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Estudo dirigido 3 - Virus

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA –UFBA
MICROBIOLOGIA ICSA97
ESTUDO ORIENTADO SOBRE VÍRUS
Nome: ________________________________________________________________________
Quais as características diferenciam os vírus dos seres vivos?
Os vírus não possuem certas características consideradas essências aos seres vivos. Os vírus não possuem em célula, o que já contrariaria a Teoria Celular, que diz que todos os seres vivos são formados por células; consequentemente, não possuem membrana plasmática; não realizam atividade metabólicas, não exercendo atividades como respiração, alimentação e movimentação; não realizam reprodução; e não obedecem ao Dogma Central da Biologia Molecular de Crick (fluxo de informação genética).
Classificar os tipos de vírus quanto a morfologia no meio extracelular, indicando os componentes estruturais de cada um e associe o tipo as principais vias de transmissão. 
As estruturas dos vírions (forma extracelular dos vírus) são encontradas em alta variedade. De modo geral, os vírus são partículas constituídas por material genético envolto por uma capsula de camada proteica, podendo ser envolto por um envelope membranoso ou não.
Nos vírus, encontramos DNA, RNA ou ambos combinados (Material Genético), sendo classificados em vírus de DNA e de RNA; o Capsídio, que é uma cápsula formada por proteínas que envolve o material genético; e, alguns casos, os Envelopes, que apresentam fosfolipídeos e proteínas da membrana, além de proteínas e glicoproteínas de origem viral.
Dentre os vírus, destacam-se:
• Icosaédricos Não-Envelopados - estrutura mais comum dos vírus e são capazes de infectar organismos de todos os grupos de seres vivos, com exceção de Archaea. Possuem diâmetro que varia de 18 a 60 ηm e seus genomas são constituídos por dsDNA, ssDNA, dsRNA ou (+)ssRNA.
• Icosaédricos Envelopados - são pouco comuns entre os animais, sendo observados principalmente nas famílias Arteriviridae, Flaviviridae, Herpesviridae ou Togaviridae. Possuem diâmetro que varia de 42 a 200 ηm e seu material genético é composto por dsDNA, dsRNA, ou (+)ssRNA.
• Helicoidais Não-Envelopadas - são mais comuns em plantas (genomas de ssRNA). Além dos vírus de plantas, vírus que infectam bactérias e archaea também possuem esta morfologia (genomas ssDNA e dsDNA). Possuem estrutura em forma de bastão rígido ou de filamento sinuoso, com comprimento variando entre 46 ηm (para bastões) e 2200 ηm (em partículas filamentosas).
• Helicoidal Envelopados – muito encontrados como agentes etiológicos de doenças humanas conhecidas, como sarampo (Paramyxoviridae), gripe (Orthomyxoviridae), raiva (Rhabdoviridae). Estes vírus podem apresentar formato esférico, filamentoso ou de "bala de revólver". Muito frequente em vírus de genomas (-)ssRNA, mas são encontradas em vírus de genoma dsDNA e (+)ssRNA. Possuem comprimento que varia entre 60 e 1950 nm.
• Complexos – são os bacteriófagos (fagos) e infectam e xclusivamente bactérias ou archaea. Todos possuem genoma constituído por dsDNA e possuem partícula viral composta por uma "cabeça" (capsídeo), de simetria icosaédrica, e uma cauda helicoidal. A cabeça é isométrica ou alongada (50 - 110 ηm de diâmetro), e a cauda pode ser longa e contrátil (Myoviridae: 80 - 455 ηm), longa não-contrátil (Siphoviridae: 65 - 570 ηm), ou curta não-contrátil (Podoviridae: 17 ηm).
Os vírus não envelopados tendem a utilizar a via de transmissão oral-fecal, enquanto os vírus envelopados, por serem menos resistentes e precisarem de um ambiente úmido para sobreviver, utilizam via úmidas com secreções, como sangue, perdigoto, sêmen, saliva e suor.
 Qual o tipo de vírus é mais resistente a variações ambientais (calor, substâncias químicas, ressecamento). Justifique por que o tipo menos resistentes perde a infectividade.
Os vírus não envelopados, ou vírus nus, são mais resistentes às variações ambientais. Eles possuem uma camada proteica altamente resistente e possuem a capacidade de realizarem cristalização e desidratação. Além disso, a ligação dos vírus nus às células hospedeiras são realizadas a partir das glicoproteínas de capsídeo e são bastante específicas. Os vírus envelopados, por sua vez, possuem em seus envelopes estruturas muito mais frágeis de glicoproteínas, as quais são essenciais para a ligação do vírus à célula hospedeira e, consequentemente, para a infecção. Uma vez destruídas, o vírus não consegue infectar essa célula, perdendo, assim, sua infectividade.
