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1 PORTUGUÊS 1. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEDURB-PB Prova: IBADE - 2018 - SEDURB-PB - Agente de Controle Urbano A era do descartável: seu lixo diz muito sobre você Imagine se um dia todos os lixeiros de sua cidade decidirem não trabalhar. O caos será generalizado, se a greve se prolongar e, talvez só assim, esses profissionais serão valorizados pela população. O serviço social da limpeza urbana é imensurável: trata-se de saúde, segurança e conforto público. De uns anos para cá, o poder aquisitivo das famílias brasileiras tem aumentado. Ao consumir mais, produzimos mais lixo. Fato! Em 2013, foram três milhões de toneladas a mais em relação ao ano anterior – o que significa um aumento de 4,1%. O Brasil é o quinto país que mais produz lixo no mundo. Frequentemente vejo – no trabalho, na faculdade, na rua – pessoas jogando embalagens descartáveis com a maior naturalidade. Já faz parte do cotidiano: ficou com sede? Passa lá na copa do escritório, saca um copo descartável, toma um gole de água e… LIXO! Daqui uma hora a história se repete. A naturalidade destes hábitos e a quantidade de lixo que produzimos dizem muito sobre nós. Somos seres que vivem em uma correria louca, onde a comida rápida e pronta é praticamente essencial, onde sobra pouco tempo para repetir e até mesmo para colocar em prática aquilo que acreditamos, onde o consumo é muito valorizado e lavar um copo é desnecessário. Conheci, há dois anos, uma mulher na faixa dos trinta que morava sozinha. Ela trabalhava durante o dia e frequentava a academia três vezes por semana. Quando fui à casa dela, logo me alertou: não tem pratos, talheres ou copos. “É tudo de plástico, para eu não precisar lavar!”, explicou. Fiquei um tanto quanto chocada. Com a mesma naturalidade e nesta mesma época, descartei por alguns meses os copos do café que comprava diariamente ao lado da faculdade, no Starbucks. “O copo é feito de papel e pode ser facilmente reciclado”, pensava eu. Depois de um período, o hábito começou a me incomodar – e não foi pouco. Até tentei levar uma caneca, mas era muito pesada e ocupava muito espaço em minha bolsa. Minha presença na lojinha passou a ser evento mais raro. Este ano resolvi experimentar uma composteira caseira. Aqueles minhocários práticos, pensados para quem vive como nós: na correria, sem espaço e etc. Estou adorando a experiência. Tudo que é lixo orgânico jogo lá. Tenho um professor que jura que suas minhocas comem até carne. Eu nunca tentei. Mas parece mágica: nada de cheiro ruim ou de demora. Em alguns meses seu adubo está pronto. Como matéria seca, que é preciso colocar em proporção aos orgânicos, recorto a caixa de pizza em pedacinhos – e, assim, reciclo sua embalagem em casa mesmo. Então, se é para pedir comida em casa, eu já sei: pizza do restaurante ao lado. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/sedurb-pb https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-sedurb-pb-agente-de-controle-urbano https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-sedurb-pb-agente-de-controle-urbano 2 Alguns podem pensar: “Besteira, a prefeitura recolhe o lixo, recicla e dá destino correto. Por que iria me esforçar tanto para reduzir meu lixo?”. Aí, meu amigo, vai de cada um. Mas a reflexão é importante (...). PS: os três famosos “Rs” da sustentabilidade são claros: reduza, reutilize, recicle. A opção da reciclagem é ótima, mas é a última medida a ser tomada. Jéssica Miwa (Disponível em: thegreensestpost.com) Acesso em 14/03/2018. No trecho: “Em 2013, foram três milhões de toneladas a mais em relação ao ano anterior – o que significa um aumento de 4,1%.”, a vírgula foi corretamente empregada para: A) separar o aposto. B) separar o vocativo. C) marcar a antecipação do adjunto adverbial. D) separar sujeito e predicado. E) isolar o termo explicativo. 2. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco - AC Prova: IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) zona rural Uma estranha descoberta Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava. “Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos. O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava. – Ora essa! Parecem ramos de árvores! https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-rio-branco-ac https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural 3 Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros ocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia. - Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar. E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante. Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho. Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve. Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal. Era um fauno. Quandoviu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos. – Ora bolas! - exclamou o fauno. [...] LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta. In: As Crônicas de Nárnia. Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único. “Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros ocos tombavam do ar.” A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir. I. A expressão UM MINUTO DEPOIS possui valor temporal. II. A forma verbal HAVIA é impessoal. III. DO AR é uma locução adjetiva. 4 Está correto apenas o que se arma em: A) I. B) II. C) I e II. D) I e III. E) II e III. 3. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IABAS Prova: IBADE - 2019 - IABAS - Técnico de Enfermagem Observe esse trecho do poema “O Defunto” de Pedro Nava: "Meus amigos, tenham pena/ senão do morto, ao menos dos sapatos do morto/ dos seus incríveis, patéticos/ sapatos pretos de verniz" Nestes versos há um tom apelativo, marcado, sobretudo, pelo emprego de: A) palavras do campo semântico de “morte”. B) vocativo e verbo no Imperativo. C) repetição de palavras lúgubres. D) vários adjetivos atribuídos a “sapatos”. E) pronomes possessivos e o substantivo “amigos”. 4. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Aracruz - ES - Tradutor e Intérprete de Libras - Língua Portuguesa - Libras “QUANDO VINHA DEIXAR O PÃO À PORTA DO APARTAMENTO, ele apertava a campainha...” A oração em destaque deve ser classificada como: A) oração subordinada adverbial causal. B) oração subordinada adverbial concessiva C) oração subordinada adverbial final. D) oração subordinada adverbial temporal. E) oração subordinado adverbial explicativa. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/iabas https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-iabas-tecnico-de-enfermagem https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-iabas-tecnico-de-enfermagem 5 5. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco – AC Prova: IBADE – 2017 – Prefeitura de Rio Branco – AC – Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) zona rural Resumidamente, a frase que contraria a construção do enredo da narrativa é: A) O universo do sonho e da imaginação procede a transformações e acontecimentos impossíveis na vida cotidiana. B) O fantástico supõe a intrusão de um elemento desconcertante na trama da vida cotidiana, como o guarda-roupa nesse texto. C) A realidade é confirmada pelo acontecimento linear e previsível dado pela entrada no interior do bosque. D) A protagonista sente contínua e distintamente o espanto diante de dois mundos, mas previne-se em relação a imprevistos. E) A narrativa apresenta uma protagonista colocada subitamente em presença do inexplicável. 6. