da acreditação como ferramenta para melhor gerir as mudanças nos processos de acreditação. Agora, caro(a) aluno(a), você é detentor de todo o conhecimento necessário para implantar em sua instituição a metodologia mais adequada à sua realidade local. Até a próxima! material complementar Gerenciamento pelas Diretrizes Autor: Vicente Falconi Ano: 2013 Editora: Falconi Sinopse: O Gerenciamento pelas Diretrizes representa o lado motivante, agressivo e revolucionário da Gestão pela Qualidade Total (GQT) no estilo japonês. É um subsistema da GQT voltado para a competição e engloba o melhoramento dos produtos e processos existentes e a inovação. O conhecimento humano é o seu combustível, e é aqui que a alta administração vai perceber a necessidade de uma nova política de recursos humanos para o terceiro milênio. referências AGUILAR, M. J.; ANDER-EGG E. Avaliação de serviços e programas sociais. Petrópolis: Vozes, 1994. ALÁSTICO G. P.; TOLEDO, J. C.; Acreditação Hospitalar: proposição de roteiro para implantação. Gest. Prod., São Carlos, v. 20, n. 4, p. 815-831, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ gp/v20n4/aop_gp128412.pdf>. Acesso em 24 set. 2018. BONFIM, D. F.; TRIVELLATO, L. P.; HASTENREITER, F. Aceitação e resistência ao processo de acreditação hospitalar sob a perspectiva dos profissionais que atuam em instituições hospitalares. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração. Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 116-133, jun. 2013. BRASÃO, C. Você pode analisar e resolver problemas? Brainstorming. Blogpegg. 18 mar. 2011. Disponível em: <https://blogpegg.wordpress.com/category/marketing/page/5/>. Acesso em 24 set. 2018. CBA. Consórcio Brasileiro de Acreditação. [2018]. Disponível em: <http://www.cbacred.org.br/>. Acesso em: 21 set. 2018. ONA. Organização Nacional de Acreditação. Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Brasília: ONA, 2014. OPINIÃO DE IPIAÚ. Urgência e Emergência. 24 jan. 2013. Disponível em: <http://opiniaoipiauch. blogspot.com/2013/01/a-realidade-e-quea-medicina-de-urgencia.html>. Acesso em 21 set. 2018. PESSOA, G. A. Notas de aula da disciplina PDCA e Seis sigma: metodologia e ferramentas da qualidade. São Luís: FAMA, 2010. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABfpMAD/ ferramentas-gestao-qualidade-plano-acao>. Acesso em 24 set. 2018. RODRIGUES, A. C.; LAGE, M. L. C. Utilização de Sistemas, Técnicas e Ferramentas de Gestão da Qualidade em Organizações de Saúde Acreditadas no Brasil. RAHIS. v.13, n. 1, p. 53-68, out. 2015. SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Best-Seller, 2008. VIANA, M. F.; SETTE, R. S.; REZENDE, D. C.; BOTELHO, D.; POLES, K. Processo de acreditação: uma análise de organizações hospitalares. RAHIS - Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde. Pampulha, p. 35-45, jun. 2011. resolução de exercícios 1. a) F, V, V, V, F. 2. c) V, V, F, F, F. 3. d) V, F, F, V, F. PROCESSO DE ACREDITAÇÃO
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