O que significa efeito citopático do vírus, exemplifique. 
Efeito Citopático (CPE) é qualquer mudança morfológica detectável em uma célula hospedeira causada por uma infecção viral.
A análise do CPE, embora não permita identificar o vírus, fornece uma base preliminar para a identificação do agrupamento viral. Isso ocorre pois, até certo ponto, cada grupo de vírus gera alterações com características específicas nas células. 
Numa infecção por polovírus, por exemplo, as células apresentam-se pequenas, reduzidas em volume, com formas irregulares, isoladas ou em grupos, com o citoplasma eosinófilo e núcleo picnótico. Já para o vírus do sarampo, as células infectadas mostram-se hiperplásicas, multinucleadas, mas com estruturas ainda conservadas nos núcleos. Além disso, algumas células possuem forma de estrela, em função da presença de “pontes citoplasmáticas" intercelulares, e é possível identificar corpúsculos eosinófilos, nucleares ou citoplasmáticos.
Comente sobre o ciclo lítico e o ciclo lisogênico de um bacteriófago. 
Os bacteriófagos são vírus que infectam somente organismos procariotos e, assim como os demais vírus, sua replicação ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. No Ciclo Lítico, o fago infecta a bactéria e apodera-se da mesma para sintetizar novos fagos, matando a célula, através da Lise, liberando os Fagos. Já no Ciclo Lisogênico, o fago infecta uma bactéria e insere seu DNA no cromossomo bacteriano, permitindo que o DNA do fago (agora denominado profago) seja copiado e transmitido pelo próprio DNA da célula.
O que é fagotipagem?
A fagotipagem é um processo de identificação bacteriana através do qual se podem reconhecer linhagens distintas, denominadas fagótipos, de uma mesma espécie de bactéria, fator importante em estudos epidemiológicos, pois permite identificar a fonte de infecção e vias de transmissão e, assim, adequar as medidas de prevenção.
Cite e explique as etapas gerais do ciclo de replicação de um vírus envelopado e de um vírus não envelopado. 
A replicação viral ocorre seguindo as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, síntese, maturação e liberação.
1. Adsorção: fixação do vírus à superfície celular, dada via interações iônicas. Nos vírus envelopados, as estruturas de ligação geralmente se apresentam sob a forma de espículas; já nos não envelopados, essa ligação geralmente está relacionada a um grupo de polipeptídios estruturais. As proteínas de fixação virais reconhecem receptores específicos na superfície celular. Caso as células não possuam esses receptores serão não susceptíveis ao vírus e não haverá infecção.
2. Penetração: entrada do vírus na célula, que pode ser feita de duas maneiras: fusão e viropexia. A fusão corresponde à fusão do vírus e da membrana celular, permitindo a entrada do vírus ou seu material no citosol da célula – normalmente realizado por vírus envelopados. A viropexia é um processo de endocitose do vírus na membrana celular – pode ocorrer em vírus envelopados e não envelopados. Os vírus não envelopados podem ainda cruzar a membrana plasmática diretamente.
3. Desnudamento: etapa na qual o capsídeo é removido pela ação de enzimas celulares existentes nos lisossomos, expondo o genoma viral para que a replicação possa iniciar. Quando há a total exposição do genoma, observa-se a fase de eclipse, onde não há aumento do número de partículas infecciosas na célula hospedeira. De maneira geral, o vírus que possui o DNA como ácido nucleico faz síntese no núcleo e o vírus que possui como genomao RNA faz a síntese no citoplasma.
4. Síntese: compreende a produção de cópias do genoma viral. Para que isso ocorra, há formação de proteínas estruturais e não estruturais a partir dos processos de transcrição e tradução, utilizando um mRNA viral. Em certos tipos de vírus, o próprio genoma corresponde ao mRNA; em outros, o mRNA deve ser primeiramente transcrito a partir do genoma de DNA ou RNA e, então, é replicado.
5. Maturação: formação de novas partículas virais. Nesta etapa ocorre a montagem dos capsídeos e dos componentes de membrana, no caso dos vírus envelopados, e empacotamento do genoma viral em novos vírions.
6. Liberação: liberação de vírions maduros pela célula. A liberação pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a célula se rompe, liberando novas partículas virais que vão entrar em outras células – liberação comum aos vírus não envelopados. No brotamento, os nucleocapsídeos migram para a face interna da membrana celular e saem, levando parte da membrana – comum aos vírus envelopados.

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