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AO MM. JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP. Nº do processo: 8888888888 RUBENS, já devidamente qualificado nos autos da AÇÃO DE IDENIZAÇÃO, que lhe move JÚLIO, também já qualificado, vem por meio do seu advogado constituído, conforme procuração anexa, com endereço profissional em XXXXXXX e endereço eletrônico XXXXXXXX, nos termos do art. 287 do CPC, apresentar: CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO com fulcro nos artigos. 335 ut 342 c/c art. 343 do Código de Processo Civil (CPC), expondo e requerendo o que se segue: I - DA TEMPESTIVIDADE A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é o de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para a prática do ato seria o dia XX/XX/XXXX, restando a peça tempestiva. II – DO RESUMO DOS FATOS O Autor atribui culpa ao Réu pelo acidente de trânsito comumente conhecida como "engavetamento", no qual o Sr. Marco Aurélio abalroou o veículo conduzido pelo Réu, que por sua vez colidiu com o dirigido pelo Autor. O Sr. Marco Aurélio, na ocasião, conduzia seu veículo em velocidade acima da permitida para o local do acidente, conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, anexado aos autos, constatou também que o sistema de freios não estava com em ordem. Ocorreu que o autor moveu ação, contra Rubens, atribuindo-lhe culpa pela colisão, objetivando o recebimento da indenização correspondente ao valor do prejuízo sofrido. O autor informou que o incidente gerou danos materiais estimados em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). No entanto atribuiu à quantia de R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais) como valor da causa. Por fim, vale destacar que o autor quando teve seu carro atingido pelo réu, nitidamente alterado, dirigiu-se até o veículo dele, atribuindo-lhe culpa e quebrou todos os vidros do carro do requerido. Essa é a síntese da inicial. III – PRELIMINARMENTE – DA DEFESA PROCESSUAL III.I – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA A presente ação não deve ser movida contra o réu, não tendo ele legitimidade para compor o polo passivo da demanda, pois não foi o causador do acidente, falta ao requerido legitimidade para tal, conforme disposto no art. 337, IX do CPC. Os danos foram todos causados em decorrência da ação do terceiro veículo, que tinha por condutor o Sr. Marcos Aurélio, o qual trafegava em velocidade acima do permitido e com o sistema de frenagem apresentando problemas, atestado por vistoria em órgão competente, provocando o acidente em questão. Vez que os danos foram causados por terceiro, não goza o réu de legitimidade passiva, sendo o responsável o Sr. Marcos Aurélio, é indispensável que seja excluso o nome de Fernando como Réu e acrescente Jorge como o legitimo responsável pelo dano. A jurisprudência é clara no que discerne acerca do tema, vejamos: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINAR - ILEGITIMIDADE PASSIVA - REJEIÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - CONVERSÃO EM LOCAL PROIBIDO - IMPRUDÊNCIA - ENGAVETAMENTO - CULPA EXCLUSIVA DA CONDUTORA DO PRIMEIRO VEÍCULO - DANO MATERIAL - ORÇAMENTO DE MENOR VALOR. 1. A legitimidade passiva cabe ao titular do interesse que se opõe ou resiste à pretensão inaugural, a ser examinada com base nos fatos narrados na exordial. 2. A responsável pelo desencadeamento do acidente foi a parte que, ao realizar uma conversão de modo imprudente à esquerda, ensejou o engavetamento dos veículos que trafegavam atrás. 3. Para comprovar os danos materiais decorrentes de acidente de trânsito através de apresentação de orçamentos, deve-se adotar o de menor valor. (TJ-MG - AC: 10701082277883001 MG, Relator: Maurílio Gabriel, Data de Julgamento: 26/09/2019, Data de Publicação: 04/10/2019) Destarte, uma vez comprovada a ilegitimidade passiva, o processo deverá ser extinto como preconiza o art. 485, VI do NCPC, in verbis: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: [...] VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; III.II - DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA O autor atribuiu à quantia de R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais) como valor da causa. Acontece que esse valor não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, inciso I do CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que se pretende. Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$5.000,00 (cinco mil reais), valor este que, segundo aduz, foi orçado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$5.000,00 (cinco mil reais), devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III c/c art. 292, § 3º todos do CPC. III.III - DA IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA Em análise a exordial, é possível notar que este juízo concedeu ao autor o beneficio da justiça gratuita de forma indevida, uma vez que o autor sendo funcionário público federal. O Código de Processo Civil, em seus artigos 99 e 100 preconiza que a parte contrária pode oferecer impugnação na contestação. In verbis: Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso. Ainda se tratando do CPC, o art. 337 esclarece: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: [...] XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça O caput do art. 98 do NCPC alinha sobre aqueles que podem ser beneficiários da justiça gratuita: “Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei” Como já mencionado, foi concedido o beneficio da justiça gratuita mesmo o autor sendo funcionário público federal. Portanto, a simples afirmação do alegado estado de pobreza, ou seja, de que faz jus aos benefícios da justiça gratuita, acompanhada de requerimento, não é suficiente para caracterizar a exigência justiça gratuita, sendo indispensável declarar robustamente nos autos a sua insuficiência de recursos financeiros. III.IV – DA OUTRA PRESTAÇÃO QUE A LEI EXIGE COMO PRELIMINAR Analisando o caso em tela, percebe-se que o autor em outra ocasião já tinha ajuizado uma mesma demanda, a qual foi extinta sem resolução do mérito, sendo que o eminente magistrado determinou que o requerente pagasse as custas processuais, assim sendo uma exigência que não cumprida em nenhum momento pelo demandante, requer que o mesmo faça o adimplemento das despesas, sob pena de extinguir o processo, conforme ampara os seguintes artigos do CPC: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: [...] XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; IV - DA DEFESA DO MÉRITO - do DIREITO Vossa Excelência, após tudo que fora narrado na inicial, verificará que inexiste qualquer direito a ser reparado à autora, eis que o Sr. Marco Aurélio abalroou o veículo conduzido pelo Réu, que por sua vez colidiu com o dirigido pelo Autor, que estava em posição intermediária. Em casos de engavetamento, como ocorre no caso dos autos, a jurisprudência é unânime em isentar os veículos intermediários de culpa. In verbis: ACIDENTE DE TRÂNSITO. Ação de reparação de danos materiais e morais. Sentença de improcedência. Interposição de apelação pela autora. Acidente de trânsito tipo engavetamento. Sucessivascolisões traseiras envolvendo os veículos das partes. Aplicação da teoria do corpo neutro com relação ao veículo intermediário do engavetamento. Afastamento da pretensão reparatória em face da seguradora ré, vez que o veículo segurado não concorreu para ocorrência do acidente. No tocante ao último veículo do engavetamento vigora a presunção de culpa do veículo que abalroa por trás. Descumprimento do dever de guardar distância segura do veículo que segue à sua frente. Alegação de culpa corrente do veículo da autora. Afastamento. Acidente causado por culpa exclusiva do último veículo, que, por não guardar distância segura do veículo que seguia à sua frente, acabou abalroando por trás o veículo intermediário, dando início às sucessivas colisões traseiras que originaram o engavetamento discutido nos autos. Tanto o condutor como o proprietário do veículo causador do acidente são responsáveis pela reparação dos danos decorrentes do referido evento. Teoria da guarda. Análise da extensão dos danos. Orçamento que estimou em R$ 6.538,42 o custo necessário à reparação dos danos que o veículo da autora suportou em decorrência do acidente. Ausência de impugnação específica. Quantia estimada que deve ser presumida como suficiente para reparar os prejuízos materiais suportados pela autora. Artigo 341 do CPC/2015. Rejeição da pretensão de reparação por danos morais formulada em face da seguradora ré. Reforma da r. sentença. Apelação parcialmente provida. (TJ-SP - AC: 10418973520178260506 SP 1041897- 35.2017.8.26.0506, Relator: Carlos Dias Motta, Data de Julgamento: 15/07/2019, 29ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 15/07/2019) O Sr. Marco Aurélio encontrava-se, na ocasião, em velocidade acima da permitida para o local do acidente e seu veículo, conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, também não encontrava-se com o sistema de freios em ordem. O Réu, por sua vez, observava regularmente as leis de trânsito e seu veículo estava em perfeitas condições, mas ainda assim atingiu o autor, devido exclusivamente ao choque provocado por Marco Aurélio. Nesse liame, sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos artigos. 