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IBGE Prova: IBADE – 2019 – IBGE – Agente Censitário Municipal (ACM) Agente Censitário Superior (ACS) No primeiro parágrafo, o trecho PARA CRIAR UM SISTEMA QUE DETERMINA SE UM TEXTO É ORIGINAL OU FOI COPIADO DA INTERNET expressa, no contexto: A) objetivo B) hipótese C) causa D) concessão E) condição 7. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Seringueiras – RO Prova: IBADE – 2019 – Prefeitura de Seringueiras – RO – Fiscal de Obras Em geral, o parágrafo padrão, aquele de estrutura mais comum e mais eficaz, consta de duas ou três partes: introdução; desenvolvimento; e, em parágrafos mais extensos ou de maior complexidade, conclusão. A introdução apresenta a ideia núcleo, de maneira sumária e sucinta, e é denominada tópico frasal. O desenvolvimento é a explanação da ideia- núcleo. Analise o texto: 6 “O Brasil é a primeira grande experiência que faz na história moderna a espécie humana para criar um grande país independente, dirigindo-se por si mesmo, debaixo dos trópicos. Somos os iniciadores. os ensaiadores. os experimenta dor es de uma das mais amplas, profundas e graves empresas que ainda se acharam em mãos da humanidade. Os navegadores das descobertas que chegaram até nós impelidos pela vibração matinal da Renascença, cumpriram um feito que terminava com o triunfo na luz da própria glória; belo era o pais que descobriram, opulenta a terra que pisavam, maravilhoso o mundo que em redor se desdobrava; podiam voltar, contentes, que tudo para eles se cumprira.” (Amado, apud Garcia, 2010, 223) Qual o período que constitui o tópico frasal? A) Somos os iniciadores, os ensaiadores, os experimentadores de uma das mais amplas, profundas e graves empresas que ainda se acharam em mãos da humanidade. B) Os navegadores das descobertas que chegaram até nós impelidos pela vibração matinal da Renascença, cumpriram um feito que terminava com o triunfo na luz da própria glória; belo era o país que descobriram, opulenta a terra que pisavam, maravilhoso o mundo que em redor se desdobrava; podiam voltar, contentes, que tudo para eles se cumprira. C) O Brasil é a primeira grande experiência que faz na história moderna a espécie humana para criar um grande país independente, dirigindo-se por si mesmo, debaixo dos trópicos. D) Os navegadores das descobertas que chegaram até nós impelidos pela vibração matinal da Renascença, cumpriram um feito que terminava com o triunfo na luz da própria glória. E) Belo era o país que descobriram, opulenta a terra que pisavam, maravilhoso o mundo que em redor se desdobrava; podiam voltar, contentes, que tudo para eles se cumprira. 8. Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Linhares - ES Prova: IBADE – 2020 – Prefeitura de Linhares – ES – Monitor de Educação Infantil Em “As famílias invadiram a praia e ficaram até tarde, já que o feriado permanecia ensolarado.”, tem-se: A) duas orações coordenadas e uma subordinada. B) uma oração principal e duas subordinadas. C) três orações coordenadas 7 D) três orações subordinadas. E) duas orações coordenadas. 9. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES Prova: IBADE – 2019 – Prefeitura de Aracruz – ES – Agente Administrativo de Saúde Em “Faça do alimento o seu medicamento.”, o verbo destacado está no seguinte tempo verbal: A) presente do indicativo. B) presente do subjuntivo. C) imperativo afirmativo. D) imperativo negativo. E) futuro do subjuntivo. 10. Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES Prova: IBADE – 2020 – Prefeitura de Vila Velha – ES – Professor – Séries Iniciais Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. Nas alternativas abaixo, para se alcançar coerência e coesão, foram utilizados operadores linguísticos para se estabelecerem relações. A alternativa cuja relação foi identificada corretamente entre as proposições é: A) Tamanho foi o esforço dos galos que alguns emudeceram. Relação de explicação. 8 B) A manhã surgiu vigorosa, por conseguinte os galos retomaram suas rotinas. Relação de conclusão. C) Não pouparam a cantoria, embora se exigisse muitos esforços. Relação de tempo. D) A manhã surgiu como uma deusa de luz, iluminando os campos. Relação de causa. E) Antes que as pessoas acordassem, os galos preparavam a manhã. Relação de consequência. 11. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco – AC Prova: IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) Zona Urbana Preto é cor, negro é raça O refrão de uma marchinha carnavalesca, de amplo domínio público, oferece uma pista interessante para a compreensão do critério objetivo que a sociedade brasileira emprega para a classificação racial das pessoas: “Oteu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor; mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor”. Escrita por Lamartine Babo para o Carnaval de 1932, a marchinha realça a ambiguidade das relações raciais, ao mesmo tempo em que ilustra a opção nacional pela aparência, pelo fenótipo. Honesto e preconceituoso em sua definição de negro, Lamartine contribui mais para o debate sobre classificação racial do que muitos doutores. Com efeito, ao contrário do que pensa o presidente eleito, bem como certos acadêmicos, os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão. Primeiro porque, como se sabe, raça é conceito científico inaplicável à espécie humana, de modo que o vocábulo raça adquire relevância na semântica e na vida apenas naquelas sociedades em que a cor da pele, o fenótipo dos indivíduos, é relevante para a distribuição de direitos e oportunidades. Segundo, porque as pessoas não nascem negras ou brancas; enfim, não nascem “racializadas”. É a experiência da vida em sociedade que as torna negras ou brancas. “Todos sabem como se tratam os pretos”, assevera Caetano Veloso na canção “Haiti”. Em sendo um fenômeno relacional, a classificação racial dos indivíduos repousa menos em qualquer postulado científico e mais nas regras que regem as relações, intersubjetivas, econômicas e políticas no passado e no presente. Negro e branco designam, portanto, categorias essencialmente políticas: é negro quem é tratado socialmente como negro, independentemente de tonalidade cromática. 9 É branco aquele indivíduo que, no cotidiano, nas estatísticas e nos indicadores sociais, abocanha privilégios materiais e simbólicos resultantes do possível mérito de ser branco. Esse sistema funciona perfeitamente bem no Brasil desde tempos imemoriais. A título de exemplo, desde a primeira metade do século passado, a Lei das Estatísticas Criminais prevê a classificação racial de vítimas e acusados por meio do critério da cor. Emprega-se aqui a técnica da heteroclassificação, visto que ao escrivão de polícia compete classificar, o que é criticado pela demografia, que entende ser mais recomendável, do ângulo ético e metodológico, a autoclassificação. Há um outro banco de dados no qual o método empregado é o da autoclassificação: o Cadastro Nacional de Identificação Civil, feito com base na ficha de identificação civil, a partir da qual é emitida a cédula de identidade, o popular RG. Tratase de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria, cujo formulário, inspirado no aludido Decreto-Lei das Estatísticas Criminais, contém a rubrica “cútis”, neologismo empregado para designar cor da pele. Assim, todas as pessoas portadoras de RG possuem em suas fichas de identificação civil a informação sobre sua cor, lançada, em regra, por elas próprias. Vê-se, pois, que o Cadastro Nacional de Identificação Civil oferece uma referência objetiva e disponível para o suposto problema da classificação racial: qualquer indivíduo cuja ficha de identificação civil, dele próprio ou de seus ascendentes (mãe ou pai), indicar cor diversa de branca, amarela ou indígena, terá direito a reivindicar acesso a políticas de promoção da igualdade racial e estará habilitado para registrar seu filho ou filha como preto/negro. Fora dos domínios de uma solução pragmática, o procedimento de classificação racial, que durante cinco séculos funcionou na mais perfeita harmonia, corre o risco de se tornar, agora, um terrífico dilema, insolúvel, poderoso o bastante para paralisar o debate sobre políticas de promoção da igualdade racial. No passado nunca ninguém teve dúvidas sobre se éramos negros. Quiçá no futuro possamos ser apenas seres humanos. SILVA JÚNIOR, Hédio. Preto é cor, negro é raça. