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Resolução N1 - Direitos Humanos

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Nome: Elzimar Salheb de Oliveira 
 
Questões: 
1. Além da violação direta ao direito a igualdade é possível destacar outras consequências 
da omissão ou inercia e do estado Brasileiro? 
 
2. Se não fosse o ativismo judicial e mudanças sociais, o julgamento da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão teria existido ou ela foi julgada efetivamente para 
cumprir o controle da constitucionalidade à reafirmação a direitos e garantias individuais? 
 
Resolução N1 
 
O Brasil, apesar de ser um país democrático e laico, apresenta forte predomínio de 
um patriarcalismo institucional, sendo comum a aprovação de medidas 
governamentais influenciadas por questões religiosas e preconceituosas. Porém, a 
naturalização desse ato fere o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a previsão 
de que toda pessoa deve ser protegida contra qualquer ato que atinja sua dignidade. 
Não obstante, uma parte da sociedade encontra-se marginalizada e desprotegida, 
exemplo dessa marginalização é a comunidade LGBTI+. 
 
Ocorre que, por conta dessa marginalização, construída pela omissão do Estado em 
confrontar esse conservadorismo gerou até mesmo a morte de muitas pessoas 
LGBTI+ no Brasil, por assassinato, ratificando o gravíssimo problema na atual 
conjuntura acerca do respeito à diversidade. Assim sendo, o Poder Legislativo 
poderia elaborar uma lei específica que criminalizasse os atos de LGBTfobia, com a 
finalidade de proteger essa minoria social do preconceito e discriminação por causa 
da sua orientação sexual e amenizar essa grave problemática que fere os direitos 
humanos básicos. A partir disso, essa comunidade deterá os direitos assegurados na 
atual Constituição Federal. 
 
Porém, enquanto o Congresso Nacional não atuar, incide a Lei do Racismo, não por 
analogia ou interpretação extensiva, mas porque, no conceito de racismo firmado pelo 
STF, estão colhidas as situações tipificadas na lei. Ademais, compreendeu que a 
homofobia deve ser tratada como motivo fútil ou torpe nos outros tipos penais 
previstos no Código Penal. A configuração de atos homofóbicos e transfóbicos como 
formas contemporâneas do racismo objetiva preservar a incolumidade dos direitos da 
personalidade, como a essencial dignidade da pessoa humana. Busca inibir, desse 
modo, comportamentos abusivos que possam, impulsionados por motivações 
subalternas, disseminar criminosamente o ódio público contra outras pessoas em 
razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. 
 
Esse quadro justifica a utilização, na espécie, do método da interpretação conforme, 
no que se refere ao conceito de “raça”, para os fins a que se refere a Lei 7.716/1989. 
 
No Senado Federal a proposta da nova lei é demasiadamente simples: acrescentar a 
discriminação aos homossexuais no rol das que já são punidas pela lei penal 
brasileira. Nossa atual Lei 7.716/89 já pune as discriminações por raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional e passaria a punir também as discriminações por 
orientação sexual.1 Esses crimes são praticados por pessoas que por algum motivo 
sentem ódios de outras, muitas pessoas estão morrendo no Brasil como resultado de 
alguma doença ou acidente de trânsito etc. Mas também existem pessoas que são 
atacadas e assassinadas por serem LGBTI+. As mortes têm um motivo, e muitas 
vezes o motivo é a homofobia e esse ato precisa ser criminalizado. Com essa lei 
esses casos diminuiriam. Quantos serão mortos para que o parlamento tome alguma 
atitude? 2 
 
1 https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=57223 
2 https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=76910

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