186 e 925, ambos do Código Civil. Sobre o tema, assim já decidiram os egrégios Tribunais de Justiça, in verbis: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ENGAVETAMENTO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO RÉU. TEORIA DO CORPO NEUTRO. DISTÂNCIA ENTRE VEÍCULOS. NÃO DEMONSTRADA CULPA DO CONDUTOR DO VEÍCULO INTERMEDIÁRIO. SENTENÇA MANTIDA. Servindo o veículo intermediário como mero corpo neutro, não há responsabilidade do seu condutor ou proprietário pela reparação dos danos ocasionados, os quais foram causados por terceiro. APELO DESPROVIDO. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70081580821, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em: 29-08-2019) (TJ-RS - AC: 70081580821 RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Data de Julgamento: 29/08/2019, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: 02/09/2019) JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADA. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ENGAVETAMENTO. COLISÃO NA PARTE TRASEIRA DO VEÍCULO DO AUTOR. PRESUNÇÃO RELATIVA DE CULPA DE QUEM COLIDE NA PARTE TRASEIRA DO VEÍCULO QUE SEGUE A SUA FRENTE. ARTIGO 29, II DO CTB. TEORIA DO CORPO NEUTRO. PRESUNÇÃO AFASTADA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Preliminar de cerceamento de defesa: A prova documental produzida nos autos foi considerada suficiente para a elucidação dos fatos controversos e relevantes para o julgamento da causa. Não há que se falar em cerceamento de defesa pela ausência de oitiva de informante que tem interesse no resultado do processo, já que foi uma das pessoas envolvidas no ?engavetamento?. Preliminar rejeitada. 2. Preceitua o art. 29, II do Código Brasileiro de Trânsito que o condutor do veículo deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais. Assim, há presunção da culpa do condutor que colide na parte traseira de outro veículo, a qual, no entanto, é relativa e pode ser elidida pelo conjunto probatório. 3. Da análise das provas colacionadas aos autos, principalmente das fotos constantes no ID 7966463, p. 1/2, tiradas nos momentos seguintes à ocorrência do acidente, observa-se que um outro veículo colidiu com a traseira do veículo da requerida. Tal prova torna verossímil a sua alegação de que seu veículo se chocou com os demais após ter sido projetado para frente pela colisão traseira posterior. 4. Deste modo, deve ser aplicada a teoria do corpo neutro, que afasta a responsabilidade do condutor intermediário, cujo veículo é arremessado involuntariamente contra outro veículo em razão da colisão sofrida. Em tais situações, a responsabilidade é do motorista que ocasionou a primeira colisão no engavetamento, resultando nos impactos subsequentes, no caso o veículo conduzido pelo ora recorrente. 5. Neste sentido, precedentes desta Turma Recursal: Acórdão n.1141707, 07064352920188070007, Relator: ALMIR ANDRADE DE FREITAS 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Julgamento: 05/12/2018, Publicado no DJE: 10/12/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada. Partes: IVONILDO ANDRADE BITENCOURT versus AURETIANA DA CONCEICAO PLIVEIRA e Acórdão n.1103061, 07047729120178070003, Relator: ARNALDO CORRÊA SILVA 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Julgamento: 13/06/2018, Publicado no DJE: 20/06/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada. Partes: CASSIO CESAR DE SOUZA SOARES versus ANNA PAULA BARBOSA PEREIRA e OUTROS. 6. Recurso CONHECIDO e NÃO PROVIDO. Preliminar rejeitada. Sentença mantida. Condeno a parte recorrente vencida ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios que fixo em 10% do valor da atualizado da causa, suspendendo a sua exigibilidade em razão da gratuidade de justiça deferida (ID 7966480). A súmula de julgamento servirá de acórdão, consoante disposto no artigo 46 da Lei nº 9.099/95. (TJ-DF 07083468820188070003 DF 0708346-88.2018.8.07.0003, Relator: JOÃO LUÍS FISCHER DIAS, Data de Julgamento: 08/05/2019, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Publicação: Publicado no DJE : 16/05/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.) Firme nesses fatos, não há dúvidas de que os elementos da responsabilidade civil (art. 186, CC) estão ausentes, pois o Autor não provou qualquer culpa do Réu pelo ocorrido, tampouco nexo causal entre o dano provocado em seu carro e qualquer ação omissão deste. V - DA RECONVENÇÃO Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC. Como