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 dez. 2002. Opinião, p.A3. No fragmento “os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão.” há evidente equívoco na(o): A) colocação pronominal do pronome SEUS. B) flexão do verbo FAZER. C) uso de COMO ELA. D) concordância nominal dos substantivos com os termos aos quais se relacionam. E) acentuação de ALÉM. 10 12. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vilhena - RO Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Vilhena - RO - Técnico em Edificações De acordo com a colocação pronominal de verbos, qual das frases abaixo apresenta uma ênclise? A) Não me lembrei de tirar o lixo B) Ela arrependeu-se de imediato. C) Paulo me disse que viria ao anoitecer D) Sentar-me-ei perto do púlpito E) Os dois se queixavam com frequência 13. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IF-RO Provas: IBADE - 2019 - IF-RO - Técnico de Contabilidade INCENSO FOSSE MÚSICA isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além. (LEMINSKI, Paulo. distraídos venceremos. São Paulo. Companhia das Letras, 2017) O sujeito implícito do verbo QUERER (1° verso) é: A) eu. B) a gente. C) ele. D) nós. E) isso. 14. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEPLAG-SE Prova: IBADE - 2018 - SEPLAG-SE - Guarda de Segurança do Sistema Prisional Crise dos Refugiados (adaptação) O mundo vive atualmente a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945. São 65,6 milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar seus lares, fugindo de guerras, conflitos internos, perseguições políticas e violações de direitos humanos. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-vilhena-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-vilhena-ro-tecnico-em-edificacoes https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-vilhena-ro-tecnico-em-edificacoes https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/if-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-if-ro-tecnico-de-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-if-ro-tecnico-de-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/seplag-se https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisional https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisional 11 A maioria dos refugiados vem da África e do Oriente Médio. A Guerra da Síria é a maior responsável pelo crescimento neste atual fluxo. Desde 2011, o país enfrenta uma sangrenta guerra civil que parece longe de terminar. Estima-se que o conflito no país já matou mais de 250 mil pessoas e provocou o deslocamento de outras 5,5 milhões, o que corresponde a um quinto da população do país. Depois dos sírios, os maiores grupos de migrantes, por nacionalidade, são formados por afegãos (2,5 milhões), Sudaneses do sul (1,4 milhão) e somalis (1 milhão). São países envolvidos em conflitos internos, que provocam fuga em massa de sua população. O continente europeu recebeu mais de um milhão de refugiados em 2015 e outros 400 mil em 2016. As principais portas de entrada no continente são a Grécia e a Itália e, para chegar lá, muitos migrantes desafiam os mares revoltos do Mediterrâneo. A travessia é perigosa, feita em embarcações precárias, geralmente superlotadas. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 5 mil deslocados morreram ou desapareceram durante as travessias no ano passado. Para os que conseguem fazer a travessia e chegar ao próspero continente europeu, os problemasnão terminam. O destino final dessa massa humana são os países menos afetados pela crise econômica que há anos ronda o Velho Continente, como Alemanha, Suécia e Áustria. Para chegar até lá, os migrantes precisam cruzar diversos países, onde nem sempre são bem recebidos. A resposta de muitos governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de prisão à deportação dos migrantes. Além das rotas pelo Mediterrâneo, vale ressaltar que uma parte reduzida dos migrantes chega por terra, atravessando a Turquia, muitas vezes a pé, até alcançar os territórios búlgaro ou grego. Muitos países europeus barram a entrada de imigrantes ilegais sob a justificativa de que a maioria desses estrangeiros que chega à Europa são migrantes e não refugiados. Mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) contesta o argumento, afirmando que oito, em cada dez migrantes, provêm de países em conflito ou sob regime de exceção, como Síria, Afeganistão, Iraque e Eritreia. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/ aumento-derefugiados-provoca-grave-crise-humanitaria- entenda/> No trecho: “Depois dos sírios, os maiores grupos de MIGRANTES, por nacionalidade, [...]”, o termo destacado refere-se a: A) refugiados políticos que são perseguidos. B) qualquer pessoa que muda de região ou país. C) pessoas que pedem asilo político internacional. D) todos os indivíduos fugitivos de seus países. E) seres humanos que precisam se esconder. 12 15. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEPLAG-SE Prova: IBADE - 2018 - SEPLAG-SE - Guarda de Segurança do Sistema Prisional Crise dos Refugiados (adaptação) O mundo vive atualmente a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945. São 65,6 milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar seus lares, fugindo de guerras, conflitos internos, perseguições políticas e violações de direitos humanos A maioria dos refugiados vem da África e do Oriente Médio. A Guerra da Síria é a maior responsável pelo crescimento neste atual fluxo. Desde 2011, o país enfrenta uma sangrenta guerra civil que parece longe de terminar. Estima-se que o conflito no país já matou mais de 250 mil pessoas e provocou o deslocamento de outras 5,5 milhões, o que corresponde a um quinto da população do país. Depois dos sírios, os maiores grupos de migrantes, por nacionalidade, são formados por afegãos (2,5 milhões), Sudaneses do sul (1,4 milhão) e somalis (1 milhão). São países envolvidos em conflitos internos, que provocam fuga em massa de sua população. O continente europeu recebeu mais de um milhão de refugiados em 2015 e outros 400 mil em 2016. As principais portas de entrada no continente são a Grécia e a Itália e, para chegar lá, muitos migrantes desafiam os mares revoltos do Mediterrâneo. A travessia é perigosa, feita em embarcações precárias, geralmente superlotadas. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 5 mil deslocados morreram ou desapareceram durante as travessias no ano passado. Para os que conseguem fazer a travessia e chegar ao próspero continente europeu, os problemas não terminam. O destino final dessa massa humana são os países menos afetados pela crise econômica que há anos ronda o Velho Continente, como Alemanha, Suécia e Áustria. Para chegar até lá, os migrantes precisam cruzar diversos países, onde nem sempre são bem recebidos. A resposta de muitos governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de prisão à deportação dos migrantes. Além das rotas pelo Mediterrâneo, vale ressaltar que uma parte reduzida dos migrantes chega por terra, atravessando a Turquia, muitas vezes a pé, até alcançar os territórios búlgaro ou grego. Muitos países europeus barram a entrada de imigrantes ilegais sob a justificativa de que a maioria desses estrangeiros que chega à Europa são migrantes e não refugiados. Mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) contesta o argumento, afirmando que oito, em cada dez migrantes, provêm de países em conflito ou sob regime de exceção, como Síria, Afeganistão, Iraque e Eritreia. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/seplag-se https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisional https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisional 13 Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/ aumento-derefugiados-provoca-grave-crise-humanitaria- entenda/> No trecho: “a maioria desses estrangeiros que chega à Europa são migrantes e não refugiados [...] ", pode-se observar um importante princípio da concordância verbal, que é: A) deixar o verbo no singular, para se destacar o conjunto como uma unidade de expressão. B) empregar o verbo no plural, quando as ideias vierem repetidas ou se houver ideia de reciprocidade. C) indicar uma quantidade aproximada, para evidenciar os elementos que compõem o todo. D) admitir a concordância verbal no singular e no plural quando o sentido quantitativo for acompanhado de complemento no plural. E) manter em conjunto um movimento, quando há uma enumeração gradativa e próxima. 16. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Cacoal - RO Provas: IBADE - 2018 - Câmara de Cacoal - RO - Técnico em informática Uma andorinha não faz verão No domingo de sol anterior ao Dia de Finados, evitei a praia lotada e subi para um refresco nas Paineiras. Morei dez anos em São Conrado e, na época, costumava fazer o trajeto com frequência, mas desisti do programa, depois de dar com dois corpos desovados pelo caminho. Agora só arrisco a visita nos feriados, quando o parque se enche de gente. A beleza do Rio é comparável à sua barbárie. No último mirante, depois da terceira queda d'água, o vento soprava forte, anunciando a virada de tempo na Guanabara. Dezenas de andorinhas aproveitavam a corrente de ar ascendente, impulsionando o voo num vertiginoso balé. Eu, conformada com as pernas, invejei a farra dos que nascem com asas. O espetáculo pontuou o fim do passeio. Uma semana depois, esperando o sinal abrir no cruzamento da Lagoa, ao lado do Clube do Flamengo, fui surpreendida por uma andorinha solitária, que cruzou o para- brisa do carro a toda. Depois de driblar o trânsito, arriscando a vida num rasante pela via expressa, ela se meteu no vão entre o verde e o vermelho do sinal de pedestres do outro lado da rua. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-cacoal-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica 14 Surpresa, percebi um resto de capim seco saindo da fresta do poste. Era um ninho em plena Avenida Epitácio Pessoa. Com tanta mata, tantas árvores e prédios altos na cidade, por que criar filhos num lugar tão desolado? Neurose urbana? Só pode ser. Chocar ovos requer um planejamento requintado. É preciso encontrar um parceiro disposto, um endereço seguro e esmerar-se para juntar a palha. Não é algo que pega uma ave de surpresa, como uma contração fora de hora que te obriga a parir na estrada. Que anomalia era aquela que fazia um casal de andorinhas trocar o êxtase das Paineiras pela tensão do asfalto? A solidão de uma esquina feia? O delírio da passarinhada do alto da Tijuca não tinha nada de humano. Era um estado natural, como o das plantas e o das pedras, sem consciência ou sentido em si. Mas o ser do sinal de pedestres da esquina na Rodrigo de Freitasera um indivíduo escarrado, um quase parente. Ao vê-lo, eu me reconheci na sofreguidão de seu retorno para casa, no esforço de criar os filhos num ambiente inóspito, no risco e na ansiedade. A andorinha aculturada sou eu. Neste mês, o Brasil assassinou um rio e o El aterrorizou Paris. O mundo não anda nada hospitaleiro. Mesmo assim, ainda creio nos ninhos e nas revoadas. Fernanda Torres. In: fernandatorresvejario1@gmail.com O verbo da oração “FUI SURPREENDIDA por uma andorinha solitária” encontra- se na voz passiva analítica. Ao ser passado para a voz ativa, deve assumir a forma: A) surpreendia-me. B) surpreendeu-me. C) surpreende-me. D) surpreenda-me. E) surpreendera-me. 17. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco - AC Prova: IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) zona rural Uma estranha descoberta Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-rio-branco-ac https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural 15 móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava. “Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos. O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava. – Ora essa! Parecem ramos de árvores! Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros ocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia. - Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar. E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante. Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho. Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve. Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal. Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos. – Ora bolas! - exclamou o fauno. [...] LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta. In: As Crônicas de Nárnia. Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único. 16 Considerando o contexto em que se produziu a colocação do pronome oblíquo, em “encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos.”, pode-se afirmar, corretamente, que foi assim realizada porque: A) o pronome relativo atrai o oblíquo para antes do verbo. B) após vírgula é obrigatório o uso da próclise. C) sujeito desinencial determina o uso da próclise. D) verbo no pretérito imperfeito, seguido de uma contração de preposição, impõe o uso da próclise. E) verbo com pausa na oração anterior impõe a ênclise. 18. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco-AC Prova: IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Cuidador Pessoal Aposentadoria feliz: idosos criam repúblicas para viver entre amigos A amizade de Victor Gomes e Cruz Roldán tem 46 anos. Conheceram-se em uma excursão na Serra Nevada, na Espanha, com um grupo de caminhada. “Mas era mais do que isso, era um grupo de estilo de vida”, relembra Roldán, hoje com 79 anos. Quando estavam com meio século de vida, perguntaram-se: “por que não nos vemos envelhecer?". Quinze anos depois, moram com suas respectivas esposas em Convivir, uma república autogerida na cidade espanhola de Cuenca. Dezenas de amigos e familiares se entusiasmaram quando os dois casais de amigos propuseram a ideia de viver juntos, e hoje são 87 sócios que se identificam com o lema “dar vida à idade”. O condomínio conta com todos os serviços de um asilo para idosos tradicional. “Mas não ficamos sentados o dia todo em uma cadeira entre desconhecidos”, explicou um dos amigos. Compartilham tarefas, mantêm-se ativos, mas conservam sua independência. A velhice chega mais tarde hoje, mas pensa-se nela desde cedo. Os mais velhos atualmente - especialmente europeus e japoneses - vivem mais e não querem passar a última fase da vida entre desconhecidos ou “ser uma carga para os filhos”. É o que demonstra um estudo de 2015, realizado pelo ministério da Saúde espanhol, no qual mais da metade dos pesquisados acha pouco provável viver em um asilo, enquanto quatro em cada dez veem como alternativa o cohousing. São moradias criadas e administradas pelos próprios idosos, que decidem entre amigos como e onde querem viver sua aposentadoria. Os apartamentos pertencem a uma cooperativa, mas podem ser deixados de herança para os filhos. Na Espanha, há oito projetos construídos e vários em gestação. [...] A idade média é de 70 anos, mas respira-se um ambiente juvenil. [...] Todas as residências de cohousing devem cumprir os requisitos de um ambiente tradicional para idosos: banheiros geriátricos, móveis sem quinas, botões de emergência em todos os quartos, entre outras coisas. 