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APX1 de Música e educação

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Disciplina: Música e Educação
Avaliação Presencial 1 (2020- 2)
 Coordenador: Prof. Giovane do Nascimento
Polo: São Francisco do Itabapoana Curso: Licenciatura em Pedagogia
Aluno (a): Regina Gomes Costa Matrícula: 18211080111
1) A música no cotidiano escolar é um tema de pesquisas e discussões, recorrente, na contemporaneidade. Neste contexto, de que maneiras você observa que as práticas musicais têm sido desenvolvidas nas escolas? 
 Nas escolas, as práticas musicais são desenvolvidas principalmente na educação infantil nas questões de formação de hábitos, atitudes e comportamentos. Ela é também são desenvolvidas na hora do lanche, de escovar os dentes e de vários momentos em comemorações de eventos na escola. Nessa etapa, a música tem grande importância nas descobertas e possibilitando vivências e curiosidades na aprendizagem facilitando no desenvolvimento. Os alunos maiores tem preferência por diversos estilos e gêneros musicais diferentes, como o sertanejo, o samba, o rap, o gospel, e outros.
2) A partir da teoria das representações sociais, proposta por Serge Moscovici (1985), podemos interpretar que o entendimento dos estudantes sobre a música é definido por eles mesmos em suas relações sociais. Assim, entendendo as práticas musicais como práticas sociais, que estilos musicais devem ser utilizados nas escolas? Quais são as possibilidades para que contribuam, tanto para aprendizagem em música, quanto em eventuais relações interdisciplinares? 
 Nas turmas de uma escola, é possível e recomendável trabalhar as práticas próprias do que se considera música pelos estudantes. Não importa se o resultado será próximo àquele que ouvimos nas salas de concerto ou de shows de música popular. Deve levar em consideração a lógica da produção no trabalho que se vai desenvolver em conjunto com os estudantes. Essa lógica precisa ser natural que nasce das intenções e dos acordos estabelecidos entre as pessoas que fazem parte desse grupo. A Teoria das Representações Sociais reforça o caráter fundamental da interação social na construção do conhecimento. A música, é construída na relação da pessoa com aqueles que ela reconhece e legitima nos seus grupos sociais.
3) O que pode ser dito sobre as concepções romântica e humanística da música para as práticas pedagógicas?
 O papel da música na escola, está centrado em uma concepção romântica do ensino. Para muitas pessoas, a música por si só, tem uma função contestadora da dinâmica escolar. Além dessa, também tem a função messiânica da música, aquela que liberta o aluno, a escola e a sociedade dos efeitos maléficos da mídia. Ao negarem a música veiculada pela mídia, voltando-se para a música considerada “mais pura”, como repertório adequado para as atividades em sala de aula, os professores corroboram o caráter romântico do papel da música na escola. Nessa concepção, há uma essência (dom, talento) que eleva o homem à categoria de criativo, artista, gênio. Não leva em consideração o trabalho humano na construção do conhecimento e os valores e crenças de cada grupo sociocultural representado pelos alunos em sala de aula.
A concepção humanista responde à questão do repertório “mais adequado” para a sala de aula com a questão: qual é a função atribuída ao repertório pelas pessoas envolvidas na atividade pedagógica. Ela engloba abordagens teóricas que colocam o homem no centro da produção do conhecimento. Uma vez que entendemos que o discurso expressa o conhecimento, o homem é o agente do discurso e toma decisões acerca da sua produção.
4) Um dos princípios da perspectiva sócio-histórica é que “os seres humanos se transformam ativamente à medida que transformam seu mundo social e natural” (RATNER, 1995, p. 6). Assim, as formas sociais da vida humana contribuem para o desenvolvimento mental humano. Quais são as implicações deste pensamento e a partir deste, como pensar um discurso ensino-aprendizagem em música?
 A música revela-se na escola por meio da produção do estudante e do professor, como um conjunto de formas e como “discurso”, resultado da relação entre as pessoas, marcada pelo tempo em que vivem. Na produção musical, a pessoa articula sua representação, construída socialmente, sobre a música (e sobre o mundo) e vincula essa representação a uma certa formação discursiva (manipula os sons a partir da intenção do que fazer com eles). A produção é mais que mera reprodução. É mais que limitar a prática pedagógica às músicas e experiências musicais dos estudantes ou do professor. O discurso ensino-aprendizagem também pode e deve ser o modelo para as produções sonoras que o grupo constituído por professor e estudantes consideram que são “músicas”. No discurso musical, colocam-se em funcionamento os elementos de uma linguagem com certa finalidade, respeitando princípios de organização reconhecidos pelos produtores.

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