já é sabido, O Sr. Marco Aurélio encontrava-se, na ocasião, em velocidade acima da permitida para o local do acidente e seu veículo, conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, sabe-se também que não estava com o sistema de freios em ordem. O Réu, por sua vez, que observava regularmente as leis de trânsito, estava com seu veículo estava em perfeitas condições, mas ainda assim atingiu do autor, devido exclusivamente ao choque provocado por Marco Aurélio. Diante dos fatos narrados, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), importe utilizado para o conserto do veículo ocasionado pelo acidente, conforme documentos colacionados aos autos. Restando claro o dever indenizatório dos reconvindos,ante a prática de ato ilícito pela sua negligência ao dirigir com velocidade acima do permitido, bem como por estar com o funcionamento dos freios comprometidos, nos termos dos art. 944 do Código Civil. O Tribunal de Justiça de Sergipe, em relação ao tema em comento, assim tem decidido: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE COBRANÇA VEXATÓRIA DE DÉBITO INEXISTENTE, BEM COMO OFENSAS PERPETRADAS PESSOALMENTE NA PRESENÇA DE VÁRIAS PESSOAS. RECONVENÇÃO. PRETENSÃO DE INDENIZAÇÃO POR ABALO MORAL. ALEGAÇÃO DE QUE A AUTORA É QUE TERIA PROFERIDO IMPROPÉRIOS DIRECIONADOS AOS RÉUS NO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE QUE SÃO PROPRIETÁRIOS. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA AO PROCESSO PRINCIPAL E PROCEDÊNCIA À RECONVENÇÃO. INSURGÊNCIA DA AUTORA/RECONVINDA. AÇÃO PRINCIPAL. ARGUMENTO DE QUE OS PRÓPRIOS RÉUS TERIAM, NA CONTESTAÇÃO, CONFIRMADO OS FATOS AFIRMADOS NA INICIAL. TESE REFUTADA. CONFIRMAÇÃO DE ALGUNS FATOS, MAS NÃO OS CONDUTORES À OCORRÊNCIA DO ABALO MORAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECONVENÇÃO. PRETENSÃO DE AFASTAMENTO DA CONDENAÇÃO OU A SUA MINORAÇÃO. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE FINANCEIRA PARA O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO. ARGUMENTO QUE NÃO PODE GUIAR À IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. VALOR FIXADO, ADEMAIS, DENTRO DOS CRITÉRIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. A impossibilidade financeira de cumprir a obrigação não é fator que guia à improcedência do pedido condenatório levada a efeito e não é argumento capaz de determinar a sua minoração. (TJ-SC - AC: 03051549020148240033 Itajaí 0305154- 90.2014.8.24.0033, Relator: Saul Steil, Data de Julgamento: 21/01/2020, Terceira Câmara de Direito Civil) Destarte, atribui-se ao valor da causa o importe de 6.000,00 (seis mil reais), conforme art. 292 caput e inciso I do CPC. VI - DOS PEDIDOS: 1 - Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas, conforme art. 292, § 3º do CPC. Sob pena de indeferimento da inicial (art. 321, parágrafo único do CPC); 2 – Nos termos do art. 338 do Código de Processo Civil, em razão da ausência de legitimidade (art. 337, XI do CPC), por não ter causado dano ao autor e nem ter agido por imprudência e negligência. O autor deve ser intimado a se manifestar e, bem assim, alterar a petição inicial, retificando-a, para substituir o ora contestante, pelo sr. Marcos Aurélio; 3 - que seja acolhida a preliminar arguida para revogar o benefício da justiça gratuita anteriormente concedido à parte autora, por ser estar Servidor Público Federal e ter condições financeiras para arcar com as custas processuais, nos termos do art. 337, XIII e art. 100, ambos do CPC; 4 - que seja acolhida a preliminar arguida referente à OUTRA PRESTAÇÃO QUE A LEI EXIGE COMO PRELIMINAR, para, requerer que o requerido faça o adimplemento das custas processuais do outro processo, sob pena de extinguir o processo nos termos do art. 337, XII do CPC; 5 – em face do exposto, CONTESTA todos os termos da inicial, requerendo que seja julgado IMPROCEDENTE os pedidos da presente petição inicial, pelos motivos expostos nas preliminares e na parte de mérito dessa peça; 6 - Quanto à reconvenção, requer a intimação do advogado do autor-reconvindo para responder a reconvenção no prazo legal, conforme art. 343 § 1º do CPC e, por fim, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação do autor-reconvindo ao pagamento da indenização no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), e ainda ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios. 7 – No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios. Termos em que, Pede Deferimento. XXXXX/XX, 12 de outubro de 2020. Assinatura Nome do Advogado XXXX OAB/(UF) XXXXX
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