17 Diferentemente da situação em Convivir, onde todos que querem um apartamento devem ter um conhecido e ser sócio, em Trabensol a oferta é para o público em geral. Entretanto, ainda custa caro viver em uma república para idosos. [...] Das experiências espanholas, os defensores concordam que os interessados se aproximam mais dos 50 que dos 70 anos. Nemesio Rasillo, um dos fundadores da residência Brisa Del Cantábrico, onde a idade média é de 63 anos, atribuiisso a que “os mais idosos passam ao cuidado familiar”. Mas há muitos adultos que ainda não se aposentaram e já têm claro que não querem ser “uma carga para seus filhos”. Nesta residência, uma das normas é poder haver no máximo 15 pessoas nascidas no mesmo ano, para garantir a variedade geracional. Cada cooperativa tem suas regras, mas uma que se repete em relação à questão da dependência é que desde que um residente se soma ao projeto, parte de seu dinheiro vai para um fundo social. “Assim, quando algum dos colegas precisar de uma assistência especial, dividimos entre todos e não será um gasto expressivo”,explica Roldán. É a hora da siesta em Cuenca, e “o castelo do século XXI”, como o chamam os moradores de Convivir, parece ter parado no tempo. Ninguém circula pelos longos corredores dos dois andares, as raquetes de pingue-pongue descansam sobre a mesa e o salão de beleza está fechado a chave. É o momento de desfrutar do apartamento que cada um decorou a seu gosto. “Em vez de meu filho se tornar independente, eu é que me tornei”, diz em voz baixa Luis de La Fuente, enquanto fecha a porta de seu novo lar. Antonia Laborde. (Disponível em: brasil.elpais.com. Acesso em 10jan2017) Assinale a opção que pode substituir a palavra destacada em: “ENTRETANTO, ainda custa caro viver em uma república para idosos.”, sem alteração de sentido. A) No entanto B) Logo C) Por isso D) Portanto E) Porquanto 19. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: SEDUC-RO Prova: IBADE - 2016 - SEDUC-RO - Professor Classe C - Séries Iniciais O apagão poderá nos trazer alguma luz Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/seduc-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2016-seduc-ro-professor-classe-c-series-iniciais https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2016-seduc-ro-professor-classe-c-series-iniciais 18 Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira", as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [...] Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade. O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas. O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar”. Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!”. Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa. [...] O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade” nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: “A hidra-universo torce seu corpo cravejado de estrelas...”. [...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada. O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência. O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie” do capitalismo enganador. Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos" em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares. Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o 19 governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos. JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/ fq1505200129.htm. Acesso em 14out. 2016. (Fragmento) Sobre os elementos destacados do fragmento “A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade." é correto afirmar: A) A expressão "CAIRÁ POR TERRA" pode ser substituída, sem alteração de sentido por RUIRÁ. B) BELÍSSIMA e um adjetivo no grau superlativo absoluto analítico. C) O deslocamento de FALSIFICADO para antes de EUFORIA, com a devida modificação de gênero, não provocaria alteração de sentido. D) A palavra A. nas duas ocorrências, é preposição. E) BELÍSSIMA e GENUÍNA concordam em gênero e número com o substantivo, EUFORIA, ao qual se referem. 20. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Cacoal - RO Provas: IBADE - 2018 - Câmara de Cacoal - RO - Técnico em informática Assinale a opção em que a classe gramatical da palavra destacada foi corretamente identificada entre parênteses. A) “subi PARA um refresco nas Paineiras.” (verbo) B) “que cruzou o para-brisa do carro A toda.” (artigo) C) “Eu, conformada COM as pernas” (conjunção) D) “anunciando a VIRADA de tempo na Guanabara.” (substantivo) E) “no vão ENTRE o verde e o vermelho do sinal” (conjunção) 21. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Itapemirim-ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Itapemirim - ES - Agente Administrativo Correlacione as colunas: 1. A vírgula está separando, incorretamente, termos essenciais da oração. 2. A vírgula marca a anteposição da oração subordinada em relação à principal. 3. A vírgula separa, corretamente, os termos de uma enumeração. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-cacoal-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica 20 4. A ausência da vírgula, depois de um termo intercalado, acarreta incorreção. ( ) Os sentimentos aprisionados, costumam causar ansiedade, sobretudo, nos jovens. ( ) Todos os nossos sentimentos, não revelados causarão sintomas, doenças? ( ) Quando silenciamosnossos, para onde vão nossos sentimentos? ( ) Naquele dia, a diretora convocou professores, pais, funcionários e alunos para a reunião. A correta correlação entre as colunas é, respectivamente: A) 4 - 1 - 2 -3 B) 3 - 4 - 2 - 1 C) 1 - 4 - 2 - 3 D) 1 - 4 - 3 - 2 E) 2 - 4 - 1 – 3 22. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Aracruz - ES - Agente Administrativo de Saúde Saúde no prato Faça do alimento o seu medicamento. Há mais de 2500 anos, o médico e filósofo grego Hipócrates já havia enfatizado com essa frase a importância da utilização de alguns alimentos para reduzir o risco de doenças. Ele estava se referindo ao que hoje conhecemos como alimentos funcionais, aquele que nós consumimos tanto por suas funções nutricionais quanto por serem benéficos à nossa saúde. Esses nutrientes prometem atuar na redução do risco de doenças crônicas como câncer, diabetes e mal de Alzheimer, além de problemas cardiovasculares (hipertensão, por exemplo), ósseos, inflamatórios e intestinais. Contudo, para você conseguir alcançar os benefícios desses alimentos, é preciso consumi-los regularmente. O primeiro passo para beneficiar o seu organismo é deixar mais de lado gorduras, frituras e embutidos. E montar um cardápio mais equilibrado, com frutas, grãos integrais, peixes, aves e legumes, já que são as principais fontes dos componentes ativos dos alimentos funcionais. Observe, no entanto, que, se você estiver consumindo um alimento funcional com a intenção de controlar o colesterol, por exemplo, apenas terá bons resultados caso ele esteja associado a uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol. Isso quer dizer que você deve evitar comer carnes à milanesa, peixe frito, salsicha, salaminho, mortadela, biscoitos, bolos industrializados e queijos amarelos. