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Afinal: os Aspectos Metodológicos dos Projetos de Pesquisa devem ou não ser avaliados pelo Comitê de Ética?? Esta é uma dúvida que paira sobre as cabeças de muitos pesquisadores. Muitos negligenciam os aspectos metodológicos da sua pesquisa, julgando que eles não serão objeto de análise dos avaliadores do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP). Mônica Florice Enfermeira, Mestre em Educação Vice-Coordenadora CEP A importância das opções metodológicas para a apreciação ética dos Protocolos de Pesquisa é patente nos trechos a seguir, retirados da Resolução CNS 466/12, que regulamenta as pesquisas em Seres Humanos no Brasil: (1) "[Deve-se] utilizar os métodos adequados para responder às questões estudadas, especificando-os, seja a pesquisa qualitativa, quantitativa ou quali-quantitativa;"; e (2) Todo Protocolo de Pesquisa submetido à avaliação de um CEP deverá conter, obrigatoriamente: "justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa, com o detalhamento dos métodos a serem utilizados". Neste sentido, o que se aconselha é que os pesquisadores sejam cautelosos ao escolherem o método de pesquisa mas, acima de tudo, usem do máximo de clareza ao esmiuçarem este caminho, descrevendo com riqueza de detalhes todas as etapas da pesquisa. As opções metodológicas cabem, sim, aos orientadores, sem sombra de dúvida!! Não é função do CEP arbitrar a este respeito (Ex: Não cabe ao CEP opinar se você deve realizar uma Pesquisa Experimental ou Descritiva; ou empregar um Estudo de Caso ou Caso-Controle ou, de repente, coletar dados por meio de Entrevista ou somente por Base de Dados etc). Aos avaliadores do CEP incumbe a responsabilidade de analisar a ETICIDADE das pesquisas e, por conseguinte, avaliar os riscos e benefícios da pesquisa a partir do desenho metodológico apresentado.
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