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-aracruz-es https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-aracruz-es-agente-administrativo-de-saude https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-aracruz-es-agente-administrativo-de-saude 21 Saiba ainda que, para ser considerado um funcional, ou alegar propriedade funcional, o alimento deve conter alguns componentes essenciais. Por isso, você precisa ficar atento aos rótulos dos produtos nos supermercados, principalmente dos alimentos processados. Revista Saúde, da Proteste, dezembro 2015 No trecho “Contudo, para você conseguir alcançar os benefícios desses alimentos...” a palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por: A) conquanto. B) porquanto. C) entretanto. D) por conseguinte. E) enquanto. 23. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Aracruz - ES - Tradutor e Intérprete de Libras - Língua Portuguesa - Libas O PADEIRO Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: - Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?” Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém... Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-aracruz-es https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-aracruz-es-tradutor-e-interprete-de-libras-lingua-portuguesa-libas https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-aracruz-es-tradutor-e-interprete-de-libras-lingua-portuguesa-libas https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2019-prefeitura-de-aracruz-es-tradutor-e-interprete-de-libras-lingua-portuguesa-libas 22 pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas. (Rubem Braga) “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - MAS não encontro o pão costumeiro.” No trecho extraído do texto, a conjunção em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido da oração, por: A) pois B) embora C) no entanto D) portanto E) porque 24. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de João Pessoa – PB Prova: IBADE - 2018 - Prefeitura de João Pessoa - PB - Agente de Controle Urbano A era do descartável: seu lixo diz muito sobre você Imagine se um dia todos os lixeiros de sua cidade decidirem não trabalhar. O caos será generalizado, se a greve se prolongar e, talvez só assim, esses profissionais serão valorizados pela população. O serviço social da limpeza urbana é imensurável: trata-se de saúde, segurança e conforto público. De uns anos para cá, o poder aquisitivo das famílias brasileiras tem aumentado. Ao consumir mais, produzimos mais lixo. Fato! Em 2013, foram três milhões de toneladas a mais em relação ao ano anterior – o que significa um aumento de 4,1%. O Brasil é o quinto país que mais produz lixo no mundo. Frequentemente vejo – no trabalho, na faculdade, na rua – pessoas jogando embalagens descartáveis com a maior naturalidade. Já faz parte do cotidiano: ficou com sede? Passa lá na copa do escritório, saca um copo descartável, toma um gole de água e… LIXO! Daqui uma hora a história se repete. A naturalidade destes hábitos e a quantidade de lixo que produzimos dizem muito sobre nós. Somos seres que vivem em uma correria louca, onde a comida rápida e pronta é praticamente essencial, onde sobra pouco tempo para repetir e até mesmo para colocar https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade 23 em prática aquilo que acreditamos, onde o consumo é muito valorizado e lavar um copo é desnecessário. Conheci, há dois anos, uma mulher na faixa dos trinta que morava sozinha. Ela trabalhava durante o dia e frequentava a academia três vezes por semana. Quando fui à casa dela, logo me alertou: não tem pratos, talheres ou copos. “É tudode plástico, para eu não precisar lavar!”, explicou. Fiquei um tanto quanto chocada. Com a mesma naturalidade e nesta mesma época, descartei por alguns meses os copos do café que comprava diariamente ao lado da faculdade, no Starbucks. “O copo é feito de papel e pode ser facilmente reciclado”, pensava eu. Depois de um período, o hábito começou a me incomodar – e não foi pouco. Até tentei levar uma caneca, mas era muito pesada e ocupava muito espaço em minha bolsa. Minha presença na lojinha passou a ser evento mais raro. Este ano resolvi experimentar uma composteira caseira. Aqueles minhocários práticos, pensados para quem vive como nós: na correria, sem espaço e etc. Estou adorando a experiência. Tudo que é lixo orgânico jogo lá. Tenho um professor que jura que suas minhocas comem até carne. Eu nunca tentei. Mas parece mágica: nada de cheiro ruim ou de demora. Em alguns meses seu adubo está pronto. Como matéria seca, que é preciso colocar em proporção aos orgânicos, recorto a caixa de pizza em pedacinhos – e, assim, reciclo sua embalagem em casa mesmo. Então, se é para pedir comida em casa, eu já sei: pizza do restaurante ao lado. Alguns podem pensar: “Besteira, a prefeitura recolhe o lixo, recicla e dá destino correto. Por que iria me esforçar tanto para reduzir meu lixo?”. Aí, meu amigo, vai de cada um. Mas a reflexão é importante (...). PS: os três famosos “Rs” da sustentabilidade são claros: reduza, reutilize, recicle. A opção da reciclagem é ótima, mas é a última medida a ser tomada. Jéssica Miwa (Disponível em: thegreensestpost.com) Acesso em 14/03/2018. Apenas uma das formas verbais destacadas a seguir foi conjugada no modo imperativo. Assinale-a. A) “IMAGINE se um dia todos os lixeiros de sua cidade” B) “se a greve se PROLONGAR” C) “O Brasil é o quinto país que mais PRODUZ lixo no mundo.” D) “Daqui uma hora a história se REPETE.” E) “RECORTO a caixa de pizza em pedacinhos” 25. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Cacoal - RO Provas: IBADE - 2018 - Câmara de Cacoal - RO - Técnico em informática https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-cacoal-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-camara-de-cacoal-ro-tecnico-em-informatica 24 Uma andorinha não faz verão No domingo de sol anterior ao Dia de Finados, evitei a praia lotada e subi para um refresco nas Paineiras. Morei dez anos em São Conrado e, na época, costumava fazer o trajeto com frequência, mas desisti do programa, depois de dar com dois corpos desovados pelo caminho. Agora só arrisco a visita nos feriados, quando o parque se enche de gente. A beleza do Rio é comparável à sua barbárie. No último mirante, depois da terceira queda d'água, o vento soprava forte, anunciando a virada de tempo na Guanabara. Dezenas de andorinhas aproveitavam a corrente de ar ascendente, impulsionando o voo num vertiginoso balé. Eu, conformada com as pernas, invejei a farra dos que nascem com asas. O espetáculo pontuou o fim do passeio. Uma semana depois, esperando o sinal abrir no cruzamento da Lagoa, ao lado do Clube do Flamengo, fui surpreendida por uma andorinha solitária, que cruzou o para- brisa do carro a toda. Depois de driblar o trânsito, arriscando a vida num rasante pela via expressa, ela se meteu no vão entre o verde e o vermelho do sinal de pedestres do outro lado da rua. Surpresa, percebi um resto de capim seco saindo da fresta do poste. Era um ninho em plena Avenida Epitácio Pessoa. Com tanta mata, tantas árvores e prédios altos na cidade, por que criar filhos num lugar tão desolado? Neurose urbana? Só pode ser. Chocar ovos requer um planejamento requintado. É preciso encontrar um parceiro disposto, um endereço seguro e esmerar-se para juntar a palha. Não é algo que pega uma ave de surpresa, como uma contração fora de hora que te obriga a parir na estrada. Que anomalia era aquela que fazia um casal de andorinhas trocar o êxtase das Paineiras pela tensão do asfalto? A solidão de uma esquina feia? O delírio da passarinhada do alto da Tijuca não tinha nada de humano. Era um estado natural, como o das plantas e o das pedras, sem consciência ou sentido em si. Mas o ser do sinal de pedestres da esquina na Rodrigo de Freitas era um indivíduo escarrado, um quase parente. Ao vê-lo, eu me reconheci na sofreguidão de seu retorno para casa, no esforço de criar os filhos num ambiente inóspito, no risco e na ansiedade. A andorinha aculturada sou eu. Neste mês, o Brasil assassinou um rio e o El aterrorizou Paris. O mundo não anda nada hospitaleiro. Mesmo assim, ainda creio nos ninhos e nas revoadas. Fernanda Torres. In: fernandatorresvejario1@gmail.com De acordo com o texto, pode-se afirmar que: A) apesar da ironia que marca a frase “Neurose urbana?”, a autora se identifica com a ave do texto. B) pelo contexto, autora não demonstra qualquer familiaridade com a cidade em que mora. 25 C) a cronista abandona a linguagem coloquial apropriada para uma crônica e desenvolve seu texto em tom formal. D) no quarto parágrafo, o sujeito do verbo ARRISCAR é classificado como indeterminado. E) a autora se sente segura na cidade do Rio de Janeiro. 26. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: SEPLAG-SE Prova: IBADE - 2018 - SEPLAG-SE - Guarda de Segurança do Sistema Prisional Crise dos Refugiados (adaptação) O mundo vive atualmente a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945. São 65,6 milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar seus lares, fugindo de guerras, conflitos internos, perseguições políticas e violações de direitos humanos A maioria dos refugiados vem da África e do Oriente Médio. A Guerra da Síria é a maior responsável pelo crescimento neste atual fluxo. Desde 2011, o país enfrenta uma sangrenta guerra civil que parece longe de terminar. Estima-se que o conflito no país já matou mais de 250 mil pessoas e provocou o deslocamento de outras 5,5 milhões, o que corresponde a um quinto da população do país. Depois dos sírios, os maiores grupos de migrantes, por nacionalidade, são formados por afegãos (2,5 milhões), Sudaneses do sul (1,4 milhão) e somalis (1 milhão). São países envolvidos em conflitos internos, que provocam fuga em massa de sua população. O continente europeu recebeu mais de um milhão de refugiados em 2015 e outros 400 mil em 2016. As principais portas de entrada no continente são a Grécia e a Itália e, para chegar lá, muitos migrantes desafiam os mares revoltos do Mediterrâneo. A travessia é perigosa, feita em embarcações precárias, geralmente superlotadas. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 5 mil deslocados morreram ou desapareceram durante as travessias no ano passado. Para os que conseguem fazer a travessia e chegar ao próspero continente europeu, os problemas não terminam. O destino final dessa massa humana são os países menos afetados pela crise econômica que há anos ronda o Velho Continente, como Alemanha, Suécia e Áustria. Para chegar até lá, os migrantes precisam cruzar diversos países, onde nem sempre são bem recebidos. A resposta de muitos governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de prisão à deportação dos migrantes. Além das rotas pelo Mediterrâneo, vale ressaltar que uma parte reduzida dos migrantes chega por terra, atravessando a Turquia, muitas vezes a pé, até alcançar os territórios búlgaro ou grego. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/seplag-se https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisionalhttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-seplag-se-guarda-de-seguranca-do-sistema-prisional 26 Muitos países europeus barram a entrada de imigrantes ilegais sob a justificativa de que a maioria desses estrangeiros que chega à Europa são migrantes e não refugiados. Mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) contesta o argumento, afirmando que oito, em cada dez migrantes, provêm de países em conflito ou sob regime de exceção, como Síria, Afeganistão, Iraque e Eritreia. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/ aumento-derefugiados-provoca-grave-crise-humanitaria- entenda/> Nos textos, nem sempre as palavras apresentam um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais. No trecho “As principais PORTAS de entrada no continente são a Grécia e a Itália.”, a palavra destacada foi empregada no sentido: A) literal. B) genuíno. C) abstrato. D) denotativo. E) conotativo. 27. Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco - AC Prova: IBADE - 2016 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Técnico em Enfermagem Secretário Conheci Secretário há quatro anos. Araras e Itaipava já mostravam sinais de saturação, com engarrafamentos e preços nada convidativos, enquanto a pequena cidade, localizada em uma estrada sinuosa a 8 quilômetros da BR 040, mantinha ares de roça. Ao contrário de Petrópolis e Teresópolis, descobertas antes da consciência ecológica, Secretário se desenvolvia com a presença forte do Ibama, coibindo desmatamentos e autuando as propriedades que não se enquadravam na lei. Os próprios moradores pareciam entender os riscos de a região ter se tornado o novo destino na serra e se empenhavam na preservação dos rios e florestas. De lá para cá, o comércio local refinou-se, a terra valorizou-se, mas Secretário continua agreste. Uma semana atrás, voltando para o calor do Rio, li na coluna de Ancelmo Gois uma nota sobre o projeto de um condomínio de 140 apartamentos ao lado de um campo de golfe em Secretário. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-rio-branco-ac https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2016-prefeitura-de-rio-branco-ac-tecnico-em-enfermagem 27 Dias antes, por acaso, eu havia visto um programa sobre o impacto dos gramados de golfe no meio ambiente. Para manter as longas extensões de grama fofa e compacta, é necessário acrescentar ao solo caminhões de aditivos químicos. Apesar de verdes, os campos nada teriam de naturais. Foi nisso que pensei ao ler a notícia. Nisso e nos prédios de três andares espalhados pelas pradarias. Será mesmo essa a vocação de Secretário? Abrigar um mega empreendimento tão artificial quanto a Disney? É difícil prever. No nosso antigo sítio de Teresópolis - uma propriedade modesta comprada por meus pais nos anos 50 -, o entorno do vilarejo de Venda Nova se dividia entre as aldeias de agricultores de agrião, couve e feijão e as casas futuristas dos turistas de fim de semana, com piscinas em forma de ameba. O tempo optou pelo agronegócio familiar, e os escombros das construções modernosas se transformaram em vestígios de uma civilização perdida no meio das hortas. Em Secretário, as grandes fazendas de gado e a distância da BR preservaram os pastos, matas e rios. Eu fui parar lá a conselho de amigos, faço parte da invasão que ameaça mudar o caráter de Secretário. Entendo as razões do capital. Não há por que dar as costas aos dividendos da terra. Os latifúndios tendem a se dividir entre os membros das próprias famílias e o destino que cada um dará ao seu quinhão. Ouvi opiniões favoráveis ao golfe e críticas ferozes de gente que nasceu ali. Um grupo acredita que o esporte de elite atrairá dinheiro, o outro acredita que Secretário entrará na era dos resorts, dos condomínios de apartamentos, e perderá seu encanto. Seja qual for o lado, é sempre bom lembrar do que ocorreu em Búzios, onde a Praia da Ferradura foi transformada no paraíso dos jet skis e dos banana boats. E não esquecer da brutal favelização de Angra, Petrópolis e Teresópolis. Araras soube se preservar. Itaipava menos, é impossível sair da cidade nos horários de pico. Secretário tem a oportunidade de crescer com planejamento e bom- senso. Seria bom poder contar com os dois. (TORRES, Fernanda. Veja Rio,14 fev. 2014.) De acordo com a norma culta da língua, em uma das frases retiradas do texto ocorre um deslize quanto à regência verbal. Assinale-a. A) "E não esquecer da brutal favelização de Angra, Petrópolis e Teresópolis." B) "as grandes fazendas de gado e a distância da BR preservaram os pastos, matas e rios.” C) "e se empenhavam na preservação dos rios e florestas." D) "Abrigar um megaempreendimento tão artificial quanto a Disney?" E) “O tempo optou pelo agronegócio familiar” 28 28. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: CAERN Prova: IBADE - 2018 - CAERN - Técnico em Segurança do Trabalho O NOSSO LIXO É UM LUXO “Mais de 50% do que chamamos lixo e que formará os chamados "lixões" é composto de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. O lixo é caro, gasta energia, leva tempo para decompor e demanda muito espaço. Mas o lixo só permanecerá um problema se não dermos a ele um tratamento adequado. Por mais complexa e sofisticada que seja uma sociedade, ela faz parte da natureza. É preciso rever os valores que estão norteando o nosso modelo de desenvolvimento e, antes de se falar em lixo, é preciso reciclar nosso modo de viver, produzir, consumir e descartar. Qualquer iniciativa neste sentido deverá absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM. REDUZIR Podemos reduzir significativamente a quantidade de lixo quando se consome menos de maneira mais eficiente, sempre racionalizando o uso de materiais e de produtos no nosso dia a dia. (...) REUTILIZAR O desperdício é uma forma irracional de utilizar os recursos e diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados, podendo ser usados na função original ou criando novas formas de utilização. (...) RECICLAR (...) A reciclagem vêm sendo mais usada a partir de 1970, quando se acentuou a preocupação ambiental, em função do racionamento de matérias primas. É importante que as empresas se convençam não ser mais possível desperdiçar e acumular de forma poluente materiais potencialmente recicláveis. Fonte: http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/lixo.htm “(...) quando se ACENTUOU a preocupação ambiental, em função do racionamento de matérias-primas.” No trecho acima a palavra em destaque se colocada em outro contexto pode ter outro significado. A esse fenômeno chamamos de: A) homônimos perfeitos. B) parônimos C) aliteração. D) homônimos homófonos E) homônimos homógrafos https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/caern https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-caern-tecnico-em-seguranca-do-trabalho https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2018-caern-tecnico-em-seguranca-do-trabalho 29 29. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: IPERON - RO Prova: IBADE - 2017 – IPERON - RO - Técnico em Tecnologia da Informação Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores - já que os funcionários vão morar praticamente dentro do trabalho. O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhandopara construir uma comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios. Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma creche para cachorros. O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia de criar a propriedade não é para reter os funcionários - que estão cada dia mais disputados entre as empresas de tecnologia. “Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”, disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência. Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em com unidades pertencentes ao seu empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los. É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão subindo rapidamente no Vale do Silício - calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia. (Disponível em: http//www.canaltech.com.br - por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017) Assinale a opção em que a oração reduzida destacada a seguir foi corretamente desenvolvida: “O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram PARA TORNAR SEUS ESCRITÓRIOS MAIS DIVERTIDOS E DESCOLADOS.” https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/iperon-ro https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-iperon-ro-tecnico-em-tecnologia-da-informacao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-iperon-ro-tecnico-em-tecnologia-da-informacao 30 A) logo que seus escritórios se tornassem mais divertidos e descolados. B) assim que seus escritórios se tomem mais divertidos e descolados. C) para que seus escritórios se tornaram mais divertidos e descolados. D) embora tornassem seus escritórios mais divertidos e descolados. E) para que seus escritórios se tornassem mais divertidos e descolados. 30. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco - AC Prova: IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Professor de Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) zona rural Uma estranha descoberta Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava. “Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos. O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava. – Ora essa! Parecem ramos de árvores! Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros ocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia. - Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar. E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ibade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-rio-branco-ac https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-prefeitura-de-rio-branco-ac-professor-de-ensino-fundamental-1-ao-5-ano-zona-rural 31 Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho. Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve. Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal. Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos. – Ora bolas! - exclamou o fauno. [...] LEWIS, C.S. Uma estranha descoberta. In: As Crônicas de Nárnia. Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.105-6. Volume único. Sobre o segmento “Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião.” é correto afirmar que: A) há três orações sintaticamente coordenadas entre si e independentes do conteúdo expresso no texto. B) o período é composto por orações subordinadas substantivas. C) é formado por um período simples com oração absoluta e outro composto. D) a primeira e segunda orações, considerando-se o contexto, possuem o mesmo sujeito. E) os verbos estão na voz passiva sintética. 31. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ji-Paraná - RO Prova: IBADE - 2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Agente Administrativo Qual a utilidade de dez minutos por dia, em um dia comum? Não é essencial muita reflexão para se perceber que dez minutos é tempo curto demais para a maior parte das atividades cotidianas. Uma bela mulher gasta mais tempo para se arrumar, e um homem, mesmo que pouco vaidoso, gasta mais que isso para tomar
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